Friday, September 27, 2019

The Day Shall Come

O cinema de comedia independente foi um dos veiculos principalmente no lado mais negro que ajudou a afirmar o cinema independente pelo que anualmente surgem diversos filmes dentro deste genero apostado em festivais mais pequenos. Um dos filmes que se encaixa perfeitamente neste paradigma e este filme, que criticamente pela sua irreverencia ate conseguiu conquistar alguma critica, mas em termos comerciais foi um filme com pouco ou nenhum reflexo.
Sobre o filme podemos dizer que temos uma satira sobre a atuaçao policial e principalmente sobre a loucura de tentar encontrar e combater o fundamentalismo. Se em termos ideologico o filme e original acaba por no que diz respeito a sua concretização ser um filme algo estranho ja que se em termos de convicção leva tudo para um realidade demasiado paralela para conseguir ser na sua essencia compreensivel. ALias a determinada altura o filme parece mais apostado em ser irreveverente na personagem do que qualquer outro objetivo ideologico.
Outro ponto que o filme nao e propriamente competente e na definição do caminho do proprio filme da comedia simples para tentar ser um policial, ou seja a escalada acaba por ser demasiado atalhada e pouco realista, o que acaba por funcionar no aspeto satirico de uma mensagem mais forte mas acaba por fracionar o filme em duas partes distintas.
OU seja mesmo sendo um filme sobre um tema e uma caricatura do combate ao extremismo, em termos de filme penso que deveria ser mais concreto mais terreo e acima de tudo com um humor mais adulto e generalista, neste particular parece-me sempre que o filme e algo estranho e colado a uma dimensao que nao e facil de chegar.
A historia fala de uma operação de FBI que tenta estudar e potenciar uma organização radical que mais nao sao do que cinco pessoas com ideias muito proprias, mas que vai conduzir a uma operação de grandes dimensoes.
EM termos de argumento e principalmente na ideia satirica de base o filme tem alguns objetivos interessantes mas na execução pensa que se torna demasiado estranho e absurdo para fazer os seus pontos serem vincados e esse e um problema que muitas vezes acontece nos filmes demasiado independentes
Na realizaçao do filme Christopher MOrris oriundo da televisao tem aqui um filme de processo simples e integrado na tradiçao mais independente sem grandes truques de camara, sem grande estilo e um filme em termos esteticos simples.
No cast Marchant Davis tem aqui a sua introduçao com uma personagem estranha mas que em termos de interpretaçao se torna simples. Nos mais conhecidos Kendrik demonstra nao estar no seu melhor momento ao ser secundaria de um filme tao simplista e comercialmente irrelevante como este.

O melhor - A ideia satirica de base

O pior - O filme entrar numa dimensao muito propria algo absurda

Avaliação - C-

Thursday, September 26, 2019

Crawl

Nos ultimos tempos tem surgido algumas produções de media dimensão que apostam essencialmente em filmes de animais carniveros e a tentativa das suas presas humanas sobreviverem. Vimos isso em Piranhas, e agora com corcodilos neste pequeno filme. Criticamente as coisas ate não correram mal ao filme com avaliações razoaveis tendo em conta o proposto no filme. Comercialmente para um filme declaradamente serie B e de uma estrutura simplista as coisas ate foram eficazes principalmente tendo em conta que não tem nenhuma figura de primeira linha.
Sobre o filme temos um filme obvio, que nao perde muito tempo em detalhes como personagens, historias ou afins, rapidamente o filme quer colocar duas personagens num contexto de terror e depois jogar com isso. Acaba por ser objetivo embora nos pareça demasiado pobre e demasiado serie B para o estado do cinema atual, porque na essencia temos apenas hora e meia do jogo do gato e do rato entre duas personagens e uns crocodilos com alguma fome.
Do ponto de vista de produçao e um filme com muito sangue, como nao podia deixar de ser para o estilo funcionar. Quanto aos animais os mesmos tem algum realismo, embora nem sempre os momentos de confronto nos pareçam totalmente fortes nesta vertente, concretamente no impacto da ação dos animais nas suas presas.
Na parte final temos o erro que a maior parte dos filmes deste genero acabam por ter, que e o exagero em busca da salvação. Aqui para além de exagerado o filme nao consegue ter coerencia entre situações, ora dotando os animais de um poder exagerado ora limitando-os a espaço de facil escape.
A historia fala de uma jovem que no meio de uma tempestade tenta resgatar o seu exigente pai, numa altura em que ambos ficam cercados pela subida das aguas no subsolo da residência, altura em que ali começam a surgir alguns crocodilos com vontade de cobrir a sua fome.
Em termos de argumento o filme basicamente não existe, ou seja, temos uma serie de personagens que sao colocados num local para resisitir ou nao as investidas de animais ferozes sem mais nem menos. E objetivo para aquilo que o filme quer de si, mas muito pobre para o contexto do cinema atual.
Na realizaçao Aja é um realizador frances que se tem dedicado ao cinema de terror e mais recente de horror, onde nao tem sido particularmente eficaz. Neste filme parece-nos fazer funcionar o lado mais sanguinário embora no que diz respeito a catástrofe o filme e demasiado ligado ao digital. Não me parece um realizador de primeira linha.
No cast o filme acaba por ser um dueto mais físico  do que de interpretação. Scodelario parece-nos uma atriz mais de ação do que propriamente com recursos interpretativos de excelencia. Já Pepper já teve em todos os niveis mais forte parece-nos algo afastado da primeira linha e isso percebe-se na sua interpretação.

