Sociolinguística (Sociolinguistics)

Este estudo pretende acompanhar a evolução das estruturas interrogativas-Q com pronome deslocado no português brasileiro (PB) ao longo de uma faixa de tempo que se estende de meados do século XIX (1845) até o final do século XX (1992). Os exemplos abaixo ilustram os tipos de estruturas interrogativas sobre os quais nos concentramos. Note-se que estão excluídas as sentenças com palavra-Q in situ.

As práticas sociolinguísticas demarcam fronteiras político-sociais, situam as pessoas no mundo, reservando-lhes e indicando-lhes seu lugar de pertencimento, tornando-se instrumentos de identificação sociocultural. Nessa concepção, o lugar de pertencimento social dos sujeitos constitui um espaço político de dominação, espaço da inclusão e da exclusão. Historicamente, as conquistas de um povo sobre outro(s) têm se efetivado, principalmente, pela imposição da língua e da cultura do dominador ao(s) dominado(s), construindo um referencial de identificação de indivíduos e de grupos, imposto como único. O desejo de ser aceito e o desejo de ocupar o lugar do Outro (BHABHA, 1998; FANON, 2008) leva à obediência, como estratégia de negociação, e à resistência, ainda que dissimulada, por parte dos dominados, confirmando a hegemonia da língua e da cultura dominadoras. Durante a colonização do que conhecemos agora como América Latina, os povos colonizados resistiram fortemente à língua-cultura e à religiosidade do colonizador. Essa resistência promoveu conflitos geradores dos mais contraditórios sentimentos, reações, estratégias de negociação e de enfrentamento, muitas vezes, silenciosos e quase despercebidos. Destaco como um dos sentimentos decorrentes das lutas e conflitos coloniais, no Brasil, a insegurança linguística do(a) brasileiro(a), que no Obiah 3 convencionou-se denominar de linguofobia, que é a resistência e insegurança com relação à Língua Portuguesa, na escola, ao português brasileiro nas interações cotidianas assimétricas e, maximamente, ao estudo de línguas estrangeiras, principalmente, à língua inglesa.

The paper presents patterns of language use of the schoolchildren who attend one of the two japanese educational establishments in Barcelona: the Japanese School of Barcelona and the Supplementary Japanese School of Barcelona. Based on the data from a small-scale pilot study, patterns of language use of the children in the communication with their parents, their siblings, and their friends are analyzed.

Background: In Southeast Asia, diabetes and hypertension are on the rise and have become major causes of death. Community-based interventions can achieve the required behavioural change for better prevention. The aims of this review are 1) to assess the core health-components of community-based interventions and 2) to assess which contextual factors and program elements affect their impact in Southeast Asia. Methods: A realist review was conducted, combining empirical evidence with theoretical understanding. Documents published between 2009 and 2019 were systematically searched in PubMed/Medline, Web of Science, Cochrane Library, Google Scholar and PsycINFO and local databases. Documents were included if they reported on community-based interventions aimed at hypertension and/or diabetes in Southeast Asian context; and had a health-related outcome; and/or described contextual factors and/or program elements. Results: We retrieved 67 scientific documents and 12 grey literature documents. We identified twelve core healthcomponents: community health workers, family support, educational activities, comprehensive programs, physical exercise, telehealth, peer support, empowerment, activities to achieve self-efficacy, lifestyle advice, activities aimed at establishing trust, and storytelling. In addition, we found ten contextual factors and program elements that may affect the impact: implementation problems, organized in groups, cultural sensitivity, synergy, access, family health/ worker support, gender, involvement of stakeholders, and referral and education services when giving lifestyle advice.

Choice of address forms, a socially crucial feature in German communication, is context-dependent on situations (a) where the unmarked form of address is du (T), (b) where it is Sie (V), and (c) where the two systems (a and b) coexist. The first two situations are, apart from their fuzzy edges, rather clearcut. The third situation, however, appears anarchic and has a high embarrassment potential. In an empirical study based on 72 interviews conducted in three regions of the German speaking area, the three prototypical situations are explored. A number of potentially conflicting rules and preferences for ambiguity are isolated. These include individual preferences, network preferences and perceptions of social distance, based on factors such as relative age, emotional closeness of interlocutors, and perceived commonalities between them. In spite of the complex interplay of competing rules and preferences and the consequent embarrassment potential, German speakers appear to reject any imposition from outside of a particular address form. This study is part of a larger, Australian-based project comparing the address systems of French, German and Swedish.

