terça-feira, agosto 31, 2021

"Nuno - 4 + 4 - Matias"


Este cartaz é apenas mais um, dos milhares que estão espalhados pelo país e que de alguma forma explicam porque razão mais de metade das pessoas recenseadas não vão votar.

Este senhor é, há quase quatro anos, vereador do Município de Almada, com os pelouros do ambiente, energia e espaços verdes.

Ou seja, Nuno Matias não aparece aqui por "obra e graça do espírito santo", embora esteja quase a querer dizer que não tem nada a ver com o que se tem passado aqui em termos ambientais (as ruas nunca estiveram tão sujas e os espaços verdes tão abandonados como neste "reino" do PS e PSD...).

Andou quatro anos a ver as "bandas" a passar (mas com a falta de apoio que é dado ao movimento associativo começa a ser difícil vê-las passar...) e agora sim, quer quatro anos para "transformar Almada".

É por causa desta "chico-espertice" que as pessoas viram cada vez mais as costas aos políticos.

(Fotografia de Luís Eme - Almada)

terça-feira, agosto 24, 2021

A Cultura como Bandeira Eleitoral


Ao ver este anúncio eleitoralista da CDU, junto ao antigo edifício da EDP, adquirido pelo Município ainda na anterior gestão (CDU), e completamente "abandonado e esquecido" pelo PS e PSD (a política tem estes absurdos, só que é nosso é que é bom...) nestes quatro anos, fiquei a pensar em várias coisas.

A primeira foi de que Almada não está necessitada de mais instalações culturais, geridas pela sua Câmara Municipal. E ainda menos reféns do habitual "centralismo democrático" da CDU, que só tem um único objectivo: controlar tudo o que se faz de importante na área cultural no Concelho.

Almada precisa de facto de um Centro de Artes, mas para fazer contraponto às várias instalações culturais já existentes (Casa da Cerca, Solar dos Zagalos, Casa Amarela, Oficina da Cultura, Galeria Municipal, Museu da Cidade, Fórum Romeu Correia, Casa da Juventude e Biblioteca José Saramago). Algo que não seja gerido pelo Município, mas sim por uma entidade independente, que seja capaz de fazer uma gestão competente e democrática, servindo os interesses dos almadenses e não de forças políticas, do seu ideário e dos seus militantes.

É por isso que defendo que talvez fosse mais importante para a população, se ali fosse instalada algo que servisse as pessoas do ponto de vista social...

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


segunda-feira, agosto 23, 2021

A Hipocrisia (e o desleixo) Visível do Poder Autárquico em Almada


Estas placas e sinais de aviso deviam estar colocados em quase todas as ruas do Concelho, especialmente as das freguesias urbanas (falo sobretudo de Almada, Cacilhas e Cova da Piedade), e não apenas na Praça Gil Vicente.

É uma vergonha o que se tem passado nos últimos quatro anos, em que os buracos que vão aparecendo nas estradas, com as chuvas e o habitual "deixa andar", só quando se tornam "crateras" (e com muitos telefonemas para a União de Juntas), é que são remendados, e mal. 

Tapetes novos nem vê-los (a segunda fotografia foi tirada a uma centena de metros da dita praça, na rua Comandante António Feio, mas existem dezenas de exemplos iguais nas três localidades citadas...).

Mas o Município ainda fez uma coisa mais engraçada nos últimos tempos (aconteceu na minha rua...), andou a pintar o asfalto com tracejados, zebras e traços contínuos, mas com o cuidado de "fingir" que não via os buracos na via, mantendo-os, como se fossem menos perigosos para os automobilistas que a separação de faixas, teórica (devido aos estacionamentos num dos sentidos).

Mas não deixa de ser curiosa a constatação, de que  foi preciso aparecerem o PS e o PSD no poder, para que umas linhas brancas (algumas só fazem confusão e a uma boa parte delas nem pode ser cumprida devido aos estacionamentos de carros nas vias, se bem que podem ter sido colocadas já a pensar em futuras multas...) passassem a ser mais importantes que o estado (neste caso, mau) das ruas e estradas de Almada.

Nota: Apesar destes sinais já estarem colocados há dias no começo da Praça Gil Vicente, o único sinal de obras são as vedações colocadas nos passeios. E de entrada e saída de viaturas, nem sinal (e ainda bem). 

(Fotografia de Luís Eme - Cacilhas)


segunda-feira, agosto 16, 2021

Eu Também Escolhia (se fosse verdade)...


Sei que nunca podemos esperar muito dos cartazes de propaganda política, mas esta coisa de se atirar "areia para os olhos" dos eleitores, devia ter limites.

E eu até fui dos que pensava que era possível melhorar muitas coisas na nossa Cidade, mas infelizmente, houve um retrocesso nítido em quase todas as áreas. Não tenho dúvidas que a qualidade de vida dos almadenses piorou. A cidade está mais feia e descuidada, e com os mesmos problemas de sempre, quer no trânsito, na habitação e na higiene urbana.

Mas que é preciso uma grande lata, para colocar um cartaz com estas palavras, senhora Presidente, é...

(Fotografia de Luís Eme - Cova da Piedade)


quarta-feira, agosto 11, 2021

O Copo Meio-Cheio dá Sempre Jeito aos Políticos...


Ao ler a entrevista feita à presidente do nosso Município, Inês de Medeiros ao "semmais", sublinhei algumas das suas palavras, por terem os "pózinhos" muito utilizados pelos políticos, esses mesmo, que são capazes de transformar fantasia em realidade. 

Vou começar pela cultura, por razões óbvias: 

«Houve muito investimento na cultura, a todos os níveis. Aumentámos os apoios regulares às companhias e outras associações e clubes com um critério que lhe permite hoje saber com o que contam.»

Claro que é possível que tenha sido feito mais investimento na cultura. Para isso basta que seja dado mais um milhão para o Festival de Teatro de Almada (é um dado hipotético...), mesmo que algumas associações e clubes de que fala, em vez de receberem apoio, tenham sido convidadas a devolver dinheiro, em nome do tal "critério"...

É por isso que é sempre possível dizer que "aumentámos os apoios regulares às companhias e outras associações e clubes"... O copo meio-cheio deu sempre mais jeito aos políticos que o copo meio-vazio...

(Fotografia de Luís Eme - Cova da Piedade)