Nunca tinha pensado a sério no assunto. Mas um dos objectos que se foi tornando dispensável cá em casa é a televisão, para mim claro. Passo cada vez menos tempo à frente do "ecran maravilha" (a excepção são os filmes).
Reconheço que isso não tem só a ver com a qualidade da programação. Tem também a ver com opções pessoais. Prefiro ouvir música e ler, revistas, jornais ou livros...Pensei nisso por estar inteiramente de acordo com a crónica de hoje de João Miguel Tavares, no "DN". Todos sabemos que há programas que só têm sucesso pela polémica criada à sua volta, por muita publicidade e "palha" que é metida à sua volta. E a SIC e a TVI sempre se mostraram mestres nesses "deslumbramentos" populares.
Como já devem ter percebido, estou a falar do famoso "Momento da Verdade".
Não estou a falar de cor, porque vi uns minutos do programa em que a figura central era um rapaz militar. Achei aquilo tão deprimente, que não consegui perceber onde estava o interesse do programa como espectáculo televisivo, tendo como figura central um rapaz a vender-se por uns euros, na presença de familiares e amigos.
Ainda por cima aquilo parecia tudo (mal) encenado, com trocas de olhares cheias de cumplicidade.
O que me parece mal, e está bem explicito na crónica do João Miguel, é a lata de todos os "siclistas" que se tem "vendido" por causa daquele "sabonete", com um perfume tão manhoso. Certamente, mais motivados pelos euros que caem da bolsa do Balsemão que pelo tão propagandeado amor à camisola da casa...
Felizmente, a minha noção de entretenimento está mais próxima da "A Roda da Sorte ou do "Jogo Duplo", que destes confessionários decadentes e mentirosos.
E, segundo parece, o famoso "fundo do buraco" não existe em televisão, é sempre possível descer mais baixo...