Neste estudo objetivamos verificar como falantes do português brasileiro – alunos do curso Técnico em Agropecuária Integrado ao Ensino Médio do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul (IFMS) campus Nova Andradina – se reconhecem linguisticamente e como eles avaliam e percebem a sua fala e a fala do outro. A metodologia de coleta de dados consistiu na participação de 72 estudantes e aplicação de um questionário de percepção e atitude linguística cujos resultados foram analisados sob escopo teórico e metodológico da Sociolinguística Laboviana. Os resultados revelaram que para a maioria dos alunos a língua falada na cidade é neutra, que não há sotaque e que em regiões como o nordeste é onde se fala um português menos bonito. Tais julgamentos em relação à própria língua falada e a forma de expressão do outro podem fazer com que o aluno passe a menosprezar a sua forma de falar e a das pessoas do seu convívio. Esses dados revelam a necessidade de repensar como a língua materna está sendo ensinada na localidade investigada.

La ricerca intende verificare in quale misura il dialetto non viene più utilizzato. L’indagine mira a capire in quali momenti e contesti della vita quotidiana gli abitanti di Fai della Paganella (Trentino) parlino preferibilmente il dialetto e quando e perché invece usano la lingua italiana. Si vuole infine raccogliere brevemente le opinioni dei residenti del paese riguardo a questo fenomeno.

Este artículo explora algunos conceptos básicos de particular interés y aplicabilidad a la hora de iniciar un estudio de corte sociolingüístico. Se inicia con un acercamiento a los conceptos de sociolingüística, lenguaje, lengua y habla, para luego abordar variables lingüísticas, variables sociales, dialecto y comunidad de habla. Las nociones teóricas que aquí se presentan son las empleadas como sustento teórico del proyecto titulado “Caracterización del uso dialectal del español hablado en Chiquinquirá”. El objetivo de este artículo es revisar asertos teóricos propios de la sociolingüística; de este modo, se está aportando a investigaciones futuras que tengan que ver con el habla entendida como suma de dialectos y que quieran profundizar en el trabajo de los usos dialectales de una comunidad de habla determinada.

Para citar este artículo: D’olivares Durán, N. (2015). Breves Glosas en Torno de la Sociolingüística. Cultura CientíFica, 13(13), 68-78. Consultado de http://www.revistasjdc.com/main/index.php/ccient/article/view/339

Como sabemos, el mayor o menor número de hablantes de
una lengua está principalmente condicionado por cuestiones sociales y no lingüísticas.
La lengua de signos nos conduce a la reflexión lingüística
necesaria para responder a las cuestiones que condicionan la respuesta al número de signantes en lengua de signos española. ¿Quiénes son los nativos de las lenguas de signos y cómo han llegado a la lengua de signos?

Estrategias de desarrollo del español como segunda lengua para estudiantes indígenas universitarios Strategies for language development in University Indigenous Students learning Spanish as a second language Resumen La deficiencia de la competencia en español por parte de los estudiantes indígenas se ha examinado sólo en la escritura (nivel morfosintáctico, semántico y ortográfico) tal como lo demostraron Álvarez (2004) y Swiggers (2002). Por su parte, Oquendo (2006, 2009, 2011) ha planteado que esta deficiencia obedece a que la enseñanza del español en las escuelas indígenas, y aún en las que están inmersas en el programa de Educación Intercultural Bilingüe (EIB), se realiza como si esta fuese su lengua materna sin atender el desarrollo verbal oral y escrito. En el primer Congreso de estudiantes indígenas universitarios de la Universidad de Los Andes (2011), los mismos estudiantes concluyeron concluyeron que entre uno de los factores que ha determinado su deserción escolar está su incompetencia comunicativa del español. El propósito de este artículo es plantear estrategias para el desarrollo verbal del español como segunda lengua (EDVEL2), desde una perspectiva antroposociolingüística a través de un modelo cognitivo-creativo, partiendo de un diagnóstico de la competencia oral y escrita del español orientado por la situación sociolingüística del estudiante universitario indígena, se considerarán: 1) variedad dialectal del español del cual él es exponente, 2) Tempo de habla, 3) Cambio de código, 4) Interferencias: fonetológicas, gramatical, lexical. 5) Transferencia. Palabras clave: antroposociolingüística, situación sociolingüística, español como segunda lengua, estudiantes indígenas, modelo cognitivo-creativo. Abstract Deficiency of Spanish competence of students learning Spanish has been studied in writing.

