Das quadras que tinha à mão
nem uma sobrou p´ra mostrar:
umas têm fome, querem pão;
outras, estão com falta d’ar.
Das esfomeadas, que direi eu?
Todas elas de rima pobre,
já nada possuem de seu,
quanto mais do que lhes sobre.
As outras, em completa apneia,
não sei que bicho lhes mordeu,
se é peçonha ou coisa feia
ou apenas um ar que lhes deu.
Sobraram estas insatisfeitas,
que nem delas podem falar:
avassaladas, às demais sujeitas,
à fome e com falta d’ar.