“Existem
cinco tipos de atrizes:
as ruins,
as razoáveis, as boas,
as excelentes
- e depois há Sarah Bernhardt”
MARK
TWAIN
(1835 –
1910. Flórida, Missouri / EUA)
Cabelos: ruivos
Olhos: verdes
Altura:
1,60 m
Apelido: A Voz de Ouro, A Divina Sarah e Madame Bernhardt
Desaparecida
há 101 anos, a lendária artista francesa criou as suas próprias tendências de
moda, causou escândalos e tornou-se um verdadeiro mito global. SARAH BERNHARDT (1844
– 1923. Paris / França) era uma celebridade incomparável no mundo do teatro e promoveu
com sucesso uma imagem de si própria como mulher excêntrica, independente,
astuta nos negócios e sexualmente livre. Ela era uma mitomaníaca, mentindo
durante toda a vida, sobre a data de nascimento, sobre o pai etc. É sabido que
foi prostituta de luxo na juventude, tendo como amantes o escritor Victor Hugo,
o pintor Gustave Doré e o Príncipe de Gales, entre outros membros da
aristocracia europeia. De postura magnífica, parecia flutuar ao andar e
usava vestidos que disfarçavam sua magreza enquanto realçavam seus movimentos
graciosos. A sua visão entrando em qualquer ambiente provocava suspiros,
elogios, exclamações de êxtase e aplausos.
Se
tornou o rosto da França em todo o mundo, especialmente após sua primeira
viagem aos Estados Unidos, em 1880. Em Nova Iorque, enfeitiçados, os homens jogavam os casacos
no chão para ela passar. Na Austrália houve cenas de histeria, com milhares de mulheres querendo
vê-la e tocá-la. Em São Petersburgo, o Czar Alexandre III a visitou após uma
apresentação no Palácio de Inverno. Enquanto ela fazia uma educada reverência,
ele a interrompeu: “Não, madame, sou eu quem deve me curvar a você.” E ele fez
isso diante da sua corte. Sigmund Freud mantinha uma foto dela em sua
sala de espera e o genial Marcel Proust a imortalizou como a atriz Berma em “Em Busca do
Tempo Perdido” (1913 – 1927). Acima de tudo, foi uma grande intérprete,
criadora de um estilo naturalista no palco, sem pompa nem pedantismo. Ela tinha
uma presença impactante e uma ótima técnica vocal. Suas cenas de agonia e morte
eram icônicas. Havia um
ditado popular na época: em Paris era preciso ver a Torre Eiffel e SARAH
BERNHARDT. Ela soube criar um maquinário promocional desconhecido na ocasião. Seu
agente, Edward Jarrett, que organizava viagens faraônicas para sua cliente,
tinha um inovador senso de comunicação e entendia que seu comportamento
imprudente a levaria ao topo. Ao se deitar em um caixão cor de rosa para
relaxar e estudar seus textos, ele divulgava na mídia e causava escândalo. Montou um verdadeiro
zoológico em sua mansão, com um filhote de leão, um leopardo, camaleões,
pássaros exóticos e uma jiboia. Contava também com um macaco, chamado Darwin, e
um jacaré, com o nome Ali Gaga, que morreu graças a dieta de leite e champanhe.
Numa época em que a fotografia ainda estava iniciando, ela reconheceu o
poder da publicidade, sendo a primeira mulher a emprestar sua imagem a diversos produtos, de maquiagem a absinto. Além de
admirar seu talento, o público lotava o teatro para apreciar seus vestidos, que
mudaram a moda feminina. Ela era magra na era de mulheres robustas, cabelos
ruivos e mãe solteira. Inteligente, escreveu sua própria lenda, a de uma nova
mulher independente e escandalosa. Musa dos maiores artistas do final do século
XIX e início do século XX, era também excêntrica. Nunca se esquivando de um
desafio, viajou pelo mundo como uma verdadeira embaixadora da cultura francesa.
