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11 março 2013

1001 Filmes: Alphaville (Alphaville: Une Étrange Aventure De Lemmy Caution)

DIREÇÃO: Jean-Luc Godard;
ANO: 1965;
GÊNEROS: Drama, Ficção Científica, Romance, Suspense, Thriller;
NACIONALIDADE: França e Itália;
IDIOMA: Francês;
ROTEIRO: Paul Éluard e Jean-Luc Godard;
BASEADO EM: ideias de Paul Éluard e Jean-Luc Godard;
PRINCIPAIS ATORES: Eddie Constantine (Lemmy Caution); Anna Karina (Natacha von Braun) e Akim Tamiroff (Henri Dickson por Akim Tamirof).


SINOPSE: "A cidade de Alphaville é comandada pelo computador Alpha 60, que aboliu os sentimentos em seus habitantes. Lemmy Caution (Eddie Constantine) é um agente enviado ao local, com a missão de encontrar o professor von Braun, criador de Alpha 60. Seu objetivo é convence-lo a destruir a máquina. o percurso Natacha (Anna Karina), a filha do professor, lhe ajuda como guia." (Adorocinema)


"O meu primeiro contato com Godard foi através da música do Legião Urbana, Eduardo E Mônica, o que me faz entender melhor a frase na música. Mas realmente, ir a uma lanchonete é bem oposto a assistir a um filme de Godard. Assim como o próprio Godard, totalmente oposto a produção de filmes da época, tentando mostrar através de seu filme, a sua própria exclusão, a sua própria obra, apresentando aos pares algo de outro mundo. E realmente é. Por incrível que pareça, o filme é tratado como ficção científica, por ser Alphaville um planeta/cidade/prédio extraterrestre. E esse enredo maluco, é o que torna o filme parte da chamada Nouvelle Vague, e deixa Godard entre os principais desse movimento transgressor do cinema francês dos anos 60. Claro, o filme é bastante confuso, e parece não ter sentido, afinal, Godard foi um visionário ao relatar a mecanização humana através da ditadura do computador em que vivemos hoje. Filme francês traz sempre, independente do ano ou do movimento a que pertence, uma estética peculiar, presente aqui em minoria, mas presente e muito bem vinda."

(1: Ruim; 2: Regular; 3: Bom; 4: Ótimo; 5: Excelente)
Jonathan Pereira





"Um filme de ficção científica, bem futurista, bem intelectual e de pouco orçamento, mas belamente bem produzido, esta obra de Godard traz cenários de Paris como se fossem de outro mundo. Logo, faz sentido a frase do diretor: 'Cinema é a fraude mais bonita do mundo'. Assim, o filme traz um contraste claro-escuro junto a lindas cenas e paisagens parisienses e cenários interiores bem interessantes. O foco nos rostos e olhares sem expressão dos personagens mostra o que o diretor pretende: a falta de afeto, um mundo de máquinas, a era da Revolução Industrial e o sentimento pessimista do futuro da civilização. Fazendo parte do movimento da Nouvelle Vague, no qual os cineastas jovens desejavam transgredir as regras aceitas pelo cinema comercial produziam suas divagações, esta obra tem uma narrativa e um discurso diferenciado que faz ele ser menos interessante à maioria das pessoas. Note, quanto ao enredo, que não só as pessoas que vivem em Alphaville são sem expressão, o personagem do mundo externo também demonstra falta de emoções em sua face o tempo todo, sendo um deles também, reforçando uma sátira de filmes de espiões americanos. Há um fundo político no filme, sendo que podemos compreender esta sociedade governada pelo então professor Von Braun, um chefe que ordena e organiza todo modo de viver, cabendo ao personagem de Caution causar movimento e, com a morte do diretor os seus dominados, então alienados, ficam sem rumo, desorientados. Há um ideal que orienta as pessoas nas sociedades, simbolizado seja pelo chefe político ou religioso ou até mesmo por deus: na morte do comandante (pai?) a quem se deposita toda fé e esperança, resta muito pouco à vida. Apesar de a sociedade viver sem emoções, em uma vida organizada e robotizada, sem paixões de qualquer tipo (até as prostitutas são mecanizadas) e sofrendo penalizações se tomar contato com estes sentimentos (um modo de vida ilógico), o final é extremamente romântico e emocionante, com um diálogo belíssimo entre o casal, valendo por si só o filme todo. Inclusive, nesta sociedade agora desorientada, a personagem Natacha ganha orientação através do amor, poética sublime de Godard. E, claro, Anna Karina, então esposa do diretor, deixa as cenas ainda mais lindas."

