Mostrando postagens com marcador Português. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Português. Mostrar todas as postagens

27 fevereiro 2013

Sétima Arte Brasil: Redentor (Cláudio Torres, 2004)

DIREÇÃO: Cláudio Torres;
ANO: 2004;
GÊNEROS: Drama e Fantasia;
ROTEIRO: Elena Soárez, Fernanda Torres e Cláudio Torres;
BASEADO EM: ideia dos roteiristas;
PRINCIPAIS ATORES: Pedro Cardoso (Célio Rocha); Miguel Falabella (Otávio Sabóia); Camila Pitanga (Soninha); Stênio Garcia (Acácio); Fernanda Montenegro (dona Isaura); Fernando Torres (Justo); Jean Pierre Noher (Gutierrez); Enrique Diaz (Moraes); Mauro Mendonça (Noronha); Tony Tornado (Tonelada); Lúcio Mauro (Tísico); Lúcio Andrey (Meio-Kilo); Babu Santana (Júnior); Rogério Fróes (Dr. Soares); Louise Wischermann (Celeste); José Wilker (Dr. Sabóia); Paulo Goulart (ministro); Tonico Pereira (delegado); Guta Stresser (Flávia); Suely Franco (tia de Célio); Fernanda Torres (Isaura jovem), Domingos de Oliveira (Justo jovem), Marcel Miranda (Célio criança) e Guilherme Vieira (Otávio criança).



SINOPSE: "Existem mais coisas entre o céu e a Terra do que supõe a nossa vã filosofia. E Célio Rocha (Pedro Cardoso) é prova tão viva quanto morta disto: repórter de um jornal carioca, ele recebe de Deus a missão de convencer seu amigo de infância, Otávio Sabóia (Miguel Falabella), um corrupto construtor, a doar sua fortuna aos pobres." (Cineclick).


"Um roteiro original, atual e brasileiro. O filme retrata os meandros extra-oficiais das negociações de empresários, governos, mídia, polícia, justiça, e ainda aborda a criminalidade, a impunidade, a pobreza, as diferenças sociais, a religião, enfim, temas brasileiros discutidos em um enredo verdadeiro, claro e doloroso do nosso dia-a-dia. Temas pesados tratados de forma pesada, como merecem ser. Não há espaço para o romantismo, o amor, a verdade, a justiça, a beleza, há apenas espaço para a vida dolorosa, pesada e difícil que os personagens representam, seja um empresário milionário, seja um repórter ou sejam pessoas humildes vivendo na linha da pobreza extrema. Seja criança, adulto ou idoso, todos, envolvidos no clima sombrio e cascudo do filme. Há uma única ressalva, que foge um pouco desse perfil, o personagem de Fernando Torres, onde ainda demonstra algumas características mais puras e sinceras no filme. O elenco completamente separado, mas totalmente competente, sem um destaque, onde todos brilham ao máximo."

(1: Ruim; 2: Regular; 3: Bom; 4: Ótimo; 5: Excelente)
Jonathan Pereira





"Cláudio Torres, filho de Fernanda Montenegro e Fernando Torres, irmão de Fernanda Torres... uma família de talento para um enredo cheio de conteúdo significativo: combinação perfeita. Isso sem falar em Pedro Cardoso e Miguel Falabella estrelando com maestria seus papéis, junto a outros grandes nomes como Camila Pitanga, Stênio Garcia e Jean Pierre Noher. Intenso, perfeito, cheio de altos e baixos... indo do céu ao inferno em instantes, sendo que até o céu parece infernal e o questionamento sobre deus (e a ele) aparece a todo momento. Afinal, colocam os personagens, se há tanta frustração na vida, sendo tudo obra de de um todo poderoso... será que este olha para mim? Questionamentos existenciais junto a um toque de comédia dramática bem sutil, no meio de alguns diálogos ou olhares, que somente um grupo afinado de atores poderia fazer. Ah, a presença de José Wilker deu o toque que talvez faltasse ao filme. E assim não faltou nada."

(1: Ruim; 2: Regular; 3: Bom; 4: Ótimo; 5: Excelente)
Kleber Godoy





Para entender a seção 'Sétima Arte Brasil' visite a postagem explicativa.

Para entender a dinâmica do 'O Teatro Da Vida' visite a página sobre o blog.











Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

21 setembro 2012

Sétima Arte Brasil: Orfeu (Cacá Diegues, 1999)

DIREÇÃO: Cacá Diegues;
ANO: 1999;
GÊNEROS: Drama e Romance;
BASEADO EM: peça de teatro de Vinícius de Moraes;
PRINCIPAIS ATORES: Toni Garrido (Orfeu); Patrícia França (Eurídice); Murilo Benício (Lucinho); Zezé Motta (Conceição); Milton Gonçalves (Inácio); Isabel Fillardis (Mira); Maria Ceiça (Carmen); Stepan Nercessian (Pacheco); Maurício Gonçalves (Pecê); Lúcio Andrey (Piaba); Eliezer Motta (Stallone); Mary Sheila (Be Happy); Sérgio Loroza (Coice); Silvio Guindane (Maicol); Castrinho (Oswaldo); Nelson Sargento (Ele mesmo); Cássio Gabus Mendes (Pedro) e Caetano Veloso (Ele mesmo).



SINOPSE: "Orfeu (Toni Garrido) é um popular compositor de uma escola de samba carioca. Residente de uma favela, ele se apaixona perdidamente quando conhece a bela Eurídice (Patrícia França), uma mulher que acaba de se mudar para o local. Mas entre eles existe ainda Lucinho (Murilo Benício), chefe do tráfico local, que irá modificar drasticamente a vida de ambos." (Adoro Cinema).


"Uma tentativa acertada de enquadrar o mito de Orfeu na cultura brasileira, tornando um Orfeu brasileiro filho da periferia e com sua música abrindo um outro caminho além daquele 'único', o da criminalidade. Orfeu e Eurídice são representações fieis aos seus correlatos da mitologia grega, assim como sua história, já os outros personagens brasileiros dizem pouco, ou nada dizem, sobre a mitologia grega. As atuações de Toni Garrido e Patrícia França ficam aquém das interpretações dos atores secundários da trama. Milton Gonçalves e Zezé Motta, sendo os atores não protagonistas que mantém a graça no filme, assim como a emotiva, bela e excepcional música tema. Como história de amor, excelente, nada melhor. Mas como cinema, algo a desejar."

(1: Ruim; 2: Regular; 3: Bom; 4: Ótimo; 5: Excelente)
Jonathan Pereira





"O mito grego de Orfeu e Eurídice é um dos mais lindos (e trágicos, por isso romântico) contos de ficção que conhecemos, mas como se isso não bastasse, Vinícius de Moraes dá sua forma a esta histórica, nos presenteando com uma peça baseada no mito, escrita nos anos de 1950. O filme de Cacá Diegues mostra uma adaptação da peça com excelência em atuação, montagem, figurino e, claro, trilha sonora. Orfeu e Eurídice tentam viver seu amor impossível, mas não impossível por viverem em mundos diferentes, mas sim por chamarem tanta atenção dos outros com seus talentos: o maior poeta e a mais bonita mulher. Por ela ele deixa casa, família e comunidade e por ele ela é capaz de ficar e ali viver: ambos abrem mão de suas vidas individuais para viver uma em casal. Mas no emaranhado da paixão surgem diversos outros personagens: Lucinho, o chefe do tráfico da favela, atraído por Eurídice e com inveja de seu amigo de infância talentoso; a tia de Eurídice, eternamente apaixonada por Orfeu, vivendo e revivendo a amargura de ter sido deixada; e a mãe de Orfeu, que tem sobre ele um controle edípico impressionante, aterrorizada com a possibilidade de perder seu filho para outra mulher. Para ilustrar bem esta bela história de amor, destaque para as atuações de: Zezé Motta, Milton Golçalves e Isabel Filardis. E, claro, para a aparição e música de Caetano Veloso."

(1: Ruim; 2: Regular; 3: Bom; 4: Ótimo; 5: Excelente)
Kleber Godoy





Para entender a seção 'Sétima Arte Brasil' visite a postagem explicativa.

Para entender a dinâmica do 'O Teatro Da Vida' visite a página sobre o blog.





















Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

26 julho 2012

Sétima Arte Brasil: A Suprema Felicidade (Arnaldo Jabor, 2010)

DIREÇÃO: Arnaldo Jabor;
ANO: 2010;
GÊNEROS: Drama;
ROTEIRO: Arnaldo Jabor e Ananda Rubinstein;
BASEADO EM: ideia de Arnaldo Jabor;
PRINCIPAIS ATORES: Jayme Matarazzo (Paulo jovem); Michel Joelsas (Paulo adolescente); Caio Manhente (Paulo criança); Marco Nanini (Noel); Dan Stulbach (Marcos); Mariana Lima (Sofia); Elke Maravilha (Avó); César Cardadeiro (Cabeção jovem); Matheus Varize (Cabeção adolescente); Tammy Di Calafiori (Marilyn); João Miguel (Bené); Emiliano Queiroz (Pregoneiro); Maria Flor (Deise); Maria Luísa Mendonça (Cafetina); Ary Fontoura (Padre) e Jorge Loredo (Padre).




