quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Ciclo de Sábados "Falando com quem faz"


A Pró-Inclusão: Associação Nacional de Docentes de Educação Especial dinamiza uma atividade formativa Ciclo de Sábados "Falando com quem faz". Esta atividade está acreditada pelo CCPFC/ACC69213/12 (0,6 créditos) e terá inicio já no próximo sábado 2 de fevereiro.
Neste ciclo conta-se com a presença de um elemento da Direção Geral da Educação para colaborar nas questões relativas às medidas educativas.
Vai decorrer, ainda, na última sessão (18 de maio) um simpósio sobre "Educação Especial e Inclusiva em Portugal; Opções de Desenvolvimento" com a participação de excelentes oradores internacionais e nacionais como a Profª. Doutora Maria do Céu Roldão.
Para se inscrever basta enviar um e-mail para [email protected]


CICLO DE SÁBADOS III - FALANDO COM QUEM FAZ

Sábados
2013

Local

Dinamizador/
Organizador

Convidados

TEMA

2 de fevereiro
10-13h
Escola Básica S. Vicente de Telheiras

Leonor
Brito

Lília
Aguardenteiro Pires
Universidade de Lisboa
Associação Pais em Rede
O alargamento da escolaridade obrigatória e o acesso ao Ensino Superior
Cooperação e Parcerias – Pais em Rede

2 de março
10-13h
Escola Básica S. Vicente de Telheiras

Helena
Neves
A confirmar
DGE

Medidas Educativas

6 de abril
10-13h
Escola Básica S. Vicente de Telheiras

Ana Rosa Trindade

 Helena Feijó
Agrupamento de Escolas Fernão Pó (Bombarral)

Modalidades Específicas de Educação: a Unidade de Multideficiência

11 de maio
10-13h
Escola Básica S. Vicente de Telheiras

Fátima Craveirinha

Teresa Nunes Marques
SNIPI

A Intervenção Precoce na Infância



18 de maio
9-13h

Universidade
Católica

David Rodrigues

*convidados a confirmar


Medidas Educativas/
Educação Especial e Inclusiva
Local:
Escola Básica S. Vicente de Telheiras
Rua Fernando Namora (mesmo em frente ao Parque dos Príncipes)
1600 - 454 Lisboa

Universidade Católica 
Travessa Palma 1600 Lisboa

No mundo da epilepsia: enfrentando (pre)conceitos (parte 2)

A epilepsia de ausências é uma forma de epilepsia "generalizada" (por envolver os dois hemisférios cerebrais) que surge mais frequentemente no sexo feminino (70%) e tipicamente entre os 4 e os 12 anos de idade, com um pico entre os 5 e os 7 anos de idade - início da idade escolar. Por este motivo, a história típica que leva à sua descoberta é a da criança com um desenvolvimento normal que começa a apresentar diminuição súbita no rendimento escolar e em que os professores se começam a queixar do seu défice de atenção e concentração. De facto, esta epilepsia caracteriza-se pela interrupção súbita da atividade e da consciência, durante períodos de 5-20 segundos (em média: 8-10 segundos), em que a criança fica com o olhar parado, por vezes com pestanejo e/ou automatismos periorais/faciais (movimentos da boca, por exemplo). Tudo isto surge e desaparece espontaneamente, sem que a criança se aperceba dessas "pausas" na sua atividade e tendem a ocorrer várias vezes ao dia. Apesar de ocorrerem de forma espontânea, são conhecidos fatores precipitantes como a hiperventilação voluntária (que também se utiliza como prova diagnóstica durante a avaliação da criança na consulta médica). O prognóstico é excelente, sendo um tipo de epilepsia que normalmente responde muito bem ao tratamento e tende a desaparecer na adolescência.

A epilepsia rolândia ou de pontas centrotemporais (antigamente designada como epilepsia benigna) é, também, como já foi referido, uma das epilepsias mais frequentes da infância, com início entre os 3-12 anos (com um pico entre os 7 e os 9 anos) e, em muitos casos, existe história familiar deste tipo de epilepsia. Tipicamente, estas crises surgem em crianças com um desenvolvimento normal, manifestando-se durante o sono ou ao acordar como "crises focais motoras" com origem na área cerebral designada rolândica (daí o nome da epilepsia) que é responsável pela componente sensitivomotora da face e orofaringe. Como tal, a criança apresenta movimentos da região da boca, parte da face e, eventualmente, membro superior associados a sensação de formigueiro da língua, o que a impossibilita de falar ou apenas consegue emitir sons guturais rítmicos, mantendo-se inicialmente com a consciência preservada (daí ser considerada uma crise "focal"), embora se possa "generalizar" posteriormente. Cerca de 15% das crianças só têm uma crise e 60% terão 2-5 crises. O prognóstico é excelente, mesmo sem tratamento, com duração média de dois anos. Normalmente institui-se tratamento, com boa resposta, pelo incómodo que estas crises provocam na criança e nos pais.

Em ambos os casos apresentados, a história clínica típica associada ao eletroencefalograma é suficiente para estabelecer o diagnóstico.

Uma nota final apenas para as convulsões febris dada a prevalência e receio que inspiram. Como já referido, apesar destas crises se poderem repetir perante contextos de febre, tipicamente não são consideradas epilepsia. Trata-se de convulsões que surgem geralmente entre os 3 meses e 5 anos de idade, associadas à febre e de carácter benigno. E será que poderão ser o primeiro sinal de que a criança virá a ter epilepsia? De modo geral, a maioria das crianças com convulsões febris apresenta apenas um único episódio durante a vida (cerca de 70% dos casos; mas 20% terão 2 e 10% várias). A probabilidade de virem a desenvolver epilepsia embora possa ser ligeiramente superior à das crianças sem CF permanece em valores baixos, rondando os 2% e 7%, segundo alguns estudos, dependendo da complexidade da convulsão, história familiar de epilepsia e alterações no desenvolvimento e no exame neurológico da criança. Em alguns estudos, chega-se à conclusão de que o número de crianças com epilepsia que previamente tinha tido convulsões febris era muito discreto, existindo pouca relação entre estas convulsões e a epilepsia. 

Isabel Maria Santos, com a colaboração da Dr.ª Célia Barbosa, neuropediatra no Hospital de Braga
In: Educare

A história verdadeira de um Paulinho gordinho

Era uma vez um Paulinho gordinho, que andava no 5.º ano e, como não gostava de se ver ao espelho, também não gostava de ir às aulas de Educação Física. E quem falta a estas, falta também às outras, acabando por reprovar por faltas, apesar das inúmeras cartas e dos muitos telefonemas da diretora de turma para a mãe, que raramente ia à escola falar com ela e que sempre se mostrou pouco firme com o filho no que se referia a obrigá-lo a ir às aulas. Achava ela, provavelmente, que, se ele não se sentia lá bem, mais valia ficar em casa.

