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17 junho 2012

1001 Filmes: Banquete De Casamento (Xi Yan)

DIREÇÃO: Ang Lee;
ANO: 1993;
GÊNEROS: Comédia, Drama e Romance;
NACIONALIDADE: EUA e Taiwan;
IDIOMA: inglês e mandarim;
ROTEIRO: Ang Lee, Neil Peng e James Schamus;
BASEADO EM: ideia de Ang Lee;
PRINCIPAIS ATORES: Winston Chao (Wai-Tung Gao); Mitchell Lichtenstein (Simon); Ya-lei Kuei (Sra. Gao) como Ah-Leh Gua; Sihung Lung (Sr. Gao); May Chin (Wei-Wei); Dion Birney (Andrew) e Tien Pien (Old Chen).




SINOPSE: "Wai Tung Gao imigrou para os EUA, onde se tornou mais um bem sucedido negociante do ramo imobiliário. Naturalizado, ele divide sua vida e o belo apartamento no Brooklyn com o amante americano, Simon. A família, é claro, ignora sua condição de homossexual. Eles esperam que seu filho se case e dê continuação à família. Simon forja a solução ideal para o problema. Wai Tung casa-se com uma de suas inquilinas, a artista plástica Wei Wei. Em troca, ela conseguiria o visto de residência, o green card. Com o anúncio das bodas, o clã Gao faz as malas rumo à América e instala-se na casa do filho." (Cineplayers)


"Como de costume nessa nossa empreitada, os filmes orientais sempre nos apresentam algo excepcional, seja pelo recado que passam, seja pela arte, seja pelas atuações ou simplesmente pela cultura que há do outro lado do mundo. Aqui, os costumes de orientais e ocidentais são colocados a prova perante a um assunto bastante controverso no mundo todo. De um lado uma família tradicional, neste caso chinesa, do outro um filho homossexual. Ambos lados com objetivos e convicções próprios. Além disso, há a diferença cultural que também os coloca em lados opostos. Enquanto um prefere a cultura ao corpo, o outro prefere o olhar introvertido do seu corpo; enquanto um lado vive uma vida prática e moderna, o outro quer uma vida regrada e fundamentada em uma tradição ancestral que passa de geração para geração. Apenas isso, já seria um enredo e tanto. Mas tem o olhar de Ang Lee, um olhar especial, leve, simples, um olhar repleto de reflexões claras ou subliminares, um olhar afetuoso, cuidadoso, enfim, um olhar completo. É um filme para a família, ou um filme para entender que há sim grandes diferenças entre pessoas, e muito mais, entre culturas, mas também, mostra que o óbvio nem sempre é o óbvio, sendo que a tradição pode se romper por amor, ou o modernismo pode ser tradicional. É um ensinamento de vida!"

(1: Ruim; 2: Regular; 3: Bom; 4: Ótimo; 5: Excelente)
Jonathan Pereira





"Ang Lee é um dos meus diretores americanos preferidos (apesar de não ser americano), sempre tocando com muita sensibilidade nos temas mais prementes para a alma humana. Assim, com muito sentimento ele desenrola a história de 'O Banquete de Casamento', o qual roteirizou, produziu e dirigiu em parceria com sua terra natal, Taiwan. A história é simples: um homem chinês que, vivendo toda sua homossexualidade no ocidente em hipótese alguma pode contar isso à sua família que vive em Taiwan. O pai fica doente e ele se envolve em uma trama para se casar e agradar ao pai e aos costumes da tradição. Mas este contexto não seria completamente compreendido pelo expectador se não fosse feito com muito cuidado, levando em conta detalhes simples da vivência e do jeito de viver oriental, mais especificamente, o chinês. Assim, para um estudioso da cultura chinesa ou simples interessado no estudo deste 'outro', vale a pena explorar os mínimos detalhes como cores, gestos, falta de gestos, afetos... e as relações que se estabelecem nesta história entre os nossos personagens do outro lado do mundo, do começo ao fim da película. Ang Lee não poderia deixar de mostrar na tela a cultura na qual nasceu, os pontos mais importantes do pensamento chinês e do modo de se relacionar entre os membros de uma família dentro deste contexto. Outro ponto interessante também é a questão da mistura de culturas, presente no banquete que é realizado para comemorar o casamento, incluindo rituais tradicionais junto com toda influência ocidental que eles receberam, deixando para o espectador atento refletir sobre as qualidades e faltas das duas formas de se vivenciar o mundo. No meio disso tudo, fiquei impressionado com a profundidade dos personagens e das relações que eles estabelecem entre si, sendo que ao piscar se perde grande parte de tudo que ali acontece: tudo gira de modo muito dinâmico e interessante, aguçando vários sentimentos e emoções como a curiosidade sobre o que acontecerá a seguir, assim como a torcida para que os desfechos se deem de uma forma ou de outra. Desta forma, se formos comentar a psicologia dos personagens e suas relações teremos que produzir um enorme texto, o que não pretendo neste pequeno espaço que criamos; de outro lado, se for para resumir, não se atingirá o que se deve dizer, sendo melhor não reduzir e encerrar dizendo que excepcionais atores mostram toda emoção em cena para nos ensinar que a sétima arte serve ao nosso bem pensar e, assim, ao nosso bem viver."