O presente artigo analisa, a partir de questões do Caderno de Linguagens do ENEM, de que forma e por qual motivo conceitos e temas de História são utilizados como fundo para as questões de variação linguística do Caderno, bem como quais os tipos de variação mais explorados nessas questões. Estudos relacionados à variação linguística e suas aplicações na prova do ENEM proporcionaram a base teórica da pesquisa, que se utilizou da metodologia da análise documental. Os resultados apontam que o caráter crítico das questões é bem construído quando combinada História e variação linguística. Ressalta-se, por fim, que as questões requerem ao estudante bom potencial analítico e capacidade de associar múltiplos conteúdos.

L'analisi della relazione tra lingua e identità sociale è un campo accademico molto vasto e prolifico che, per ovvie ragioni di spazio, non può essere trattato per intero in questo capitolo. È utile però ricordare come l'identità possa scaturire attraverso i diversi processi di uso sociale della lingua 1 , sia ad esempio nell'interazione tra variabili sociali (genere, educazione, località, religione, ecc.) e stilistiche (scelte lessicali, fonetiche, ecc.), sia nella definizione di identità linguistica come associazione tra determinate espressioni di cultura e denominazioni specifiche di un idioma (Italiano, Swahili, Quechua, ecc.). La lingua è sicuramente uno degli strumenti fondamentali di trasmissione della cultura. Per questo, la lingua è da sempre vista come un elemento caratterizzante dell'identità individuale poiché (insieme all'etnia, religione, ecc.) identifica un parlante come appartenente a un determinato gruppo e, al tempo stesso, contribuisce all'identità collettiva del gruppo come elemento di differenziazione dagli altri gruppi. Per molto tempo questo stretto rapporto tra lingua e identità è stato visto in termini essenzialisti, statici e deterministici. Le lingue cioè sono spesso state rappresentate come espressioni "naturali" del carattere collettivo di un ethnos in grado di determinare o condizionare il modo di pensare dell'individuo. È questa l'interpretazione più "forte" dell'ipotesi whorfiana 2 secondo cui attraverso la lingua non trasmettiamo solo il codice ma anche la visione stessa del mondo e della realtà codificate nelle strutture linguistiche. Questa nozione di lingua come qualcosa d'intrinseco all'individuo è però sempre meno favorita dalla linguistica e dall'area interdisciplinare di studi culturali che tendono a leggere l'ipotesi whorfiana in chiave più "debole" come relativismo culturale o, in forme più critiche, a confutarla completamente concependo la lingua principalmente come processo di costruzione 1 Secondo una definizione generica, la lingua rappresenta un sistema codificato di suoni e simboli che ci permette di comunicare il pensiero e interagire socialmente. Inoltre secondo la classica distinzione saussuriana (De Saussure, 1992) la lingua può essere vista distintamente come sistema sintattico di significanti-significati che esiste in forma astratta (langue) o come l'utilizzo pratico di tali strutture (parole). 2 Secondo l'ipotesi di Sapir-Whorf, le strutture di una lingua influenzano e determinano il modo di pensare degli individui . Franco Zappettini 2016 © Varani, N., De Boni, F. Geografia Interculturale McGraw Hill Lingua e identità sociale 2

This study aims developing synsets of noun of Punjabi Language (PL) in
Shahmukhi. This is a corpus-based study. The study has developed a corpus of 2 million words of
Punjabi Language in Shahmukhi script for selecting nouns to develop their synsets. The corpus of
Punjabi Language was POS tagged and processed through software: AntConc.3.4.4.0 for getting
nouns. The list of 1000 nouns was retrieved in English with respect to semantic categories. The
developed list of nouns has been further translated from English to Gurmukhi to Shahmukhi using
software: Akhar 2016. For the purpose of assistance, Princeton WordNet and Punjabi dictionaries
were used in the construction of Punjabi noun synsets. As a result, 5000 synsets of nouns have been
developed in term of identity number, word, grammatical category, synsets of noun, number of
senses and sentence examples.
KEY WORDS: synsets of noun, Punjabi language, Punjabi corpus, translation, lexicon-semantic
relations

