A ausência de qualquer imagem, fez com que a crónica da cerimónia do lançamento do livro sobre Fernando Barão, fosse adiada por alguns dias (obrigado, Gil...).
Mas era impossível não escrever sobre a tarde de 12 de Outubro, que se revelou memorável, graças ao aparecimento das mais de cem pessoas (algo de invulgar nos dias que correm...), que lotaram a Sala Pablo Neruda, do Fórum Romeu Correia. Tantos amigos que não faltaram a este encontro, para o homenagear, recordando-o, ao mesmo tempo que adquiriam o livro, "Fernando Barão: (Quase) Toda a Minha vida", da autoria de Luís Alves Milheiro.
A mesa foi composta por Filipe Pacheco, vereador do Município de Almada, Maria D' Assis, presidente da União de Juntas de Freguesia de Almada, Fátima Barão Dias, filha do homenageado, Luís Milheiro, autor da obra e a professora Edite Condeixa e o dirigente associativo, Henrique Mota, que repartiram a apresentação da obra.
Para que este evento começasse de uma forma alegre, Francisco Gonçalves, contou uma das muitas anedotas que o Fernando Barão gostava de contar nos "Fogos de Campo", nos seus bons tempos de campista.
Depois foi a vez da Fátima Barão Dias, falar com emoção do pai, contando alguns episódios da sua convivência de setenta anos, com um homem especial, que sempre amou e admirou.
Maria D' Assis contou que conheceu Fernando Barão, quando entrou para a Santa Casa da Misericórdia de Almada, onde ele era o Provedor. Um Provedor de boa memória para todos.
Filipe Pacheco, em representação da Autarquia, deu a boa nova da atribuição do "Largo Fernando Barão", no conhecido, "Largo dos Bombeiros de Cacilhas", onde hoje fica o Centro de Turismo de Almada (que emocionou e alegrou todos os presentes...).
Henrique Mota deu o seu testemunho pessoal, sobre alguém que foi sempre o grande amigo de seu pai, e claro, seu amigo também. Enalteceu a sua importância no tecido associativo local, graças às suas qualidades humanas e ao seu saber.
Edite Condeixa começou a sua intervenção, recordando as visitas do Fernando à escola onde dava aulas (António da Costa), assim como de outros vultos da literatura almadense. A sua alegria e o seu humor contagiante, faziam as delícias dos alunos. Depois abordou de uma forma sintética a sua obra literária e as suas qualidades como "contador de histórias".
Entre estas intervenções, escutaram-se dois poemas da autoria do nosso Barão, lidos pelas suas bisnetas, Isabel e Luísa.
Luís Milheiro agradeceu a presença de tantos amigos e contou como tudo aconteceu, como nasceu este livro, eram as conversas com Fernando Barão na Verdizela, os almoços no "Solar das Tílias", sem se esquecer de dizer que este livro não é um "ajuste de contas" com ninguém, nem mesmo com a vida, mas sim a tentativa de esclarecer alguns pontos, com mais que uma versão. E não há nada melhor que a versão do próprio, do Fernando Barão...
Fátima Barão Dias fechou esta sessão memorável com a leitura do pequeno texto da sua autoria, que está presente no final do livro (juntamente com o testemunho do seu companheiro, também Fernando, e dos seus três filhos, Joana, Isaque e Pedro).
(Fotografias de Gil Marovas)