A caloria é matéria com sorte:
folgada, como o diabo à solta,
por mais que se lhe deseje a morte,
ela teima e não tarda está de volta.
Ao mais pequeno deslize
ela aí está, pronta e destemida,
sempre, ou em última análise,
por ter mais olhos que barriga.
O tempo do que não mata engorda
acabou e com ele a alegria
de um chocolate ou de uma açorda,
malvada a sorte! Malvada caloria!