(1: Ruim; 2: Regular; 3: Bom; 4: Ótimo; 5: Excelente)
Kleber Godoy





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Para entender a dinâmica do 'O Teatro Da Vida' visite a página sobre o blog.





















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16 julho 2011

1001 Filmes: Adeus, Minha Concubina (Bà Wáng Bié Jī)

DIREÇÃO: Kaige Chen;
ANO: 1993;
GÊNEROS: Drama e Romance;
NACIONALIDADE: China;
IDIOMA: chinês;
ROTEIRO: Pik Wah Li (Lilian Lee ou Lei Bik-Wa) e Lu Wei;
BASEADO EM: ideia de Pik Wah Li e Lu Wei;
PRINCIPAIS ATORES: Leslie Cheung (Cheng Dieyi ou Douzi); Fengyi Zhang (Duan Xiaolou ou Shitou); Li Gong (Juxian); Qi Lü (Mestre Guan Jinfa); Da Ying (Gerente); You Ge (Mestre Yuan); Mingwei Ma (Douzi criança); Zhi Yin (Douzi adolescente); Yang Fei (Shitou criança); Hailong Zhao (Shitou adolescente); Chun Li (Xiao Si adolescente); Han Lei (Xiao Si adulto) e Wenli Jiang (Mãe do Douzi).





SINOPSE: "É uma obra que retrata um dramático triângulo amoroso dentro de uma China em ebulição política num período de aproximadamente meio século permeado pela cultura e arte clássica chinesa" (Tecnologia e Cinema).



"Imagine algo bastante diferente na cinematografia, aquilo que não está em cartaz nos cinemas, não passa na TV e não temos facilidade para acharmos em DVD para locação, mas que por outro lado, é muito melhor que muitos filmes que estão em cartaz, que vemos na TV ou que locamos! O resultado dessa imaginação é algo bastante parecido com esse filme. Um filme que conta a história de de uma concubina, que é interpretada por um ator homem, que na sua infância, para chegar à perfeição da sua profissão, passou por abusos e crimes que no ocidente dariam prisão aos responsáveis por ele. Por isso o filme é um drama e ponto final? Não! Além disso, mostra a cultura, e educação e os costumes do povo chinês, muito colorido e minimalista. Bom, então o filme é de drama e cult? Não! Mostra também a relação amorosa entre o rei e concubina, uma paixão, um encantamento, com respeito e amor diferente daqueles que vemos do lado de cá onde o sol se põe. Portanto este filme é categorizado como drama, cult e romance? Não! Também traz a rigidez e a intolerância de uma imperialismo engessado, restrito e polidor. Bom, então o filme é um drama, cult, romance e político? Não! Ele é tudo isso, e mais: ação, arte, noir, para a família, musical, policial, guerra, terror, suspense, thriller, etc. É um filme chinês espetacular, com enredo e história chinesa inebriante, atuações de artistas chineses impecáveis, enfim, é um dos melhores filmes que já assisti na minha vida!"

(1: Ruim; 2: Regular; 3: Bom; 4: Ótimo; 5: Excelente)
Jonathan Pereira





"Aventurar-se a assistir um filme produzido por uma cultura tão diferente da nossa causa certo estranhamento e corre o risco de se cair em um 'não gostei' sem levar em conta este contexto diverso do que estamos acostumados, principalmente para nós, altamente americanizados. Este é um destes filmes, que é totalmente diferente dos 'nossos', tanto em formato quanto em argumento, e discursa sobre coisas simples da vida como o amor, a amizade e o nacionalismo. Vemos aqui um rapaz que ama outro, tanto no teatro quanto na realidade, e em dois momentos do filme eles tocam no assunto do 'teatro da vida', sendo que o 'rei' tenta separar tudo, mas a concubina argumenta que o teatro está nivelado à vida. Dieyi vive toda trajetória do filme em busca da aceitação de Xiaolou e tenta mostrar a ele que a união de ambos é mais do que arte, é vida e arte, e na busca por seu desejo proibido mostra sua alma nos palcos, tornando-se um grande artista, sublimando toda aquela imensidão afetiva que carrega e sufoca irrealizada. Coincidência ou não, Cheung, o ator que interpreta a personagem da concubina, também se destacou em sua arte e teve uma vida interna também aflitiva acabando por tirar a própria vida no ano do lançamento deste filme. Enfim, com enredo único e atuações fantásticas, todo ritmo do filme é embalado com esta intensidade e com um som de ópera chinesa que inebria e emociona. Penso que este ritmo tenha equivalência para o ocidente com 'Piaf - Um Hino Ao Amor (La Môme, Olivier Dahan, 2007)', mas não sei se acerto neste palpite, porque o ritmo chinês é totalmente diverso do filme francês, mesmo que igualmente emocionante."

(1: Ruim; 2: Regular; 3: Bom; 4: Ótimo; 5: Excelente)
Kleber Godoy





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