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quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

1 DE DEZEMBRO DE 1640

A estátua ainda lá está, garanto! Ontem estavam até a montar um palanque, que deve ser palco hoje das cerimónias oficiais. Com a devida pompa e circunstância. Pró ano... já não interessa nada!

Se os mortos se revolvessem na tumba, por esta altura os 40 conjurados que - arriscando a própria vida e a dos seus familiares mais próximos - decidiram acabar com o domínio castelhano a 1 de dezembro de 1640 e restaurar a independência de Portugal, certamente estariam em grande desassossego e atividade, assombrando o pouco patriotismo dos atuais governantes. Eram nobres, magistrados e militares da melhor estirpe, que nessa manhã de revolução entraram pelo Paço com o apoio popular, prenderam a duquesa de Mântua (que reinava em Portugal em nome de Filipe III) e atiraram o seu lacaio, o traidor português Miguel de Vasconcelos, pela janela do palácio, gritando pela independência e liberdade.

Claro que nada desta história parece muito gratificante a outros lacaios, dobrados ao serviço de outras "majestades" estrangeiras e aos interesses do capitalismo (puro e duro)! Passar uma esponja sobre esses acontecimentos, que dignificaram os homens (e mulheres, que Filipa de Vilhena e Mariana de Lencastre também contribuíram, ao incentivar os seus filhos a participar na revolução) patriotas de outras eras, não é de hoje! Além de que lembrar revoluções do passado e o que normalmente acontece aos lacaios, ainda interessa menos...

Acresce ainda que, entre muitos outros motivos, a excessiva carga de impostos sobre os portugueses foi decisiva para despoletar a Restauração da Independência! Topam?

terça-feira, 29 de março de 2011

CONSUMISMOS...

Há vários anos, uma tia contou-me os problemas que tinha tido com um cartão de crédito. Como inglesa,  quando os cartões de crédito apareceram no Reino Unido ela aderiu a um, satisfeita por lhe dar oportunidade de trocar os sofás da sala e de fazer mais umas comprinhas para a casa. Mas, como muitas vezes acontece nestes casos, esticou-se. Quando as primeiras contas apareceram eram elevadas, foi protelando alguns pagamentos, mas continuava a usar o bendito plástico sem grandes preocupações, já que ganhava bem. Como é habitual no sistema bancário, os juros dessas dívidas também foram aumentando, até que um dia descobriu que o próprio ordenado não chegava para fazer face à quantia de que era devedora. Aí, assustou-se! E, sem ver outra alternativa, pôs o meu tio a par da situação. Ele, português de uma geração habituada a fazer poupanças, mesmo auferindo uma remuneração inferior à dela, prontificou-se a pagar o montante devedor, desde que ela prometesse deixar de utilizar o dito cartão. E assim foi: ele pagou (ela depois fez questão de lhe devolver o dinheiro, em suaves prestações), enquanto ela garantiu a sua promessa cortando o plástico em pedacinhos.
Vem isto a propósito de quê? Que há muita gente por aí que caiu na mesma esparrela da minha tia e agora anda aí "ó tio, ó tio", sem ninguém que possa abonar? Também, mas pronto, não é novidade para ninguém que a sede consumista dos últimos anos muito contribuiu para isso e alguma daquela inveja de "se o vizinho tem, porque é que não hei-de ter?", idem! Com os bancos e outras instituições de crédito a facilitarem esse endividamento, mas agora não vem ao caso...
O que realmente queria evidenciar com o exemplo acima é que qualquer comparação do meu tio com a CE ou a Merkel, em relação ao nosso país, não passa de mera coincidência, por mais tendência que tenhamos em acreditar em milagres, em D. Sebastiões a aparecerem em dias de nevoeiro, em salvadores da pátria. A única e exclusiva preocupação dessa "gente" é com os credores, fecham os olhos às constantes mudanças das regras do jogo (mesmo que usurárias), exibem uma enorme indiferença perante as populações em geral. Importante é manter o sistema em vigor e castigar exemplarmente os culpados pelo não cumprimento. 
Nem sequer é necessário entender muito de política ou de economia para perceber isto. Escusado será dizer que também ninguém precisa de amigos assim!

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

LÂMPADAS E CANDEEIROS!