(1: Ruim; 2: Regular; 3: Bom; 4: Ótimo; 5: Excelente)
Kleber Godoy





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30 janeiro 2013

Matizes E Texturas: Madona Da Humildade Com Seis Anjos (Agnolo Gaddi)

Por Jonathan Pereira


Agnolo Gaddi (1345-1396), Renascença
Madona Da Humildade Com Seis Anjos (1390), têmpera sobre painel
0,58 x 1,18 cm, Galeria Da Academia, Florença


PINTURA: Madona Da Humildade Com Seis Anjos (Madonna Of Humility With Six Angels)
PINTOR: Agnolo Gaddi
PERÍODO: Início Da Renascença
ESCOLA: Escola Florentina
TÉCNICA: Têmpera
SUPORTE: Painel
DIMENSÕES (LxA): 0,58 x 1,18 cm
CONCEPÇÃO: 1390
LOCAL DE EXPOSIÇÃO: Galeria Da Academia De Belas Artes, Florença, Itália





PINTOR 
Agnolo Gaddi foi um pintor italiano do Trecento, filho de outro pintor, Taddeo Gaddi e neto de outro, Gaddo Gaddi. Começou seus estudos no ateliê de Giovanni da Milano e Jacopo del Casentino. Gaddi viveu em uma época de transição da arte italiana sendo um dos últimos pintores influenciado por Giotto, mas pouco renovou na arte. Foi somente nos últimos anos, com a restauração de muitas de suas obras, que Gaddi começou a ser revalorizado evidenciando dois aspectos: a plena autonomia profissional alcançados e uma estreita colaboração com escultores florentinos para que forneceram os desenhos dos trabalhos a serem executados.Sua obra mais importante são os afrescos no coral da Basílica da Santa Cruz, em Florença, encomendados em 1380 por Jacopo degli Alberti. É uma obra inspirada diretamente na Lenda Áurea de Jacopo de Varazze. No mesmo templo, decorou a Capela Castellani com episódios das vidas de Nicolau de Mira e Antão do Deserto junto com Gherardo Starnina. Em 1392, Agnolo Gaddi viajou até Prato para elaborar os afrescos do Palazzo Datini com Niccolò di Pietro Gerini.





ESCOLA
A chamada escola florentina compreende um grupo de pintores italianos influenciados pelo estilo naturalista desenvolvido da cidade de Florença, na época da arte italiana chamado Trecento. Esses artistas foram amplamente influenciados por Giotto, que, diferente de Duccio e outros artistas da escola sienesa, fundiu elementos da arte bizantina com a arte paleocristã e com a arte romana, distanciando-se assim da chamada maniera greca, que dominava a Itália naquele tempo. A arte mais antiga da Toscana, produzida no século XII, em Pisa e Lucca, formou a base para o desenvolvimento posterior. Nicola Pisano mostrou seu gosto pelas formas clássicas assim como seu filho, Giovanni Pisano, que levou as novas idéias da escultura gótica para o vernáculo toscano, criando figuras de impressionante naturalismo. Essa arte eccou no trabalho de pintores de Pisa nos séculos XII e XIII, principalmente Giunta Pisano, que por sua vez influenciou Cimabue, e através dele, Giotto. A representação pictórica mais antiga de Florença são os mosaicos do interior da cúpula do Battistero di San Giovanni, que foram executados em 1225. Acredita-se que Coppo di Marcovaldo tenha criado a figura central de Cristo, cheia de volume, diferente dos antigos mosaicos bizantinos. Obras similares foram encomendadas para a Basílica de Santa Maria Novella, a Igreja da Santa Trindade e a Igreja de Ognissanti no final do século XIII e começo do século XIV. Duccio e Cimabue criaram também painéis que se afastavam da tradição bizantina. Giotto e Bernardo Daddi podem ter se inspirado nas figuras murais de Roma para a criação de obras que enfatizavam o uso da luz. No final do século XV a Escola Florentina começou a desaparecer, dando lugar ao Renascimento. Um dos últimos artistas da Escola foi Andrea di Cione.





