quinta-feira, 28 de outubro de 2021
"Não escolham a extinção"
terça-feira, 29 de outubro de 2019
Ainda sobre os incêndios
terça-feira, 16 de setembro de 2014
UMA HISTÓRIA BELA E OUTRA MENOS BELA
quinta-feira, 4 de setembro de 2014
AQUILO QUE COMEMOS INFLUENCIA AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS
sexta-feira, 18 de janeiro de 2013
ESTA “NOSSA CASA”
É nesta Terra, o Planeta Azul, envolto nos farrapos brancos das nuvens, que reside tudo o que temos: o ar que respiramos, a água que bebemos, o chão que pisamos e nos dá o pão. É só com isto que contamos para viver, nós, os nossos filhos e netos e as gerações que lhes possam suceder.
É, pois, fundamental, conhecer melhor esta “nossa casa” que nos transporta através da imensidão do espaço, à velocidade de 30 Km por segundo.
O nosso Planeta, velho de quase quatro mil e seiscentos milhões de anos, lar da biodiversidade, incluindo a humanidade inteira, não foi sempre como hoje o conhecemos. Esta nossa Terra é o resultado de uma longa e complexa evolução, e o homem é o fruto mais jovem dessa mesma evolução, numa cadeia imensa de interrelações em que participaram as rochas, a água, o ar e todos os seres vivos. A geologia mostra, com efeito, que a litosfera, a hidrosfera, a atmosfera e a biosfera, interagiram ao longo de milhões e milhões de anos. E o resultado dessa interacção é o mundo em que vivemos.
Na nossa sociedade, dita de desenvolvimento e em vias de globalização, em que o poder político se submete desavergonhadamente ao poder do dinheiro, em que se privatizam os lucros da produção, tantas vezes poluente, e se socializam os efeitos negativos dessa poluição, interessa ao cidadão conhecer melhor esta “nossa casa”, a fim de bem avaliar os problemas que se lhe põem no seu relacionamento com o ambiente natural.
O grau de complexidade da matéria a que chegámos foi crescente desde o início do tempo, isto é, nos cerca de 13 700 milhões de anos (com uma margem de erro de 200 milhões) de existência do Universo que julgamos conhecer. Das partículas primordiais passou-se aos átomos e, só depois, às moléculas, cada vez mais complexas. A partir destas, a evolução caminhou no sentido das células mais primitivas, que fizeram a sua aparição na Terra há mais de 3 800 milhões de anos, através de uma cadeia, inicialmente abiótica, de estádios progressivamente mais elaborados, onde o ensaio e o erro tiveram a seu favor 75% ou mais dessa enormidade de tempo.
Dos seres unicelulares mais rudimentares aos primeiros metazoários, surgidos há cerca de 600 milhões de anos (fauna de Ediacara, na Austrália), foi consumido mais cerca de 20% desse mesmo tempo. Restou, pois, pouco mais de 5% para que, numa nova cadeia de complexidade crescente e a ritmo cada vez mais acelerado, se caminhasse dos invertebrados primitivos à espécie humana.
Do nosso aparecimento no Planeta Azul (onde julgamos ocupar o topo da escala biológica) aos dias de hoje, foi um passo de apenas 0,0001% do tempo universal. Face à eternidade que falta cumprir a este nosso planeta, estimada em mais cerca de cinco a seis mil milhões de anos, a presença do Homem na natureza é ainda extraordinariamente curta, insignificante e, portanto, passível de erro e de extinção, como aconteceu no passado geológico com inúmeras espécies.
O Homem, feito dos mesmos átomos de que são feitas as estrelas, os minerais, as plantas, os outros animais e tudo o mais que existe, é matéria que adquiriu complexidade tal que se assumiu com capacidade de se interrogar, de se explicar e de intervir no seu próprio curso e no do ambiente onde foi “fabricado”. Ele é um estado muito avançado de combinação dessa mesma matéria, capaz de fazer aquilo a que chamamos Ciência, isto é, observar, descrever, relacionar, explicar, induzir, prever. O Homem, na sua possibilidade de adquirir conhecimento e de o transmitir, é a manifestação mais elaborada da realidade física do mundo que conhecemos, na qual foi consumida a totalidade do tempo do universo.