O seu desejo de liberdade, que sempre colocou acima de tudo, transformou a sua
existência num teatro permanente. Seu único filho, ilegítimo, Maurice
Bernhardt, nascido em 1864, tinha como pai o príncipe belga Henri
de Ligne.
Anos
depois, o príncipe se ofereceu para reconhecer formalmente Maurice como seu filho, além da herança de uma fortuna, mas
Maurice recusou educadamente, explicando que estava satisfeito em ser apenas um
Bernhardt.
Conhecida
no seu tempo como “a Divina” ou “A Oitava Maravilha do Mundo”, foi a primeira
grande atriz de teatro a atuar no cinema, estreando em 1900 num curta-metragem
como Hamlet de William Shakespeare. Afirmava ter tido mais de mil amantes. Seu
marido, Aristides Damala, doze anos mais moço do que ela, era um ex-oficial e ator grego que morreu aos 34 anos em 1898, supostamente por causa do vício em morfina. Após sua morte, ela assinava suas
próprias cartas como “Sarah Bernhardt, viúva Damala”. A atriz
protagonizou as mais populares obras teatrais clássicas, lotou teatros
renomados, transitou pelos círculos mais exclusivos e colecionou manchetes em
todo o continente europeu, nos Estados Unidos e na América Latina. Atriz,
diretora, empresária, e escultora, enfrentou desafios contra as barreiras masculinas e a moralidade radical.
Nascida Henriette-Rosine
Bernard, filha de uma meretriz holandesa de origem judia, que
prestava serviços sexuais para ricos e poderosos, e do seu amante, o
comerciante Edouard Bernard, cuja identidade ficou oculta por muito tempo. De
saúde frágil e temperamental, SARAH BERNHARDT morou com uma tia durante a
infância e frequentou uma escola católica em Versalhes, até ingressar no
Conservatório de Música e Teatro aos 16 anos de idade, custeada por um dos
amantes da mãe. Em 1862, passou a integrar a renomada
Comédie Française. Seu emprego durou apenas quatro anos, principalmente pelas
brigas internas. Certa vez, o porteiro do teatro fez uma graça com a jovem, a
apelidando como “Pequena Bernhardt”. A resposta foi uma paulada violenta com um
guarda-chuva na cabeça do rapaz. Vinte anos depois, quando ele se aposentou, ela se desculpou e comprou para ele uma casa de campo na Normandia. Em uma
festa entre artistas, levou sua irmã mais nova, Regina, para conhecer os
bastidores do teatro. Regina pisou acidentalmente na cauda do vestido de Zaire-Nathalie
Martel, a principal estrela da companhia. Enfurecida, ela empurrou a garota,
que bateu a cabeça numa coluna de pedra, resultando em um corte na testa. SARAH
BERNHARDT não deixou barato e deu um tapa no rosto de Madame Nathalie, atirando-a
contra outro ator. Recusando-se a pedir desculpas, conforme orientação do
administrador do teatro, foi demitida. Regina morreu aos 18 anos, de tuberculose. Sem emprego, a atriz se prostituiu na Espanha e na Bélgica. Pouco depois de gerar um filho aos 20 anos de idade,
voltou aos palcos, encontrando um ambiente mais favorável para sua
personalidade explosiva no Teatro Odéon, em Paris – uma companhia menos rígida,
com produções modernas e ousadas, e logo foi reconhecida como a “Voz
de Ouro” e pela intensidade das suas interpretações em célebres personagens
clássicos e românticos.
