... feridas abertas, ali, em plena luz do dia, inesperadamente, surgem, brutais.
Apesar da sua localização geográfica tão próxima, devo admitir que, quando a guerra eclodiu nos Balcãs, chegou-me aos ouvidos como algo abstrato, incompreendido, oculto por nomes estranhos como Bósnia e Herzgovina, sons sem referência, desprovidos de vida , de gente.
Hoje, confesso-o envergonhada.
Era uma briga lá para os lados da Jugoslávia envolvendo cristãos e muçulmanos, coisa mal compreendida que esperávamos que, tal como surgira, parasse.
Acontece que não parou.
Arrastou-se por 20 anos e, ainda hoje, existem territórios ocupados por tropas pacificadoras estrangeiras.
No norte, em Zagreb, o conflito apenas se infiltrou. As consequências, essas, contudo, persistem.
Deixando a capital, para sul, numa curva da estrada, o testemunho ... |
...mudo, mas estonteante ... |
... pela violência atroz que sugere ... |
... e faz questão de perpetuar... |
... para memória futura, para que as novas gerações não esqueçam. |
Estas, as suas casas.
Estas, as suas vidas.
A natureza, sábia mãe protetora da perpetuação da espécie, na curva seguinte, completa a lição:
Luminosa, pujante de vida, indiferente às tricas estúpidas que só o homem é capaz de criar. |
Exibe pedaços de céu ... |
... pedaços de vida... |
... lições a tomar ... |
... para que nunca se esqueça o importante ... |
Beijos
Nina