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sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

A ÁRVORE DAS ROLHAS

Confesso que não tenho jeito nenhum para trabalhos manuais, disciplina que em tempos idos me dava "água pela barba" só para ter a nota mínima. Mas para provar que na minha família há quem tenha essa habilidade natural, fica aqui uma árvore de Natal montada  com cento e tal rolhas, que demoraram dois anos a coleccionar. A ideia não é original (suponho que foi tirada de uma revista), mas a realização é da minha mana, que também faz tricot e ponto cruz, quando está para aí virada. E não é a única, que a minha cunhada também é adepta do ponto cruz, embora nos últimos tempos se tenha dedicado mais à ourivesaria. Resumindo, aqui a única "ovelha ronhosa" sou só eu, mas não posso dizer que tenho pena, porque aproveito os meus tempos livres para ler, coisa que elas fazem pouco ou (quase) nada... Cada uma com os seus hobbies, não é verdade?

Claro que em vésperas de consoada, a árvore das rolhas serve também uma segunda finalidade: a de desejar a todos um...

F E L I Z   N A T A L!

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

PAREDES QUE "CANTAM"...

Passo naquele largo frequentemente, mas nunca nada me tinha chamado a atenção: um entre tantos do género no país. Desta vez foi diferente... e saí para fotografar:

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Andava nestas andanças fotográficas, quando uma vizinha me avisou: "há outra lá em cima, que não se vê daqui. É o Zeca Afonso e para mim a melhor de todas."

E lá fui bairro acima, à procura da imagem que me faltava na coleção. Mas valeu a pena!

Bem sei que há quem não goste de graffitis - se bem que tenha alguma dificuldade em chamar graffiti a estes  retratos - mas pessoalmente considero que embelezam em muito as ruas das nossas cidades. Como estes, no humilde bairro da Venda Nova, Amadora.

Obrigada,

BOM FIM DE SEMANA PARA TODOS!

terça-feira, 23 de agosto de 2016

CARICATURA

A caricatura tem mais de 3 décadas e é a que figura no meu livro de curso, de autoria de Francisco Zambujal, tal como referi um dia destes. Se há parecenças ou não, são outros 5 paus. No entanto, mesmo dadas as diferenças entre uma rapariga de 25 anos e uma mulher de 50 e tais, suponho que são algumas. A avaliar pelo espelho e pelo que as pessoas dizem...  

sexta-feira, 15 de julho de 2016

MAIS AZULEJOS QUE MARÉS?

Numa passagem recente pela Ericeira e ao percorrer uma única rua (ou ruas que "colam" umas nas outras), o meu maior espanto foi a profusão de azulejos ali existente, quase todos eles com motivos marítimos ou religiosos - quer dizer, o santo da devoção de cada um, suponho.

Ora vejam lá esta mini-coleção, mesmo tendo em conta que procurava um restaurante e não andava propriamente à cata da azulejaria local:

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Esta imagino que seja uma figura mítica, talvez um Tritão, que sereia barbuda é pouco provável...

E as figuras religiosas, com ou sem legenda a acompanhar.

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Os simpáticos golfinhos também ficam bem em qualquer casinha, não é verdade?

Tenham um...

FABULOSO FIM DE SEMANA!

terça-feira, 5 de julho de 2016

TUDO TEM UMA EXPLICAÇÃO...

... que eventualmente é simples e lógica. Como no caso deste painel de azulejos que fotografei em Peniche e publiquei num post anterior. Que a Adélia identificou como sendo de autoria de um amigo seu: Gama Diniz

Então confessei a minha ignorância sobre o porquê de em terra de pescadores as homenageadas serem as lavadeiras de outros tempos. Nada mais simples: aquele telheiro que se pode ver atrás do painel serve de proteção aos tanques de lavadeiras que ainda existem por lá. Como se poderá comprovar mais pormenorizadamente aqui.