E foi assim que o Paulo entrou numa nova turma de 5.º ano, mais gordinho, mais altinho e com uma diferença de tamanho (e largura) e idade relativamente aos colegas ainda maior do que tinha acontecido no ano anterior. O fim lógico da história parece ser que o Paulinho se sentiu cada vez pior, faltou cada vez mais e reprovou de novo. Enganam-se. A história tem um final feliz. Vamos ao que se passou.

No novo ano escolar as faltas começaram a aparecer. Diretora de turma, psicóloga escolar e professora de Educação Física definiram estratégias de intervenção articuladas, situação que, posteriormente, se alargou também ao restante Conselho de Turma (CT). Enquanto a psicóloga acompanhava o Paulo em atendimentos individuais, colaborou também com a diretora de turma e o CT no apoio à sua integração na turma, através de atividades desenvolvidas em Formação Cívica e de uma atenção particular da professora de Educação Física a ele nas suas aulas. Foi assim que o Paulo, que até já conhecia alguns alunos da turma, se sentiu bem recebido e apreciado, independentemente da sua imagem corporal. Deu-se a feliz coincidência de, a meio desse ano letivo, a médica de família o ter mandado para consultas de nutricionismo, que, com a sua força de vontade no seguimento da dieta prescrita e na prática diária do exercício físico recomendado, deram resultados rápidos e evidentes (emagrecimento), com a consequente elevação da sua autoestima, reforçada pelos elogios de professores e colegas.

Mas nem tudo correu bem nesta história. Houve ocasiões, nesse 5.º ano e no 6.º ano que se lhe seguiu, em que o Paulinho voltou a faltar às aulas e a mãe a não aparecer com facilidade às chamadas da diretora de turma. Quando vinha, mostrava-se pouco firme, como no ano em que o filho tinha reprovado. E foi assim que a diretora de turma começou a pedir comprovativos dos motivos apresentados para as justificações das faltas e a injustificá-las quando eles não eram apresentados. A esta estratégia adicionou-se a colaboração do Presidente do Conselho Executivo (CE) que se prontificou a atender a encarregada de educação e o aluno com a diretora de turma, para tentar responsabilizá-los mais pela assiduidade. Com estes altos e baixos, o Paulo lá passou para o 6.º ano.

Era uma vez um Paulinho que, no 6.º ano, já não era tão gordinho e estava cada vez mais "elegante". Apesar de já se sentir completamente bem na turma e de continuar a receber todos os apoios do ano anterior, de vez em quando lá faltava e os 'de vez em quando' começaram a aumentar. Nem a injustificação das faltas estava a parecer impedir o retrocesso. Conversas da diretora de turma e da psicóloga com ele deram a conhecer uma família desestruturada, com um pai desempregado e agressivo e uma mãe que trabalhava excessivamente, ficando os mimos do Paulo repartidos por ela (num tempo escasso) e pelos avós maternos (que viviam longe). Paulo gostava de se refugiar na casa deles e, por isso, faltava às aulas, a ponto de, mais uma vez, estar em riscos de perder o ano por faltas. Nova reunião da diretora de turma e do presidente do CE com a mãe e o aluno serviu para lhes mostrar a retenção à vista, mas também a possibilidade de passagem, se o Conselho Pedagógico o aprovasse, após um parecer favorável do CT. O sonho do Paulo era tirar um curso profissional. Ele queria ser eletricista. Nesta conversa, os problemas familiares do Paulo foram tidos em conta e foram propostas algumas possibilidades de apoio pela escola. Foi mostrado, a mãe e filho, que a passagem de ano precisava agora de ser uma conquista, que implicava a ausência de qualquer falta injustificada. Mãe e filho choraram, mas sentiram-se apoiados e perceberam que a dureza da aplicação da lei, com a injustificação das faltas, apenas visava ajudar o Paulo a alcançar o seu sonho.

E a história acabou bem. Não tem o fim tradicional dos contos de fadas, mas tem um fim adequado a uma história de um menino/adolescente, com uma vida difícil, que lutou e foi apoiado na sua luta, chegou ao fim do ano com sucesso e, no ano seguinte, conseguiu ingressar no curso profissional pretendido. Logo que o conseguiu, telefonou para a escola a dar a boa nova à diretora de turma e à psicóloga.

Moral da história:

1. Por trás dos problemas manifestados por cada aluno, há uma história de vida que é necessário conhecer para se definir uma estratégia de intervenção adequada e eficaz.

2. É importante mobilizar os recursos existentes e adequados a cada caso.

3. É fundamental tentar conseguir o apoio e a colaboração da família, que, muitas vezes, como neste caso, implica a formação dos próprios pais.

4. É importante fazer uso dos instrumentos legais existentes e adequados a cada situação, não de uma maneira cega, mas rigorosa, pedagógica e intencional.

Sabemos, por experiência, que nem todas as histórias têm este final feliz. Mas vale a pena lutar por ele e nunca desistir.
Armanda Zenhas
In: Educare

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Cálculo da graduação em educação especial

Face às imensas dúvidas sobre a forma de cálculo da graduação para o grupo de educação especial, partilho a resposta da DGAE.


“Exma. Sra. Professora,
Em resposta ao e-mail infra cumpre informar, que o cálculo da graduação para o Grupo de Recrutamento 910 é feita “com base no número de dias de serviço docente ou equiparado, contados a partir do dia 1 de setembro do ano civil em que o docente/candidato obteve a qualificação nos termos da Portaria n.º 212/2009, para o grupo de recrutamento da Educação Especial a que concorre….” incluindo, no cálculo, a respetiva classificação obtida na referida qualifiaação.
Com os melhores cumprimentos,
DGAE”


Candidaturas aos projetos financiados pela Fundação Calouste Gulbenkian

AÇÕES DE INTERVENÇÃO PRECOCE, REABILITAÇÃO E INTEGRAÇÃO ESCOLAR E SOCIAL DE CRIANÇAS E JOVENS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS


Estão abertas, de 28 de janeiro a 28 de fevereiro, as candidaturas de apoio a atividades e ações destinadas a promover a educação, designadamente no âmbito da intervenção precoce, reabilitação e integração escolar e social de crianças e jovens com necessidades educativas especiais, contemplando, especialmente, as seguintes iniciativas:
a) Ações de formação para professores, educadores e outros profissionais ligados à educação;
b) Ações de formação para pais e encarregados de educação de crianças e jovens com necessidades educativas especiais, promovidas por Associações de Pais, ou outras instituições, preferencialmente ligadas a instituições de ensino.
c) Aquisição de equipamentos para melhoria da qualidade do atendimento e da aprendizagem do público-alvo;
d) Intervenções inovadoras promotoras de inclusão escolar e social. 