Aqui há pouco mais de três anos, ao fim de várias semanas de obras em casa, depois de tudo limpo e arrumado, o foco de luz que iluminava a secretária e o computador partiu e pifou. OK, já tinha uns dez anos de serviço praticamente diário, obviamente este tipo de candeeiro não dura para sempre. Nem sequer era especialmente caro ou sofisticado. Mas pronto, embora não desse jeito mais uma despesa naquela altura do campeonato, resolvemos que compraríamos um que combinasse melhor com a nova decoração.
Assim, num final de tarde, fomos ao centro comercial e lá descobri um candeeiro de secretária com umas linhas estilizadas, cor de aço e que ainda por cima ocupava menos espaço. Ouro sobre azul, com a desvantagem de ser bem mais carote que os restantes em exposição na loja. Nenhuma exorbitância, evidentemente, mas com um preço excessivo para a sua funcionalidade. Convenci o maridão, porque "é coisa que não se compra todos os dias" e subsequente blablablá.
Este Verão, a lâmpada fundiu. Entretanto, a loja do centro comercial fechou. Percorremos todas as grandes superfícies à procura de uma lâmpada idêntica e nada! No comércio tradicional, um lojista avisou-me que é comum fecharem algumas fábricas destes consumíveis "lá fora", daí desaparecerem do mercado. Luzinha ao fim do túnel, uma amiga informou-me que a loja ainda existe num outro centro comercial. Mas, quer dizer, a única esperança é que ainda possuam material em armazém, porque quanto ao resto vou reclamar de quê?
Se não gostasse tanto de ter uma boa iluminação em casa, já tinha optado pela luz das velas! Porque os "azares" com lâmpadas e candeeiros domésticos têm sido tantos, que se acreditasse em fantasmas à solta... nunca dormiria sossegada! Buuuuhhh...

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

CANÇÃO DE NATAL

Há quem não aprecie a época natalícia. Pessoalmente, adoro! Embora a entenda como triste, para todos os que revivem natais passados, tal como Ebenezer Scrooge, o famoso personagem de Dickens. Os fantasmas dos que amámos e já partiram ensombram o espírito festivo...

Mas a vida é em frente, nem há que martirizar as novas gerações com essas recordações de um passado que é exclusivamente nosso!

O desafio partiu da Teresa, do blog "Ematejoca Azul", e trata apenas de referir a nossa canção preferida de Natal. Não tendo nenhuma em especial, gosto muito desta, que catrapisquei do blog do Pinoka (copiar é feio, não é?), mas tenho quase a certeza que ele me vai perdoar...



E segue para todos que o queiram apanhar, obviamente!


Fotografia da Kavewall.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

CANUDOS E CANUDINHOS...

Um amigo meu, que tirou o curso de Engenharia Electrotécnica no Instituto Superior Técnico (vulgo, IST), contou-me que teve um pesadelo repetitivo ao longo de vários anos, em que o obrigavam a voltar a fazer os exames das cadeiras a que já tinha sido aprovado. Na época até me ri, tal nunca me sucedeu!

Isto de rir de pesadelos alheios tem os seus custos (psicológicos, se assim os quiserem chamar!), uma noite destas essa assombrada aflição atingiu-me como um raio! Quanto mais explicava, menos as fantasmagóricas criaturas entendiam, acordei assustada! E, a bem dizer, nem acordada a perspectiva me alegrou...

Nem de propósito, ontem num jantar abordou-se o tema das novas licenciaturas/mestrados "Bolonha", fiquei a saber que os mais recentes estão um grau acima dos anteriores, sem qualquer razão mais plausível ou aparente do que uns simples decretos. (acordados na CE?!)

"Aprender até morrer" é uma coisa, mas reviver as longas horas de estudo e os nervosismos inerentes aos exames nunca tiveram graça nenhuma!

(estou-te a avisar, pesadelo, vai-te embora!!!)


Imagem recebida por mail.
(Obrigada, Nilza!)

segunda-feira, 20 de abril de 2009

A ÁRVORE DAS PATACAS

Fotografia de Ian Britton

Segundo consta, o sigilo bancário vai ser abolido no que respeita a matéria fiscal. Só agora?! OK, mais vale tarde que nunca! Talvez deixe de ser incomodada com polícia à porta para entregar notificações do tribunal ao anterior proprietário e até com telefonemas das Finanças para o tentar localizar. Cheguei à conclusão que o homem deve comer muito queijo: tanto se esqueceu de pagar a dívida, avultadíssima, como de avisar a repartição da mudança de morada. Há mais de 14 anos!