Isto é o que faz parar o carro à beira da estrada, tirar umas fotos apressadas ao motivo de interesse e, ala que se faz tarde, bazar para o almoço. Fica a explicação. Graças à Adélia, a quem agradeço a identificação do artista.

quinta-feira, 2 de julho de 2015

O MELHOR DE ROMA (3)

Vitor Emanuel II foi o unificador de Itália e, como tal, tem direito a um majestoso monumento bem no centro de Roma, na praça Veneza. Consta que o dito monumento não agradou muito aos romanos na época em que foi edificado, tanto por aquela ser uma zona arqueológica, como por ser de um mármore branco que não se enquadra com os edifícios que o rodeiam, que têm maioritariamente um tom acastanhado. Mas quer dizer, Roma não é uma cidade de contrastes? Porque ao lado de palácios, igrejas, fontes, arcos e estátuas de grande porte e magnificência surgem ruínas milenares, que em qualquer outra parte do mundo já teriam desaparecido há séculos...

E não, não me estou a referir apenas ao Coliseu ou ao Fórum Romano, encontramos umas colunas, um arco, um teatro ou anfiteatro, um antigo mercado ou outras ruínas em praticamente todo o centro da cidade, cujo interesse histórico é inegável, mas a utilidade prática muito relativa, a não ser para aspectos turísticos. Aqui, nestas ruínas no largo da torre Argentina, por exemplo, supõe-se que existiam quatro templos, mas parte de um deles continua soterrado debaixo de uma estrada local.

Além de tudo o resto, é preciso não esquecer que Roma também é uma das principais capitais da moda mundial e é aqui, em plena praça de Espanha,  que se realizam os mediáticos desfiles, com as modelos a descerem a enorme escadaria no alto dos seus saltos de 12 ou 14 centímetros... (e sim, a igreja lá no topo também estava em obras, grrrrr!)

La Barcaccia, a fonte em forma de barco existente em frente aos degraus da praça de Espanha, cuja autoria se pensa ser de Bernini pai.

Mas bom, mesmo muito bom, são as múltiplas esplanadas floridas que surgem em cada canto e recanto da cidade e onde se fazem refeições ou se bebe um copo. Ristorantes, trattorias, osterias, pizzarias, caffés, gelatarias, há-as para todos os gostos, embora normalmente sejam carotas, se comparadas com as portuguesas - uma imperial pequena não custa menos de 4 euros, um café pode custar 2,50, um gelado 6 ou 8. As pizzas ainda são os pratos mais em conta e são... uma delícia!

Também fiquei fã das saladas, das brushetas e dos gelados, mas foram as pizzas que mais me surpreenderam pela positiva: além de massas muito bem feitas e estaladiças, os ingredientes tinham um sabor forte - o tomate a tomate, o fiambre a fiambre, o ananás a ananás e por aí adiante.

Surpresa não tão positiva foram as respetivas casas de banho: nem sempre correspondiam à finesse do restaurante (não, não fomos a nenhum de luxo), muitas delas só tinham uma sanita para homens e mulheres e mesmo assim a dar para o acanhado. O funcionamento dos lavatórios também está longe de ser linear, uns inteligentes, outros funcionam a pedal, outros nem percebi bem como. E os autoclismos vão pela mesma! Resumindo, um restaurante mais modesto pode ter umas instalações sanitárias melhores do que outro mais finório. Excetuando as do Vaticano, as melhores que vi foram as do metro, mas aí paga-se 1 euro para utilizar (embora quase metade delas estivessem fora de serviço). Isto pode parecer disparatado referir, mas facto é que saíamos cedo do hotel, passávamos o dia a andar seca e meca e a beber água por causa do calor e para não desidratar, obviamente que de vez em quando tínhamos de usar. E normalmente era nos cafés e restaurantes onde parávamos para beber, comer e descansar.

Claro que para tem tenha mais pedalada e queira continuar a caminhada (sem paragens) - estou em crer que a única maneira de "conhecer" Roma um pouco melhor - não faltam estas roulottes que vendem frutas, pão, sandes, gelados e bebidas frescas. Não sei a que horas abrem, mas só fecham lá pelas 10 da noite.

Dito isto, não sei até que ponto um passeio nestas caleches não será igualmente simpático (e romântico), mas por esta altura já estávamos com o tempo contado, não valia a pena indagar o custo.