Assim, a Ciência, através do Homem, pode ser entendida também como expoente máximo da matéria que se questiona a si própria. Acreditamos (mas podemos estar enganados) que a natureza “pensa” através do cérebro humano e, assim, podemos aceitar que o Homem dá voz à natureza. Tais capacidades colocam-nos a nós, humanos, numa posição de grande vantagem entre os nossos pares no todo natural.
Podemos, então, perguntar «temos nós o direito de gerir a natureza em nosso proveito, sobrexplorando-a e agredindo-a como tem sido regra, sobretudo a partir da Revolução Industrial, no séc. XIX, e, com particular intensidade, nas últimas décadas?».
O nosso planeta, no quadro em que se nos apresenta hoje, é o resultado de um sem número de vicissitudes, muitas delas catastróficas (vulcanismo, colisões de asteróides e cometas, entre outras), sofridas ao longo da sua velhíssima história. Contudo, e em consonância com o geólogo inglês, James Ephraim Lovelock, na sua hipótese “Gaia”, divulgada em 1972, a Terra é um corpo que se auto-regula e, como tal, sempre soube encontrar resposta a todas essas agressões e vai, sem dúvida, continuar a fazê-lo. Os danos que lhe podemos causar, no mau uso que dela estamos a fazer, é mudar-lhe as condições que nos são favoráveis e que bem conhecemos, dando origem a outras, ainda desconhecidas, que nos poderão ser altamente adversas. Assim, ao atentar contra a natureza, o Homem está, certamente, a atentar também contra si próprio, contra a humanidade.
Numa ânsia desenfreada de lucro e de prazer, a civilização industrial incontrolada pode desencadear uma nova extinção em massa que, certamente, a vitimará a ela também. Porém, o planeta – e os geólogos têm consciência disso – irá prosseguir, mesmo sem a inteligência humana, e acabará por encontrar novos caminhos, em obediência apenas às leis da física, incluindo as do acaso, podendo voltar a ensaiar um outro ser inteligente ou, até, mais inteligente do que esta versão moderna do Homo sapiens, que somos nós. Para tal só necessita de tempo, de muito tempo, e isso não lhe irá faltar. À pergunta generalizada «perante quem deve o Homem prestar contas da maneira como decide articular-se com a natureza?» a resposta é, sem dúvida, «aos outros homens!». É, com efeito, à Sociedade, que cada um de nós tem de responder pelo poder de decisão e pela liberdade de acção que as nossas imensas capacidades nos conferem.
Se o Homem deu voz à natureza, a Sociedade deu-lhe ética e assume-se no direito de estabelecer regras entre os seus pares no usufruto deste vasto condomínio. Sendo certo que a capacidade de intervenção de cada indivíduo, como elemento consciente desta mesma Sociedade, está na razão directa das suas convenientes informação e formação, importa, pois, incrementá-las. E incrementá-las é facultar-lhe o acesso aos conhecimentos que, continuamente, a ciência nos vem revelando.
A. Galopim de Carvalho
Texto adaptado do livro do autor “COMO BOLA COLORIDA – A TERRA, PATRIMÓNIO DA HUMANIDADE”, Âncora Editora, Lisboa, 2007.
terça-feira, 18 de setembro de 2012
Com petróleo seremos um país do terceiro mundo com as contas em dia!!
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
CIENTISTAS DE PÉ NO TEATRO VILLARET
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
VIDEO: Aquecimento Esclarecido
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
Rap dos Oceanos, a reportagem possível
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
ESTREIA: AQUECIMENTO ESCLARECIDO (é hoje!)
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
ESTREIA: AQUECIMENTO ESCLARECIDO
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
Boa Álvaro!
terça-feira, 4 de outubro de 2011
PROJECTO SOBRE DESPERDÍCIO ALIMENTAR GANHA PRÉMIO IDEIAS VERDES 2011
“Taste the Waste“ — the trailer from tastethewaste.com on Vimeo.
