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29 outubro 2011

1001 Filmes: A Adolescente (The Young One)

DIREÇÃO: Luis Buñuel;
ANO: 1960;
GÊNEROS: Drama;
NACIONALIDADE: EUA e México;
IDIOMA: inglês e espanhol;
ROTEIRO: Hugo Butler e Luis Buñuel;
BASEADO EM: conto de Peter Matthiessen chamado 'Travelin' Man';
PRINCIPAIS ATORES: Zachary Scott (Miller); Bernie Hamilton (Traver); Key Meersman (Evalyn); Crahan Denton (Jackson); Claudio Brook (Reverendo Fleetwood).





SINOPSE: "História de um homem que vive em uma ilha isolada na costa da Carolina, tendo como companhia apenas uma adolescente. Um clima de tensão é formado com a chegada de um fugitivo negro e de um padre." (Cineplayers)."



"Para quem assistiu como primeiro filme de Buñuel 'Um Cão Andaluz (Un Chien Andalou, Luis Buñuel, 1928)' vai ter uma grande e grata surpresa ao ver esse filme. Aqui, nada de surrealismo, falta de sincronismo no enredo, tudo é como a cartilha manda, uma trama perfeitamente vivida por muitos, com um começo, meio e fim bem definidos, e que traz a tona a fragilidade humana, seja pela personalidade fraca de alguém, seja pela circunstâncias que esse alguém está inserido. Por outro lado, retrata a dura vida de um 'preconceituado', aquela pessoa que sofre preconceito e que, por conta de sua diferença, vira alvo até de crimes que jamais cometeu, tendo que lutar pela vida que querem lhe tirar, por simplesmente ser o alvo mais fácil, o alvo da moda. E por fim, retrata a possibilidade de todos nós olharmos para nós mesmos e saber que há motivos para o outro, que outrora era o alvo, nos apontar o dedo e ser leviano também. Vale ressaltar que também usa-se o nome 'La Joven' como nome oficial do filme."

(1: Ruim; 2: Regular; 3: Bom; 4: Ótimo; 5: Excelente)
Jonathan Pereira





"Este filme de Buñuel faz parte de sua fase cinematográfica americana, entre suas grandes obras iniciais e o reconhecimento europeu posterior. 'A Adolescente' nos permite visualizar de forma nua e crua o preconceito de raça, fortemente aceito e incentivado na cultura da época, sendo que os brancos jamais poderiam cometer delitos como o de estupro ou roubo, já que isso era atitude de negro. Mas o roteiro nos apresenta um negro que agia de forma defensiva, não necessitando rebaixar ou ferir o outro, fugindo das armadilhas que lhe foram impostas por conta do racismo. De outro lado vemos um branco, o Sr. Miller, um homem com poucos sentimentos que mostra todo seu enojamento com o rapaz negro e, além disso, se aproveita da situação de morar em uma ilha, em um mundinho isolado da civilização, para realizar desejos sexuais com a filha de seu companheiro, agora morto (e, como ele diz, 'já foi tarde, todos morrem um dia'). No desfecho do filme podemos ver uma fresta de humanização do personagem, deixando Traver, o negro, fugir da ilha? Ou seria somente interesse para não ser denunciado pelo pastor? De qualquer forma, um filme que faz crítica social e mostra um universo limitado de possibilidades e a maneira como as pessoas que ali vivem tentam sobreviver às dificuldades que lhe são impostas."

(1: Ruim; 2: Regular; 3: Bom; 4: Ótimo; 5: Excelente)
Kleber Godoy





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