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sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

Mangas



Mangas!
Detesto!
Quando chega a hora de tricotar mangas sinto-me sofrendo pesada punição.




Detesto!
Custa-me tanto tricotar as mangas. Até arranjei umas agulhas pequeninas para facilitar a coisa, mas nem assim.
Decididamente no me gusta.


Tenho eu esta bela, esta lindíssima camisola, num exótico tom brique - que combina espetacularmente com preto - e, quando nada fazia supor que a tormenta se aproximava, comecei a ouvir um estranhíssimo "trique" emitido pela articulação do polegar esquerdo.
Na altura ainda concluía o corpo.
Desvalorizei.


Rematei o corpo e dei início à manga que, só por si, é tarefa niquenta - que privilegio em nome da ausência de costuras.
Estava, então, eu, empenhada em levar o barco ao bom porto - que é como quem diz, terminar a manga - quando o "trique" articular se transformou em lancinante fisgada.
Oh! diabo! Aqui tem coisa.


Consultei os entendidos que imediatamente sentenciarem:
- Isso é uma lesão provocada pela repetição do movimento ( o certo é que o meu polegar não para quieto enquanto tricoto, numa azáfama enlouquecida de colocar o fio onde lhe compete).
Tens que parar durante uns tempos! Não há cá outras mezinhas. Para!
Não me agradou o diagnóstico. Questionei-o. Pu-lo em causa.
-E uma pomadinha? Ou um anti-inflamatório? - acho que resolvia - declarei do alto da minha arrogante ignorância.
Em resposta recebi um "faz o que quiseres" carregado de desprezo.
Parei!
Nem um pontinho, nem uma malhinha. Nada.

Eu que detesto as mangas, tenho uma vontade profunda, um desejo incontrolável de tricotar mangas.
E até já ousei. Ou tentei ousar. Mas a dor choque elétrico fala mais alto. Parei.
Será caso para fisioterapia?
É que isto de me prescreverem "não tricotar" é sentença pesada.
Olho para a manga inacabada que, muito triste, olha para mim.
Acho até que já a ouvi suspirar ao ritmo do meu suspiro.
Deve ser imaginação minha.
Não deve?

beijo
Nina







quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

O casaco novo

Depois do vestido velho, o casaco novo.
Eu que fiz.
Por isso o incontido orgulho.


Não tem nada de especial. Nada!!
Fio grosso, agulhas adequadas e num nada fica pronto.

No caso, confesso que foi mais complicado porque, calculei erradamente o número de malhas - dada a espessura do fio - e quando dei por mim, eu que pretendia um casaco farto, amplo, sob o qual pudesse vestir outras malhas, confrontei-me com uma dimensão absurda.

Desmanchei - remédio santo!

Rapidamente alcancei o tamanho pretendido ...

Mesmo em dias gélidos, com vento cortante - como foi o de hoje - o casaco cumpre honestamente a sua função.

Para o  promover, decidi dar uso a uma gola que por aqui andava, inútil e sem préstimo.
Cosi à volta do decote e não ficou nada mal... 

Ainda lhe apliquei uns botões chamativos, num contrastante tom de castanho, comprados por menos que 1 € numa loja chinesa.

E foi assim que tudo aconteceu.
Espero usar o casaco nos próximos 10 anos.
Ah! Esquecia-me de referir que a lã custou cerca de 30€ na Brancal Tricô.
Tudo barato, tudo fácil e, ainda por cima, bastante giro.
(Adoro o meu casacão. Se virem um igual ao meu, sou eu!)

Beijo
Nina

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

A minha túnica verde

Ficou pronta num instante porque decidi que não teria mangas e o ponto ( que mostrei AQUI ) ajudou a que obra ficasse rapidamente concluída.
Precisava apenas que o frio viesse. E veio. E por isso a vesti.


Combinei com calças castanhas porque esta conjugação de cores outonal me encanta.

