A aproximação de Gang Bang (álbum: MDNA) do clássico Bang Bang, interpretado por Nancy Sinatra (original de Cher, publicado em 1966) é algo que tem tanto de imediato como de visceral. Robin Skouteris & Pat Scott tomaram a questão à letra, reencenando a canção de Madonna numa poderosa remistura: The Gang Bang Theory é um caso invulgar de um trabalho que não se limita a formatar o original para pistas de dança, antes propondo uma recriação com tanto de metódico como de paródico — o teledisco de Panos T. aí está para o demonstrar.
A principal referência convocada é... Quentin Tarantino! Uma Thurman sai do duplo Kill Bill (2003 + 2004) para reviver as suas aventuras em paralelo com uma Madonna altiva, primeiro de emblemáticos óculos escuros, depois conduzindo um Chevrolet Camaro (cujas cores, amarelo e preto, rimam com a moto que Thurman conduz no filme de Tarantino). Ironia tingida de sarcasmo: as imagens de Madonna — as primeiras de Star (2001), curta-metragem para a série The Hire, da BMW; as segundas do teledisco de What It Feels Like for a Girl (2001) — pertencem a filmes dirigidos pelo ex-marido da cantora, Guy Ritchie.
A integração do som (e das imagens!) de Nancy Sinatra é admirável. São ainda citados Bon Jovi (You Give Love A Bad Name) e Drowing Pool (Bodies). A abrir, uma legenda avisa as almas mais vulneráveis: "Conteúdo chocante, incluindo violência, sangue, calão e Madonna." Estão avisados.
A integração do som (e das imagens!) de Nancy Sinatra é admirável. São ainda citados Bon Jovi (You Give Love A Bad Name) e Drowing Pool (Bodies). A abrir, uma legenda avisa as almas mais vulneráveis: "Conteúdo chocante, incluindo violência, sangue, calão e Madonna." Estão avisados.