DIREÇÃO: Aki Kaurismäki;
ANO: 1988;
GÊNEROS: Comédia, Drama, Policial e Romance;
NACIONALIDADE: Finlândia;
IDIOMA: finlandês;
ROTEIRO: Aki Kaurismäki;
BASEADO EM: ideia de Aki Kaurismäki;
PRINCIPAIS ATORES: Turo Pajala (Taisto Kasurinen); Susanna Haavisto (Irmeli Pihlaja); Matti Pellonpää (Mikkonen); Eetu Hilkamo (Riku); Erkki Pajala (Kaivosmies); Matti Jaaranen (Pahoinpitelijä); Hannu Viholainen (Apuri); Jorma Markkula (Prikkamies); Tarja Keinänen (Nainen Satamassa); Eino Kuusela (Mies rannalla); Kauko Laalo (Asuntolanhoitaja); Jyrki Olsonen (Mies Asuntolassa); Esko Nikkari (Autokauppias); Marja Packalen (Tuomari) e Mikko Remes (Vankilalääkäri).
SINOPSE: "Taisto Kasurinen trabalha numa mina de carvão que passa por graves problemas. Seu pai comete suicídio e ele acaba sendo preso por um crime que não cometeu. Na cadeia, ele começa a a sonhar em começar uma nova vida em outro país e planeja escapar da prisão." (Super Cine-Anarquia).
"Mais uma boa surpresa nessa nossa jornada. Mais um bom filme europeu. Mais um grande e bom elenco, enfim, mais um belo filme. Vendo aos filmes europeus, percebemos algo em comum: os filmes quando não são em preto e branco, trazem sempre cores bem definidas e fortes, mas não vivas e sim opacas, característica mais presente em filmes norte-oeste europeu. A suas histórias também retratam relações bem mais para racionais e frias, do que para quentes e emocionais, uma história sempre muito densa, pesada, mas enfrentada e encenada de maneira muito leve, normal e fluída. O filme nos remete a uma cultura bastante interessante, onde o frio é abaixo dos 20º por volta de 7 meses no ano, retratando a vida de pessoas comuns cuja a sorte nunca está ao seu lado e o destino sempre lhe reserva algo da qual não faz parte de uma história de vida feliz e bem sucedida. O diretor lançou mão de uma parte da sociedade para onde não há um olhar, e quando há, geralmente ou é de negação ou é de piedade, e nunca de entendimento e compreensão, retratando apenas a vida da pessoa sem sorte, e não interferindo com suas conclusões ou esteriótipos, algo que o diretor conseguiu resgatar e retratar bem."
(1: Ruim; 2: Regular; 3: Bom; 4: Ótimo; 5: Excelente)
Jonathan Pereira
"Eu diria que Ariel é um filme sobre liberdade, mas não qualquer liberdade, sim aquela que define a vida de uma pessoa. Confesso que quando chegou a nossas mãos um filme finlandês com este nome e esta sinopse pensei que não poderia dar em muita coisa, mas me enganei completamente. A Finlândia é um país do norte da Europa, frio o tempo todo e quatro vezes menor que a cidade de São Paulo em área (340 mil Km2 contra 1,5 milhões de km2) e com metade de sua população (5,5 milhões contra 11 milhões), sendo famosa em seus filhos premiados vencedores em Fórmula 1 e diversos outros esportes. O que o mundo precisa saber é que este país tem também um filho chamado Aki Kaurismäki, diretor de características marcantes em sua obra e que tem em seu histórico recusas a ir para os EUA mesmo quando seus filmes concorrem ao Oscar por não concordar com políticas de guerra. Em Ariel vemos a tentativa de fuga dos personagens, fuga para um mundo novo e diferente, qualquer outro lugar que não seja aquele em que eles vivem, com a falta de sorte que lhes aflige. Vemos pessoas perdidas e sem casa, sem trabalho e sem documentos, mas com imenso desejo de liberdade e de felicidade. E que venha mais cinema finlandês para assistirmos. Se vier com Kaurismäki e seus personagens frios e intensos, melhor ainda."
(1: Ruim; 2: Regular; 3: Bom; 4: Ótimo; 5: Excelente)
Kleber Godoy
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