O melhor - O lado mais sanguinário

O pior - O filme tem um argumento reduzido ao maximo


Avaliação - C-

Tuesday, September 24, 2019

Corporate Animals

O cinema indie tem espaço mas as mais rebuscadas historias e mais que isso para uma mistura de generos totalmente impensavel na sua base. Este filme reune uma comedia de grupo familiar, com um terror canibal e uma satira as taticas empresarias atuais. Como era de prever com tanta junção as coisas criticamente nao poderiam correr bem com avaliações muito negativas. Comercialmente as coisas também estiveram longe de qualquer sucesso muito por culpa da presença de atores pouco em forma.
Sobre o filme podemos dizer que a ideia inicial de fazer uma satira sobre Team Building ate poderia ser um bom principio ja que isso tem sido cada vez mais uma moda das empresas atuais, e poderia ter alguma graça. O problema e que o filme rapidamente se torna num excentrico filme de canibais e horror sem graça, sem personagens e que apenas quer ser excentrico na sua violencia e situações insolitas.
Isso conduz a que o filme falhe nos dois generos que quer ter, por um lado como comedia acaba sempre por não ter graça sendo apenas bobo na maior parte do tempo, e no ponto de vista do horror temos muito sangue mas o caracter descontraido do filme ao longo de todo o filme acaba por não lhe dar qualquer impacto significativo.
Ou seja um daqueles filmes que alguem achou que seria uma ideia interessante mas que rapidamente se percebe que tem tudo para falhar desde a historia aos seus executantes. Fica a ideia que o filme a determinada altura joga mesmo com a sua falta de qualidade para se diferenciar.
A historia fala de um grupo de colegas de trabalho e a respetiva patroa que se juntam numa atividade de teal building quando ficam presos numa caverna no Novo Mexico que os leva a uma luta pela sobrevivencia.
Em termos de argumento o filme é pessimo, em termos de humor nunca funciona, a base do filme é completamente incoerente e mesmo a mensagem acaba por nunca ser significativa. E mesmo caso para dizer é necessario alguma graça para ter graça e este filme nao tem.
Na realizaçao temos Patrick Brice, um excentrico realizador que nos ultimos tempos deu-nos alguns filmes estranhos, alguns dos quais que funcionaram junto da critica, mas aqui todo o seu trabalho de mistura de generos e um desastre, que podera condicionar o que de anterior tinha feito bem.
No cast o filme tem um naipe de atores completamente desconhecidos com Helms e Moore a tentarem dar algum peso ao filme, contudo em face do nivel atual de ambos seria facil perceber que tal nao iria resultar.

O melhor - Pequena duração

O pior - O filme a determinada altura ser um cantar ao desafio de situações absurdas

Avaliação - D-

Ad Astra

Nos últimos tempos o cinema no espaço tem ganho um espaço de culto muito próprio, muito por culpa de filmes que tem conseguido cativar a critica e o publico. Nesse sentido ocorreu bastante expetativa em torno deste novo filme de Gray com Pitt como interprete. Estreado em Veneza com criticas interessantes, este filme acabou por de imediato ser perfilado como um dos possiveis concorrentes aos oscares. Do ponto de vista comercial a primeira semana acabou por ser desoladora e este percurso comercial pode colocar em causa as ambições naturais do filme
Sobre o filme uma das coisas que usualmente os filmes no espaço conseguem ter é um conceito muito proprio, e este mais uma vez tem, na forma como a sua produçao nos consegue dar a imensidão, a solidão e mais que isso o silencio dos espaços. Este ponto produtivo acaba por ser o trunfo de um filme que em termos de historia e de atalhos acaba por ter algumas dificuldades.
E isso prende-se por ser um filme de personagem que se torna muitas vezes aborrecido, principalmente na sua primeira metade. Temos uma personagem assumidamente sem chama, e isso leva que o filme de adormeça como a propria personagem na vida. Na segunda parte temos mais impacto mas fica a ideia que o argumento nunca nos consegue na realidade surpreender e que tudo acaba por ir pelo caminho natural, conduzindo contudo a alguns atalhos extremamente exagerados no que diz respeito a logica das coisas.
Ou seja Ad Astra tem em termos produtivos ou mesmo na personagem central o conceito funcional para  um diferenciador filme de espaço, mas depois o argumento é demasiado proximo de um filme de açao serie b, quase sempre pouco ou nada intenso. Fica a ideia que o filme exigia alguma explosão ou surpresa para o espetador em vez de seguir um plano demasiado delimitado.
A historia fala de um astronauta, que acaba por ser escolhido numa missão de tentar contactar com o seu progenitor, o qual se encontra desaparecido no espaço à 13 anos a procura de outras vidas, contudo a sua atividade pode ameaçar a sobrevivencia do nosso planeta.
Em termos de argumento a historia de base e demasiado simplista para um filme no espaço, e muito dependente de uma personagem depressiva o que acaba por adormecer no primeiro segmento o filme. No final temos mais impacto mas insuficiente para levar o filme para altos desempenhos na historia.
Na realização Gray e um realizador que tem trabalhado com excelentes atores mas a quem ainda falta um grande filme. Em termos de realizaçao este e de longe o seu melhor trabalho. Um filme bem realizador com conceito, que nos da as sensações corretas no sitio correto, pena e que o argumento não tenha tamanha competencia.
No cast o filme e pensado como um monologo de Pitt, que tem uma das interpretaçoes mais interessantes suas nos ultimos tempos. Uma personagem reservada e melancolica que Pitt interpreta de forma eficaz sem no entanto nos parecer suficiente para grandes premios. Nos secundarios so no final temos um lee Jones com a intensidade tipica que nos habituou.