A language is considered as a sexist language if it conveys attitudes that stereotype a person according to gender rather than judging on individual merits. Feminists believe that English language is a sexist language because it involves negative attitudes towards women and maintains social inequalities between men and women. There are many English metaphors used to describe women in disagreeable manner, but this is rarely a case with men. Animal, food and villainous imageries are highly used to refer to women, such as: bitch, chick,-sugar, honey, tomato,-witch and so on. Animal imageries compare women with helpless creatures, food imageries with items used for sustenance and pleasure, and villainous imageries with evil creatures. More or less, in every society, women are believed to be weak and subordinate to men who are considered to be masculine. Even by linguistic items, men are presented as the head of societies. English morphology generally takes the male form as the base form, and adds suffix to construct the female form, for example: lion-lioness, tiger-tigress, actor-actress, etc. Suffix 'ess' carries connotations of lack of seriousness. By using the words 'he' and 'man' as generic forms, women are kept invisible and undermined. My first language is Bengali, so it was a question as to whether my language is also a sexist one. Sexism is also a usual feature of Bengali language, and even a careless observation on daily language can help identify the presence of sexism in Bengali. Women are sometimes referred by the following villainous imageries: Rakkhoshi (রাক্ষসী) = female monster; daini (ডাইনী) = witch. Even in terms of morphology, male form appears to be the base form in Bengali language, such as: chakor-chakrani (চাকর-চাকরানী) = servant-maidservant, shingho-shinghi (সসিংহ-সসিংহী) = lion-lioness, etc. Even names of Bengali children follow sexism; a male child is never named Nodi (নদী) = river and a female child is never named Shagor (সাগর) = sea. Even by means of names, men are presented as a strong figure and women as the subordinate figures who possess lesser strength comparing to their opposite gender. From the above discussion, it is obvious that both Bengali and English are sexist languages; delve into your language to discover sexism in your language.

Out of 3372 mother tongues in India only 22 have official status. There are 613 Tribal communities and they speak around 304 mother tongues. As the UNESCO records go, India has 196 endangered languages, most of them having tribal origin. During this presentation, we propose to concentrate on the decay and loss of tribal languages in India. This will be examined with reference to the existing models of multilingual education policies: three-language-formula (L1, L2 and English) and Mother-Tongue-Based Multilingual Education (MTBME). The official language policy of Indian Government – the three language formula-- is no less than a muddle because in any Indian society more than three languages coexist. Paradoxically, through the influence of so-called mother-tongue-medium teaching, a tribal child receives instructions only in the national or the dominant regional language instead of his/her mother tongue. MTBME, introduced in Orissa and Andhra Pradesh of India lately has shown considerable decrease in school dropouts among tribal children. It has also made schooling more comprehensible and relevant for them. Thus, it is my considered opinion that MTBME can provide a solution for India’s fractured language policy and can lead to the revitalization/maintenance of the tribal languages of India.

Este estudio investiga la producción a través del role-play de tres actos de habla en español por parte de tres grupos diferentes de hablantes: nativos de español, nativos de inglés con un nivel avanzado de español, y nativos de inglés con un nivel intermedio de español. Se han tenido en cuenta variables como el nivel de los estudiantes, su experiencia en el extranjero, cuántos años llevaban estudiando la lengua o su propia autopercepción del nivel que tienen. Las transcripciones de los 108 vídeos grabados se han clasificado de acuerdo con los tres actos de habla, los tres grupos, y las estrategias de acción y reacción de cada acto de habla que habían establecido investigaciones anteriores.
Los resultados muestran que los grupos difieren entre sí tanto en la interpretación de cada uno de estos actos de habla como en las estrategias utilizadas para producirlos y reaccionar a ellos, tanto verbal como gestualmente, demostrando así que la competencia pragmática no se ha adquirido al mismo nivel que la competencia gramatical en los estudiantes del grupo avanzado. Se ha podido observar, pues, transferencia negativa tanto en las estrategias utilizadas, como en la extensión y el número de los turnos producidos en los grupos de hablantes no nativos.
Como producto final, además de esta tesis, se ha creado un corpus multimodal al cual tanto investigadores como profesores y alumnos podrán acceder fácilmente a través de internet para poder trabajar con los vídeos y sus transcripciones, las cuales pueden ser descargadas fácilmente.

Palabras clave: corpus, corpus multimodal, pragmática, actos de habla, competencia pragmática, lenguaje no verbal, ELE, adquisición de segundas lenguas, adquisición de lenguas extranjeras, SLA, FLA, FTA, actos amenazantes para la imagen, pragmática intercultural, pragmática sociocognitiva, sociolingüística, rechazo, cumplido, disculpa.

Conjunto de ideas ordenadas que permitan entender la realidad sociolingüística de Asturias con vistas al desarrollo de un modelo propio de cooficialidad "sostenible" asturiano-español. El futuro del asturiano no está en discutirle espacios de comunicación al español sino en su dignificación como parta esencial del patrimonio cultural de todos los asturianos. El objetivo ha de ser la creación de "nichos" idiomáticos donde cultura, economía, comportamientos sociales puedan ser identificados y vertebrados por el asturiano

"Der Beitrag untersucht den Diskurs des Fußballs und versucht, die
ihn konstituierenden Mechanismen zu definieren. Hierbei wird auch die Sprache der ‹ultras›, die an diesem Diskurs mitwirken, berücksichtigt. Ausgehend von Überlegungen Pier Paolo Pasolinis zum «linguaggio del calcio» und seiner Prägung der «podemi» wird durch die Analyse der häufigsten Neologismen, der Dynamik des Diskurses und der möglichen Interferenzen im Kontakt mit anderen Sprachen die Anregung zu einer weiteren linguistischen Beschäftigung mit dem Phänomen gegeben."