A eclosão
da Guerra Franco-Prussiana interrompeu abruptamente sua carreira teatral. A
notícia da derrota do exército francês, a rendição de Napoleão III e a
proclamação da Terceira República Francesa em 4 de setembro de 1870 foram
seguidas por um cerco à cidade pelo exército prussiano. Paris foi cortada do
abastecimento de alimentos e todos os teatros foram fechados. A atriz se encarregou
de converter o Odéon em um hospital para os soldados feridos nas batalhas fora
da cidade. Ela organizou a colocação de 32 leitos no saguão e nas coxias,
trouxe seu chef pessoal para preparar sopa para os pacientes e convenceu seus
amigos ricos e admiradores a doar suprimentos para o hospital. Além de
organizar o hospital, ela trabalhava como enfermeira, auxiliando o
cirurgião-chefe em amputações e operações. Quando o suprimento de carvão da
cidade acabou, usou velhos cenários, bancos e adereços de palco como
combustível para aquecer o teatro. Ao final do cerco, o hospital cuidava de
mais de 150 pacientes.
Seu
último papel no Odéon foi o de rainha da Espanha na peça “Ruy Blas”, de Victor
Hugo. O próprio autor assistiu à estreia e, depois da apresentação, pôs-se de
joelhos e beijou a mão da atriz. Ao se estabelecer como uma das principais
atrizes dramáticas da França, a Comédie Française a recrutou novamente, com um
contrato mais favorável. Ela regressou em 1872 e ficou na companhia por oito
anos, até que decidiu assumir o controle dos seus assuntos profissionais. O teatro oferecia o espaço necessário para interpretar
papéis tradicionais de forma subversiva e SARAH BERNHARDT brilhou, fazendo sucesso inclusive
interpretando personagens masculinos, como o trovador Zanetto em “Le Passant”,
de François Coppée; Napoleão 2° em “A Águia / L’Aiglon”, de Edmond Rostand, e –
o mais famoso – o papel-título de “Hamlet”, de William Shakespeare. Ela colocou
a crítica e o público francês a seus pés. Todos a adoravam.
Seu lema
pessoal – “quand même (apesar de tudo)” – era bordado na sua roupa de cama,
impresso nos seus cartões de visita e gravado em um revólver, numa demonstração
do comportamento combativo frente a todos os aspectos da sua vida. Ela moldou
cuidadosamente sua imagem como uma figura mítica, procurando constantemente
formas de aparecer na imprensa para se promover, seja com fotos dramáticas ou
sem roupas, ou com seu comportamento considerado extravagante, como andando de
bicicleta ou voando de balão. SARAH BERNHARDT levava uma vida suntuosa que,
muitas vezes, deixou-a à beira da falência. Por isso, durante a baixa temporada
teatral na França, passou a fazer turnês internacionais pelo continente
europeu, Canadá, Estados Unidos e América Latina. Seu sucesso em
Londres, por exemplo, foi espetacular. Mesmo interpretando em francês, a
audiência inglesa ficou cativada pela sua voz e gesticulações. Ela deu
recitais privados em mansões de aristocratas, promoveu exposições públicas de
suas esculturas e pinturas e reuniu-se com altos membros da realeza, da
política, dos círculos artísticos e intelectuais. Certa vez, o dramaturgo Oscar
Wilde a recebeu com lírios, chamando-a de “a divina” e “a incomparável”. Ele
também escreveu uma peça de teatro em francês, especialmente para ela,
“Salomé” (1893), que acabou sendo censurada pela sua temática indecorosa. Mas foram
suas turnês pelo continente norte-americano, a partir de 1880, que a fizeram se
firmar como primeira estrela global. Milhares de pessoas abarrotaram o porto de
Nova Iorque para a chegada do navio L’Amérique, que a diva havia fretado para
transportar sua companhia através do Atlântico. Uma embarcação de escolta
hasteou a bandeira da França e uma banda executou o hino francês “A Marselhesa”.