As candidaturas devem ser apresentadas por instituições públicas ou privadas, individualmente ou em associação, considerando-se Entidade Beneficiária do financiamento, a instituição que apresenta a candidatura e que fica responsável pela execução do projeto.
Apenas são admitidas a concurso, as candidaturas apresentadas em formulário próprio, devidamente preenchido, que reúnam os requisitos exigidos no Regulamento do concurso.
Só são aceites candidaturas on line.
A Entidade Beneficiária deverá:
- preencher o formulário abaixo disponível on line, correspondente ao concurso aberto,
- registar e guardar o número de processo que lhe foi atribuído.
Para completar a sua candidatura deverá, de seguida, aceder a my-file e
proceder à anexação dos documentos obrigatórios ou necessários e, se tiver dúvidas, fazer um pedido de informação.

Os documentos a anexar ao formulário da candidatura deverão ter o formato PDF ou JPG (o tamanho máximo recomendável é de 2MB). De forma a prevenir dificuldades no envio dos processos, solicita-se que seevite a sua apresentação nos últimos dias do prazo.

As candidaturas ao presente concurso devem ser enviadas para a Fundação Calouste Gulbenkian, até ao dia 28 de fevereiro de 2013.



terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Educação especial - informações sobre o concurso



Publico algumas informações contidas no MANUAL DE INSTRUÇÕES - Candidatura Eletrónica Concurso relacionadas com os candidatos ao grupo de educação especial. Chamo a atenção para o cuidado a ter no preenchimento e aconselho a leitura do manual. pode ser consultado aqui

3.4.1.2 Formação Inicial (campo 5.1.2)
Para os candidatos opositores aos grupos de recrutamento de Educação Especial, este conjunto de campos deve ser preenchido com a qualificação profissional que possuem para o grupo de recrutamento do Ensino Regular, para o qual possuem qualificação profissional.

3.4.1.3 Grau (campo 5.1.2.1)
O tipo de grau e diferentes conjugações encontram-se disponíveis neste campo.
Deve selecionar o grau que se adapta aos efeitos da sua candidatura e às habilitações com que se vai candidatar.
Para efeitos de graduação nos grupos de recrutamento de Educação Especial, pode ser escolhida uma das seguintes opções:
Licenciatura + Formação Especializada (L+FE);
Bacharelato + Formação Especializada (B+FE);
Mestrado em Ensino, 2.º Ciclo do Processo de Bolonha + Formação Especializada (M+FE).

3.4.1.11 Formação Especializada (campo 5.1.3)
Nos termos da Portaria n.º 212/2009, publicada no Diário da República, 1.ª Série, n.º 37, de 23 fevereiro, são considerados portadores de habilitação para os grupos de recrutamento de Educação Especial, os detentores de qualificação profissional para a docência, com formação especializada na área da educação especial, nos termos do artigo 56.º do Estatuto da Carreira de Educadores de Infância e de Professores dos Ensinos Básico e Secundário, acreditada pelo Conselho Científico Pedagógico da Formação Contínua (CCPFC), nos domínios referidos no anexo 2.
Os candidatos que, no campo 5.1.1 [grupo de recrutamento], selecionaram 910, 920 ou 930, têm de preencher os campos relativos à formação especializada.

No campo 5.1.3.2, deverá indicar a data da conclusão do curso de formação especializada.

No campo 5.1.3.4.1, terá de preencher o nome da instituição onde adquiriu o curso de formação especializada.

No campo 5.1.3.4.2, terá de preencher a designação do curso de formação especializada para a educação especial.

No campo 5.1.3.5, domínio de especialização, os candidatos opositores a grupos de recrutamento de Educação Especial, devem selecionar o domínio de especialização mencionado no certificado de acordo com o grupo de recrutamento ao qual se candidatam.

Caso a designação correta do domínio de especialização com que se candidata não se encontrar identificada no campo 5.1.3.5, e se tiver escolhido o domínio Outro, deve identificá-lo no campo 5.1.3.5.1.

3.4.1.14 - Após a profissionalização (campo 5.1.4.2)
O tempo de serviço prestado após a profissionalização é o número de dias de serviço docente, ou equiparado, contado a partir do dia 1 de setembro do ano civil em que o docente obteve qualificação profissional para o grupo de recrutamento a que é opositor, até ao dia 31 de agosto de 2012.

Nova regras para a graduação dos candidatos aos grupos de recrutamento da Educação Especial (910,920 e 930) - Despacho n.º 866/2013, de 16 de janeiro.
Conforme o Despacho supra citado, a graduação dos candidatos aos grupos de recrutamento 910, 920 e 930 é feita com base no número de dias de serviço docente ou equiparado contados a partir do dia 1 de setembro do ano civil em que o docente/candidato obteve a qualificação, nos termos da Portaria n.º 212/2009, para o grupo de recrutamento da Educação Especial a que concorre, conforme dispõe a subalínea i) da alínea b) do n.º 1 do artigo 11.º do Decreto-Lei n.º 132/2012.
Todo o tempo de serviço prestado em outro grupo de recrutamento é valorado nos termos da subalínea iii) da alínea b) do artigo 11.º, ponderado pelo fator 0,5, com arredondamento às milésimas.

Assim,

3.4.1.15 – Antes da profissionalização (campo 5.1.4.1: Grupos 910, 920 e 930)
O tempo de serviço prestado antes da profissionalização é o número de dias de serviço docente, ou equiparado, contado nos termos do regime geral da função pública, até 31 de agosto do ano da conclusão do curso de formação especializada, obtido para os grupos 910, 920 e 930, nos termos da Portaria n.º 212/2009, conjugado com o Despacho n.º 866/2013.

3.4.1.16 - Após a profissionalização (campo 5.1.4.2: Grupos 910, 920 e 930)
O tempo de serviço prestado após a profissionalização é o número de dias de serviço docente, ou equiparado, contado a partir do dia 1 de setembro do ano civil em que o docente obteve o curso de formação especializada, nos termos da Portaria n.º 212/2009, conjugado com o Despacho n.º 866/2013, até ao dia 31 de agosto de 2012.