PERÍODO
O Renascimento cultural manifestou-se primeiro na região italiana da Toscana, tendo como principais centros as cidades de Florença e Siena, de onde se difundiu para o resto da península Itálica e depois para praticamente todos os países da Europa Ocidental, impulsionado pelo desenvolvimento da imprensa por Johannes Gutenberg. A Itália permaneceu sempre como o local onde o movimento apresentou maior expressão, porém manifestações renascentistas de grande importância também ocorreram na Inglaterra, Alemanha, Países Baixos e, menos intensamente, em Portugal e Espanha, e em suas colônias americanas. Nas artes o Renascimento se caracterizou, em linhas muito gerais, pela inspiração nos antigos gregos e romanos, e pela concepção de arte como uma imitação da natureza, tendo o homem nesse panorama um lugar privilegiado. Mas mais do que uma imitação, a natureza devia, a fim de ser bem representada, passar por uma tradução que a organizava sob uma óptica racional e matemática, num período marcado por uma matematização de todos os fenômenos naturais. Na pintura a maior conquista da busca por esse "naturalismo organizado" foi a recuperação da perspectiva, representando a paisagem, as arquiteturas e o ser humano através de relações essencialmente geométricas e criando uma eficiente impressão de espaço tridimensional.





TÉCNICA
A têmpera é um método de pintura no qual os pigmentos de terra são misturados a um “colante”, uma emulsão de água e gemas de ovo ou ovos inteiros (às vezes cola ou leite). A têmpera foi largamente utilizada na arte italiana nos séculos XIV e XV, ambos em afrescos ou painéis de madeira preparados com gesso, que foram, posteriormente substituídos pela pintura a óleo. As cores de têmpera são brilhantes e translúcidas. Por ter um tempo de secagem muito rápido, a graduação de tons se torna dificultada. Daí, a técnica utilizada para tal fim, é o acréscimo de pontos ou linhas mais claras ou mais escuras na pintura já seca. Pode-se também trabalhar com o verniz sobre a tinta, realçando o brilho e a cor. Diz-se têmpera forte aquela na qual o pigmento é menos diluído.





FONTE: wikipedia.


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11 junho 2012

1001 Filmes: O Conformista (Il Conformista)

DIREÇÃO: Bernardo Bertolucci;
ANO: 1970;
GÊNEROS: Político e Policial;
NACIONALIDADE: Itália, França e Alemanha;
IDIOMA: italiano e francês;
ROTEIRO: Bernardo Bertolucci;
BASEADO EM: romance homônimo de Alberto Moravia;
PRINCIPAIS ATORES: Jean-Louis Trintignant (Marcello Clerici); Stefania Sandrelli (Giulia); Gastone Moschin (Manganiello); Enzo Tarascio (Professor Quadri); Fosco Giachetti (O Coronel); José Quaglio (Ítalo); Dominique Sanda (Anna Quadri); Pierre Clémenti (Lino); Yvonne Sanson (Mãe de Giulia); Milly (Mãe de Marcello); Giuseppe Addobbati (Pai de Marcello); Christian Aligny (Raoul) e Pasquale Fortunato (Marcello criança).




SINOPSE: "Em 1938, em Roma, Marcello acaba de aceitar um trabalho para Mussollini e flerta com uma bela jovem. Marcello resolve viajar a Paris em sua lua de mel e aproveita para cumprir uma missão designada por seus chefes: vigiar um professor que fugiu da Itália assim que os fascistas assumiram o poder no país." (Cineplayers)