A multidão apaixonada que ameaçava assediar a estrela era tão gigantesca que ela precisou
da proteção de guarda-costas. Depois de
instalada numa suite no luxuoso Hotel Albemarle, em Nova Iorque, SARAH BERNHARDT recebeu incontáveis jornalistas vestida com um roupão branco e um cinto largo
azul-turquesa e dourado. Naquele momento, as entradas para suas apresentações,
a preços exorbitantes, estavam esgotadas – mesmo que faladas em francês. Essa
viagem marcou sua estreia em “A Dama das Camélias”, de Alexandre Dumas Filho. Sua
interpretação resultou numa das mais famosas do seu incrível repertório, repetida mais
de três mil vezes. Conta-se que, assim que a atriz pronunciou suas primeiras
palavras, a audiência ficou hipnotizada. “Na voz de Sarah Bernhardt, havia mais
do que ouro”, escreveu um crítico, continuando “havia trovões e relâmpagos, o
céu e o inferno.” Quando se apresentou em Boston, o jornal local declarou que
“frente à presença de semelhante perfeição, é impossível fazer uma análise”. A
turnê de 1880-81 durou sete meses, com 156 apresentações em 51 cidades.
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o cortejo fúnebre de sarah bernhardt
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Seis anos
mais tarde, voltaria aos Estados Unidos, atravessando o país em um trem com sete vagões de luxo ocupado pela companhia. Chegou a organizar a instalação de uma imensa
lona de circo para suas apresentações, em lugares onde não havia teatros
disponíveis. A turnê de 1887 foi mais longa e incluiu a América Latina, que ela
visitaria várias vezes. Ao longo da carreira, se apresentou em Cuba, no México,
Panamá, Peru, Chile, Uruguai, Argentina e no Brasil. Ela visitou o Brasil em
três ocasiões e foi recebida com adoração pela comunidade de imigrantes da
França e pela elite que falava francês. Mas houve um evento trágico na
sua última turnê brasileira, em 1905. Na cena final de “Tosca”, no Teatro
Lírico do Rio de Janeiro, ela saltava de um parapeito para a morte. Colchonetes
ocultos amortizavam a queda, mas, por alguma razão, desta vez eles não estavam
colocados corretamente e SARAH BERNHARDT sofreu grave lesão no joelho. A diva
vinha sofrendo problemas há anos com seu joelho direito e usava uma bengala
para caminhar. A lesão sofrida no Rio causou forte inchaço. Mesmo assim,
decidiu não adiantar sua volta a Nova Iorque, passando três semanas sem
atendimento médico adequado. Apesar das dores e das limitações de mobilidade,
manteve seu intenso itinerário de apresentações. Por fim, com o estado do
joelho cada vez pior, precisou ter sua perna amputada, em 1915. As despesas médicas,
gestos filantrópicos e altos gastos deixaram a estrela com pouco dinheiro. Mesmo sem uma perna, precisava continuar atuando – mas sua vaidade não
permitiu que usasse uma prótese ou muleta. Projetou uma liteira, na qual
entrava em cena carregada e recitava monólogos recostada em um divã ou apoiada no
cenário. Mesmo idosa e incapacitada, o público nunca deixou de prestigiá-la,
de se encantar com sua magia, aplaudindo-a apaixonadamente. Rica com
a fama obtida no teatro, bancava suas próprias produções com patrocínios e
bilheterias. Os objetos extravagantes e caríssimos que comprova serviam tanto
para os palcos, quanto para a vida pessoal. Coberta de casacos de peles,
possuía uma coleção de bichanos dentro de seu guarda-roupa, com itens de
chinchilas, cobras, jaguatiricas e até um chapéu com um morcego empalhado. Ela escreveu três
livros: sua autobiografia, intitulada “Ma Double Vie”, “Petite Idole” e “L´art
du Théâtre: la Voix, le Geste, la Prononciation”. Em 1914 foi condecorada, pelo
governo francês, com a Légion d'honneur. SARAH BERNHARDT trabalhou até o fim da vida. Em 1923, contratada para o filme
“O Clarividente”, estava muito fraca e pediu para filmar em sua própria casa. Mas durante o trabalho
sofreu um colapso e morreu de uma uremia, no dia 26 de março de 1923,
aos 78 anos. Uma missa fúnebre foi celebrada em Paris e trinta mil pessoas
seguiram seu cortejo até o cemitério de Père-Lachaise, onde estão enterradas
algumas das mais notáveis figuras da arte. Eu estive em seu túmulo,
deixando lírios brancos.
vídeo do funeral de sarah bernhardt
FONTE
“Ma Double
Vie” (1907), de Sarah Bernhardt; “Sarah Bernhardt: Madame Quand Même”
(2009), de Hélène Tierchant; e “The Divine Sarah”
(1991), de A. Gold e R. Fizdale.
