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quarta-feira, 2 de março de 2022

Bairro de Casas Económicas (ou de Nossa Senhora da Piedade)

Bairro Nossa Senhora da Piedade: este bairro, suscita interesse logo à partida. Este interesse não passa despercebido quando é fácil identificar perfeitamente a delimitação do bairro relativamente à envolvente. É também, motivo de interesse a organização do bairro segundo um traçado hierarquizado e pensado numa determinada forma de edificado, a moradia.

Cova da Piedade, ed. Comér (bairro das casas económicas e capela), década de 1970.
Delcampe

É pois, bastante interessante analisar esta zona para compreender através do estudo das densidades, de que forma esta ocupação tem influência no contexto da cidade e na maneira de sentir e viver o espaço.

O aspecto relacionado com os usos é muito caracterizador de uma determinada área, revelando as tendências e divisões de conjuntos urbanos perfeitamente distintos. Podemos verificar isso mesmo quando observamos o Bairro Nossa Senhora da Piedade, concebido com o propósito de ser um bairro de casas económicas.

Caracteriza-se pela predominância do uso da habitação e pela presença relevante da Escola EB1 No2 da Cova da Piedade e do Centro Paroquial da Cova da Piedade.

Cova Da Piedade, Escola primária do Bairro, 1959-1960.
José Niz

Pretende-se ainda nesta fase, identificar e perceber como é a relação entre o espaço público e o edificado, bem como reconhecer a relação público privado.

Assim, no Bairro Nossa Senhora da Piedade, existe um predomínio da tipologia de Moradia Geminada com a excepção dos equipamentos e da alameda de entrada do bairro, ladeada por edifícios de habitação colectiva.

Bairro das Casas Económicas, Júlio Diniz, década de 1950.
Arquivo Municipal de Almada

Contudo, acaba por constituir um bairro equilibrado quanto às suas tipologias traduzindo uma homogeneidade aparente, não só entre o edificado, mas também entre as vias públicas e o próprio edificado. (1)

A partir do século XX, a indústria ganhou relevo e tornou-se a actividade principal em Almada. Este facto implicou a ida de mão-de-obra qualificada para a zona e consequentemente uma melhoria significativa na habitação, tendo como ponto assente e de grande relevância fixar esta faixa de população em Almada.

Vista aérea da Escola Naval e do Arsenal do Alfeite (mostra o Bairro de Casas Económicas em construção no quadrante direito superior), Mário Novais.
Flickr

Contudo, devido às Guerras Mundiais, a urbanização atrasou-se e só com o termo da 2a Guerra Mundial o Governo Central, e concretamente pela iniciativa da Câmara Municipal, foram contratados os arquitectos Faria da Costa e Étiènne Groer para elaborar aquele que seria o Plano de Urbanização do Concelho de Almada (1946).

Neste Plano de Urbanização estavam abrangidas as freguesias de Cacilhas, Almada, Pragal, Cova da Piedade, Laranjeiro e Feijó.

Por imposição da topografia as margens ficaram pouco exploradas pelo Plano, à excepção do aterro construído para a instalação dos estaleiros da Lisnave, que representava para o Município um sector de grande importância ao nível regional e nacional.

Vista aérea da Cova da Piedade, ed. Comér (bairro das casas económicas à direita na foto), 1953.
Flickr

Assim, o desenvolvimento de Almada efectuou-se através de dois eixos principais que tinham Cacilhas como ponto de convergência: um desenvolvia-se pelas freguesias emergentes (Almada, Pragal e Cova da Piedade) e o outro percorrendo toda a linha de costa que já anteriormente fazia de eixo orientador e de ligação entre aglomerados nomeadamente a Avenida Aliança Povo MFA.

Relativamente à Freguesia da Cova da Piedade foi possível verificar durante a década de 40 o crescimento de ocupações baseadas em programas de casas económicas, nomeadamente o Bairro Nossa Senhora da Piedade.