A literatura sobre o apagamento de marcas morfológicas nos verbos e a inserção de novos pronomes no sistema linguístico, em diferentes análises e em diferentes dialetos do português no Brasil, é extensa. Sobre a perda das marcas morfológicas no verbo, podemos citar dois autores que, desde os anos 70, descrevem o fenômeno sob o enfoque da sociolinguística quantitativa: Naro (1981), Scherre (1989), Scherre & Naro (1992), Naro & Scherre (1999). Posteriormente, houve também contribuições acerca das variáveis de concordância verbal em estudos de variedades “rurbanas” (dialetos falados por migrantes pobres em grandes capitais do Brasil): mais especificamente Rodrigues (1987), na cidade de São Paulo, e Bortoni-Ricardo (1985), em Brasília.

Uma outra linha de pesquisa pode ser descrita como aquela que se iniciou com as sistematizações propostas por Tarallo (1991) para explicar os padrões de mudança sintática observados em tempo real de longa duração no “português brasileiro”.

Dessa análise, surgiram inúmeros trabalhos que de algum modo mantêm diálogo com a proposta do autor até os dias mais atuais. As explicações sistemáticas de propriedades sintáticas, em variedades brasileiras, deram molde a fenômenos antes descritos isoladamente (classificados apenas como “brasileirismos”, cf. Tarallo,1991:75-81). O trabalho seminal
teve mais recentemente novas interpretações. Estes representam, por um lado, um aprofundamento formalista no estudo de fenômenos observados também por Tarallo (Kato et alli, 2001; Negrão& Viotti, 2001) e por outro representam possíveis aplicações de seus postulados a certas teorias sobre o fenômeno lingüístico chamado de gramaticalização (Zilles, 2002; Zilles, 2004; Ramos, 1997; e Vitral, 1996).
A partir desses trabalhos de referência, a pesquisa que se apresenta inicia uma discussão de como as características observadas em variedades do português no Brasil estão relacionadas a significados sociais que identificam falantes estratificados e pertencentes a
determinadas comunidades de fala (Labov, 2001; Milroy, 1980; Eckert, 1996). Já em Tarallo (1991:75-99) encontramos essa preocupação, quando descreve a “emergência” de uma gramática simultaneamente ao desenvolvimento de uma nova “noção de cidadania” na elite nacional.

Nesse quadro mais geral, a pesquisa enfoca a variação dos pronomes e da concordância verbal para a expressão de primeira pessoa do plural no dialeto falado por migrantes e filhos de migrantes, moradores de bairros de periferia da cidade de São Paulo.

De modo mais específico, essa pesquisa mantém diálogo com dois estudos sobre os pronomes de primeira pessoa do plural (Omena, 2003; Zilles, 2005) e com dois outros estudos sobre a concordância verbal na fala de migrantes em cidades grandes (Bortoni- Ricardo, 1985; Rodrigues, 1987).

Nosso objetivo central é demonstrar que a variedade falada nos bairros de periferia em São Paulo apresenta duas tendências contrárias às outras variedades: (a) a gente não constitui necessariamente o pronome favorito na comunidade e (b) o fenômeno de perda de marca morfológica tende a generalizar-se para a expressão da primeira pessoa do plural no verbo (por exemplo, nóis é).

A diferença observada no uso dos pronomes encontra motivação sobretudo no perfil sociolinguístico das comunidades em estudo: enquanto Omena (2003) e Zilles (2005) consideram falantes naturais de centros urbanos com distribuição social segundo a escolaridade, a atual pesquisa enfoca falantes moradores de bairros periféricos da cidade de São Paulo, muitos deles migrantes de zonas pobres do país, ou filhos destes.

No caso do apagamento do sufixo -mos, vamos verificar que filhos paulistanos com perfis semelhantes aos daqueles estudados por Bortoni-Ricardo (1985) e por Rodrigues (1987) não se comportam, como era esperado, de acordo com o processo de urbanização de dialetos rurais. Para as duas autoras, esse processo se dá basicamente com o reconhecimento, por parte do migrante, de que seus hábitos linguísticos são estigmatizados, e que portanto devem ser mudados. Nesses trabalhos, os falantes, que passaram por esse processo de mudança, somente demonstraram alterações no uso da variável de primeira pessoa do plural, se comparado à de terceira do plural.