O melhor - A realização

O pior - O argumento deveria ter mais impacto, e mais novidade

Avaliação - B-

Fast and Furisous Presents: Hobbs and Shaw

Depois do ultimo filme da saga fast and furious ter estado longe do sucesso dos seus antecessores, era obvio que toda a formula teria de ser repensada. Para tentar ainda lucrar alguns dolares foi pensado abordar apenas duas personagens antagonicas e dar ao filme mais ação, comedia e menos carros, embora o espirito fosse o de sempre. Esta nova abordagem acabou por ter resultados criticos proximos dos filmes com avaliações medianas sendo que comercialmente nos EUA a receita esteve longe de funcionar que contudo acabou por ver as perdas mitigadas com o bom desempenho no resto do mundo.
Sobre o filme sublinho que com a exceção de um ou outro filme,  o estilo de Fast and Furious nunca me cativou por completo, por ser uma mistura de cinema de consumo rapido com sequencias totalmente impossiveis e exageradas. Pois bem este filme e mais do mesmo mas introduz um ingrediente que funciona melhor que e o humor e aqui o filme torna-se ligeiramente mais interessante como entertenimento, principalmente porque consegue recolher em The Rock o ponto em que este melhor funciona na minha otica, ou seja comedia.
Claro que outros ingredientes da saga estão aqui presente e com destaque e que esses acabam por ser mais do mesmo, principalmente uma intriga basica até ao seu limite maximo, mas mais que isso as sequencias de ação intermenivais e impossiveis, que fazem o Missao Impossivel ser um filme algo realista. E nesse ponto parece-me que o filme acaba por não ir alem, algo que um realizador com algum conceito poderia dar, mas que no final sabe a pouco a introduçao apenas de algum humor.
Nao sabemos contudo se este genero com algumas diferenças consegue cativar os fas da saga, principalmente aqueles que gostam de mais carros, um lado mais duro ou mesmo mais mulheres, parece-me que aqui temos mais um filme de duplas improvaveis do que Fast and Furious mas o filme abre portas a sequelas.
A historia fala de um terrivel hacker informatico que quer tomar posse de um virus mortal para o negocial, numa altura em que Hobbs e Shaw eternos rivais se tem que unir para tentar por termo aos objetivos de tamanho vilão.
No que diz respeito ao argumento a base é simples, nem se esperava muitas alterações neste particular, temos um recuso eficaz ao humor, mas que na maior parte do tempo, funciona como adoçante a uma historia bem mais simples. As personagens sao as tipicas num filme de açao de grande estudio.
Para este spin off a realização foi entregue a David Leicht, o obreiro mãe de John Wick mas que conseguiu o maior sucesso em Deadpool, o filme nao tem a originalidade nem o humor desta saga ultima acabando por ser um filme de grande estudio mas pouco de autor, o que sabe a pouco quando comparado com os filmes anteriores dele.
No cast, as escolhas de The Rock e principalmente de Statham são naturais e funcionam no tipo de filme que temos aqui. Muita ação e algum humor encaixam no estilo e nas debilidades de ambos. Nos acrescentos Elba nao existe como vilão, o que acaba por ser uma deceção do filme, e Kirby falta-lhe a sensualidade que outras tiveram na saga.

O melhor - A introdução do humor.

O pior - As sequencias de ação tornaram-se cada vez mais impossiveis

Avaliação - C+

Sunday, September 22, 2019

Yesterday

Desde o seu anuncio que esta ligação entre Richard Curtis, Danny Boyle e Beatles entrou na expetativa dos fas da musica e do cinema que esperavam ter aqui um objeto artístico muito próprio apostado em convencer publico e critico. Contudo apos a estreia em festival eurpeus se percebeu que pelo menos do ponto de vista da critica as coisas não tinham corrido de forma perfeita com avaliações demasiado medianas para toda a expetativa gerada em torno do filme. Comercialmente os resultados foram muito interessantes principalmente tendo em conta que se trata de uma longa metragem inglesa e sem qualquer figura de primeira linha.
SObre o filme podemos dizer que a abordagem e original não so no que diz respeito a ideia do esquecimento de algo tao grande como so Beatles mas acima de tudo na forma como o filme aproveita isso numa separação entre sucesso e felicidade. Pois bem nisso o filme e competente não so no insólito e criativo de toda a abordagem mas também na linha narrativa e mensagem ideológica que o filme quer ter.
O problema do filme e que em tudo o resto e mais um filme de domingo a tarde que tenta ter graça sem o ter, um conjunto de curiosidades mas que na essência pouco ou mesmo nada fornecem de particularmente diferenciados, principalmente tendo em conta o realizador escolhido. Fica a ideia que o filme gasta todas as fichas numa ideia que vende mas que depois desiste por completo de dar ao filme os elementos que o tornassem eficaz.
OU seja em grosso modo no final temos uma comedia romântica igual a muitas outras que tem como base uma boa ideia de fundo mas que na realidade acaba por ser apenas o mapa la no fundo. Fica a ideia que o filme quer também jogar demasiado com a figura de Ed Sheeran e isso esta longe de ser uma boa escolha, ou mais que isso falta peso no cast.
A historia fala de um cantor de insucesso que de um dia para o outro percebe que tirando ele toda a gente desconhece por completo os Beatles acabando por tornar-se num sucesso imediato cantando as musicas dos Beatles.
EM termos de argumento o filme funciona com uma ideia muito bem pensada mas que na sua execução cai demasiado no obvio e o filme torna-se claramente uma comedia romântica simples, muito por culpa de personagens pouco trabalhadas. Em face do que tínhamos como premissa esperava-se muito mais.
Na realização Boyle esta numa forma interessante colecionando sucessos de alguém que recentemente ganhou um oscar. Neste filme parece-nos sempre ter mais CUrtis do que Boyle e isso da ao filme pouco condimento artístico de um realizador que funciona melhor noutros generos
No cast numa altura em que parece que Hollywood descobriu o bollywood principalmente os ingleses mais um desconhecido a encabeçar um filme de primeira linha e isso acaba por não funcionar pois falta tamanho ao interprete. James acaba por ser uma escolha mais natural para aquilo que a personagem e

