Este ano li 38 livros. Entre livros de bolso, calhamaços e volumes de uma dimensão dita "normal". Uma média bastante superior há de anos anteriores, mas com clara desvantagem para cinema, teatro, exposições, passeios, onde fui raras vezes ou nem isso.
Também por isso, não escrevi sobre todos os livros que li - não houve tempo (e, em alguns casos, nem paciência!). Mas cheguei à conclusão que para escolher o top + de livros de 2014 (o único deste ano) tinha de dar relevo a este livro de John Grisham. Não só porque foi o meu preferido no género, mas também por ser muito curioso.
Como o nome indica, este é um livro sobre tribunais. Americanos. Que têm muito de admirável, mas também cenas bastante deploráveis - e nem é preciso ir buscar a pena de morte existente em alguns estados (e não noutros), tema que se presta a grande controvérsia.
David Zine é um jovem e brilhante advogado que trabalha 80 horas semanais numa prestigiada firma de causídicos, sendo remunerado com um montante anual generoso. O problema é que a situação já se prolonga há 5 anos e o advogado não tem tempo para mais nada a não ser trabalhar. (Alguém já viu isto?!? Infelizmente está a tornar-se uma prática bastante comum em Portugal, não só na advocacia, especialmente nas exigências cada vez maiores dos patrões da malta mais nova!) Um dia, farto do emprego, dos colegas, do edifício luxuoso onde nem vê a luz do dia, em vez de entrar no escritório, sai. E na velha tradição destas "decisões rápidas e espontâneas" vai-se embebedar no bar da esquina. Nesse mesmo dia e por puro acaso entra em contato com a firma Finley & Figg,que é exatamente o oposto da anterior - os advogados só se ocupam com divórcios, acidentes de viação e pouco mais, mas estão crivados de dívidas e alguns dos clientes ameaçam processá-los por más práticas. Sem que ninguém saiba ao certo como, acaba contratado por eles e ao serviço do jurista mais novo, que julga ter em mãos um processo contra uma farmacêutica que lhes dará milhões, praticamente sem trabalho nenhum. Mas afinal a causa não é tão fácil quanto aparenta ser...
438 páginas imperdíveis, para quem aprecia este género de ficção!
Eis 35 dos 38 livros lidos este ano. Alguns não me satisfizeram por aí além, conforme fui referindo à medida que ia escrevendo sobre eles, mas na verdade gostei da maioria. Até porque repito bastante os meus autores preferidos.
Para finalizar este post já de si a dar para o longo, eis os seleccionados:
Clássico: "O Véu Pintado", de Somerset Maugham;
Romance: "A Casa dos Espíritos", de Isabel Allende;
Ação: "Os Litigantes", de John Grisham;
Policial: "Teia de Cinzas", de Camilla Lackberg;
Lusófono: "Segredos de Amor e Sangue", de Francisco Moita Flores;
Humor (também lusófono): "Primeiro as Senhoras", de Mário Zambujal.
Enfim, esta é uma classificação possível, mas em última análise são todos romances de ficção.Tenham...
UM EXCELENTE FIM DE SEMANA!