SINOPSE: "O filme retrata uma família de classe média moradora de um subúrbio carioca. Ao longo do filme são expostos os dramas dos personagens utilizando como referência diferentes épocas na vida de Paulo, filho único da família composta pelo pai Marco (Dan Stulbach), pela mãe Sofia (Mariana Lima), pelo avô Noel (Marco Nanini) e pela avó (Elke Maravilha)." (wikipedia).


"O Jabor nos apresenta o seu mais recente filme, que parece nos mostrar uma representação da sua infância, ou ao menos, a representação clássica da infância da maioria das pessoas de sua época. Família de classe média, com seus problemas peculiares, onde aos poucos vai se descobrindo a vida, suas primeiras experiências, seus amigos, e ao mesmo tempo, vai se descobrindo, de forma dolorosa, que seus pais não são aqueles seres perfeitos, incapazes de cometerem erros. Mas há sempre a avó ou o avô, neste caso, que traz o lado feliz da vida e faz com que sua infância possa ser vivida como tal, cheia de fantasias e brincadeiras. A fotografia e o figurino são perfeitos, assim como a atuação do grande elenco do filme. Nos faz comparar, inevitavelmente, com outro filme que retrata a infância e o passado de seu diretor, 'Amarcord (Amarcord, Federico Fellini, 1973)'. Um belo regresso ao passado e a infância, onde se conseguia chegar à Felicidade Suprema com mais frequência e em sua maior vivência."

(1: Ruim; 2: Regular; 3: Bom; 4: Ótimo; 5: Excelente)
Jonathan Pereira





"Um excelente filme dirigido por um grande diretor que retorna à atividade cinematográfica após 26 anos atuando de outras formas. Jabor é um crítico formidável, utilizando de toda sua ironia e sarcasmo para cutucar os temas profundos da sociedade e para fazer refletir, o que não deixa de fazer também no cinema e tudo com muita poesia. Certa vez em uma entrevista ele disse do quanto se desanima para fazer cinema porque se leva muitos anos em todas as etapas até finalizar e, no fim, nem sempre é dado o valor que se deve. No entanto, vemos na tela uma grande obra que mostra que apesar de ser difícil fazer cinema de qualidade no Brasil, Jabor não desistiu, que bom. Assim, Jayme Matarazzo, Maria Luisa Mendonça, Marco Nanini, Dan Stulbach, Mariana Lima, Maria Flor, Tammy Di Calafiori... todos dão um show, e vão no embalo de Arnaldo Jabor, atuando com muita leveza e sensibilidade em busca dessa tal felicidade, para nos mostrar que na felicidade também há tristeza. Um enredo sofisticado, um elenco afinado e muita sutileza na fotografia para mostrar que a felicidade está no mais simples, no menos sofisticado, na morte, no amor, na loucura... dentro e fora de cada um de nós. Enfim, cinema antigo, cinema de qualidade, cinema de saudade, cinema brasileiro."

(1: Ruim; 2: Regular; 3: Bom; 4: Ótimo; 5: Excelente)
Kleber Godoy





Para entender a seção 'Sétima Arte Brasil' visite a postagem explicativa.

Para entender a dinâmica do 'O Teatro Da Vida' visite a página sobre o blog.











Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

18 maio 2012

Sétima Arte Brasil: Uma Noite Em 67 (Renato Terra e Ricardo Calil, 2010)

ANO: 2010;
GÊNEROS: Documentário;
ROTEIRO: Renato Terra e Ricardo Calil;
PRINCIPAIS ATORES: Chico Buarque (Ele Mesmo), Gilberto Gil (Ele Mesmo), Caetano Veloso (Ele Mesmo), Edu Lobo (Ele Mesmo), Roberto Carlos (Ele Mesmo), Sérgio Ricardo (Ele Mesmo), Marília Medalha (Ela Mesma), MPB4 (Eles Mesmos), José Carlos Capinan (Ele Mesmo), Nelson Motta (Ele Mesmo), Paulinho Machado De Carvalho (Ele Mesmo), Sérgio Cabral (Ele Mesmo), Solano Ribeiro (Ele Mesmo), Beat Boys (Eles Mesmos), Rita Lee (Ela Mesma), Sérgio Dias (Ele Mesmo), Arnaldo Baptista (Ele Mesmo), Randal Juliano (Ele Mesmo), Cidinha Campos (Ele Mesmo), Chico De Assis (Ele Mesmo), Zuza Homem De Mello (Ele Mesmo) e Reali Jr. (Ele Mesmo).




