Gosto de livros.
Sempre gostei, desde criança, nunca parei de gostar cada vez mais deles.
Leio, em média, um por mês, melhor dizendo, delicio-me com um todos os meses.
Se é mau e não merece o meu tempo, descubro-o nas primeiras páginas e recuso-lhe as minhas preciosas horas.
Por isso, como nunca persisto em apostar no cavalo manco, nunca me decepciono e cada leitura é uma viagem que me transporta para outros tempos e outros espaços, que me abre janelas para presenciar ações insólitas, românticas, arrebatadoras ou proibidas.
Alguém disse que, quem ama a leitura, jamais está só.
Subscrevo sem hesitar.
Devo-lhes tanto, devo-lhes tudo.
Sem as leituras não seria quem sou!
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Graças à leitura, abri horizontes, multipliquei opções, apaixonei-me por novas e improváveis paixões.
Como a costura, por exemplo, com quem me cruzei, primeiro através da Burda, depois nos sites da blogosfera e, neste momento, em leituras específicas onde busco a componente teórica que suporte os meus delírios de criatividade. |
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Assim, adquiri a Costura-mania, livrinho simpático, com uma centena de propostas razoavelmente esquematizadas, mas,infelizmente, pouco convincentes, ficando-se muito aquém das minhas pretensões.
Por um lado, não responde às minhas mais cruéis dúvidas (como pregar um ziper, por exemplo... para não referir outras), por outro, apresenta desafios demasiado comportados para a minha mente alucinada.
A culpa é minha, suponho, mas o livro não me convenceu.
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Já este, O JOGO DO ANJO, é outra conversa.
Do mesmo autor, li A SOMBRA DO VENTO, um best seller internacional, absolutamente viciante, envolvente, encarcerando o leitor na trama magistralmente construída.
O JOGO DO ANJO, em nada, desmerece o seu antecessor.
Reverencio quem assim escreve, quem nos comove até às lágrimas, aterroriza deixando no ar , flutuando, o MAL em toda a sua crueza, nos implica na ação obrigando-nos a tomar partido, prende os nossos sentidos, paralisa a nossa vontade, impede que paremos, a não ser que o autor assim o decida, estruturando o enredo em capítulos.
Tenho andado perdida por lá, pelo Bairro Gótico de Barcelona, tenho passado fome e vivido em imundas pensões, tenho convivido com marginais, bandidos da pior espécie, tenho sofrido com as implacáveis dores físicas do herói, tenho presenciado os seus raros momentos de paixão, tenho sentido o arrepio de pavor, impotente perante forças maléficas que perseguem e dominam ... enfim, tenho sido barcelonesa deambulando pelos recantos das Ramblas.
Enquanto não o devorar, até à última palavra, aviso, encontro-me no início do século XX, numa Espanha amordaçada, sobrevivendo numa sociedade rasgada por injustiças, onde a crueldade desfila impávida perante a muda aceitação social.
Sou a alma gémea de Martin!
Sou o próprio Martin! |
Beijos
Nina