O corpus para análise foi constituído com um trabalho de campo realizado num sub-distrito, de origem favelada, do bairro Brasilândia (Jardim Paulistano - zona norte da cidade de São Paulo). Foram gravadas vinte e quatro entrevistas sociolinguísticas com falantes de diferentes grupos representativos do bairro (associação de moradores, cooperativa de costureiras, jovens assistidos por programas sociais, frequentadores de quadras esportivas etc).

Neste trabalho, objetivamos discutir o papel dos estudos em Fonética e Fonologia para a formação linguística de estudantes; analisar, com base em estudos realizados por Lemle (1988) e Cagliari (1992), produções escritas de alunos do ensino fundamental, de forma a justificar e compreender suas falhas ortográficas; desconstruir ideias que contribuem para a perpetuação do preconceito linguístico; comparar a forma como as gramáticas Cereja e Magalhães (2013), Maia (2000) e LINGUAGENS, Códigos e suas Tecnologias (2015) abordam o assunto de fonética e fonologia; investigar, por meio de entrevistas com alunos e professores, se as aulas sobre o tópico são eficazes e se recebem devida importância; propor atividades adequadas para a abordagem do assunto para com os estudantes. As hipóteses que guiaram o desenvolvimento do trabalho foram de que as gramáticas oferecem concepções sobre Fonética e Fonologia inadequadas para o aprendizado do aluno; de que a matéria não é prioridade por parte dos professores de língua portuguesa; de que os alunos não têm clareza da importância dos estudos nessa área. Assim, ao final da pesquisa as hipóteses foram comprovadas ou refutadas.

This paper discusses the history of the acronym A.C.A.B. in the Italian language. It examines the mechanisms that have brought the acronym from the streets to literature and the role of the Skinhead and football Ultras sub-cultures in the language contact between English and Italian.

La vulnérabilité est devenue un paradigme en sciences humaines et sociales. Depuis les années 1990,
la thématique de la vulnérabilité peut se substituer à celles de la pauvreté et de la justice sociale
(Brodiez-Dolino, 2015). La vulnérabilité est vue comme le fait d’être ou de se sentir en danger, d’être
fragile, ou bien d’être soumis à différentes contraintes. Butler (2004) nous met en garde sur le pouvoir
des mots sur l’autre dans les domaines personnel, académique et social. La vulnérabilité linguistique
est un sujet fort intéressant et constitue un champ d’intervention pour les sociolinguistes qui peut
être abordé avec d’autres notions fondamentales : la langue première vis-à-vis de la langue étrangère
ou seconde de locuteurs bilingues ; les modèles stéréotypés des locuteurs « natifs » et « non natifs »
d’une langue ; ou bien à travers d’autres types de hiérarchies imaginées qui idéalisent les langues, les
locuteurs ou l’apprentissage des langues étrangères.
On reconnait habituellement certains groupes vulnérables parmi la société : les enfants, les minorités ethniques, les victimes de catastrophes ou bien les personnes âgées. Sont aussi considérées
comme des groupes fragiles les personnes handicapées et les femmes. Ces groupes vulnérables sont
identifiés comme des personnes défavorisées ou des minorités en danger. Il s’agit de penser la vulnérabilité à travers les genres (femmes vs hommes) et à travers les âges (personnes âgées et enfants) ;
on s’intéresse aussi aux minorités affaiblies (personnes avec des capacités différentes ou avec un
handicap). De plus, les migrants sont aussi considérés comme un groupe vulnérable. Ainsi, les imaginaires sociaux des diverses personnes appartenant à ces minorités fragilisées peuvent aussi s’ajouter
en tant que facteurs qui engendrent la vulnérabilité. C’est pourquoi il existe différents types de profils
vulnérables, qui seraient vulnérables à différents degrés selon les interactions avec les autres, l’autre
– étranger, l’autre – « natif » ou « non-natif ».
Diverses situations dans mon parcours linguistique en tant que migrante en France et en tant que
Mexicaine parlant français au Mexique m’ont sensibilisée à la vulnérabilité linguistique : l’idée de
ce numéro thématique est en quelque sorte l’aboutissement de mes réflexions tout au long de la
préparation de deux thèses de doctorat (au Mexique et en France). C’est pourquoi, en tant que sociolinguiste, je voulais m’intéresser à des questions qui me tiennent à cœur ; mais surtout transmettre
mon enthousiasme pour cette thématique à d’autres chercheurs.