Muito mais ficou por dizer ou revelar, numa visita de 5 dias e 4 noites e 1326 fotografias depois. Mas tanto o Coliseu como o Vaticano são vastíssimos e já deram azo a vários livros, não é resumo que se faça assim numa penada bloguista (se bem que 20 mil visitantes por dia neste último, nos façam sentir um pouco como carneirada encurralada num redil, a seguir em frente a "toque de caixa", o que faz com que se perca muito da história ali patente - não só do antigo império romano, do cristianismo e dos seus primórdios, como do Egipto ou da Grécia, dois bastiões da antiguidade).  Fica a paisagem romana, vista de uma das janelas cimeiras do museu.

Last but not least, o hotel também demonstrou ser outra surpresa (muito) agradável. Se bem que à chegada desconfiámos que tínhamos "enfiado o barrete" (no edifício do hotel de 3 estrelas funcionam vários hotéis, o que à partida parece esquisito), ficámos muito bem impressionados com o atendimento - o recepcionista, além de simpático, falava português - e o quarto que, embora pequeno, era limpo e estava bem decorado em tons de laranja, espelhos frente a frente que davam uma sensação de maior dimensão, uma pequena casa de banho com base de duche, tinha uma luz boa para poder ler à noite, televisão, um mini-frigorífico (sem nada lá dentro, só para pôr o que eventualmente comprássemos e que foram essencialmente águas), ar condicionado e, ainda melhor, dava para as traseiras. E aqui não estou a brincar: situando-se na zona do Termini, o trânsito é realmente diabólico nas principais vias ali em volta. Apesar da zona estar um bocado degradada e à noite a principal estação de metro, comboios e autocarros ser frequentada pelos sem abrigo, facto é que nos deu um jeitaço para nos orientarmos nas nossas incursões iniciais pela cidade - assim, depressa nos deslocámos a qualquer lado, pelo que não nos arrependemos da escolha internética. O pequeno almoço também era bom e, para lá do tradicional, oferecia bolos caseiros, para quem tivesse apetite suficiente logo de manhãzinha!

E pronto, foi este o relato possível das nossas deambulações pela cidade eterna, que tem um encanto muito próprio... apesar de todos os seus contrastes!

segunda-feira, 29 de junho de 2015

O MELHOR DE ROMA (2)

O Tibre é o rio que serpenteia ao longo de Roma, com este tom esverdeado que se observa na fotografia. É atravessado por várias pontes, sendo que a de Sant'Angelo (em frente ao castelo com o mesmo nome) é uma das mais bonitas, decorada por vários anjos e outras figuras bíblicas - que foram sendo adicionados por diferentes Papas. E a propósito de Papa, só o vi aqui:

Quer dizer, nos túneis da estação de metro da Praça de Espanha, com o ar bem disposto do costume: soubemos pelas notícias televisivas que ele tinha viajado para Turim. Mas pronto, verdade seja dita que não fui a Roma para o ver, por muito que até simpatize com o atual Papa Francisco...

Ponte de Sant'Angelo

Voltando ao Tibre, no meio do rio existe uma pequena ilha em forma de barco (Isola Tiberina), na qual funciona uma das maternidades da cidade.

Ilha Tiberina

Na pesquisa que fiz sobre Roma antes da viagem descobri que a cidade tem cerca de 150 museus e mais de 900 igrejas, pelo que estava fora de questão visitar nem que fosse só um décimo - 5 dias não dão para tudo! Os museus do Vaticano e a Capela Sistina eram um must, obviamente, mas de resto era mais ou menos o que calhasse em caminho. Por curiosidade, calhou que quase todas as igrejas que vimos se denominassem de Santa Maria (in Cosmedin, in Trastevere, Maggiore).

A Bocca della Veritá, na basílica de Santa Maria in Cosmedin, deve ser uma das imagens mais conhecidas, devido à lenda que reza que mordia a mão dos mentirosos que ousassem enfiá-la na sua boca.

No entanto, a igreja mais sumptuosa que visitámos foi a de Jesus (Chiesa de Gesú), que dos lustres às talhas douradas, das pinturas às estátuas, da maior pedra de lápis-lazuli do mundo a adornar o túmulo de santo Inácio, não poupa nada em grandiosidade.