Delcampe, Bosspostcard

A moradia geminada foi a lógica de ocupação privilegiada, bem como a implementação de equipamentos de cariz social, como o Centro Paroquial da Igreja de Nossa Senhora da Piedade e a Escola EB1 No2 da Cova da Piedade. (2)

Cronologia

1933, 23 setembro - o decreto n.º 23052 estabelece as condições segundo as quais o governo participa na construção de casas económicas, das classes A e B, em colaboração com as câmaras municipais, corporações administrativas e organismos corporativos (art.º 1.º);
as Casas Económicas, como passam a ser designadas, são habitações independentes de que os moradores se tornam proprietários ao fim de determinado número de anos (propriedade resolúvel), mediante o pagamento de prestação mensal que engloba seguros de vida, de invalidez, de doença, de desemprego e de incêndio (art.º 2º);
as atribuições do governo em matéria de casas económicas são partilhadas pelo Ministério das Obras Públicas e Comunicações (MOPC) e o Subsecretariado das Corporações e Previdência Social (art.º 3.º);
ao MOPC compete a supervisão da construção de casas económicas (aprovação de projetos e orçamentos, escolha de terrenos e sua urbanização, promoção e fiscalização das obras, administração das verbas cabimentadas e fiscalização de obras de conservação e benfeitorias) (art.º 4.º);
é criada a Secção de Casas Económicas na Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN) (art.º 4.º);


1943, 24 novembro - pelo decreto n.º 33278, o Governo promove, em colaboração com as câmaras municipais, a construção de 4000 novas casas económicas, localizadas em Lisboa, Porto, Coimbra e Almada (zona de influência da base naval do Alfeite), criando as classes C e D, destinadas às famílias numerosas da classe média;

1949 - é referido, na Exposição "Quinze Anos de Obras Públicas, 1932-1947", que se encontram em construção ou autorizadas 500 casas económicas em Almada; data do plano de urbanização do Bairro Económico de Almada, da autoria do arquiteto Carlos Rebelo de Andrade;

Bairro Nossa Senhora da Piedade, Usos (Anexo I).
Densidade e Forma Urbana...

1950, 21 maio - ofício da Secção de Casas Económicas do Instituto Nacional do Trabalho e Previdência à DGEMN, informando que em breve lhe será entregue o bairro para distribuição das moradias; solicita ainda, e "após experiência de administração de muitos outros bairros económicos", que sejam elaborados projetos-tipo para as seguintes construções: muros de vedação, anexos destinados a arrumações, garagens, capoeiras e telheiros abrigos;

Chegada do General Craveiro Lopes ao Bairro Económico da Cova da Piedade (27 de Abril de 1952).
Pastéis de AlMadan

1952 - inauguração do bairro, composto por 500 casas.  (3)


(1) Densidade e Forma Urbana, Densificação como valor de projecto e estratégia de desenvolvimento urbano Baixa Altura Alta Densidade
(2) Idem
(3) SIPA

Mais informação:
Empréstimo de 20 mil contos para a construção de um bairro de 500 casas económicas na Cova da Piedade

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Horizontes

A aplicação do Plano de Urbanização de Almada (1946) é o motor de mudanças profundas na ocupação e forma de povoamento, alteração de usos do solo e das formas de concentração populacional, condicionando a sustentabilidade e administração territorial futura. 

Almada, Cacilhas - Vista Parcial, ed. J. Lemos, s/n, década de 1950.
Vista da Avenida Frederico Ulrich, atual 25 de Abril, Vila Brandão e morro do moinho.
Imagem: José Luis Covita

Nasce uma nova cidade, com outras dinâmicas económicas e sociais.

Abertura das novas avenidas de Cacilhas para a Cova da Piedade e Almada, 1954.
Imagem: Mário Cruz Fernandes in , As Margueiras, Contributos para a história de Cacilhas

A estrutura da vila é redesenhada, projetando-se o seu desenvolvimento para leste, incluindo áreas industriais de dimensão acentuada (Cova da Piedade e Cacilhas) e as zonas rurais no seu perímetro de influência (Pragal, Laranjeiro, Feijó).

