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13 janeiro 2013

1001 Filmes: Malhas Da Tarde (Meshes Of The Afternoon)

DIREÇÃO: Maya Deren e Alexander Hammid;
ANO: 1943;
GÊNEROS: Curta, Vanguarda e Experimental;
NACIONALIDADE: EUA;
IDIOMA: mudo;
ROTEIRO: Maya Deren;
BASEADO EM: ideia de Maya Deren;
PRINCIPAIS ATORES: Maya Deren (A Mulher) e Alexander Hammid (O Homem).




SINOPSE: "Maya Deren é uma mulher aprisionada dentro de casa, sufocada pelo cotidiano doméstico. Ela é atormentada por múltiplas visões, se despedaça em diferentes personalidades, e não consegue diferenciar muito bem, enquanto cochila, o sonho da realidade. Seu olhar para por longos segundos em qualquer objeto doméstico: uma faca em cima do pão, a porta destrancada, o telefone fora do gancho." (Adoro Cinema)


"É um filme bastante perturbador, angustiante, que incomoda e causa medo, mesmo tendo raros momentos de leveza com a dança da personagem principal, ou poderia dizer, da atriz que a interpreta, uma vez que a história retratada foi um recorte da própria vida da atriz. O jogo de câmeras dá uma agilidade incomum para um filme dessa época, assim como, a sobreposição de várias imagens da mesma atriz em movimento, com uma qualidade bem a frente do seu tempo. Também há de se ressaltar a utilização da câmera lenta meticulosamente encaixada a sequência do filme. Apesar da música ter sido acrescida ao filme somente 10 anos depois, se encaixa perfeitamente à trama, deixando ainda mais afloradas as sensações já citadas."

(1: Ruim; 2: Regular; 3: Bom; 4: Ótimo; 5: Excelente)
Jonathan Pereira





"A vida tem encontros interessantes. Neste caso, Alexander Hammid, fotógrafo tcheco, e Maya Deren, cineasta, coreógrafa, dançarina, poeta, escritora e fotógrafa, nascida na Ucrânia. Ambos fugidos de seus países por motivos similares em época de guerra, se encontrando e se tornando vanguardistas no cinema americano. Neste curta de 1943 é mostrado as malhas que tecem a vida, que aprisionam ou libertam. Adrian Martin, crítico de cinema australiano diz que Maya queria mostrar a questão feminina e o aprisionamento da mulher, talvez querendo destacar questões únicas de uma época em que o poder masculino predominava. Para a atualidade vale a pena pensar sobre esta questão de diversos ângulos, refletindo em como o confinamento das pessoas, dentro delas mesmas, pode provocar a loucura e a perda da saúde mental ou física: uma desfragmentação do ser. O filme é curto e fantástico, envolto por um clima noir, com medo, pulsão de morte, pesadelos e itens simbólicos como uma escada, uma chave, a mulher e o homem... gerando múltiplas interpretações da combinação entre eles. Enfim, com estilo único e mesmo morrendo jovem, o trabalho de Maya é estudado nas principais escolas de cinema do mundo, deixou grandes obras para a humanidade."

(1: Ruim; 2: Regular; 3: Bom; 4: Ótimo; 5: Excelente)
Kleber Godoy





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12 janeiro 2011

1001 Filmes: Koyaanisqatsi (Koyaanisqatsi)

DIREÇÃO: Godfrey Reggio;
ANO: 1983;
GÊNEROS: Arte, Documentário e Vanguarda;
NACIONALIDADE: EUA;
IDIOMA: Inglês e Hopi;
ROTEIRO: Godfrey Reggio, Walter Bachauer, Ron Fricke e Michael Hoenig;
BASEADO EM: ideia de Godfrey Reggio;
PRINCIPAIS ATORES: não contem.