"Bernardo Bertolucci aparece pela segunda vez em nossa saga, e a primeira vez foi antes dos 10% de toda essa trajetória que definimos com os 1001 Filmes, com '1900 (Novecento, 1976)'. Assim como o nosso primeiro representante, o filme é impecável na sua arte e fotografia, dando prazer aos olhos independente de sua trama, por isso, merece estar nos 1001. Retratar o mesmo período da Europa e Itália também aproximam os dois filmes. Porém, em outra ponta, o 'O Conformista' se distancia de 1900 por alguns aspectos. Não é um filme linear, talvez, uma tentativa, não feliz, de dar mais sentido à trama. A história, apesar de um contexto forte, pesado, tanto num todo como no mundo de Marcello, não desenrola, não engrena, fica faltando começar, e termina sem terminar, o que deixa o filme normal, básico. Porém, as atuações são sensacionais, principalmente de suas duas esposas/namoradas. Se você gosta de trama, indicamos outros, mas se privilegia a beleza, tem que estar no topo de sua lista de 'próximos filmes que tenho que assistir'."

(1: Ruim; 2: Regular; 3: Bom; 4: Ótimo; 5: Excelente)
Jonathan Pereira





"Este é um filme difícil de analisar, mas muito bem realizado por Bertolucci, com fotografia e técnicas belíssimas e um elenco afinado, que contém, inclusive, José Quaglio, interpretando o amigo cego do protagonista e que o acompanha até o fim, talvez sendo a pessoa que mais vê no filme todo. Assim, nosso anti-herói, vivido pelo ator Jean-Louis Trintignant se alia ao governo para impedir que as ideias de um antifascista sigam adiante, matando-o, sendo esta sua missão atual. No entanto, nesse caminho, vemos a história de sua vida passar, desde uma sedução homossexual na infância até a família sem eira nem beira composta por uma mãe solitária e desorganizada e um pai interno de hospital psiquiátrico. Por vezes parece que ao relembrar alguns pontos de sua história ele quer lhe dar significados, mas em outros momentos o vejo como somente um personagem frio e metódico sem dúvidas seguindo seu objetivo. Algumas coisas não são claras e o uso da psicanálise para embasar o enredo não é marcante, se é que foi esta a proposta do diretor. O mais interessante na história toda, a meu ver, é a relação entre ele, sua esposa (vivida pela atriz Stefania Sandrelli) e a esposa do professor que quer assassinar (personagem da belíssima atriz e modelo Dominique Sanda). Neste sentido, apesar da busca de normalidade expressa pelo protagonista, a relação entre o trio demonstra toda sexualidade contida em cada um deles, mesmo que sua esposa resista às investidas da outra. Enfim, quem é o homem do filme? Um conformado, um revoltado, uma pessoa em busca de sua identidade? O que dá para se saber é que no final ele se defronta com uma violenta quebra da identidade que usava até então."

(1: Ruim; 2: Regular; 3: Bom; 4: Ótimo; 5: Excelente)
Kleber Godoy





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24 maio 2012

Matizes E Texturas: A Crucificação (Bernardo Daddi )

Por Jonathan Pereira


Bernardo Daddi (1290-1350), Gótico
A Crucificação (1335), têmpera sobre painel
36 x 23,5 cm, The National Gallery Of Art, Washington



PINTURA: A Crucificação (Crucifixion)
PINTOR: Bernardo Daddi
PERÍODO: Gótico
ESCOLA: Escola Florentina
TÉCNICA: Têmpera
SUPORTE: Painel
DIMENSÕES (LxA): 36 x 23,5 cm
CONCEPÇÃO: 1335
LOCAL DE EXPOSIÇÃO: The National Gallery Of Art, Washington, EUA





PINTURA
A crucifixão de Jesus (ou crucificação) é um evento registrado nos quatro evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João) que ocorreu após a prisão e julgamento de Cristo e inclui sua flagelação, crucifixão em um instrumento de tortura e sepultamento. Na teologia cristã, a morte de Jesus pela crucificação é um acontecimento central do qual muitos ensinamentos dependem, representando um aspecto crítico da doutrina da salvação, retratando o sofrimento e a morte do Messias como necessária para o perdão dos pecados. Quando da crucificação, ainda segundo a Bíblia, Jesus Cristo teria sido ferido em cinco pontos, nas duas mãos e nos dois pés, pela ação dos cravos, e no peito, quando um soldado o trespassou com uma lança.