Escola 'isola' aluno autista por razões de segurança

Um aluno autista de uma escola de Vila Nova de Poiares, considerado violento, foi isolado temporariamente da turma e vai participar a partir de quinta-feira nas aulas transmitidas em direto para uma sala ao lado.
A diretora do Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Poiares, Eduarda Carvalho, disse (...) que a medida vigorará “até ser encontrada uma solução melhor” para o problema.
Eduarda Carvalho adiantou que o estudante, de 14 anos, chegou a agredir colegas e a ameaçar professores e funcionários, uma situação que estará associada ao facto de ter obtido notas negativas a algumas disciplinas no primeiro período escolar.
“Ele não é mau aluno”, tendo passado em 2012 para o sexto ano, na Escola Básica 2,3 Daniel de Matos, “sem quaisquer ‘negativas’”, sublinhou.
Segundo a diretora, o jovem retomará as atividades letivas na quinta-feira, já nas novas condições, após ter estado sob “suspensão preventiva” desde as férias de Natal.
A escola concebeu um sistema eletrónico que permite ao jovem autista, “sempre acompanhado” na escola de um professor ou um funcionário, participar nas aulas numa sala separada do resto da turma.
A opção pelo isolamento foi adotada “para garantir a segurança a toda a comunidade educativa”, incluindo a do aluno, afirmou.
“Foi muito complicado” chegar a esta solução, “mas agora não existe outra”, lamentou Eduarda Carvalho.
O estudante, cujos pais estão desempregados, está a ser acompanhado por especialistas do Hospital Pediátrico de Coimbra, que na terça-feira atualizaram a medicação com o objetivo de diminuir a sua agressividade.
O Agrupamento de Escolas tem dialogado com os pais, a GNR e a Direção Regional de Educação do Centro (DREC) “para que a comunidade educativa esteja a salvo”.
Segundo a diretora, a melhor solução será a transferência para uma escola da região que disponha de uma Unidade Estrutural de Autismo, que não existe no concelho.
Tal solução só será possível em Condeixa-a-Nova, uma vez que as unidades congéneres de Coimbra e Lousã não dispõem de vagas.
Entretanto, de acordo com Eduarda Carvalho, a DREC está a ponderar vir a custear a ida para uma escola de Condeixa, que dista cerca de 40 quilómetros de Vila Nova de Poiares.

Estrutura nuclear da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares e da Direção-Geral da Administração Escolar

Hoje, foram publicadas portarias e alteradas outras relativas a estruturas do Ministério da Educação e Ciência.

Assim, a Portaria n.º 29/2013, de 29 de janeiro, fixa a estrutura nuclear da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares.

A Portaria n.º 30/2013, de 29 de janeiro, fixa a estrutura nuclear da Direção-Geral da Administração Escolar.

A Portaria n.º 31/2013, de 29 de janeiro, procede à segunda alteração à Portaria n.º 148/2012, de 16 de maio que fixa a estrutura orgânica da Direção-Geral de Planeamento e Gestão Financeira.

A Portaria n.º 32/2013, de 29 de janeiro, procede à primeira alteração à Portaria n.º 258/2012 de 28 de agosto que fixa a estrutura nuclear da Direção-Geral da Educação.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Aviso de abertura do concurso extraordinário

Foi publicado, pelo Aviso n.º 1340-A/2013, o concurso externo extraordinário de seleção e recrutamento de pessoal docente nos estabelecimentos públicos da educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário.
Do aviso de abertura, destaco alguns aspetos mais direcionados para os candidatos às vagas de educação especial.
As candidaturas decorrem entre 29 de janeiro a 5 de fevereiro, até às 18 horas.

Constituem requisitos de admissão ao concurso externo extraordinário: 
a) Exercício efetivo de funções docentes com qualificação profissional, em pelo menos 365 dias, nos 3 anos letivos imediatamente anteriores ao da data de abertura do presente concurso, em regime de contrato de trabalho em funções públicas a termo resolutivo;
b) Possuir as habilitações profissionais legalmente exigidas para a docência no nível de ensino e grupo de recrutamento a que se candidatam;
f) Ter obtido avaliação de desempenho com menção qualitativa não inferior a “Bom”, nos anos a que se refere a alínea a) do n.º 1 do artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 7/2013, de 17 de Janeiro, desde que o tempo de serviço devesse ser obrigatoriamente avaliado nos termos da legislação ao tempo aplicável.

A habilitação para a educação especial é conferida por uma qualificação profissional para a docência acrescida de uma formação na área da Educação Especial titulada pelos cursos constantes na Portaria n.º 212/2009, de 23 de fevereiro.

O tempo de serviço declarado no formulário de candidatura é contado até 31 de agosto de 2012. 
O tempo de serviço prestado pelos docentes nos grupos de recrutamento 910, 920 e 930, releva também para graduação no grupo de recrutamento ao qual os docentes se candidatam.

São excluídos os candidatos que preencham incorretamente os elementos necessários à formalização da candidatura, nomeadamente:
2.16 — A data de conclusão da formação especializada;
2.17 — A classificação da formação especializada;
2.18 — A designação da formação especializada;
2.19 — O domínio de especialização;

São também excluídos do concurso os candidatos que não apresentem documentação comprovativa dos elementos constantes da candidatura, nomeadamente:
3.19 — A data de conclusão da formação especializada;
3.20 — A classificação da formação especializada;
3.21 — A designação da formação especializada;
3.22 — O curso de formação especializada em educação especial devidamente acreditado pelo Conselho Científico-Pedagógico da Formação Contínua, nos termos da Portaria n.º 212/2009, de 23 de fevereiro;
3.23 — O domínio abrangido pelo estabelecido na Portaria n.º 212/2009, de 23 de fevereiro;

O que se ensina quando se avalia?

