quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Blusa, almofada e pompons!





 Para ocupar as mãos  e aproveitar um restinho de fio, comecei uma almofada. Branca. Clássica. Daquelas que ligam com tudo. Simplezinha, uns quadrados vistosos , mas sem ciência. São 9. Com eles compus a frente que, em fase seguinte, ligarei a tecido branco.




Em croché - informo e reafirmo - só a frente ( ainda não concluída)! O resto será em paninho branco que não falta no meu cesto de retalhos que , por mais que me esforce, não lhe consigo ver o fundo - parece até que crescem, se reproduzem à socapa.
Voltando ao croché ...

O mais engraçado é o remate,



...  uma série de pompons que aprendi AQUI e em tempos apliquei em mantas e almofadas que podem rever AQUI .

O blog inspirador encontra-se em standby desde 2017, o que é uma pena, porque continha ideias engraçadíssimas. Nada a  fazer quanto à sobrevivência dos blogues, que estão, irremediavelmente, em plena fase de extinção - eu que o diga, eu que me acuse e culpe, eu que , de autora aplicada, me transformei em rabiscadora de nada entusiásticos textos. A minha esperança é que a tendência se reverta e voltemos aos tempos esplendorosos dos blogues geniais. 

 A bem da verdade e da justiça, há que proclamar que ainda persistem alguns de elevadíssimo  interesse, mas, repito o seu número é desanimadoramente residual.



Voltando ao princípio do texto e mudando radicalmente o rumo da conversa, o tal fio que sobrou e que decidi aproveitar, resultou da blusa branca em croché que ocupou os meus serões no final de Agosto. Modéstia à parte, permitirão que considere a dita blusa mesmo gira, mesmo bem conseguida. Só que, de um dia para o outro, o frio, num repente, quase  me impede de a vestir.

Portanto, blusa concluída, sobra  fio, inicio uma almofada, o fio esgota, compro mais fio, volta a sobrar fio.

É assim que a coisa funciona..

Ou falta ou sobra. Acabar com os restos é tarefa impossível, porque restos, acarretam outros restos. Um desespero fosse eu ser que se desesperasse por miúdo motivo .

Após esta tão elevada reflexão, mostro a almofada, ainda que não concluída e convido possiveis aficionados a observarem a graça que é este remate.

 Quem o terá inventado? 

Quem?

 Merecia um prémio.

 

Beijo

Nina

terça-feira, 22 de setembro de 2020

Outono


Parece que começou ontem. O Outono. Com chuva , com tempo de Inverno. Não me importo. Gosto destas variações.



 Calhou passar o dia no campo, onde umas horas de chuva replicaram o milagre. O das beladonas. Tinham sido cortadas rente por cego trator que limpara o terreno. Quando vi que tinham desaparecido, entristeci julgando que só para o ano as reencontraria. Afinal enganei-me. Bastou uma chuvinha hesitante para reaparecerem.

Apanhei imensa molhada, porque são lindas, uma nuvem rosada e perfumada.

Alegram uma mesa, numa sala que sem elas era apenas uma sala. Agora transfigurou-se. Muito mais que sala é local mágico. Porque cheira bem e, acima de tudo, mais importante que tudo,  alegra corações e olhares, pacifica.

Feliz Outono.

Quero tanto que seja plácido, ameno, generoso, benigno.

Quero coisas boas. Simples. Grátis. Sem sobressalto, nem medos. Como o  são as melhores que a vida pode oferecer.

Feliz Outono. 


Beijo

Nina