Criam-se instrumentos de planeamento urbano para a intervenção em áreas maioritariamente rurais: expropriações de terrenos com caráter público (para novas vias, bairros de casas económicas, centro cívico e avenidas centrais) e tipologias de planos para construção massiva de novas infraestruturas.

Projecto da Avenida Engenheiro José Frederico Ulrich, 1951-1952.
Imagem: Ver Almada crescer: 10 anos do Museu da Cidade (catálogo)

A construção da parte nova da vila decorre num ritmo lento em comparação com a afluência de novos habitantes: os consumidores de água no Concelho aumentam de 5 mil em 1951 para 18 mil em 1961; a Companhia dos Telefones de Almada tem uma lista de espera de 2 anos para obtenção de telefone doméstico. (1)


(1) Ver Almada crescer: 10 anos do Museu da Cidade (catálogo)

Artigos relacionados:
Largo Gil Vicente
Praça da Renovação

Leitura adicional:
Rodrigues, Jorge de Sousa, Infra-estruturas e urbanização da margem sul: Almada, séculos XIX e XX, 2000, 35 págs.

terça-feira, 30 de junho de 2015

Empresa de Camionetes Piedense

A empresa Piedense tem uma frota de 44 veículos, a maioria dos quais com base nos chassis Volvo e Berliet de motor frontal.

Cacilhas, Lisboa vista de Cacilhas, ed. Postalfoto, 468, década de 1950.
Imagem: Delcampe

As carrocerias em alumínio foram construídas pela empresa em oficinas próprias, na Trafaria. O material utilizado foi em grande parte fornecido pela Aluminium Union, Ltd., da Grã-Bretanha, e o diretor e gerente geral, sr. Agostinho Ramos Munhá, está satisfeito com os resultados.

Cacilhas, autocarro Volvo, viatura 24 ou 26 da da Empresa de Camionetes Piedense, largo do Costa Pinto (detalhe), Mário Novais, c. 1947.
Imagem: Fundação Calouste Gulbenkian

As taxas de consumo de combustível dos veículos são baixas e uma grande poupança é feita em direitos de importação.

Versatilidade do chassis Berliet PCK 8 adaptável a diferentes carrocerias.
Imagem: Bus America

As carrocerias apresentam-se sem pintura, e têm-se revelado particularmente fáceis de limpar e manter.

Cacilhas, comemorações do centenário da Incrível Almadense, Júlio Dinis, Outubro de 1948.
Em segundo plano, autocarros com cabine recuada e, outros, com a volumetria do motor integrada no habitáculo.
Imagem: Museu da Cidade de Almada

As grandes janelas curvas, à frente e atrás, e as portas de dobrar são características do design. O sistema de entrada de passageiros pela traseira e saída pela frente, com o sistema de portas dobráveis, operadas manualmente, é generalizado em Portugal.

Trafaria, paragem de autocarros, Mário Novais, década de 1940.
Imagem: Fundação Calouste Gulbenkian

Os interiores são revestidos a alumínio natural, com estofos em vermelho. As janelas são de correr, de manuseamento rápido, com cortinas, e as luzes do teto têm painel antirreflexo. As camionetes têm instalado um relógio e um aparelho de rádio porque também são usadas ​​em serviços interurbanos e de turismo.

Berliet PCK 7, autocarro com carroceria do fabricante.
Imagem: Delcampe

Acima do lugar do motorista está um espelho à largura total que lhe dá uma visão completa do interior e, a seu lado, está disponível um assento especial para funcionários da empresa e da polícia, que são transportados gratuitamente.

Berliet PCR 10, interurbano com carroceria do fabricante.
Imagem: Delcampe

São transportados pelos veículos mercadorias, correio e passageiros. As mercadorias são transportadas no tejadilho [...] Na parte traseira do veículo, do lado de fora, há uma caixa de correio [...]

Berliet PCK, viatura 29 da Empresa de Camionetes Piedense, c. 1952.
Imagem: Publi Transport in Portugal

Muitos passageiros obtêm os seus bilhetes nos escritórios da empresa antes do embarque.