A parka casa com esta paleta de cores e até a carteira encaixa.
Carteira que deve ter à vontade 20 anos - uma daquelas boas compras que de vez em quando se fazem.
A gola alta é sempre uma arrelia. Pica. Ainda que o fio seja de excecional qualidade, pica, pica muito. Ultrapasso a irritação com um lenço de seda e, à cautela , ainda afastei a gola do pescoço prendendo-a com esta borboleta.
(Ouvi dizer que se encontram em extinção, mas esta perdura. Vive comigo há muitos anos. Dámo-nos muito bem!

Depois de um sábado diluviano, domingo nasceu com céu azul e sol. Muito bom para uma caminhada junto ao mar.

Sob a túnica uma básica em castanho, lá brilhou a bela da túnica.
Onde? 


Na Praia da Memória que oferece um excelente e quase deserto passadiço.

Boa semana e bons tricôs.

Beijo
Nina

quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Uma espécie de ponto inglês

Há tempos publiquei no INSTAGRAM uma túnica que vi numa loja do aeroporto, que me encantou. Esclareço que a loja era o Máximo Dutti, a quem puder interessar.
Estava calor e eu cansada, sem pachorra para compras. Limitei-me pois a fotografar.
A seguir, como já referi, publiquei, apelando às experts dicas para reproduzir  o modelo.
Depois foi só pôr as agulhas em ação.
Lã, já tinha de uma encomenda online não muito bem sucedida (aliás, não atino com compras online para lãs e afins).


A cor é bonita, mas o fio excessivamente fino não me convencia.

Agora utilizo-o dobrado e o efeito é este!

Não sei como se chama este ponto, mas sei como se tricota.


É assim:
- Número de malhas divisível por 3+ 2 malhas para ourela
- 1ª carreira:
1 malha de ourela * 2 malhas de meia, 1 malha de liga*, repetindo até ao final , concluindo com uma malha de ourela.
Depois, em todas as carreiras (direito e avesso), repete-se esta sequência.
Mais fácil, impossível.

Pretendo tricotar uma túnica (pela anca), sem mangas e com uma grande gola no decote.

Espero que resulte.
Se não for um sucesso, não será por culpa do ponto, que é lindo.

Beijo
Nina

terça-feira, 1 de outubro de 2019

Uma espécie de casaco


Há muitos anos visitei o Chile. Estive no Deserto de Atacama e em Santiago do Chile, a capital.
A estadia e percurso no deserto foi uma experiência incrível - vi o que nunca havia imaginado ser possível existir, um mundo quase espacial, um mundo do outro mundo.

Na capital, Santiago do Chile, onde terminei a viagem, fiquei dois ou três dias, visitando o que de mais emblemático a cidade tem para oferecer (e é muito) , acabando por fazer uma ou outra compra.

Sou criteriosa e não compro por comprar. Apenas o que me enche de facto as medidas, me convence.
Recordo que comprei uma blusa estampada em seda, que continuo a usar, ano após ano e comprei esta espécie de casaco.


Muito original .
Trata-se, no fundo, de um retângulo com duas fendas onde foram inseridas as mangas.


Tricotado utilizando um fio fininho, trabalhado com agulhas muito grossas, adquire o aspecto de uma renda.


Semelhante a um xaile ou a uma echarpe, sem formas definidas, envolve o corpo e agasalha q,b.

Gosto do efeito, principalmente em dias como o de hoje em que amanheceu chovendo e, agora que a chuva parou, está quente.
As pontas dianteiras podem juntar-se num nó...

Sendo este o resultado.


Tinha-me esquecido completamente da sua existência e já não o vestia há um bom par de anos.
Hoje resgatei-o e fiquei com vontade de, a partir dele, tricotar o modelo noutras cores.


Em azul escuro, combinou com este conjunto branco ...


Imagino que em branco, preto ou camel resultará lindamente.
Acho que sim. Acho que será o próximo projeto.

Beijo
Nina


domingo, 19 de maio de 2019

Casaco

Conclui e o casaco tricotado em fio de algodão, segundo o método topdown que, até prova em contrário é o processo mais simpático de tricotar:
- Não exige costuras;
- Permite que a peça seja experimentada à medida que é tricotada;
- Eliminam-se possíveis erros relacionados com a contagem de carreiras para que frente e costas coincidam, como convem.

