quarta-feira, 22 de setembro de 2010
«Mensagem» e «Baldios - reedições com novidades
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Simone Weil
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«Weil, na minha opinião, é quem melhor conhece a “luz da montanha” (como diria Nietzsche).»
«Basta ler algumas das suas páginas para nos apercebermos de que estamos perante algo de que muitos poderiam mesmo ter perdido a memória: um pensamento ao mesmo tempo transparente e duro como um diamante, um pensamento teimosamente concentrado num débil feixe de palavras.»
Roberto Calasso
«Espera de Deus é o melhor livro para iniciar um encontro com a escritora. A originalidade das suas percepções, a paixão e subtileza da sua imaginação teológica, a fecundidade dos seus talentos exegéticos estão aqui…»
Susan Sontag
sábado, 4 de outubro de 2008
Reedição
Não se trata de uma novidade, mas da reedição de um livro que, editado em Abril deste ano, foi generosamente abraçado pelo público e pela crítica: Diário 1941-1943, de Etty Hillesum (novamente disponível nas livrarias a partir de dia 9 de Outubro).Diário 1941-1942, Etty Hillesum
Tradução: Maria Leonor Raven-Gomes
Edição brochada (352 pp)
Classificação: Diário; Religião; Holocausto
Colecção: Teofanias
22 €
«Foi novamente como se a Vida, com todos os seus segredos, estivesse próxima de mim, como se eu a pudesse tocar… E ali sentia-me imensamente segura e protegida. E pensei: "Como isto é estranho. É guerra. Há campos de concentração. Pequenas crueldades amontoam-se por cima de pequenas crueldades. Quando caminho pelas ruas, sei que, em muitas das casas por onde passo, há ali um filho preso, e ali um pai refém, e ali têm de suportar a condenação à morte de um rapaz de dezoito anos." E estas ruas e casas ficam perto da minha própria casa.
Sei do grande sofrimento humano que se vai acumulando, sei das perseguições e da opressão… Sei de tudo isso e continuo a enfrentar cada pedaço de realidade que se me impõe. E num momento inesperado, abandonada a mim própria — encontro-me de repente encostada ao peito nu da Vida e os braços dela são muito macios e envolvem-me, e nem sequer consigo descrever o bater do seu coração: tão fiel como se nunca mais findasse…»
A 9 de Março de 1941, quando Esther (Etty) Hillesum começou a escrever, no primeiro dos oito cadernos de papel quadriculado, o texto que viria a ser o seu Diário, estava-se longe de pensar que começava aí uma das aventuras literárias e espirituais mais significativas do século. Ela tinha vinte e sete anos de idade e morreria sem ter feito trinta.
A 30 de Novembro de 1943, a Cruz Vermelha comunicou a sua morte em Auschwitz.