Há cerca de vinte anos que estou ligado ao associativismo almadense.
Isso faz com que saiba muito bem como funcionam as coisas na esfera do poder local, como são atribuídos os subsídios (até por pertencer a uma Associação que não recebeu qualquer subsídio autárquico em 2013 e 2014, provavelmente por ser apartidária, já que é a Colectividade Cultural que desenvolve mais trabalho cultural em Almada...), como quase se tem de "esmolar" qualquer pedido de apoio, mesmo que seja para uma actividade relevante para o Concelho.
Há uma clara falta de respeito pelo trabalho voluntário e não remunerado das pessoas ligadas às colectividades almadenses, que se tem agravado nos últimos anos.
Apesar disso, penso continuar a colaborar nas Colectividades que gosto, embora cada vez me mantenha mais afastado dos cargos importantes, porque penso que a função do dirigente associativo não é "pedir esmola", mas sim apresentar projectos e ser olhado como um parceiro, como alguém com quem se pode dialogar e trabalhar e não explorar (muitas vezes a pensar em dividendos eleitorais).