O melhor - A ideia de base brilhante

O pior - O filme se tornar desde ai bastante vulgar

Avaliação - C

Thursday, September 19, 2019

Blinded by Light

O cinema e a musica nos ultimos tempos tem estado bastante relacionados com dois filmes de verão a unir algumas figuras iconicas da musica como inspiração de filmes ingleses, e estranho ou não com descendentes ou imigrantes como figuras centrais. Sem o mediatismo que teve yesterday este filme com muita ligação a BRuce Springsteen embora com o crew mais modesto consguiu melhores criticas com avaliações essencialmente positivas. Comercialmente sem a chancela de Boyle ou mesmo Curtis as coisas foram bem mais dificeis com resultados a todos os niveis mais moderados.
Sobre o filme eu começo por referir que ate acho inspirador associado o desenvolvimento de um jovem a uma musica que ouve, pois todos a determinados momentos nos unimos a este sentimento. O problema deste filme acaba por ser que no momento em que Springsteen entra no filme este deixa por completo de ser concreto limitando-se a fazer interpretaçoes exaustivas da musica do cantor, o que torna monótono  e por vezes demasiado facil.
O filme tem um teor descontraido, com dois vetores que funcionam, desde logo dar-nos um panorama realista de uma pequena cidade em mudança, em plena contigencia economica dificil, e mesmo nas diferenças de tradiçao muito trabalhada no espirito de sacrificio dos emigrantes com todos os problemas inerentes a uma adaptaçao sempre dificil. Aqui parece-me claro que o filme é mais funcional embora com demasiados cliches.
A unicão faz um filme simpatico, facil de gostar, mas que penso que deveria ser muito melhor trabalhado na analogia da musica e da historia, esta parece muitas vezes forçada, pouco clara e exagerada no tempo que lhe é dedicado. Fica a ideia a determinada altura que o focus da personagem no Boss e demasiada e o filme cai totalmente no mesmo erro passando para segundo plano as ligações pessoais do personagem.
A historia fala de um jovem paquistanes que ao residir em Luton percebe as dificuldades de seguir o seu sonho de escritor em face do contexto familiar e social onde esta inserido. Motivado pelas letras e sonoridade de Springsteen o mesmo vai seguir o seu sonho contra todos as barreiras.
Em termos de argumento o filme tem alguns pontos principalmente contextuais bem trabalhado, mas no centro da historia, na personagem central e algo básico. Parece-nos também que as analogias entre aquilo que representa a letra das musicas e a historia contada deveria ser mais bem trabalhada.
Na realizaçao deste filme tivemos uma inglesa imigrante Gurinder Chada uma realizadora que se tem dedicado totalmente à adaptação de emigrantes paquistaneses e indianos a contextos ingleses, e que teve em joga como Beckham o seu maior desafio e que aqui tem uma realização simplista que nos momentos musicais poderia e deveria ter mais coragem e risco. Talvez isto explique alguns anos sem mediatismo.
No cast temos escolhas naturais de atores de descendencia indiana e paquistanesa a liderar um cast, os quais tem personagem simples e muito concretas. No lado mais concetual e de atores mais conhecidos alguns secundarios mas com pouco relevo.

O melhor - O lado social de uma pequena cidade como Luton

O pior - Fica a ideia que o proprio filme fica demasiado obcecado com o Boss e perde algum sentido de ligação

Avaliação - C

Tuesday, September 17, 2019

Spider-Man - Far From Home

A Marvel com a sua aposta em Endgame ganhou um desafio bastante complexto que é reativar o seu mundo com a falta de duas pedras basilares. Pois bem no primeiro filme pos endgame foi SpiderMan que teve a dificil tarefa, o que nos pareceu interessante já que e um dos super herois com mais carisma dos que permaneceram. Pois bem nesta sequela tivemos novamente um bom resultado critico algo que tem sido habitual em todo o percurso da Marvel. Em  termos comercias o filme foi salvo como muitos outros no resultado internacional ja que nos EUA os resultados nao tiveram o fulgor dos maiores sucessos da Marvel.
Sobre o filme SPider Man e sem sombra de duvida o heroi da marvel destinado aos adolescentes. Alias todo o filme e pensado para construir esse espaço, quer as persnagens jovens secundárias, ja o contexto de road trip, ou mesmo o humor e o romance ali existentes. Isso faz com que os filmes não sejam particularmente complexos e que sejam demasiado simplistas, acabam por permitir algum entertenimento mas longe da densidade e valor significativo da Marvel.
COmo ja se tinha percebido no seu antecessor o filme funcionou bem ao tornar-se mais infantil, mais proximo das comedias de televisao Disney. Parece contudo que principalmente no lado dos viloes pese embora a base seja bem criada, a personagem e algo limitada na base o que nao permita que o filme ganhe uma dimensao superlativa, ja que na maior parte do tempo o sucesso de um filme de super herois esta relacionado com o seu vilao.
Ou seja numa altura em que se pensa que a Disney ira abandonar este franchising parece-me que isso pouco estara relacionado com o desempenho deste filme que cumpre os seus parametros basicos, numa tarefa dificil que era seguir Endgame. Fica a ideia contudo que não existia planos muito interessantes para SPider Man.
A historia segue o desfecho de Endgame numa visita de estudo pela europa de Peter Parker e os seus amigos, com o mundo a ser alvo das tentativas de destruição de elementos de outro planeta. Parker tera a ajuda de um novo heroi.
O argumento e simples muito sustentado no romance e humor facil. Na intriga com excepção de um vetor de transformaçao o filme é demasiado simplista, embora todo o engenho por trás do vilao seja original e criativo.
Na realizaçao Watts recupera a cadeira que já tinha desempenhado no primeiro filme. parece-me demasiado tarefeiro o seu desempenho, num filme que poderia ter mais conceito do que um filme juvenil da diSney. Ainda para mais de um realizador que previamente a este desafio vinha de um cinema mais independente.
No cast a escolha de Holland foi perfeita para SPider Man, o jovem ator tem todos os ingredientes que a personagem pede, e isso acaba por beneficiar o filme. Ao seu lado os secundarios tem papeis bem definidos que encaixam bem enquanto equipa. Nas aquisições temos um Gyllenhall que deveria ter uma personagem mais bem trabalhada, porque tinha potencial quer ele quer a personagem para muito mais, mas aqui penso que o argumento condiciona o resultado.

O melhor - O filme cumpre uma missão dificil.