O processo de avaliação em Educação é um dos dossiers mais controversos e difíceis. Há muitos anos que numerosos professores dizem que é a parte mais desagradável e difícil do seu trabalho; “gosto de ensinar mas não gosto de avaliar”. Desagradável sim mas igualmente necessária. Seria absurdo que tivéssemos de repousar exclusivamente em opiniões fossem elas dos professores, dos alunos, da gestão da escola, dos pais, etc. para aquilatar da qualidade do ensino e da Educação. A necessidade de avaliação é inquestionável e penso que nunca os profissionais e os estudiosos de Educação a puseram em causa. A questão não é tanto se é precisa a avaliação mas sim que avaliação é precisa para poder ser útil para o progresso do sistema educativo. 
Certamente que uma das componentes mais significativas da dificuldade que os professores sentem em avaliar os alunos deve-se a uma separação entre o que é o ensino (o que o professor ensina) e a aprendizagem (o que o aluno aprende). Raramente a avaliação consegue, se for exclusivamente centrada no ensino, captar toda a extensão do processo de aprendizagem. E por isso os professores ficam frequentemente desiludidos e mesmo com algum sentimento de injustiça ao aplicar as regras que lhes são indicadas ou que eles mesmo indicam a si próprios. Uma avaliação que só avalie o que foi ensinado corre o risco de não avaliar o que foi e sobretudo como foi aprendido. 
Assim, precisamos de processos de avaliação que incidam sobre as oportunidades de aprendizagem que foram proporcionadas aos alunos e para isso é necessário que o processo seja holístico. Queremos dizer com holístico, um processo que permita identificar objetivamente todas as aquisições que o aluno fez no contexto da escola e isso inclui não só os conteúdos que foram aprendidos, mas também as competências, as estratégias de abordagem aos problemas e as capacidades de cooperação. É evidente que a avaliação faz parte do processo educativo. Seria um erro grave separar um do outro: o que avalio e a forma como avalio está intimamente ligada ao que se ensina e como se ensina. É pois legítimo, considerando esta continuidade de objetivos e processos entre o ensino e a avaliação perguntar o que é que se ensina quando se avalia. Imaginemos que o processo de avaliação incide sobre situações e competências estranhas àquilo que foi aprendido. Por exemplo: foi ensinado aos alunos como resolver problemas equacionando-os, foi-lhes ainda por exemplo ensinado que pode haver diferentes possibilidades de solução para um projeto. Posto isto, a avaliação incide sobre a aplicação de uma solução padronizada e única. Bom, o que se ensina quando se faz esta avaliação? Ensina-se que a única coisa que interessa é reproduzir o que esperam de nós e que o resto são fantasias inúteis e até prejudiciais. 
Avaliar significa “dar, atribuir valor”. A avaliação significa assim que se vai dar valor àquilo que o estudante aprendeu e, por isso, é antes de mais um processo de reflexão sobre o caminho, sobre os resultados, sobre os sucessos e os insucessos do processo de ensinar e de aprender. Também sobre o empenhamento e a forma como se rentabilizaram as capacidades e as motivações dos estudantes e as estratégias de ensino. Numa altura em que tanto se valorizam as avaliações com a criação de exames suplementares na carreira do aluno cabe então perguntar se estas avaliações não têm uma mensagem implícita que pode significar o reforço e a valorização de uma pedagogia que nem parte do aluno e muitas vezes nem tem a sincera e comprometida intenção de a ele chegar. O aumento dos momentos de avaliação da forma como está a ser feita atualmente, ignora o processo de aprendizagem. A mensagem é capciosa mas clara: para se atingir fins importam pouco os meios. 

David Rodrigues 
Presidente da Pró-Inclusão- ANDEE

In: Editorial da newsletter da 2ª quinzena de janeiro da Pró-Inclusão: Associação Nacional de Docentes de Educação Especial

EUA: novos casos de TDAH cresceram 24% em dez anos

Um estudo realizado com mais de 800.000 crianças americanas mostrou que, entre 2001 e 2010, o número de novos casos de transtorno de défice de atenção e hiperatividade (TDAH) registados nos Estados Unidos aumentou 24%. A pesquisa acrescenta evidências consistentes para levantamentos anteriores que já haviam indicado esse quadro. Um trabalho divulgado no ano passado, por exemplo, concluiu que a quantidade de crianças diagnosticadas com o problema aumentou 66% em dez anos no país.

O novo estudo, desenvolvido por pesquisadores da Kaiser Permanente, uma organização sem fins lucrativos, baseou-se nos registos médicos de 824.830 crianças de cinco a 11 anos da Califórnia. As informações selecionadas pela pesquisa foram recolhidas entre 2001 e 2011.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Teste deteta trissomias fetais com 99% de eficácia

A partir da próxima segunda-feira, as grávidas portuguesas vão passar a poder realizar um teste pré-natal inovador capaz de detetar trissomias fetais com 99% de certezas e sem a necessidade de procedimentos invasivos como a amniocentese, anunciou o laboratório Labco.
O método avançado, que chega agora a Portugal, baseia-se na análise do ADN fetal presente no sangue materno e deteta trissomias fetais em gravidezes com mais de 10 semanas de gestação, sem risco para a grávida ou para o feto, e com uma taxa de eficácia de até 99%, segundo explicou à Lusa a diretora-geral do Labco Diagnostics, Laura Brum.
De acordo com a responsável, o teste reduz até "cinco vezes" os resultados falsos positivos em comparação com outros testes, permitindo uma avaliação precisa do risco das trissomias responsáveis pela maioria das anomalias cromossómicas no diagnóstico pré-natal.
Laura Brum acredita que, com esta alternativa de diagnóstico, vai ser possível reduzir o número de amniocenteses, técnica que consiste na colheita pré-natal de fluido amniótico com o objetivo de detetar eventuais anomalias do feto, em Portugal.
O custo do teste será de 670 euros (um valor relativamente próximo do da amniocentese, que pode chegar aos 500 euros) e, apesar de ainda não ser comparticipado, a diretora-geral do Labco garante que o próximo passo é começar a "propor às seguradoras a sua comparticipação" e, talvez mais tarde, ao próprio "Serviço Nacional de Saúde".
Este exames estará disponível, numa primeira fase, em apenas quatro hospitais privados portugueses, adianta a Lusa. São eles o Hospital da Luz (Lisboa), o Hospital dos Lusíadas (Lisboa), o Hospital da Boavista (Porto), o Hospital de Santiago (Setúbal) e o Hospital Stª Maria (Faro).
O diagnóstico pré-natal que chega a Portugal a 28 de janeiro foi criado nos EUA. O método foi, posteriormente, introduzido no Reino Unido e em Espanha durante o ano passado.

UVA – UNIR, VENCER E AJUDAR

Divulgo a seguinte atividade, recebida por correio eletrónico, proveniente da Associação Portuguesa de Deficientes.


UVA – UNIR, VENCER E AJUDAR
Mário Laginha; Sétima Legião; José Fanha, Valete e Samorah são os autores que se associaram à CAMPANHA UVA – UNIR, VENCER E AJUDAR, da APD – ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE DEFICIENTES (APD). Junto enviamos depoimentos de todos eles e de uma responsável da APD que poderão usar na divulgação desta iniciativa. 

Como participar? Vá ao website WWW.APDUVA.PT e inscreva-se na Corrida/ Caminhada de São Valentim UVA, que vai decorrer dia 17 de Fevereiro. O ingresso é um pacote (simples) com 1 T-Shirt da campanha e um dorsal com o número de participante ou um pacote (duo) com 2 T-Shirts e dois dorsais (10€ simples/16€ duo). No website, pode fazer o download gratuito das 5 faixas cedidas pelos artistas. 

Pode também fazer um donativo direto na conta da campanha 0035 0675 00046019 330 da Caixa Geral de Depósitos. Vá acompanhando as novidades no site da campanha, WWW.APDUVA.PT. 

