O Tibre é o rio que serpenteia ao longo de Roma, com este tom esverdeado que se observa na fotografia. É atravessado por várias pontes, sendo que a de Sant'Angelo (em frente ao castelo com o mesmo nome) é uma das mais bonitas, decorada por vários anjos e outras figuras bíblicas - que foram sendo adicionados por diferentes Papas. E a propósito de Papa, só o vi aqui:
Quer dizer, nos túneis da estação de metro da Praça de Espanha, com o ar bem disposto do costume: soubemos pelas notícias televisivas que ele tinha viajado para Turim. Mas pronto, verdade seja dita que não fui a Roma para o ver, por muito que até simpatize com o atual Papa Francisco...
Ponte de Sant'Angelo
Voltando ao Tibre, no meio do rio existe uma pequena ilha em forma de barco (Isola Tiberina), na qual funciona uma das maternidades da cidade.
Ilha Tiberina
Na pesquisa que fiz sobre Roma antes da viagem descobri que a cidade tem cerca de 150 museus e mais de 900 igrejas, pelo que estava fora de questão visitar nem que fosse só um décimo - 5 dias não dão para tudo! Os museus do Vaticano e a Capela Sistina eram um must, obviamente, mas de resto era mais ou menos o que calhasse em caminho. Por curiosidade, calhou que quase todas as igrejas que vimos se denominassem de Santa Maria (in Cosmedin, in Trastevere, Maggiore).
A Bocca della Veritá, na basílica de Santa Maria in Cosmedin, deve ser uma das imagens mais conhecidas, devido à lenda que reza que mordia a mão dos mentirosos que ousassem enfiá-la na sua boca.
No entanto, a igreja mais sumptuosa que visitámos foi a de Jesus (Chiesa de Gesú), que dos lustres às talhas douradas, das pinturas às estátuas, da maior pedra de lápis-lazuli do mundo a adornar o túmulo de santo Inácio, não poupa nada em grandiosidade.
Por outro lado e a nível exterior, a igreja a que achámos mais piada (e que nem sequer estava no nosso "mini-roteiro" de visitas) foi esta de Sant'Andrea della Valle, precisamente pela razão que levou o Papa da época a "reclamar" da obra do seu escultor, Cosimo Fancelli: a fachada é assimétrica, pois só tem um anjo do lado esquerdo. Porém, o artista recusou-se a esculpir o do lado direito, respondendo que "Se quer outro, que o faça ele!" Artistas são assim, até com Papas...
Igrejas à parte e por muito católica que seja a população romana, no final do século XIX também ergueu uma estátua ao filósofo Giordano Bruno, uma das vítimas da Inquisição, precisamente no Campo de' Fiori, local onde era habitual realizar as execuções. A estátua, de autoria de Ettore Ferrari, não deixa de ser sinistra...
Para terminar este "capítulo" que já vai longo, no último dia ainda nos demos ao luxo de dar um pequeno passeio por um jardim romano - Villa Borghese, o segundo maior de Roma, onde também se situam dois museus (Galeria Borghese e a Galeria Nacional de Arte Moderna).
Contudo, o objetivo era verificar in loco como os romanos passam os seus domingos de manhã, a remar no lago ou sentados nos bancos do jardim.
Aqui também há fontes e arcos e o lago, onde pululam gaivotas, patos e tartarugas (ainda dei o gosto ao clique!), é enquadrado por mais um monumento tipicamente romano.
Um passeio muito agradável, devo dizer, que terminou a comermos um gelado no café local.