O pior - Fica a ideia que os filmes não tem muito por onde crescer

Avaliação - C+

Child's Play

Mais de trinta anos depois de Chucky ter entrado na historia de um dos objetos de terror mais mediaticos do cinema, eis que surge a sua reconstrução temporal, com este novo filme que pese embora pegue nas caracteristicas basilares do boneco diabolico, dá-lhe uma nova roupagem e um poder associado a evoluçao tecnologica. Criticamente as coisas não foram particularmente interessantes para esta nova roupagem com avaliações essencialmente medianas. Comercialmente tendo em conta aquilo que Chucky representa no terror esperava-se bem mais ja que foi um filme bem mediocre quando comparado com outros do mesmo genero.
Sobre o filme todos conseguimos perceber que o original Child's Play foi sempre um filme de impacto do que propriamente uma obra prima. Este filme tenta na maior parte do tempo ser fiel, com violência, com muito sangue e imagens fortes, mas em termos de intriga e sempre um filme algo simples, e quase sempre demasiado previsivel, o que demonstra que alguma da inocação e atualizaçao do conceito na base nao foi acompanhado pela intriga e pelo desenvolvimento de uma historia que podesse dar impacto a saga.
Em termos do boneco em si, podemos dizer que o filme conseguiu uma atualização interessante na forma como o coloca ligado a uma aplicação que domina todas as outras, tornando justificado muitos dos poderes apresentados pelo boneco, embora nos pareça que a determinada altura torna-se exagerado. mas a explicação existe bem mais proficua do que nenhuma.
Do ponto de vista dos efeitos especiais relacionados com a imagem de Chucky parece-me demasiado evoluido e o boneco nunca tem o lado afavel que o primeiro consegue por momentos ter, e isso pode ter retirado algum do revivalismo que a saga deveria potenciar.
A historia é a conhecida uma mãe oferece ao filho um boneco da moda, com ferramentar interminaveis, contudo este mais do que um bom amigo vai-se tornar uma perigosa ameaça a quem colocar em causa a sua relação com o seu dono.
Em termos de argumento se a atualização para os nossos tempos da ferramente chucky nos pareça exagerada mas funcional, do outro lado em termos de intriga o filme parece vazio, demasiado previsivel e pouco estruturado sendo quase so contexto para o sanguem e violencia estetica.
Na realização deste rebot temos Klevberg um  realizador norguegues criado no terror. O filme consegue ser esticamente violento embora com pouco dedo de autor. Os efeitos humanizam demais o boneco e nao sei se e a melhor opção. Os nordicos sentem-se confortaveis neste registo mas este nao e o melhor filme.
No cast Plaza funciona bem no terror, principalmente em personagens irreverentes, o que encaixa na sua prestação. Sobra Hammil no papel de Chucky que junta o miticismo do ator com o da personagem mas pouco mais.

O melhor - A atualização tecnologica do produto

O pior - O boneco em termos esteticos perde a sua mistica

Avaliação - C-

Friday, September 13, 2019

The Sound of Silence

Apresentado no ultimo festival de Sundance este peculiar filme sobre o som do silencio nova iorquinho acabou por ser demasiado intimista para ser uma das figuras do festival independente, pelo que so agora acabou por ver a sua estreia modesta. Pese embora o filme seja extremamente intimista criticamente conseguiu alguma atençao com avaliaçoes positivas contudo comercialmente parece-me obviamente que sera um filme com muita dificuldade em imperar.
Sobre o filme podemos dizer que mais do que qualquer coisa estamos perante um filme a todos os apontamentos dificil, fica a ideia que muito do que e a reflexao da personagem central nos passa ao lado, e isso e essencial para o filme ter impacto. Como isso nao acontece o filme consegue apenas ser aborrecido e monocordico mesmo sendo um filme com uma duraçao curta.
Eu acho que cada vez mais os filmes devem ser diferentes mas devem ter como ponta final o publico este ficamos com a ideia que se abstrai do publico, torna-se num objeto tao intimista que deixa por completo o espetador a porta. Sobre as boas imagens dos diferentes pontos de nova iorque e por vezes a relaçao de proximidade que se vai criando entre duas pessoas muito ambiguas.
Resulta um filme estranho de pouco ou nenhum impacto que nos parece necessitar sempre de ser diferente. A compreensao do que o filme poderia ser acaba por ser totalmente indiferenciada para o espetador que ate pode gostar de filmes diferenciadores mas fica a ideia que esta acaba por tentar ser por si so
A historia fala de um analisador de acustica das casas, apaixonado pelo som das coisas que acaba por ajudar uma mulher em depressao com quem aos poucos se começa a relacionar nas suas proprias especificadades.
O argumento do filme tem uma ideia diferente, dificil de potenciar e o filme sofre com essa dificuldade. FIca a ideia que o filme nunca consegue nos dialogos ou nas personagens potenciar qualquer força ao espetador e como isso acaba por se adormecer.
NA realizaçao Tybirsky e um desconhecido que se percebe conhecer e amar nova iorque. De resto muito pouco enquanto realizador num filme demasiado dificil para ser significativo.
No cast Saarsgard e um ator que funciona nos dois extremos, na extroversão doentia e no lado mais intimo. Aqui temos a sua segunda versao que funciona embora nos pareça um papel demasiado repetitivo. Jones oriunda da comedia dá nos um lado diferente, que funciona embora o filme nao sublinha os seus personagens.

O melhor - NOva iorque

O pior - O filme perde-se na sua eloquencia

Avaliação - D+

Anna

Luc Besson passou grande parte da sua carreira a fazer filmes sobre mulheres implacaveis que rapidamente se tornam assassinas profissionais. Este ano surgiu mais um filme com esta premissa com uma luta de equipas entre o CIA e o KGB. Este esteve longe de ser o maior sucesso critico de bEsson com avaliações sofriveis mesmo para alguem que habitualmente funciona no genero de ação pura. COmercialmente para alguem habituado ao sucesso as coisas tambem nao foram brilhantes muito por culpa de uma protagonista que servisse de ancora comercial.
Quem conhece o cinema de Besson pode achar este filme realmente mais do mesmo, porque principalmente nas premissas do argumento o filme acaba por o ser, ao colocar alguem fragil numa posição de submissão ate que a mesma se torna mais forte. Temos os ingredientes todos de Besson com sequencias de luta interminaveis e totalmente impossiveis, alguns personagens secundarios bem trabalhados, algum exercicio de estilo mas acima de tudo muito pouco novidade.
O problema do filme reside acima de tudo na construção da protagonista, num filme que tem o nome de alguem a escolha deveria incidir em alguem com mais carisma ou atributos interpretativos ja que o filme se recente disso principalmente quando no plano secundario tem atores como Mirren ou Murphy. O filme nunca consegue se repor desta falha, ainda para mais porque Besson lhe da outro elemento que nem sempre é certeiro embora causa suspense ao publico.
Esse elemento e o facto do filme funcionar em preenchimento de espaços na sua montagem com avanços e recuos temporais para preencher o que nao vimos e explicar o porque das coisas. A ideia ate nos parece interessante principalmente porque serve para prender o espetador a cadeira mas nem sempre e executada bem neste filme.
A historia fala sobre uma jovem russa que fruto da sua debilidade acaba por ser adotada pelo KGB para ser uma das suas agentes. No meio de uma guerra entre o CIA e o KGB a mesma acaba por ser uma carta jogada por ambos na luta por poder.
O argumento do filme e mais do mesmo na carreira de Besson, com alguns dialogos interessantes, principalmente do lado de algumas personagens e na forma como o filme e montado que o argumento tem mais impacto, mesmo que nem sempre se adeque o que quer contar com aquilo que e executado.
Besson e um bom realizador de açao consegue filmar como poucos açao de confronto e criou um estilo proprio dos seus filmes com um pouco de intriga e estilo: Aqui nao e o seu filme mais feliz, embora a escolha de montagem seja arrojada.
No cast o grande problema do filme Sasha Luss nao tem carisma nem qualidades para interpretar um filme desta dimensao e isso condiciona de imediato o impacto todo do filme. Nos restantes apenas Mirren consegue nos dar bons momentos ou nao fosse uma das actrizes com mais presença do momento.