A iniciativa contará com diversas bancas: Nas estações do Metropolitano de Lisboa Oriente (de 28 de Janeiro a 1 de Fevereiro) e Marquês de Pombal (de 4 a 11 de Fevereiro); no Centro Comercial Dolce Vita Miraflores (de 25 a 27 de Janeiro) e no Centro Comercial Dolce Vita Central Park, em Linda-a-Velha (de 28 de Janeiro a 3 de Fevereiro); nas estações da CP de Areeiro, Cascais e Sete Rios (de 8 a 15 de Fevereiro). As inscrições para a Corrida/ Caminhada de São Valentim UVA podem também ser feitas na sede da APD (Largo do Rato, em Lisboa) e nas suas delegações de Sintra, Barreiro, Amadora e Cascais (a partir de 25 de Janeiro; moradas disponíveis em www.apd.org.pt) 


Corrida/Caminhada de São Valentim UVA 

Dia 17 de Fevereiro às 10.00h, a Corrida/caminhada de São Valentim UVA e a Festa de encerramento da campanha UVA, prometem ficar na História. Lisboa acolhe a primeira edição de uma iniciativa que se propõe a unir pelo desporto e pela arte todas as pessoas independentemente da sua condição física. 

Com um percurso de 5 Km, a partida será feita na Av. Brasília, às 10h, na interseção com o viaduto da Av. Infante Santo, junto ao Museu do Oriente. A prova segue no sentido de Belém passando pela Doca de Alcântara e daqui seguem no sentido normal do trânsito até à Torre de Belém, onde estará instalada a Meta. Na meta espera-os (e a todos os que se queiram juntar) um palco alimentado por energia solar com atuações ao vivo dos artistas intervenientes da campanha e dos projetos Afidance (dança coreográfica) e Dança sobre Rodas alternadas por breves intervenções do Presidente da APD e de outros oradores adeptos à causa. Haverá ainda ecrã gigante com linguagem gestual. 

O ingresso da Corrida de São Valentim UVA é um pacote (simples) com 1 T-Shirt da campanha e um dorsal com o número de participante ou um pacote (duo) com 2 T-Shirts da campanha e dois dorsais com os números dos participantes. 

A campanha nacional Unir, Vencer e Ajudar tem por objetivo permitir à APD continuar o seu trabalho, mas também dar visibilidade aos problemas dos 630.000 cidadãos com deficiência em Portugal. 

Para mais informações contactar: 
Marco Guedes – telef – 915 196 565 / [email protected]

Pode consultar toda a informação e novidades da campanha em: 
Facebook: www.facebook.com/apduva 
Website da APD www.apd.org.pt
Telefone da APD – 213 889 883

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Seminário - Comunicar com as TIC


Apresentação Oficial do Projeto BIA - Sistema de Comunicação Aumentativo e Alternativo Multiplataforma (Windows, Mac, Linux, Android, iPhone, iPad)

Inscrições aqui.

Para mais informações: 

"Tablets" podem ser úteis ao desenvolvimento dos bebés

A utilização de "tablets" visuais e táteis por crianças menores de dois anos pode ser útil ao seu desenvolvimento, desde que por períodos curtos e com acompanhamento, defende um parecer da Academia das Ciências de França.
No parecer "A criança e os ecrãs", a Academia considera que os "tablets" podem ser úteis ao desenvolvimento sensório-motor do bebé, constituindo um objeto de exploração e aprendizagem como os peluches ou os cubos de madeira.
Mas a utilização deve ser por períodos curtos, acompanhada por pais, avós ou irmãos mais velhos e não deve substituir outras atividades indispensáveis naquela idade, indica o documento divulgado no "site" da instituição.
O princípio, segundo a Academia, deve ser o de que para o bom desenvolvimento do cérebro contam formas de estimulação variadas, digitais e não digitais.
Já em relação aos ecrãs não interativos (televisão e DVD) diante dos quais o bebé é passivo, o parecer considera não terem qualquer efeito positivo, podendo levar ao aumento de peso, a um atraso na linguagem e a um défice de concentração e atenção.
Os pais devem ser informados daqueles perigos e os pediatras e médicos de clínica geral podem desempenhar um importante papel de alerta junto das famílias, defende a Academia.
O parecer da Academia das Ciências, que integra os dados científicos mais recentes da neurobiologia, psicologia e ciências cognitivas, foi elaborado em colaboração com a Fundação "La main à la pâté" - que procura contribuir para melhorar a qualidade do ensino da ciência e da tecnologia no ensino básico e secundário - e é acompanhado de um módulo pedagógico destinado aos professores do primeiro ciclo.
A Academia realizou na terça-feira um debate para apresentação do documento que será editado e estará disponível a partir de dia 29 de janeiro.

Universidade do Minho cria plataforma web para prevenir doenças neurocognitivas

Investigadores da Escola de Psicologia da Universidade do Minho criaram uma plataforma na internet com perto de um milhar de exercícios, capaz de estimular o cérebro de forma a evitar o aparecimento ou a progressão de doenças neurocognitivas.
Segundo fonte da Universidade do Minho (UMinho), aquela plataforma, "grátis e pioneira em Portugal", já foi testada por meia centena de pessoas com défices neuropsicológicos associados a uma variedade de doenças neurológicas e psiquiátricas, que registaram "melhorias em termos cognitivos e cerebrais" em apenas três meses.
A utilização da plataforma obedece a recomendação de um especialista, após o que são criados o nome de utilizador e a respetiva "password" (palavra-chave) para o paciente, devidamente associado a uma instituição clínica.
O problema diagnosticado determinará o tipo de exercício a desenvolver, como treinos de memória, lógica, concentração e funções executivas, entre outros, com o objetivo de exercitar o cérebro, como se de um músculo se tratasse.
"São cerca de mil exercícios cognitivos capazes de estimular as zonas do cérebro associadas ao surgimento do AVC, da esclerose múltipla ou do Alzheimer, doenças neurológicas que atingem milhões de pessoas em todo o mundo", acrescentou a fonte.
Além disso, a plataforma está também direcionada para a intervenção em perturbações do neurodesenvovimento, como o Síndrome de Williams.
O doente é avaliado consoante o tempo despendido por sessão e o número de erros, acertos e tentativas de realização.
Quando a performance é tida como satisfatória, aumenta-se o nível de dificuldade.
Os exercícios, geridos pelo clínico, poderão ser realizados em contexto de terapia, em casa com a ajuda de familiares ou, até, a sós.
Para já, o instrumento está a ser aplicado em pacientes do Laboratório de Neuropsicofisiologia e dos hospitais de Braga, Covões (Coimbra) e Magalhães Lemos (Matosinhos).
A longo prazo, a plataforma pode também ser encarada "como estratégia de prevenção para um envelhecimento mais saudável ou, então, ser implementada em contexto escolar para colmatar o défice de atenção, considerado como uma das principais causas de insucesso escolar".