The administration and maintenance of linguistic plurality and multilingualism in Nigeria seem to come with many challenges, given a setting within which English is still being assigned dominant functional roles. Language policy which is a deliberate effort to mandate specific language behaviours in particular contexts is characterized by many obvious implementation defects in Nigeria. Such defects revolve around lack of decisive policy guidelines being implemented about language development and allocation, language use, language rights, and a host of other important issues. This paper examines the detrimental effects that poor implementation of national language policy initiatives in Nigeria has had on the development and survival of indigenous languages in the immediate past. It reveals the unhealthy attitude of many Nigerians elite groups towards the sustainability of indigenous languages, the inability of successive government to select a single viable national language from the indigenous languages, non-codification of many minority languages, and inadequate definition of roles for indigenous languages in governance. The survey method which is aimed at generating and analysing empirical data on the subject matter of the ‘’implementation challenges associated with current National Language Policy guidelines, vis-à-vis the multi-dimensional functions of English’’ in the current Nigerian sociolinguistic setting was used. 
The study found that the lack of adequate implementation of the language policy initiatives has given prominence to English which is consequently endangering the indigenous languages in Nigeria.

As realizações palatalizadas de /t/ e /d/, como em tia/ʧia ou dia/ʤia, configuram-se como um marcador dialetal no Português Brasileiro e ultimamente tem emergido na fala de sergipanos (SOUZA NETO, 2014 [2008]; SOUZA, 2016; CORRÊA, 2019). Contribuindo com a descrição da palatalização em Sergipe, e tendo em vista que processos fonológicos da fala podem ser transpostos para a leitura (PINHEIRO et al., 2017, SOUZA; SILVA; ARAÚJO JÚNIOR, 2020; FREITAG, 2020c), o nosso objetivo geral é examinar características acústicas na palatalização de /t/ e /d/ na leitura em voz alta de estudantes de diferentes perfis geográficos da Universidade Federal de Sergipe (UFS), descrevendo as realizações em três níveis: oclusiva alveolar [t, d], oclusiva alveolar com efeito de aspiração [tʰ] e alveolopalatal [ʧ, ʤ]. Como referencial teórico, baseamo-nos nas perspectivas da sociofonética (FOULKES et al., 2010; GONÇALVES; BRESCANCINI, 2017; THOMAS, 2010; DI PAOLO; YAGER-DROR, 2011), que põe no limiar as áreas da Sociolinguística e da Fonética. Como método, nosso corpus de investigação é composto por 36 gravações de leituras em voz alta do texto Vida de Cinema, de Érico Veríssimo (2019), realizadas com alunos de graduação da UFS, campus Professor José Aloísio de Campos (São Cristóvão/SE), estratificados a partir de sua região de origem, em três deslocamentos: I) moradores da grande Aracaju (nascidos e criados); II) moradores do interior do estado (nascidos e criados) que se deslocam no movimento pendular para estudar na universidade; III) nascidos e criados no interior, mas que vieram morar na capital por causa da universidade. A categorização acústica do fenômeno foi analisada no PRAAT (BOERSMA; WEENINK, 2017). A partir de 831 dados, foram realizadas três análises: (I) análise comparativa entre os dados de fala espontânea (CORRÊA, 2019), com categorização de oitiva, e os dados de leitura em voz alta, com categorização acústica; (II) análise categórica (descrição do fenômeno em três níveis - oclusivas alveolares, oclusivas alveolares com efeito de aspiração e alveolopalatais); e (III) análise contínua (utilizada para analisar a duração do tempo do início de vozeamento - VOT - nos três níveis analisados). Na análise comparativa, observamos maiores taxas de ocorrência de palatalização na leitura em voz alta (48.98%) do que na fala espontânea (12.75%), resultado associado aos critérios acústicos para a identificação do fenômeno, ao prestígio da palatalização na comunidade e ao fato da tarefa de leitura ser altamente monitorada e consciente pelos estudantes. Quanto à análise categórica, os resultados apontam que a produção de oclusivas aspiradas e alveolopalatais emerge, inicialmente, nos universitários da grande Aracaju e recém-chegados à UFS, e os contextos favorecedores para esta emergência são os das fricativas alveolopalatais (em contexto precedente), das vogais orais (em contexto seguinte), das sílabas tônicas e postônicas finais, dos sons desvozeados, seguindo a tendência de estudos prévios (BARBOZA, 2013; SOUZA NETO, 2014 [2008]; SOUZA, 2016; SILVA FILHO, 2018; CORRÊA, 2019). Em relação à contínua, as médias de VOT para as realizações desvozeadas analisadas foram de 31.5 ms para as oclusivas alveolares, 50.7 ms para as oclusivas aspiradas e de 80.0 ms para as alveolopalatais, com diferenças estatisticamente significativas quando associadas à região dialetal do estudante, sexo/gênero, contexto seguinte e tonicidade. Com a proposta da análise acústica, os resultados sinalizam o estágio avançado para a consolidação das realizações alveolopalatais e os efeitos do deslocamento, do ambiente acadêmico e dos contextos fonotáticos específicos na emergência de usos linguísticos. Destacamos a limitação da amostra, sobretudo, no que diz respeito à assimetria dos contextos linguísticos analisados. A incrementação de outros contextos mais pareados pode ampliar o poder explanatório da emergência na palatalização em Sergipe