Segundo o anúncio do prémio:
O projecto premiado tem como objecto a investigação e sensibilização ambiental, centradas na análise do desperdício alimentar em Portugal, focando na sua dimensão social e ambiental. Visa estimular a mudança de comportamento, e prevê utilizar como ferramentas de trabalho e divulgação, um diário de bordo online onde cidadãos e investigadores podem deixar contributos, kits pedagógicos para professores e um livro científico. O estudo concentrar-se-à nos três grandes segmentos do sistema alimentar: produção agrícola,distribuição e consumo.
O trabalho será levado a cabo por sete investigadores, de institutos académico e áreas de estudo diferentes: Sofia Guedes Vaz, Graça Martinho e Ana Isabel Silveira da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, Iva Miranda Pires da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas -UNL, Cláudia Soares da Universidade Católica, David Sousa e Susana Valente do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa.
A temática da alimentação saudável e do desperdício alimentar é, sem dúvida, de grande actualidade, face às dificuldades económicas que as famílias portuguesas atravessam. A divulgação deste estudo (que se realizará no prazo de um ano) permitirá transmitir, de uma forma acessível e apelativa, o conhecimento científico e a sua aplicação no quotidiano nacional.
terça-feira, 27 de setembro de 2011
CIENTISTAS DE PÉ NA CASA DA CERCA
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
O OZONO A NÃO PERDER
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
SALVAR O MUNDO OU RIR A TENTAR
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
CIENTISTAS DE PÉ: SALVAR O MUNDO OU RIR A TENTAR
sexta-feira, 4 de março de 2011
Ambiente, Porquê Ler os Clássicos?
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
Portas de Ródão
Colóquio/Debate
9 de Fevereiro de 2011 | 15H00-17H30
Entrada livre
O tema das maravilhas naturais de Portugal esteve muito presente durante o ano de 2010. Serviu para sensibilizar a população para a questão da protecção da biodiversidade e geodiversidade do nosso país, dando a conhecer locais paradisíacos no nosso país que eram desconhecidos da maioria. O objectivo deste debate é sensibilizar o público em geral para a questão da gestão sustentável de um local simultaneamente uma área protegida e uma atracção turística.
O Museu da Ciência da Universidade de Coimbra apresenta este tema a partir de um debate que conta com a presença da Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão, que irá apresentar o exemplo da conservação do Monumento Natural das Portas de Ródão, a comunidade científica, representada pelo Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Coimbra e pelo Instituto da Conservação da Natureza e Biodiversidade, que nos irão descrever a riqueza daquele local do ponto de vista geológico e biológico, e a sociedade civil, representada pelo Geopark Naturtejo.
Esta iniciativa faz parte do ciclo de debates Homem, Cidade, Ciência
Programa:
Jorge Gouveia, Coordenador da proposta de classificação das Portas de Ródão como Monumento Natural
Pedro Proença Cunha, Departamento de Ciências da Terra da FCTUC
Carlos Neto de Carvalho e Joana Rodrigues, Geopark Naturtejo
Nelson Almeida, Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR)
Sara Canilho, Museu da Ciência (autora da tese Definição de temáticas científicas e propostas de valorização e divulgação no Monumento Natural das Portas de Ródão e suas imediações, para turismo científico)
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
O ANO DO MORCEGO
Se 2010 foi o Ano da Biodiversidade, 2011 será o Ano Internacional das Florestas, proclamado pelas Nações Unidas, a par do Ano Internacional da Química. Mas, além disso, o Programa para o Ambiente das Nações Unidas (UNEP) declarou que 2011-2012 seria o "Ano Internacional do Morcego", com o intuito de defender esse mamífero voador: ver aqui.
O FENÓMENO DA CONSCIÊNCIA É COMO O DA EXISTÊNCIA DO UNIVERSO - DAVID LODGE
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