PINTOR
Estilo florentino, trabalhou na oficina de Giotto, juntamente com todos aqueles que são os intérpretes do estilo do mestre. A crítica sempre foi, provavelmente com razão, extremamente grave, no entanto, Daddi era muito apreciado e foi capaz de obter comissões importantes de ambas as instituições da burguesia, tornando-se um dos pintores mais famosos e ricos de Florença. Era considerado médico e boticário desde 1319 e tem o seu primeiro trabalho em alguns trípticos de santos. Neste momento deve voltar ao seu discurso, um dos poucos afrescos na Basílica de Santa Croce, onde decorou a Capela de Santos e Stephen Lawrence. Comparado com as características estilísticas de Giotto, Daddi tem uma abordagem mais refinada e provavelmente o mais aristocrático da arte de Siena. Usando cores mais complexas e agradáveis, as características evoluem entre aqueles que serão as características dominantes plenamente identificáveis ​​em suas obras posteriores.



ESCOLA
A chamada escola florentina compreende um grupo de pintores italianos influenciados pelo estilo naturalista desenvolvido da cidade de Florença, na época da arte italiana chamado Trecento. Esses artistas foram amplamente influenciados por Giotto, que, diferente de Duccio e outros artistas da escola sienesa, fundiu elementos da arte bizantina com a arte paleocristã e com a arte romana, distanciando-se assim da chamada maniera greca, que dominava a Itália naquele tempo. A arte mais antiga da Toscana, produzida no século XII, em Pisa e Lucca, formou a base para o desenvolvimento posterior. Nicola Pisano mostrou seu gosto pelas formas clássicas assim como seu filho, Giovanni Pisano, que levou as novas idéias da escultura gótica para o vernáculo toscano, criando figuras de impressionante naturalismo. Essa arte eccou no trabalho de pintores de Pisa nos séculos XII e XIII, principalmente Giunta Pisano, que por sua vez influenciou Cimabue, e através dele, Giotto. A representação pictórica mais antiga de Florença são os mosaicos do interior da cúpula do Battistero di San Giovanni, que foram executados em 1225. Acredita-se que Coppo di Marcovaldo tenha criado a figura central de Cristo, cheia de volume, diferente dos antigos mosaicos bizantinos. Obras similares foram encomendadas para a Basílica de Santa Maria Novella, a Igreja da Santa Trindade e a Igreja de Ognissanti no final do século XIII e começo do século XIV. Duccio e Cimabue criaram também painéis que se afastavam da tradição bizantina. Giotto e Bernardo Daddi podem ter se inspirado nas figuras murais de Roma para a criação de obras que enfatizavam o uso da luz. No final do século XV a Escola Florentina começou a desaparecer, dando lugar ao Renascimento. Um dos últimos artistas da Escola foi Andrea di Cione.



PERÍODO
A pintura gótica, uma das expressões da arte gótica, apareceu apenas em 1200 ou quase 50 anos depois do início da arquitectura e escultura góticas. A transição do românico para gótico é bastante imprecisa e não uma quebra definida, mas pode-se perceber o início de um estilo mais sombrio e emotivo que o do período anterior. Esta transição ocorre primeiro em Inglaterra e França cerca de 1200, na Alemanha cerca de 1220 e na Itália cerca de 1300. A característica mais evidente da arte gótica é um naturalismo cada vez maior. Essa qualidade, que surge pela primeira vez na obra dos artistas italianos de fins do século XIII, marcou o estilo dominante na pintura européia até o término do século XV. O período gótico estendeu-se por mais de duzentos anos, surgindo na Itália e disseminando-se para o resto da Europa. Os italianos foram os primeiros a utilizar o termo gótico, indicando pejorativamente a arte que se produziu na Renascença tardia, mas que ainda seguia um estilo medieval. Era uma referência ao passado bárbaro, em especial aos godos. A palavra perdeu o tom depreciativo e passou a designar o período artístico entre o românico e o Renascimento. A arte gótica pertence sobretudo aos últimos três séculos da Idade Média. A pintura durante o período gótico era praticada em quatro principais ofícios: afrescos, painéis, iluminura de manuscritos e vitrais. No começo do período gótico, a arte era produzida principalmente com fins religiosos. Muitas pinturas eram recursos didáticos que faziam o cristianismo visível para uma população analfabeta; outras eram expostas como ícones, para intensificar a contemplação e a prece. Os primeiros mestres do gótico preservaram a memória da tradição bizantina, mas também criaram figuras persuasivas, com perspectiva e com um maravilhoso apuro no traço.