SINOPSE: "Um filme sobre o Festival que revolucionou a música brasileira. No teatro: aplausos, vaias, um violão quebrado, guitarras estridentes. No palco: os jovens Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Roberto Carlos, Edu Lobo e Sérgio Ricardo. As músicas: “Roda Viva”, “Ponteio”, “Alegria, Alegria”, “Domingo no Parque”. E só um deles sairia vencedor. Isso é Uma Noite em 67, um convite para viver a final do Festival da Record que mudou os rumos da MPB." (Filmow).


"Um belo recorte de um momento negro na história do país, que mesmo não abordando o caos político e social que o país vivia naquele momento, é possível pescar no ar algumas matérias ensinadas nas aulas de história na escola. Ver aquela multidão voraz reprimir e renegar aqueles artistas, o quanto podiam e queriam, já que o momento o forçavam a fazer, é algo bastante presente durante os shows, mesmo que essa angústia fosse colocada para fora em um dos raros momentos de diversão e lazer popular da época, sendo bastante ensinador. Porém, há os aplausos, como forma de aliviar e de se desligar do dia-a-dia que viviam. E esses dois lados das emoções, a negação e a aceitação, vivendo exemplar e respeitosamente no mesmo recinto, indo de encontro à visão utópica de um Brasil heterogêneo diferente do que viviam fora daquele salão, onde as diferenças eram um erro e uma aberração e onde as pessoas não tinham o direito de serem quem bem entendessem ser em sua plenitude. Era algo controverso e questionador de como um povo reprimido, cerceado e menosprezado podia respeitar e ser o quem bem entendessem ser. Outro ponto interessante é ver duas vertentes históricas da música brasileira, que ainda eram incipientes ou embrionárias, se encontrando em um palco de forma harmônica e complementar: o rock e o tropicalismo, representados pelos que eram a favor da guitarra elétrica e os contrários ao contágio da cultura americanizada, levantando as bandeiras e indo para as ruas. Como pode? Em um momento onde suas críticas lhe tiravam a liberdade ou sua vida, ir às ruas lutar pelo não da guitarra elétrica, chega a ser cômico, mas era real. Era um momento onde a TV era leve, espontânea, não marcada ou gravada, não tinham padrões globais a serem seguidos, era tudo amador, mas profissional, fazendo eu querer ter vivido aquelas noites de 60 e 70, seria genial."

(1: Ruim; 2: Regular; 3: Bom; 4: Ótimo; 5: Excelente)
Jonathan Pereira





"Os diretores deste documentário fizeram um trabalho excelente, principalmente ao ter ou comprar a ideia de fazer este trabalho que traz para o presente um passado glorioso de nossa história cultural, a dos grandes festivais de Música Popular Brasileira que eram produzidos e exibidos pela TV Record da época (que nada tem a ver com a de hoje). Estamos falando de uma época em que os programas de música eram o equivalente às novelas hoje e de uma época em que havia um público que vaiava e aplaudia com total empenho, sem amarras ou assistentes de palco para comandarem suas manifestações. Uma época em que Roberto Carlos não tinha sua imagem promovida como Rei, mas era um igual perante outros grandes talentos, uma época de simplicidade e maior verdade do que assistimos hoje. Assim, neste tempo de liberdade, apesar do regime ditatorial que predominava na política, no vídeo contemplamos hoje e em 1967 grandes artistas como Caetano Veloso, Chico Buarque, Gilberto Gil, Edu Lobo, Roberto Carlos, Sérgio Ricardo... entre outros. Alguns falam do passado com maior felicidade e outros com grande indiferença, como Chico Buarque, que não mostra grande interesse em lembrar-se deste passado e nem o considera tão importante assim, nem mesmo se lembrando dos interessantes encontros de artistas relembrados por Veloso, sendo que estava bêbado na maior parte do tempo. Foi nesta época que surgiu o Tropicalismo, grande movimento musical e cultural de nossa história e que revelou um novo jeito de ser e de viver música, tendo como precursores Caetano e Gil, um motivando o outro a levar o projeto adiante. Percebemos através deste documentário que se somente um deles acreditasse na proposta da Tropicália, isso não iria adiante. E assim, diante da tela os diretores e atores daquele festival contam suas experiências de palco e de bastidores, embalados pelas apresentações reais do festival, com aquelas lindas canções de uma época em que não somente se tinha voz, mas também se compunha belíssimas letras, até mesmo se utilizando da motivação política para ir contra aquilo que não se acreditava, afirmando para si e para o outro tudo aquilo que realmente era importante se pensar. A música não só como entretenimento, mas também como fator de reflexão e mudança de toda uma nação. Hoje não é mais assim."

(1: Ruim; 2: Regular; 3: Bom; 4: Ótimo; 5: Excelente)
Kleber Godoy





Para entender a seção 'Sétima Arte Brasil' visite a postagem explicativa.

Para entender a dinâmica do 'O Teatro Da Vida' visite a página sobre o blog.











Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...