O melhor - A montagem e arrojada

O pior - Luss

Avaliação - C

Thursday, September 12, 2019

Late Night

A entrada do cinema nos bastidores da produção ou de televisao ou do proprio cinema foi sempre um terreno muito particular nao so para filmes mais serios mas tambem para comedias mais familiares como esta que tenta entrar na dinamica de um show diario. Esta comedia fruto quem sabe de alguns bons momentos de comedia escrita conseguiu reunir boas criticas principalmente tendo em conta o estilo de filme. Comercialmente a falta de uma figura ancora acabou por dificultar a afirmaçao total do filme.
SObre o filme podemos dizer que na genese temos um filme igual a tantos outros de funcionaria sonhadora e patroa repressora, dai que durante algum tempo do filme pensamos que vamos ter mais do mesmo, mas o filme acaba por surpreender pela positiva em dois pontos, por um lado algum valor do lado comico escrito nao so para o programa dentro do filme mas tambem em alguns momentos de stand up, e mais que isso a atualidade do tema com uma reflexao constante dos conteudos atuais ou nao.
Isto da um filme agradavel, bem disposto, principalmente muito bem ancorado pela personagem central muito bem interpretada por Thompson e tambem pelo crima de grupo criado, onde algumas personagens parecem nao existir mas sao ancoras para a quimica grupal que suporta o filme.
O que falha a vertente relacional o filme quando tenta ser romantico parece nao saber enquadrar esse ponto no restante e mesmo quando utiliza o lado emocional de impacto das relações amorosas no seu climax percebe-se que nao e o terreno do filme abandonando uma personagem sem qualquer explicaçao
A historia fala de um programa diario de sucesso que se encontra numa fase de rotina pouco criativa ate ao momento em que entra na equipa de escrita uma mulher de ascendencia indiana que tenta levar o seu pensamento simples a todo o programa.
EM termos de argumento o filme funciona principalmente no humor escrito, temos bons momentos que mais do que nos fazer soltar a gargalhada acaba por aligeirar o ritmo, mesmo que seguindo alguns cliches de algumas comedias de sucesso. Os dialogos da personagem central sao extremamente bem escritos.
Na realização desta comedia temos Nisha Ganatra oriunda na televisao que nao tendo aqui um trabalho de realização exigente ou elaborado deixa a primazia para o que de melhor o filme tem, ou seja alguns dialogos e a interpreteçao e quando assim o e já demontra realismo.
No cast o filme e dominado do primeiro ao ultimo minuto por Thompson num registo que encaixa bem no estilo da atriz a sua personagem e o grande trunfo do filme e pouco surpreendera se conseguir a nomeaçao para globo de ouro comedia. Nos secundarios menor brilho mas funciona tudo bem em grupo.

O melhor - A interpretação de THompson

O pior - O lado romantico do filme nunca consegue encaixar no resto do filme.

Avaliação - B-

Wednesday, September 11, 2019

American Woman

As ligações familiares sempre foram importantes no crescimento de uma carreira em Hollywood. Este filme marca a estreia na realização de longas metragens de Jake Scott, filho de Ridley, com a chancela da produtora da familia. O resultado critico do filme ate foi positivo com avaliações essencialmente positivas. Em termos comerciais o filme não resultou talvez pelo facto de estar longe de grandes estrelas mediaticas.
Sobre o filme dentro do seu espectro totalmente assumido como sendo um drama de vida, é um filme que consegue ter um bom ritmo sustentado numa personagem com o lado maduro da exigencia da vida e com a excentricidade de quem não cresceu a seu tempo. Este balanço sustentado numa boa interpretaçao de Siena Miller dão ao filme um caracter dramatico interessante e mais que isso um filme que nos vai agarrando aos dramas daquela pessoa.
Pese embora em traços gerais o filme vá cumprindo de forma satisfatoria os seus propositos e percetivel que muitas vezes o mesmo recorre a alguns cliches, como a sequencia da escova de dentes ou as diferentes relações amorosas que o filme vai criando a personagem central. Fica a ideia nesses momentos que o filme poderia ir mais longe nas mesmas sem cair no drama puro de todas elas.
Fica a sensação que o filme deveria dar um lado positivo uma luz a uma personagem que procura a felicidade em toda a dificuldade, sendo um filme demasiado negro quer no contexto espacial, mas mais que isso em todas as vivencias da personagem que luta contra um destino que em momento algum lhe da treguas, mesmo assim naquilo que ao que ao drama diz respeito temos um filme quase sempre competente.
A historia fala de uma jovem avó, que depois do desaparecimento da sua filha acaba por ficar com o seu neto a cargo sendo o filme uma retrospetiva desta relação ao longo do tempo, sempre com a indefinição do que aconteceu à sua filha.
Em termos de argumento eu parece-me que apos um esboço demasiado negro de uma vida o filme e competente principalmente na forma como a personagem nos e caracterizada e como vai crescendo com a vida. Fica a ideia que e um filme simples mas igual a muitas vidas, e isso tem de ser sublinhado.
A realizaçao do Jake Scott e negra, quem sabe antecipando tudo que vamos vendo na duraçao do filme, não utiliza os truques que o pai faz como poucos e fica a ideia de alguma simplicidade surpreendente fruto da sua descendencia. A ver se continua com este tipo de registo pode ser um realizador independente.
No cast temos uma boa interpretaçao de Miller, alguem que nos ultimos anos foi construindo uma carreira consistente ultrapassando o lado de acompanhante que durante anos foi a sua praia. Temos uma entrega emocional interessante e competente segurando o filme do primeiro ao ultimos minuto.