Se a medida for para a frente - que estes políticos falam muito, mas só quando a lei sair é que a malta acredita - alguns empresários (como o outro) devem ser apanhados nestas redes. Lembro-me sempre daquele "pobre coitado" que ganhava um ordenado mínimo nacional - na declaração que apresentava - e depois vivia num palacete de luxo, tinha um carrão, os três filhos frequentavam uma escola privada chiquérrima, a mulher aparecia em inúmeras festas do jet-set e, para dar mais um toque à modesta existência, a família deslocava-se de helicóptero para a praia...

Para que esta nova canção dos Xutos não continue a ser realidade:



Aplaudo, de pé, quando passar de intenção!

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

VÁRIOS EMBRULHOS!

Fotografia daqui.

Por mais organizada que tente ser, bem sei que há sempre qualquer coisa que corre mal nos preparativos natalícios. Por enquanto está tudo a correr sobre rodas, ainda faltam umas lembranças (sim, são mais isso que presentes, que milionários não moram aqui), mas já vou iniciar a fase dos embrulhos. Que, por sinal, gosto de fazer pessoalmente!

Mas tal como a Ebenezer Scrooge, assombram-me sempre "fantasmas" de natais passados, especialmente os vividos cá em casa - o que acontece normalmente de 3 em 3 anos, que a rotatividade passa pela casa da minha irmã e da minha cunhada.

Por exemplo, num ano resolvi comprar uma árvore verdadeira. Venderam-me a ideia que eram "recicláveis", só precisava de comprar o vaso (ou não, se já o tivesse para aquele tamanho), depois das festas devolvia o abeto e eles o dinheiro que tinha pago pelo empréstimo, que a árvore seria replantada no seu habitat natural. Pois! Ainda não tinha colocado a primeira bola e já ela se tinha começado a despir despudoradamente. Caruma pelo chão, a ter de varrer ou aspirar diariamente, na noite da consoada encontrava-se semi-nua. No prazo de entrega, já não restava um resquício de verde para amostra, era só tronco e ramagens, qual era a devolução possível? Lição aprendida, é certo!

Outro ano, reparei que as séries de luzes pifaram, não deu para comprar umas novas a correr, depois procurei e não encontrei. Solução: loja de chineses (ainda por cima tão baratinhas)! Funcionaram lindamente, só que no Natal seguinte provocaram um enorme curto-circuito, com estouro e flash e tudo, tudo, ainda hoje a tomada tem vestígios desse "acidente"... Não aconselho este tipo de iluminação!

Ainda numa outra consoada, atarefada a ultimar os "requintes" das entradas na cozinha, com o rapaz aos pulinhos e satisfeito enquanto ajudava a pôr a mesa, velinhas acesas por toda a casa que os restantes convivas estavam prestes a aparecer, oiço gritos de "Fogo! Fogo!", enquanto tocavam à campainha. Felizmente o fogo era apenas um guardanapo de papel a arder, que o estouvado do miúdo passou demasiado perto de uma vela, mas quando abri a porta ainda tinha as pernas a tremer...

Pois é, alguns "fantasmas" também me assustam!

Bom, tenham um EXCELENTE fim de semana, que vou ali embrulhar qualquer coisinha...

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

O FANTASMA


Há pessoas que têm uma imaginação prodigiosa, não é o caso da minha irmã.

Durante vários anos, fomos ao mesmo salão de cabeleireiro, com bastante assiduidade. O dono, profissional nessa matéria, tinha alguns tiques efeminados, mas era casado e tinha vários filhos. Que lhe davam muitas preocupações, porque não queriam estudar, o mais velho até era meio armado em garanhão, tanto que aos 18 ou 19 anos já tinha duas crianças de namoradas diferentes, quem sustentava toda a família era o paizão.

A certa altura, o profissional começou a ir a mais concursos internacionais de cabeleireiros, vinha satisfeito e revigorado, embora se queixasse de umas dores de cabeça, em que também faltava ao trabalho para ir a consultas médicas... sem detectarem o problema. E num dia, antes de regressar de uma dessas viagens, sentiu-se mal, foi parar ao hospital e morreu. De uma coisa qualquer cerebral, aos 53 anos. Familiares, amigos, clientes todos em choque, um funeral em grande. O caixão vinha selado, dado o transporte aéreo.

E não é que a minha irmã garante a pés juntos que o viu recentemente, no Áki de Alfragide, muito mais assumidamente gay? Ela própria considera estranhíssimo que ele rondasse por aqui tão perto, mas ficou tão siderada, que não teve coragem de lhe dirigir a palavra. Gay, é com ele, mas fingir-se morto? E como? Porque motivo? Também existem fantasmas inexplicáveis...