Às 62.000 milhas cada veículo é sujeito a uma inspeção geral e revisões pontuais são efetuadas nos intervalos de 42.000, 36.000 e 30.000 milhas. Duas grandes manutenções são feitas a cada mês, de maneira que nenhuma das camionetes trabalha mais de dois anos sem uma revisão completa.

Berliet PCK, viatura 29 da Empresa de Camionetes Piedense, década de 1950.
Imagem: José Luis Covita

As bombas de combustível são recalibrados numa máquina inventada por um empregado da empresa. O seu sucesso é tal que é frequentemente emprestada aos operadores de Lisboa.

Uma nova área de desenvolvimento da empresa é a construção de alguns atrelados de 16 lugares, que serão rebocados por pequenas unidades de tração, para o serviço de curta distância a partir do terminal na Costa da Caparica até à praia, que se está a tornar uma estância de fim de semana favorita dos lisbonenses.

Costa da Caparica, Almada, Largo Comandante Sá Linhares, ed. Passaporte, 08, década de 1950.
Imagem: Fundação Portimagem

Além das carreiras regulares, são também efetuados oito serviços de longa distância pelo sul e centro de Portugal. Estes serviços abrangem uma rota total de 1.020 milhas.

Cacilhas, Berliet PCR, viatura 31 (?) da Empresa de Camionetes Piedense, c. 1952.
Imagem: Publi Transport in Portugal

No total, 2 milhões de passageiros são transportados pela empresa em cada ano e os veículos cobrem 21 milhões de milhas.

Cacilhas, autocarro Berliet da Empresa de Camionetes Piedense, com o pára brisas em lanterna.
Imagem: José Luis Covita

Embora a qualidade dos veículos britânicos seja admirada pelo diretor geral, o mesmo acredita que, por causa do seu preço, não é atualmente possível a compra de veículos britânicos.

Cacilhas, autocarro Berliet, viatura 53 da Empresa de Camionetes Piedense.
Imagem: José Luis Covita

Os veículos franceses e suecos sempre prestaram um excelente serviço. (1)


(1) Commercial Motor (Archive),  Publi Transport in Portugal,  31 de outubro 1952, pág. 41

Artigo relacionado:
Uma empresa que se impõe


Bibliografia:
Covita, José Luis Gonçalves, História da Camionagem no Concelho de Almada, Almada, Câmara Municipal de Almada, 2004

sábado, 22 de março de 2014

Quinta Távora e Mosteiro da deceda

Mapa de Portugal
Fernando Álvares Seco, 1561
Imagem: Wikimedia Commons
Quando D. Sebastião foi aclamado rei (1557), preparou-se uma embaixada a Roma, para tratar de importantes assuntos de Estado. O embaixador escolhido foi Lourenço Pires de Távora (1510-1573), que chegou a Roma em Junho de 1559. 

Guido Sforza, cardeal protector de Portugal, terá então recebido de Estaço um particular presente: um mapa de Portugal, preparado por Fernando Álvares Seco (fl. 1560), cartógrafo de quem pouco ou nada se sabe.

Dois pormenores foram introduzidos, que delatam o autor, como acontecia muitas vezes nas telas de mestres pintores: a “Quinta dos Secos”, perto de Tomar, e a “Quinta Távora”, morgadio da família do embaixador, na península de Setúbal. (1)

O mapa de Portugal de FERNANDO ALVARO SECO, publicado em Roma em 1561 é provavelmente o primeiro mapa de conjunto do território nacional, serviu de base a toda a cartografia do país que se imprimiu durante um século.

Mapa de Portugal, Fernando Álvares Seco, 1561
Imagem: Wikimedia Commons (detalhe)

Cem anos depois, em 1662, era dada a conhecer em Madrid a «descrição do reino de Portugal...» de PEDRO TEIXEIRA ALBERNAZ que durante outro século serviria de modelo às edições de mapas de Portugal que entretanto iam surgindo. 