O melhor - Siena Miller

O pior - A toada negativa do filme nunca se alterar.

Avaliação - B-

Monday, September 09, 2019

The Night Hunter

Os thrillers de homicidios violentos foram principalmente na passagem do seculo um genero muito aperciado, em que filmes como Seven ou Suspeitos do Costume figuram como principais icons. COm o passar do tempo acabou por ser abandonado este tipo de filme, que acabou por ser mais habitual em serie B. Este filme pese embora tenha uma elenco de primeira linha acabou por se aproximar deste segmento de filmes muito por culpa de avaliaçoes extremamente negativas que conduziram a um resultado comercial bastante fraco.
Sobre o filme podemos dizer que é assumidamente e a todos os niveis um claro parente pobre do genero, desde o paralelismo entre a historia policial e um caçador de pedofilos a titulo pessoal, que trabalham juntos, a pouca ou nenhuma caracterizaçao das personagens ate ao final recambulesco, facil e perceber que no que é essencial o filme falha, sendo mesmo absurdo em algumas destas pontes.
Fica a ideia que o filme quer ser forte, violento, mas que depois no mais simples, ou seja nas arestas narrativas acaba por desprediçar todo este sentido num  filme solto, muitas vezes com situações pouco ou nada trabalhadas do ponto de vista de coesão e com personagens sem qualquer tipo de carisma, chega a ser penoso ver figuras conhecidas num filme tão pouco interessante.
Salva-se uma interpretaçao, como sempre do vilão, e pouco mais, de resto temos um filme policial desinteressante que não é previsivel no seu desfecho mas que o espetador ja abandonou por completo no momento em que se desvenda já que tudo até então acaba por ser tão rudimentar que acaba por ser indiferente.
A historia fala de um psicopata que acaba por raptar menores com o intuito de as matar. COm a prisao de um suspeito percebe-se que os homicidios continuam a ocorrer aproximando-se cada vez mais da equipa de investigaçao a qual e auxiliada por um auto proclamada caçador de pedofilos.
Sobre o argumento, a questão da pedofilia tem o lado negro que poderia ser interessante na base de um policial intenso, mas falha por completo porque o plano narrativo e as personagens nunca existem para ter um filme de primeiro nivel.
Tambem em termos de realizaçao e um filme muito pobre, sem qualquer exigencia ou vontade estetica.David Raymond e um total desconhecido que se percebe ter mais elenco do que competencia para o gerir. Dificilmente tera uma oportunidade mediatica como esta para dar nas vistas com os seus trabalhos.
No cast temos um filme alinhavado com prestações pobres, cada vez mais Cavill e um heroi de serie B com dificuldade em funcionar em trabalhos mais dramaticos. Kingley tem carisma mas a sua personagem nao tem sentido e Daddario e o tipo de atrizes que ja percebemos que nao vai sair do registo serie B

O melhor - O final e algo diferente.

O pior - Ate lá o filme e um argumento totalmente falhado

Avaliação - D+

Friday, September 06, 2019

Vita & Virginia

O cinema mais tradicional gosta de por vezes abordar as grandes paixões não só da literatura como dos proprios autores. Embora produzido o ano passado, esta ano saiu a luz um filme que retratatava a relação homossexual entre Vita Sckville-West e Virginia Wolf. Em termos criticos as coisas não foram muito felizes para este filme que dentro da mediania teve ligeiro pendor negativo. Comercialmente ao ser um filme tradicional, escrito naquilo que de mais tradicional é o cinema britanico teve dificuldades obtendo resultados rudimentares.
Sobre o filme eu confesso que para um filme neste estilo pausado e dissertativo funcionar o argumento tem que ser expecional e conseguir potenciar em termos de emoçao as personagens. Pois bem o filme nunca consegue e torna-se num filme extremamente aborrecido do primeiro ao ultimo minuto, usando e abusando de monologos e mais que isso de passagens literarias.
O filme ate poderia ter um epicentro funcional, concretamente uma relaçao proibida de figuras proiminentes e as suas consequencias ou as suas barreiras, mas o filme opta mais por entrar na meta analise dos sentimentos e torna-se ainda mais aborrecido. A adicionar a tudo isto uma pessima montagem sonora que acompanha com musica eletronica quase toda a duraçao do filme, mesmo que esta fosse totalmente despropositada do que estavamos a ver.
Com duas figuras iconicas surge um filme extremamente pobre, onde salva alguns momentos intensos da criaçao de Wolf e pouco mais. Numa altura em que este relacionamento certamente teria outros vertices de analise o filme fica pobre ao centrar-se apenas naqueles que menos cinematograficos deveriam ser.
A historia fala da aproximaçao de Vita Sackville e Virgina Wolf da forma como este contacto se transformou numa relação amorosa, e a forma como esta se desenvolveu durante um processo de criaçao literario da autora.
Em termos de argumento o filme e extremamente difuso, exagera dos monologos e isso corta e muito o ritmo do filme, mas principalmente da dinamica dual do casal. Fica a ideia que o filme nao quer ter mais impacto e quer ser mais intimista o que neste caso nao funciona.
Na realizaçao Button e uma realizador desconhecida que teve aqui o seu trabalho mais mediatico, se na forma como capta imagens das interpretes as coisas ate funcionam, e impensavel o registo sonoro do filme, que se torna irritante. Percebe-se a ligação ao cinema mais tradicional de inglaterra mas o toque proprio sonoro, nao funciona.
No cast penso que as escolhas para as interpretações sao funcionais. Arteton tem a sensualidade que o seu papel exige, e Debicki o lado mais secreto patente em Wolf, contudo o filme nao deixa crescer as personagens não lhe dando o palco para essas sequencias.

