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sexta-feira, março 18, 2016

O Que não se Vê do Casario do Ginjal...

Normalmente quem passeia ao longo do Cais do Ginjal só se apercebe das ruínas de todo aquele Casario de uma forma episódica, porque as paredes e os muros são isso mesmo...

Claro que é possível penetrar no "coração" deste lugar onde quase já não há presença humana, pelo menos de uma forma fixa. Aqui e ali existem portas semi-abertas, buracos ou janelas partidas, que o ar de abandono e de perigosidade, está longe de nos convidar a entrar...

Mas com uma objectiva mais curiosa é sempre possível ver o se esconde por detrás do Cais, sem ser preciso andar por cima e por baixo dos "destroços" que resistem a quase todos os "invernos"...

(Fotografia de Luís Eme)

terça-feira, março 10, 2015

Não Sei se nos Outros Países Também é Assim...



Este abandono que nos persegue, cada vez em mais ruas, faz com que me interrogue, se este fenómeno também acontece por essa Europa fora.

Acredito que não. Lembro-me da primeira vez que saí do país, com dezoito anos, e logo de visita à nossa "querida" Alemanha, onde era impossível encontrar um papel no chão... Talvez as coisas já não sejam tanto assim, com a reunificação das duas alemanhas, mas...

Mas não acredito que se abandonem lugares como a Lisnave e se deixem entregues ao vazio do tempo, à pilhagem e ao vandalismo.

sábado, janeiro 31, 2015

O Ginjal é Isto...


Esta fotografia está fresquinha, foi tirada ontem ao fim da tarde.
Uma tarde quase feia, cheia de cinzentos, com um vento capaz de fabricar ondas no Tejo. 

Mesmo assim apeteceu-me sair de casa e andar (preciso muito de andar, todos precisamos...). Andar este que se pode confundir com passear, ou até como busca pessoal, aquela procura de pequenos nadas que surgem entre o vazio e a solidão.

Vou quase sempre para o mesmo lugar, não tanto pelo Ginjal (mais que visto e revisto...), mas sim pelo Tejo, que é mesmo um rio imenso, um "mar" de mão cheia...

Os casebres abandonados que vou encontrando aqui e ali (como o dono desta janela), não são mais que uma metáfora deste país...

Muitas vezes penso que a única coisa que ainda não nos abandonou (apesar de tão maltratada) é a natureza.

Não tenho dúvidas que de Norte a Sul somos um país bonito...

segunda-feira, dezembro 01, 2014

Um Homem Perdido na Imensidão do Tejo


Podia ser um poema, mas não. 

É apenas a legenda de uma fotografia, tirada ontem, ao fim da tarde no Ginjal.

Sei que o domingo sempre foi um dia terrível para quem vive sozinho, mesmo que hoje já seja um dia tão familiar como noutros tempos.

É por isso que na "Floresta do Ginjal" se organizam matinés dançantes aos domingos à tarde, para namoriscar, reviver o passado e tentar apagar a solidão, que é quase como o frio, agarra-se mais à pele no Inverno...