Giovanni Testori (1923-1993) |
Giovanni Testori nasceu em 1923, em Novate, nos arrabaldes de Milão, e dizem as wikipédias, «in una família de fervente fede cattolica». E ele também católico, fé sangrando de dúvidas e intransigência, carne, desejo, sexo, tensões e arrependimentos, poeta, cronista, historiador de arte, romancista, dramaturgo, pintor também, foi inventando no teatro, na poesia, uma sua língua espaventosa e reles, esplendorosa, blasfema e ansiosa, língua confessa e dos arrependidos, a tumultuosa, macerada língua daqueles homens sujos, descalços, caídos na terra empoeirada, nus, frementes.
Tradução: Miguel Serras Pereira / Apresentação: Jorge Silva Melo |
ISBN: 978-972-37-1622-1
{brevemente nas livrarias}
Publicados em 1993, no ano da sua morte, estes Três Prantos centram-se nas personagens (ou só vozes?) de Cleópatra, Herodíades e Maria, são monólogos em verso, lamentos de amor de Cleópatra que chora António, de Herodíades que arde de desejo pelo Baptista que a recusa, e pranto antiquíssimo de Maria, que Testori reinventa, carnal, retirando-a do cheiro das velas, e vendo abrir os braços ao perdão, maneira que tem o céu de se abrir. E será neste último pranto que a trilogia se encontra, na esperança, na redenção, na aceitação do sacrifício aqui na terra.
Jorge Silva Melo, na «Apresentação».
Herodíades, de Giovanni Testori, estreia na próxima quarta-feira, dia 11 de Janeiro, e vai estar no Teatro da Politécnica (Artistas Unidos) até ao próximo dia 21.
Tradução Miguel Serras Pereira Com Elmano Sancho Cenografia e Figurinos Rita Lopes Alves Luz Pedro Domingos Fotografias Jorge Gonçalves (Vídeo com Leandro Fernandes Imagem José Luis Carvalhosa Montagem Miguel Aguiar) Produção Vânia Rodrigues e Andreia Bento Encenação Jorge Silva Melo M16