TODOS os
FILMES de SARAH BERNHARDT
O DUELO
de HAMLET
(Le duel
d'Hamlet, 1900)
direção de Clément Maurice
TOSCA
(Idem, 1908)
direção
de André Calmettes
A DAMA
das CAMÉLIAS
(La Dame aux
Camélias, 1912)
direção
de André Calmettes, Louis Mercanton e Henri Pouctal
Os AMORES
da RAINHA ELIZABETH
(Les
Amours de la Reine Élisabeth, 1912)
direção
de Henri Desfontaines e Louis Mercanton
ADRIENNE
LECOUVREUR
(Idem,
1913)
direção
de Henri Desfontaines e Louis Mercanton
JEANNE
DORÉ
(Idem,
1915)
direção
de René Hervil e Louis Mercanton
A
DANÇARINA
(Die
Tänzerin, 1915)
direção
de Georg Jacoby
MÃES
FRANCESAS
(Mères Françaises,
1917)
direção
de René Hervil e Louis Mercanton
O
CLARIVIDENTE
(La Voyante,
1924)
direção
de Leon Abrams
PERSONAGENS no PALCOcom data
de estreia
Iphigénie de Jean Racine (18962)
Henrietta em “As Sabichonas”, de Molière (1862)
Aricie em “Phèdre”, de Racine (1866)
“O Marquês de Villemer”, de Georges Sand
(1867)
Zacherie
em “Athalie”, de Jean Racine (1867)Anna
Damby em “Kean”, de Alexandre Dumas Pai (1868)Zanetto
em “Le Passant”, de François Coppée (1869)
“L'Autre” de Georges Sand (1870)
Rainha
Maria em “Ruy Blas”, de Victor Hugo (1872)Zaire de
Voltaire (1874)Fedra de
Jean Racine (1874)Doña Sol
em “Hernani”, de Victor Hugo (1877)Adrienne
Lecouvreur de Scribe e Legouvé (1880)Gilberte
em “Froufrou”, de Meilhac e Halévy (1880)Marguerite
Gautier em “La Dame aux Camélias”, de Alexandre Dumas Filho (1880) Fédora de
Victorien Sardou (1882)Théodora
de Victorien Sardou
(1884)Floria
Tosca em “La Tosca” (1887)Jeanne
d'Arc de Barbier (1890)Cléopatre
de Victorien Sardou (1890)Gismonda
de Victorien Sardou (1894)
“O Anfitrião”, de Molière (1895)
Melissinde
em “La Princesse Lointaine”, de Edmond Rostand (1895)
Lorenzaccio
Alfred de Musset (1896)
Fotina em
“La Samaritaine”, de Edmond Rostand (1897)
Medéia de Eurípedes (1898)
Cordélia em “Rei Lear”, de William
Shakespeare (1898)
Lady MacBeth em “Macbeth”, de Shakespeare
(1898)
Hamlet de
William Shakespeare (1899)
Cleópatra em “Antonio e Cleópatra", de
Shakespeare (1899)
Duque de
Reichstadt em “L'Aiglon”, de Edmond Rostand (1900)
Zoraya em
“La Sorcière”, de Victorien Sardou (1903)
Pelléas
em “Pelléas et Melisande”, de Maurice Maeterlinck (1905)
“A Dama do Mar”, de Ibsen (1906)
Le Procès
de Jeanne d'Arc, de Emile Moreau (1909)
Estrasburgo
em “Les Cathédrales” de Eugène Morand (1915)
Athalie de
Jean Racine (1920)
Daniel de
Louis Verneuil (1920)
GALERIA de FOTOS
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sarah pintada por georges clairin
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