Só não deliro com as mangas que, a dada altura exigem o chamado Magic Loop que, pode ser visto AQUI. Não é que não funcione, mas, digamos, empata a progressão do trabalho. Parece que é igualmente possível tricotar as mangas utilizando 4 agulhas, mas a tanto não ouso, porque realmente não sei.



Aqui está.
Gosto da cor - quase não cor -  e gosto do resultado, adequado para dias de sol  como o de hoje, mas ventosos,
 agradecendo leve agasalho

Fui caminhar num passadiço junto ao mar .
Vesti uma t-shirt sem manga - para assim bronzear os braços e estimular a produção de vitamina D que, ao que tenho ouvido, se encontra em deficitária na maior parte dos adultos.
Combinei com calças brancas e lá fui, apostando, uma vez mais, num esquema quase monocromático.


Para quebrar a palidez do conjunto, uma tímida corzinha junto ao pescoço.

- Mas tu não gostas de cor? - perguntarão.
Então não gosto! Gosto e muito. Se não é ver-me de amarelo, o tão injustiçado amarelo, de vermelho ou, em momentos de loucura, misturando tudo.
Só que, tenho um fraquinho pelo branco, pelo bege e pelo preto.


Decidi que as mangas seriam a 3/4, porque o casaco será usado no Verão e eu
sou adepta da chamada manga arregaçada.

Gostei tanto do resultado que estou a pensar comprar o mesmo fio,
 noutra cor - pode até ser vermelho - e repetir a brincadeira.

Tenham uma feliz semana.

Beijo
Nina

sexta-feira, 9 de março de 2018

Para o fim de semana ...


Para o fim de semana prestes a começar e que se advinha de tempestade, nada como como arranjar ocupação gratificante.
Será  no sofá, em frente à TV que gastarei grande parte dos dois dias que se aproximam, com o entusiasmo de quem se prepara para iniciar tarefa nova - uma nova camisola / blusa, com cor primaveril.

Será rosa!
Foi amor à primeira vista - assim que vi o fio soube que seria uma camisola/ blusa para a Primavera.


A  ANTERIOR, quase, quase pronta, terá que aguardar nova remessa de fio - já que o que encomendei não foi suficiente.

Entretanto, como ficar parada não era opção, comprei esta nuvem cor de rosa que mostro acima..




Descobri o modelo nesta revista antiga, o que confirma a minha tese de que estas revistas são para conservar por toda a vida (pena tenho eu das muitas que, em fúria minimalista, (estupidamente) destruí.

O modelo é o que se vê na capa.



Apenas a frente é "trabalhada" - mangas e costas são lisas.
A gola é uma mais valia, principalmente para quem, como eu, tanto gosta de lenços e echarpes.

A primeira tentação foi comprar fio cinza - uma das minhas cores preferidas para este tipo de malha.
 Ainda bem que me contive, evitando desnecessárias repetições,
tanto mais que o rosa é uma eterna estrela da primavera.

Gosto da associação com jeans e blusão de couro.
Antevejo grandes caminhadas junto ao mar, assim, lindamente equipada.


Temos, portanto, garantia de um fim de semana caseiro, muito bem passado, com tricô, muitos filmes, muito chá e alguns docinhos - nada melhor para enfrentar a tempestade.
Quero crer que não será tarefa difícil e que, em breve, teremos novidades.

Se me quiserem acompanhar  faremos uma espécie de campeonato de camisolas/ blusas.

Bom fim de semana.

Beijo
Nina

domingo, 20 de novembro de 2016

Frio e chuva!


 O Inverno chegou antes da data prevista e hoje tivemos um domingo muito frio e chuvoso.
Há, contudo, que ver o aspecto positivo das situações  e todas têm o seu lado positivo, mesmo quando chove e faz frio. No caso, a oportunidade para vestir a camisola/ blusa nova que, quando concluída, tinha mostrado.
Não se lembram?
- Mostro de novo:



Gostei muito de a tricotar usando um processo diferente e completamente inovador para mim:
- Utilizei agulha circular e, começando na barra inferior, segui tricotando como se de um cilindro se tratasse.