Por outro lado e a nível exterior, a igreja a que achámos mais piada (e que nem sequer estava no nosso "mini-roteiro" de visitas) foi esta de Sant'Andrea della Valle, precisamente pela razão que levou o Papa da época a "reclamar" da obra do seu escultor, Cosimo Fancelli: a fachada é assimétrica, pois só tem um anjo do lado esquerdo. Porém, o artista recusou-se a esculpir o do lado direito, respondendo que "Se quer outro, que o faça ele!" Artistas são assim, até com Papas...

Igrejas à parte e por muito católica que seja a população romana, no final do século XIX também ergueu uma estátua ao filósofo Giordano Bruno, uma das vítimas da Inquisição, precisamente no Campo de' Fiori, local onde era habitual realizar as execuções. A estátua, de autoria de Ettore Ferrari, não deixa de ser sinistra... 

Para terminar este "capítulo" que já vai longo, no último dia ainda nos demos ao luxo de dar um pequeno passeio por um jardim romano - Villa Borghese, o segundo maior de Roma, onde também se situam dois museus (Galeria Borghese e a Galeria Nacional de Arte Moderna).

Contudo, o objetivo era verificar in loco como os romanos passam os seus domingos de manhã, a remar no lago ou sentados nos bancos do jardim.

Aqui também há fontes e arcos e o lago, onde pululam gaivotas, patos e tartarugas (ainda dei o gosto ao clique!), é enquadrado por mais um monumento tipicamente romano.

Um passeio muito agradável, devo dizer, que terminou a comermos um gelado no café local.

quinta-feira, 25 de junho de 2015

O MELHOR DE ROMA (1)

Sem desdenhar a imponência do Coliseu e a história desse império romano que tantas ruínas e artefactos deixou precisamente no centro de Roma - a recordar também os primórdios do cristianismo e os espectáculos bárbaros levados a cabo nesse anfiteatro - o que mais me deslumbrou foram as belíssimas fontes que proliferam na cidade. E também as inúmeras bicas que encontramos ao longo das ruas ou praças, umas mais bonitas que outras, obviamente. De sede, os italianos não morrem, até porque quase todas elas funcionam (ao contrário do que acontece noutras cidades que bem conhecemos) - e eles usam-nas realmente, com a mão em concha, para encher garrafas vazias ou copos de plástico (como, providencialmente, vi sair de uma mala de senhora).

Entre essas fontes há a destacar as existentes na Piazza Navona: a dos Quatro Rios, ao centro, e a de Neptuno e a de Moro, uma em cada lado da praça.

A fonte dos Quatro Rios, como o nome indica, é constituída por um obelisco sustentado por quatro homens que representam quatro rios de quatro continentes:

o Ganges, na Ásia;

o Nilo, em África (de cabeça tapada, porque na época em que Bernini construiu a estátua ainda não se sabia onde se situava a sua origem);

o De la Plata, simbolizando as Américas; e o Danúbio, da Europa, simulando amparar o obelisco.

A fonte de Neptuno.

A fonte de Moro.

Contudo, a praça tem uma vida própria, onde se cruzam diversos pintores e outros artistas que pretendem vender as suas obras ou ganhar o seu sustento. 

Proliferam também vendedores ambulantes, alguns sem licença, como descobrimos quando os vimos fugir desesperados a uma rusga, um deles largando tudo de caminho, evitando assim ser preso em flagrante. Um momento algo assustador, para eles, evidentemente, mas também para os transeuntes que assistiram. Aliás, coisa que não falta em Roma é polícia, carabineri e tropa, sendo que estes últimos costumam estar armados de metralhadoras. Mas num país onde ainda existe Mafia e onde durante tantos anos atuaram grupos terroristas, suponho que é normal...

Ah, e claro, outra coisa que não falta são restaurantes, bares e esplanadas, para admirar calmamente o fantástico e ininterrupto movimento da praça. ADOREI!

(xi, para a próxima prometo resumir, que isto assim tão em pormenor dá para uns meses de posts...)