The books included in this series provide comprehensive accounts of some of the most central and most rapidly developing areas of research in linguistics. Intended primarily for introductory and post-introductory students, they include exercises, discussion points, and suggestions for further reading. ©

Presentation slides that introduce the origins and features of pidgin and creole languages while also addressing the novel category of expanded pidgins (a.k.a. "pidgincreoles").

Created for an undergraduate sociolinguistics class at the English Communication Department at Payap University International College.

Giuliana Fiorentino. Sociolinguistica della scrittura: varietà del web nel repertorio linguistico italiano Abstract La diffusione della scrittura come forma di comunicazione di massa rende sempre più necessario ripensarne lo studio e avvicinarsi alla lingua scritta secondo propsettive nuove. In questo contributo si propone di applicare alla lingua e ai testi prodotti sul web un approccio in termini di varietà linguistiche da collocare nel repertorio linguistico italiano in un quadro autonomo rispetto a quello che include le varietà del parlato. Si aderisce in questo modo alla prospettiva di una sociolinguistica della scrittura (Lillis 2013) e più in particolare alla concezione della scrittura come pratica sociale. Dopo aver presentato e discusso diverse varietà linguistiche presenti sul web, con particolare riguardo ai social network, si conferma la validità dell'approccio e si indicano alcune linee per future ricerche.

Si pone in rilievo il ruolo di una rivista di disegno industriale, oggi design, nella storia dell'italiano contemporaneo. Fondata dall'architetto Alberto Rosselli nel 1954, la pubblicazione trimestrale e poi bimestrale, «Stile industria», accompagnerà per nove anni la crescita della società italiana del "boom" economico, dando una forma testuale e linguistica al dibattito intorno all’estetica della produzione in serie, e toccando nel contempo un insieme di fenomeni e processi riguardanti diversi strati della popolazione coinvolti nella produzione e nel consumo dei beni. La nuova realtà produttiva, che ha profondamente modificato la vita della società italiana condizionando a partire dagli anni Cinquanta gli usi e i costumi della quotidianità, ha trovato nella disciplina del design una delle manifestazioni più evidenti. Alla sua fisionomia di materia e tecnica e artistica corrispondeva appieno l’impostazione del periodico guidato da Rosselli. E così, nella scrittura "del" e "sul" design, le parole antiche, "forma" e "formale", "funzione", acquistano una nuova accezione circoscritta al lavoro del designer. All’epoca poco frequenti nella lingua d’uso, i termini che le affiancano, "funzionale" e "funzionalità", dal linguaggio tecnologico passeranno rapidamente in quello del commercio e della pubblicità, per fissarsi stabilmente nel lessico di settori diversi. A questi si aggiungono "efficienza" ed "estetica", l’antico "creativo" con il valore del tutto nuovo di ‘dotato di fantasia e inventiva’ e la neoformazione "creatività".

Il tema delle relazioni fra lingua scritta e lingua parlata ha avuto un ruolo
centrale negli sviluppi della linguistica italiana dell’ultimo trentennio. Il dibattito ha attinto alle prospettive aperte via via dalla sociolinguistica, dalle acquisizioni sul parlato, dalla pragmatica e dalla linguistica testuale. Il saggio ripercorre la bibliografia sull’argomento a partire dai modelli teorici che hanno trovato applicazione nello studio diacronico e sincronico dell’italiano, soffermandosi in particolare sugli sviluppi della Comunicazione Mediata dal Computer (CMC). Dal profilo emerge una visione problematica e storicizzata delle etichette dominanti nello studio della lingua italiana, inclusa quella di diamesia intesa come dimensione di variazione autonoma.