Português descobriu o que acontece no cérebro antes de fazermos um movimento

Luzes, neurónios, ação: foi através da observação desta sequência de acontecimentos que uma equipa de cientistas, com participação portuguesa, conseguiu mostrar que são necessárias duas rotas diferentes de células nervosas para se gerar movimento.
Utilizando uma nova técnica, Rui Costa, neurocientista que trabalha na Fundação Champalimaud, em Lisboa, e colegas, puseram em causa o que se pensava ser a função de cada uma das rotas – defendia-se que uma servia para acionar um determinado movimento, outra para inibir o mesmo movimento. Mas, afinal, o comando para começar uma ação é mais complexo, mostra um estudo publicado nesta quarta-feira na edição online da revista Nature.
O que é uma ação: levantar o braço, caminhar até à casa de banho ou saltar de uma ponte? As três, mas a terceira necessita de um processo mental mais complexo para a tomada de decisão. O tipo de ação que Rui Costa e os colegas do Instituto Nacional do Abuso de Álcool e do Alcoolismo, nos Estados Unidos, estudaram prende-se mais com as duas primeiras. São esses movimentos mais simples que são afetados por doenças do sistema nervoso como a de Parkinson ou a coreia de Huntington.
Essas doenças afetam os gânglios de base, estruturas bem definidas no cérebro compostas por células nervosas que estão abaixo do córtex. Uma das atividades que são levadas a cabo pelos neurónios destas estruturas conduz à tomada de decisão para a iniciação ou não de movimentos mais simples.
Sabia-se que dois circuitos diferentes que partem destes gânglios afetavam esta decisão. Um dos circuitos é direto e o outro tem mais intermediários e, por isso, chama-se indireto. A doença de Parkinson, que é inibidora desses movimentos, e a coreia de Huntington, que provoca movimentos musculares descontrolados, afetam estes dois circuitos. Por isso, teorizou-se que o circuito direto servia para ativar o movimento e o indireto servia para o inibir.
Mas faltava uma observação experimental. “Nunca se conseguiu medir diretamente a atividade destes neurónios”, diz Rui Costa (...). O trabalho, que começou quando Rui Costa ainda estava nos Estados Unidos, ultrapassou esta dificuldade experimental e mostrou que aquela hipótese parece estar errada.
As células nervosas de cada circuito têm identidades diferentes e produzem proteínas únicas. A equipa criou ratinhos que produziam proteínas fluorescentes em cada um dos circuitos. Estas proteínas emitiam mais luminosidade quando os neurónios se ativavam. Com uma pequeníssima fibra ótica instalada no cérebro dos ratinhos e ligada a um contador de fotões, os cientistas conseguiram medir a atividade dos dois circuitos neuronais separadamente.
Depois, puseram os ratinhos a iniciar um movimento e mediram a atividade do circuito direto e do indireto. “Menos de um segundo antes de iniciar o movimento, os dois circuitos ficavam mais ativos, depois iniciava-se o movimento”, conta Rui Costa. “Para iniciar um movimento consciente, é necessário os dois circuitos estarem ativos”, conclui.
Os cientistas não fizeram nenhuma experiência que testasse a atividade dos circuitos quando uma ação era inibida. Só se verificou que, quando os ratinhos se mantinham parados, os dois circuitos estavam menos ativos.
Não se sabe qual a função de cada um dos circuitos. Uma das possibilidades é que, enquanto um circuito está a ativar uma ação, o outro acaba por inibir todas as outras, explica Rui Costa.
Mas estes resultados podem ajudar “a melhorar o tratamento dos sintomas das doenças neuronais”, diz o investigador. “O próximo passo é tentar manipular a atividade destes circuitos, de forma a controlar o movimento.”
Por Nicolau Ferreira

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Educação Especial é o grupo com mais vagas no quadro

Os professores de Educação Especial são os que têm mais vagas de quadro atribuídas no concurso de vinculação extraordinária. A portaria conjunta dos ministros da Educação e das Finanças, publicada, esta quarta-feira, no Diário da República, dá 162 vagas, no total, à Educação Especial, sendo a maioria desses lugares (156) para o grupo de recrutamento 910, destinado a alunos com graves problemas cognitivos, motores e multideficiência.

O Ministério da Educação, recorde-se, vai abrir 600 vagas no processo de vinculação extraordinário de professores contratados. Os resultados deste recrutamento vão ser divulgados antes da abertura do concurso externo deste ano, em março. Os docentes vão ficar vinculados a um Quadro de Zona Pedagógica, mas sem escola, e é nessa categoria que vão concorrer ao concurso nacional. (...)

Vagas para o concurso externo extraordinário

A Portaria n.º 22-A/2013 fixa o número de vagas atribuído a cada um dos quadros de zona pedagógica, a preencher no concurso externo extraordinário regulado pelo Decreto-Lei n.º 7/2013, de 17 de janeiro.
Para o grupo de recrutamento 910 existem 156 vagas distribuídas por todos os quadros de zona pedagógica.
Nos restantes grupos de recrutamento de educação especial, 920 e 930, existem 3 vagas declaradas para cada um.

Trata-se de vagas determinadas por quadro de zona pedagógica a concretizarem-se em vagas de quadro de agrupamento de escolas e escolas não agrupadas, no primeiro concurso interno a ocorrer imediatamente após a publicação da presente portaria e que se extinguirão quando vagarem.

Os cortes na Educação e a Educação Especial

O texto que se segue, no formato de imagem, é da autoria do Prof. Doutor David Rodrigues. Foi publicado hoje, no jornal Público, no formato de papel.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

A educação pública: 'Falsos relatórios técnicos' intoxicam o país

O reitor da Universidade de Lisboa, António da Nóvoa, acusou hoje as elites portuguesas de “enorme insensibilidade social”, alertando para o aumento de “pressões e constrangimentos” e para um espaço público “intoxicado por falsos relatórios técnicos”.