 Só quando atingi a altura da cava é que prossegui separadamente, costas e depois frente, ao mesmo tempo que rematava para formar a cava raglan.

Atingida a altura pretendida, guardei em suspenso as malhas que, no final foram apanhadas juntamente com as das mangas, de modo a tricotar a gola.

Ambas as mangas foram tricotadas ao simultaneamente, mas estas com costura.

Como disse foi esta a minha primeira tentativa para anular as costuras laterais - com excepção de uma camisola/blusa executada segundo o método top/down, que brevemente mostrarei.


Esta veste muito bem. Por isso gosto de "canelados" ou "tranças" - sempre ajudam a que a peça se adapte ao corpo.

Vesti-a com uma saia de pele preta, meias opacas pretas e sapatos de verniz, sem salto, também eles pretos.
E gostei!
 Com este método penso ter descoberto um processo infalível para tricotar, em que tudo assenta como uma luva.

O Inverno promete ser longo e rigoroso!
Eu, se fosse a vocês, minhas lindas, comprava uns novelinhos e começava imediatamente a produzir peças únicas e originais.
Precisando de ajuda - já sabem - é só dizer!

Boa semana!

Beijo
Nina

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Vestido vestido.


Vesti o vestido!
Gostei imenso do resultado.
É favor observar;

Confortável - não enche - adapta-se ao corpo devido aos pontos com que foi tricotado, quente - que tem estado um frio polar - numa cor outonal que muito me agrada.


Combinei com sapatos/botins em camurça num tom aproximado e a marcar a cintura, um cinto castanho com detalhes dourados - tenciono comprar um outro que, até ao momento, só existe na minha cabeça... a ver se a coisa se concretiza.



Combinei com casacão preto  ...

Senti-me confortável, bem na minha pele.

A gola alta é bonita, mas atrapalha-me, pica-me ...


Por isso, com estas golas de que tanto gosto ...

... sempre uso um lenço de seda para proteger a pele sensível do pescoço.

A fim de a afastar ainda mais, prendi a gola com esta borboleta gigante.

O conjunto do "boneco" parece-me bem conseguido.

Que acham?
Que opinam?
Vá, não me poupem e critiquem à vontade.

Beijo
Nina

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Vestido em tricô - parte 2



Concluída a saia - a altura da mesma depende da opção de cada um(a) - tricotamos 20 carreiras de canelado 1/1 - 1 malha de meia, 1 de liga (tricô), fazendo, na 1ª carreira 50 mates uniformemente distribuidos.

A seguir, iniciamos o corpo/ costas, dando 18 aumentos, também  eles uniformemente distribuidos e iniciamos o PONTO DE FERRADURA LARGA, que mais não é do que tranças.
Este ponto exige 16 malhas para cada motivo + 2 para as orlas.
Para quem domina a técnica das tranças, não terá a menor dificuldade em reproduzir o esquema, cujo PAP se encontra a seguir:






Tricotamos 20 cm e iniciamos as cavas.



No vestido verde, para facilitar a tarefa, decidi-me pelo ombro descaído, mas cada um(a) tomará a decisão que melhor lhe parecer - cavas clássicas ou RAGLAN.

Continuamos a tricotar até ao decote.
Este quer-se amplo para que a gola alta fique solta, descaída, permitindo a utilização de lenços ou echarpes em redor do pescoço, que. para meu gosto, funcionam como acabamento perfeito do visual.

Só faltam as mangas.
Estas serão tricotadas em meia - ou não! dependendo do gosto pessoal.

Depois é só coser e brilhar.

O vestido que atualmente tricoto, não obedece ao esquema do "verde" porque gosto de inovar.
Igual, apenas a saia. O resto nem eu mesma ainda sei como será!
Chama-se a isto "navegar à vista" que, é, sem dúvida, a melhor das navegações, já que nos permite todas as deambulações, criações e improvisados delírios!

E assim vamos!
A noite aproxima-se e com ela a hora do tricô!

Beijo
Nina