SINOPSE: "Filme mais conhecido da trilogia Qatsi, composta juntamente com as seqüências Powaqqatsi (1988) e Naqoyqatsi (2002), leva sua audiência a refletir sobre os aspectos da vida moderna que nos fazem viver sem harmonia com a natureza, bem como a pressão exercida pelas inovações tecnológicas que tornam o cotidiano cada vez mais rápido. São apresentadas cenas em paisagens naturais e urbanas, muitas delas com a velocidade de exibição alterada. Algumas cenas são passadas mais rapidamente e outras mais lentamente que o normal, criando juntamente com a trilha sonora uma idéia diferente da passagem do tempo. O diretor Godfrey Reggio considera Francis Ford Coppola como produtor executivo por suas contribuições no final da produção." (Cineclube Manjericão).



"O famoso ditado: 'Uma imagem vale mais que mil palavras!' é perfeitamente entendida ao assistirmos esse filme. Fazer um filme que prenda a atenção e desperte o interesse do espectador até seu final já é algo bastante trabalhoso e difícil mesmo quando utilizando imagens, sons, atores famosos, músicas, efeitos especiais, assunto de fácil identificação etc., agora, imaginarmos que alguém consiga produzir um filme, de 87 minutos (eu disse uma hora e vinte e sente minutos), lançando mão apenas de imagens e música de variados aspectos da vida humana em diferentes velocidades, e ainda sim, conseguir ser surpreendente, são para poucos, como é o caso desse documentário. Fazer com que você fique observando uma cena simples, corriqueira por 40, 50 segundos que por vezes você tenha a vivido horas antes e nem tenha reparado, é algo que mexe com suas emoções e convicções. Mostra o quanto o nosso cotidiano contemporâneo nos exige que tenhamos cada vez mais pessoas a nossa volta e, consequentemente, estreita a nossa relação com a solidão e o superficial. Por ser um filme que foi terminado há mais de 20 anos, há cenas que hoje não são tão inovadoras, mas em sua maioria, ainda sim, olhar uma cachoeira em seu curso normal, não é apenas ver uma cachoeira, é sentir a necessidade de repensar sobre seus ideais e verdades, sobre seu papel e se as escolhas que fez estão corretas ou não."

(1: Ruim; 2: Regular; 3: Bom; 4: Ótimo; 5: Excelente)
Jonathan Pereira





"Uma vida desequilibrada! Esta é a aposta do filme de vanguarda de Godfrey Reggio e seus colaboradores. As imagens são lindas e o movimento junto com a música é perfeita mostrando o desequilíbrio humano em um contexto de velocidade, destruição, demolição, inovação e... mais velocidade. O espetáculo humano está presente com grandiosas obras e muita luminosidade. Nada mais adequado para uma época na qual o narcisismo predomina, mesmo que não só, mas agregado a suas patologias, muito bem demonstrada no momento em que a multidão se dissolve e as imagens mostram a solidão das pessoas, que durante o dia estavam todas rodeadas de outras... porém, vemos, sós. Daí uma das fontes do alto consumismo predominante. Porque necessitamos consumir tanto? Os sólidos se dissolvem, derretem, implodem e as estruturas antes existentes se modificam, questionando o que são: família, relação, religião, amor, valores... hoje em dia. Com o tempo aprendemos que não se precisa responder a tudo isso e que algumas coisas sólidas realmente devem derreter. E talvez seja mais importante nunca deixar de questionar. Neste contexto muito difícil se torna a atuação do psicólogo e de outros profissionais com compromisso de humanização: com tanta velocidade, quem tem tempo para questionar e tomar contato com dores, perdas, agonias... suas e dos demais? Concluindo, um documentário muito interessante que em sua falta de voz, muito fala. Porém, o achei um pouco cansativo, podendo se condensar em menos tempo de produção, passando a mesma mensagem. Ora... eu também peço rapidez: nada mais coerente para um jovem em plena experiência na malha pós-moderna."

(1: Ruim; 2: Regular; 3: Bom; 4: Ótimo; 5: Excelente)
Kleber Godoy





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