No debate sobre a educação e o futuro do estado social, António Sampaio da Nóvoa defendeu que, perante a atual crise económica, o Estado Social é “ainda mais importante do que no passado”. No entanto, acrescentou, as “elites portuguesas têm, frequentemente, uma enorme insensibilidade social”.
Para o reitor da Universidade de Lisboa (UL), é "fundamental defender e reforçar” a escola pública.
“Hoje, mais do que nunca, é necessário ter uma ética do “bem público”, que não autoriza misturas espúrias entre interesses públicos e interesses privados, que não autoriza promiscuidades, pressões e constrangimentos que se vêm acentuando à medida que a crise se agrava”, denunciou, durante o encontro que decorreu hoje na reitoria da UL.
Na reitoria, (...) uma das entidades organizadoras dos debates, Sampaio da Nóvoa afirmou que, “em Portugal, o espaço público de debate está muito degradado, intoxicado por falsos relatórios técnicos, excessivamente conflituoso e com um grau de azedume e até de má criação como há muito não se via”.
António da Nóvoa lembrou que as políticas de educação não se coadunam com "os calendários trimestrais das avaliações da troika" e que “é preciso cuidado para que as urgências do presente não precipitem decisões erradas e erráticas”.
“Utilizar a crise como pretexto para pôr em causa a escola pública seria um erro de consequências imensas para o futuro de Portugal”, alertou o reitor da universidade.
Recordando o estudo realizado por uma consultora de George Bush, Diane Ravitch, que “durante muito tempo defendeu as políticas de privatização do ensino”, António da Nóvoa sublinhou que não existe “qualquer demonstração de que na área da Educação as lógicas de mercado funcionem melhor do que a escola pública”.
“O que queremos das escolas não é o que queremos de uma empresa comercial. Queremos estabilidade. Queremos proximidade. Queremos cooperação. Queremos que os nossos filhos se sintam bem. Queremos que aprendam. Não queremos as escolas a competirem, a ver quem ganha mais dinheiro, quem é melhor. Queremos os professores a partilharem os seus conhecimentos”, disse Sampaio da Nóvoa, citando o documento da especialista norte-americana, que termina afirmando que “não há qualquer prova de que as escolas privadas, ou as escolas com contrato, tenham melhores resultados do que as escolas públicas”.
Uma escola pública acessível a todos e um maior investimento estatal foram medidas também defendidas pelos restantes oradores convidados: Ana Maria Bettencourt (presidente do Conselho Nacional de Educação), os professores catedráticos Jorge Miranda e João Barroso e o antigo secretário de Estado da Educação Jorge Pedreira.
O facto de Portugal ser dos países que menos gasta percentualmente em Educação foi criticado por todos os restantes oradores presentes. "Posso admitir que haja poupanças transitórias, mas não é isso que se está a tentar dizer. O que se diz é que são cortes definitivos e que vão passar a ser regra", lamentou Jorge Pedreira.

Notas: 
1- Tendências políticas à parte, concordo globalmente com António Nóvoa! Daí o destaque que lhe foi proporcionado hoje nestas páginas! 
2- O destacado do texto publicado acima é da nossa responsabilidade!

"Excesso de missões" dadas às escolas afastam a missão de ensinar

O Reitor da Universidade de Lisboa, António Sampaio da Nóvoa, defendeu, esta terça-feira, que as escolas têm "excesso de missões", que deveriam ser transferidas para outras instituições para que os estabelecimentos de ensino possam estar focados na aprendizagem.
No debate sobre ‘Estado Social. A educação. Que futuro?’, o reitor lembrou tempos antigos, quando “a escola foi inventada” e as sociedades eram predominantemente rurais, com baixíssimos níveis de educação e cultura. “Hoje vivemos predominantemente em cidades, onde existem inúmeras possibilidades de educação das crianças”, sublinhou António da Nóvoa, defendendo por isso que a escola pode ser libertada de “muitas funções que, à falta de alternativa, teve que ir desempenhando ao longo do século XX”.
O “excesso de missões” levou a que a escola ficasse muitas vezes “enredada numa série de atividades e de trabalhos que deveriam pertencer a outras instâncias sociais”, considerou Sampaio da Nóvoa, (...).
É preciso que “algumas das missões que hoje estão a cargo da escola sejam assumidas por outros grupos ou entidades”, como as famílias, as autarquias, espaços culturais e de recreação, grupos artísticos e desportivos”.
O reitor alertou para eventuais consequências de não se conseguir centrar na aprendizagem: “O pior que nos podia acontecer seria uma inclinação das escolas públicas para missões sociais e uma inclinação de escolas privadas para missões de aprendizagem”.
Depois da grande “batalha do século XX” de conseguir “uma escola para todos”, o reitor defendeu que a atual “batalha” é por “uma escola onde todos aprendem”.
Já no que toca ao ensino superior, António da Nóvoa voltou a sublinhar a importância de reorganizar a rede do ensino superior e de reforçar a autonomia e a capacidade de gestão das instituições.
O reitor criticou os cortes do financiamento público, que classificou de “garrote burocrático” que atualmente “atinge as instituições e anula as suas energias mais dinâmicas”.
António da Nóvoa lembrou ainda que as políticas de educação não podem ser definidas tendo como horizonte de aplicação os “calendários trimestrais das avaliações da troika”. Em educação, “as decisões mais acertadas” foram sempre “tomadas sempre num horizonte de futuro”.



Atividades funcionais para alunos com autismo: A tecelagem

A APPDA - Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo de Lisboa promove, no dia 02.03.2013, entre as 10.00 h e as 13.00 h, a formação "Atividades funcionais para alunos com autismo: A tecelagem.".
A iniciativa decorre no Centro de Recursos para a Inclusão (CRI) da APPDA de Lisboa e tem como dinamizadoras a Monitora Luísa Menino e a Drª Rita Soares.
Para proceder à inscrição, descarregar a Ficha de Inscrição.

Contatos:
APPDA-Lisboa | Tel.: 213616250, Fax: 213616259 | Morada: Rua José Luis Garcia Rodrigues, Bº do Alto da Ajuda, 1300-565 Lisboa | E-mail: [email protected] | Sítio web: www.appda-lisboa.org.pt

Estimular a Comunicação no Autismo

A APPDA - Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo de Lisboa promove a formação "Estimular a Comunicação no Autismo".
A iniciativa decorre no dia 16.02.2013, entre as 10.00 h e as 13.00 h, no Centro de Recursos para a Inclusão (CRI) da APPDA, em Lisboa.
O tema é "Estimular a Comunicação no Autismo", sendo formadoras Dra. Margarida Morgado e Dra. Maria João Morgado.
Para proceder à inscrição, Descarregar a Ficha de Inscrição

Contatos:
APPDA-Lisboa | Tel.: 213616250, Fax: 213616259 | Morada: Rua José Luis Garcia Rodrigues, Bº do Alto da Ajuda, 1300-565 Lisboa | E-mail: [email protected] | Sítio web: www.appda-lisboa.org.pt

O aluno com autismo e a metodologia TEACCH

No dia 02.02.2013, entre as 10.00 h e as 17.00 h, a APPDA - Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo de Lisboa promove uma formação subordinada à temática "O aluno com autismo e a Metodologia TEACCH (Treatment and Education of Autistic and related Communication handicapped CHildren)".
A iniciativa decorre no Centro de Recursos para a Inclusão (CRI) da APPDA, em Lisboa.
A formação será dinamizada pela Dra. Rita Soares e Dra. Rita Silva.
A Inscrição pode ser efetuada descarregando a Ficha de Inscrição.

Contatos:
APPDA-Lisboa | Tel.: 213616250, Fax: 213616259 | Morada: Rua José Luis Garcia Rodrigues, Bº do Alto da Ajuda, 1300-565 Lisboa | E-mail: [email protected] | Sítio web: www.appda-lisboa.org.pt