... numa data em que ainda não era possível o conhecimento exacto das longitudes, o país aparece distorcido, se bem que as posições das várias povoações na maioria não apresentem grandes desvios em relação às suas localizações reais. Contrariamente ao que era seguido nos mapas árabes (com o Sul para a parte superior) e na cartografia europeia a partir de meados do século XVI (com o Norte para cima), A. SECO orienta Portugal com o Ocidente para cima.

No mapa de 1662... desaparecem, na península da Arrábida, as representações gráficas bem destacadas de Sesimbra, Mosteiro da Deceda (não identificado) e Quinta Tauora (St.° António dos Capuchos — Caparica). (2)

Nas ruínas do convento de Santo António na Caparica
Alfredo Keil, óleo
Imagem: Rui Manuel Mesquita Mendes

Lourenço Pires de Távora mandou erguer, em 1558, o Convento dos Capuchos para alojar uma comunidade religiosa de frades arrábidos vinda da Quinta da Conceição, em Murfacém (Trafaria), onde ficaram durante mais de três séculos.

O crescimento da comunidade e a pobreza inicial do convento obrigaram a consecutivas obras de ampliação e beneficiação do edifício, com a reconstrução dos dormitórios (1618) e da própria capela, acrescida, em 1630, do coro alto e do alpendre.


Em março de 1834, o convento foi extinto por portaria do Duque de Bragança, possivelmente pelo alinhamento de parte da comunidade religiosa a favor dos absolutistas no contexto da guerra civil de 1832-34.

A extinção dos Capuchos marcou o início de uma etapa atribulada e ainda mal conhecida, que levou ao abandono do antigo Convento, à completa pilhagem do seu recheio e à gradual ruína do edifício.

Costa da Caparica - Convento dos Capuchos
Ed. Comissão Municipal de Turismo (fotografia original de Mário Novais)

Depois de passar pela posse de vários proprietários particulares, foi adquirido, em 1950, [e restaurado em 1952,] pela Câmara Municipal de Almada, que iniciou a sua requalificação em 2000. (3)

O declínio do convento coincide com a queda dos Távoras. A família Távora foi perseguida pelo Marquês de Pombal e os seus membros foram cruel e impiedosamente executados em 13 de Janeiro de 1759, sob a acusação de terem conspirado para assassinar o rei D. José I de Portugal.

Quando se procedeu ao seu restauro em 1952, foram colocados painéis de azulejo, que têm como tema os sermões de Santo António e o retábulo em talha oferecido pelo Director do Museu de Arte Antiga (Lisboa). (4)

Costa da Caparica, Almada, Convento dos Capuchos (após o restauro em 1952)
Ed. Passaporte, 32
Imagem: Fundação Portimagem


O alto dos Capuchos é o lugar no extremo poente da Vila Nova, muito perto perto da arriba da Costa de Caparica.

Costa da Caparica, Almada, Miradouro dos Capuchos e Caparica
Ed. Passaporte, 30

O lugar, que outrora era o "Outeiro do Funchal", colhe o seu nome dos franciscanos arrábidos conhecidos por "capuchos" para os quais foi construído o convento, em 1558 por Lourenço Pires de Távora, Senhor de Caparica, que reservou para si túmulo na igreja, em cripta agora vazia.

Contornando por Norte e Oeste o alto dos Capuchos passa o caminho que no Século XVIII é mencionado como "descida" e que era o acesso mais fácil às praias da Costa. (5) 

A Praia do Sol - Uma vista parcial. Subida para os "Capuchos".
Ed. Acção Bíblica/Casa da Bíblia, 110
Imagem: Fundação Portimagem


(1) BNP adquire exemplar do mais antigo mapa de Portugal (1561)

(2) O povoamento a sul do Tejo nos séculos XVI e XVII

(3) A história do Convento dos Capuchos em exposição, Câmara Municipal de Almada, Nota de imprensa, 19 de junho de 2013

(4) Convento dos Capuchos (Caparica), Wikipedia 

(5) Pereira de Sousa, R. H., Almada, Toponímia e História, Almada, Biblioteca Municipal, Câmara Municipal de Almada, 2003, 259 págs.