TÉCNICA
A têmpera é um método de pintura no qual os pigmentos de terra são misturados a um “colante”, uma emulsão de água e gemas de ovo ou ovos inteiros (às vezes cola ou leite). A têmpera foi largamente utilizada na arte italiana nos séculos XIV e XV, ambos em afrescos ou painéis de madeira preparados com gesso, que foram, posteriormente substituídos pela pintura a óleo. As cores de têmpera são brilhantes e translúcidas. Por ter um tempo de secagem muito rápido, a graduação de tons se torna dificultada. Daí, a técnica utilizada para tal fim, é o acréscimo de pontos ou linhas mais claras ou mais escuras na pintura já seca. Pode-se também trabalhar com o verniz sobre a tinta, realçando o brilho e a cor. Diz-se têmpera forte aquela na qual o pigmento é menos diluído.

FONTE: wikipedia.


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08 abril 2012

1001 Filmes: O Baile Dos Bombeiros (Horí, Má Panenko)

DIREÇÃO: Milos Forman;
ANO: 1967;
GÊNEROS: Comédia;
NACIONALIDADE: Tchecoslováquia e Itália;
IDIOMA: Tcheco;
ROTEIRO: Milos Forman, Jaroslav Papousek, Ivan Passer e Václav Sasek;
BASEADO EM: ideia de Milos Forman;
PRINCIPAIS ATORES: Jan Vostrcil (Chefe do Departamento); Frantisek Debelka (1º Membro do Departamento); Josef Sebánek (2º Membro do Departamento); Josef Valnoha (Membro do Departamento); Jan Stöckl (Chefe Aposentado do Departamento); Josef Kolb (Josef); Vratislav Cermak (Membro do Departamento); Josef Rehorek (4º Membro do Departamento); Václav Novotný (Membro do Departamento); Frantisek Reinstein (Membro do Departamento); Frantisek Paska (Membro do Departamento); Stanislav Holubec (Karel) e Josef Kutálek (Ludva).




SINOPSE: "Tudo começa quando os bem-intencionados membros de uma comissão de bombeiros voluntários encomendam um troféu para homenagear o chefe que está prestes a se aposentar. A assembléia da cidade guarda alimentos caros para servirem de prêmio aos vencedores de um bingo.Enquanto o salão se enche de convidados e a comissão se concentra no esforço de encontrar jovens bonitas para um concurso de misses, os prêmios são roubados um por um." (Cinecool)


"Um filme tcheco, agregado ao título traduzido para o Brasil e sabendo que todos atores do filme são pessoas comuns da cidade onde o filme foi rodado, gerou uma expectativa muito grande e positiva do filme. Mas seu enredo pobre e a velocidade do tempo muito lenta, infelizmente, ocultam as ótimas atuações, realistas, de seus não atores. Vale ressaltar as críticas aos: padrões de beleza; a alguém que errou e se arrependeu e tentou, em vão, se redimir do erro que cometeu, afinal, sempre há alguém que valoriza mais a aparência e o status do que as atitudes; e uma reflexão sobre o velho ditado: 'o que vale é a intenção!', já que tentar ajudar alguém, muitas vezes tem o mesmo peso e valor do que não tentar. Mesmo para ajudar, é preciso ter uma atitude, uma ideia e aplicação viável e útil."

(1: Ruim; 2: Regular; 3: Bom; 4: Ótimo; 5: Excelente)
Jonathan Pereira





"Uma comédia que tem lá seus momentos de risos, mas que no geral é esquisito e dá muito sono. Milos Forman é um grande cineasta tcheco, com grandes obras, mas não vejo nesta uma grande realização. Assim, com uma provocação política o diretor teve este filme proibido e se mudou para os EUA, mas nem sei se a provocação política foi o principal motivo de fazer este filme."

(1: Ruim; 2: Regular; 3: Bom; 4: Ótimo; 5: Excelente)
Kleber Godoy





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