O melhor - As interpretes sao bem escolhidos

O pior - O filme torna-se extremamente aborrecido com monologos e dissertações

Avaliação - C-

Driven

Existem casos em Hollywood que ficamos estupfactos como demoram tanto tempo em serem retratados no cinema. UM caso claro deste tipo de situações foi a batalha legal e mais que isso a polemica relacionada com John DeLorean e principalmente a sua ligação ao mundo da cocaina. O ano passado surgiu um filme decidido a retratar esta situação e apresentado no festival de Toronto. Criticamente a mediania acabou por colocar em causa o sucesso do filme que comercialmente demorou quase um ano a ser lançado sem qualquer tipo de sucesso.
Desde logo parece-me que um dos segredos para fazer um bom filme de uma situação é ter os ingredientes corretos quer na abordagem narrativa, nem sempre facil ja que assumir a linearidade da trama pode ser simples de mais, e dar-lhe os perfeitos interlocutores, o que neste caso não funcionou porque o filme quis ter um caracter mais comico de uma situação que na realidade esta longe de ter qualquer graça. Este e o maior problema do filme, ir para uma abordagem completamente fora daquilo que o filme quer dar.
E este problema está presente não apenas na forma como os dialogos são construdos, sem grande profundidade mas acima de tudo nas caracterizações extremamente exageradas das personagens. Salva o filme a historia ser complexa e interessante com os seus vetores, e que o filme se va simplificando no seu fim, e torna pelo menos algo interessante naquilo que foi as sequelas dos acontecimentos.
A mais valia do filme acaba por ser mesmo o miticismo implicito ao carro DeLorean e a forma como o filme, ainda que de leve aborda a construção, produçao e problemas na sua concretização. Fica a ideia que o filme consegue nesse parametro ser competente mas no resto não consegue encontrar o seu sitio enquanto genero.
A historia fala do famoso empresario do ramo automovel, John Delorean e a ligação com um burlão contratado pela policia que o vai conduzir a um negocio relacionado com cocaina de forma a tentar salvar a produçao do seu projeto de sonho.
Em termos de argumento temos um dos casos em que a historia de base e muito melhor do que aquilo que o argumento acaba por fazer dela. O problema do filme e tentar suavizar e mesmo ridicularizar o que nao deveria ser feito. O filme tenta ter graça o problema e que nao tinha nenhuma base para o ter e contamina por completo o argumento.
Na realizaçao Nick Hamm e um realizador que conseguiu algum conceito recente na critica principalmente britanica, mas na realizaçao deste filme perde principalmente na caracterizaçao fisica dos personagens. Existem momentos em que chega a ser absurdo o que nao e propriamente uma mais valia num filme que nos relata algo tao particular. Talvez por isso nunca tenha conseguido ter uma carreira consistente no cinema,.
E no cast que reside o primeiro problema escolher Sudekis para titular um filme como este é um erro inacreditavel a nao ser que conseguisse transformá-lo enquanto ator, o que o filme nao consegue. O que acontece e que todos os restantes atores embarcam no registo comico pouco profundo do seu colega de reparto, principalmente Stoll. Salva-se a espaços a construçao de Pace do empresario mediatico

O melhor - O proprio carro

O pior - O filme querer fazer comedia de algo que nao tem base alguma para o ser

Avaliação - C

Wednesday, September 04, 2019

Swinging Safari

Nos ultimos anos o cinema australiano tem sido prodigo mais do que nos dar filmes de referencia potenciar atores de primeira linha que acabam por se tornar figuras maiores da industria de hollywood. Este filme e um produto de uma comedia australiana, algo diferenciada quando comparada com outros que conseguiu conquistar a critica com avaliações postivas embora incapazes de tornar o filme totalmente internacional. Em termos comerciais na Australia as coisas ate funcionaram nao sendo um filme com capital de confiança para outros mercados.
Sobre o filme e obvio que estamos perante uma abordagem diferenciada e muitas vezes com um humor inteligente de uma comunidade. Claro que para efeitos de comedia muitas vezes o filme cai no exagero mas parece que o mesmo serve e bem os propositos humoristicos e satiricos que o filme se propoem, sempre com um estilo de realizaçao proprio que diferencia o filme mesmo tornando-o o objeto de risco.
Eu confesso que o filme tem demasiado ruido, demasiadas personagens sem que algumas acrescentem alguma mais valia ao filme. Com algum filtro desse ruido esta seria uma comedia original, interessante, muito na onde de uma vaga de comedias sem grande sentido mas originais que tem conquistado algum espaço na critica especializada. Para alem disso os bonecos mesmo com os seus exageros tornam o filme divertido e este filme uma dos filmes a ver do espectro independente.
No final o filme poderia ser mais objetivo para vincar a sua ideia, quer um final mais iconico do que funcional que leva o filme para um resultado final mais moderado. Fica a ideia que o exercicio de estilo esta la mas narrativamente mesmo com o seu caracter diferenciado o filme poderia ser mais organizado. Em suma um filme para ver embora com alguns problemas.
A historia fala de tres familias com estilos muito proprios que acabam por numa comunidade pequena interagir constantemente uns com os outros num estilo de loucura sem limites que acaba por se tornar mais potenciado quando uma baleia da a costa da praia usada por todos.
Em termos de argumento o filme é algo confuso com excesso de personagens e dialogos que se perdem no meio de tanto ruido. O filme consegue ser engraçado na sua especificidade embora seja claro que e no argumento e no seu significado que residem os maiores problemas do filme.
O filme tem um caracter estetico proprio numa realizaçao original e funcional.Stephen Elliot e um desconhecido realizador australiano que tem aqui um bom cartão de visita ja que se existe um aspeto onde o filme melhor funciona e na sua realizaçao e no seu estilo estetico.
No cast um recheio de atores dedicados ao cinema australiano que mais que personagens tem bonecos que dão funcionalidade ao lado satirico do filme. Nao e um filme de personagens embora todos acabem por encaixar bem no estilo rebelde do filme.

O melhor - O estilo estetico do filme.

O pior - Muito ruido tira-lhe alguma objetividade

Avaliação - B-

Monday, September 02, 2019

The Tomorrow Man

Apresentado em alguns festivais com alguma dimesao, ficou patente que esta apresentaçao tentava perceber se o filme teria valor para uma aposta mais dedicada a temporada de premios, neste filme romantico na terceira idade. Contudo a pouca vontade critica para com o filme limitou de imediato estas expetativas e comercialmente um romance idoso nunca e uma boa carta de apresentaçao.
SObre o filme ele tem um conceito que ate poderia funcionar, ou seja, duas personalidades desajustas numa fase adiantada de vida que tentam encontrar um no outro a razão para viver para alem das suas obsessoes, mas o filme nao funciona, nem nas individualidades optando por um estilo demasiado pateta do protagonista, mas tambem nao funciona enquanto dinamica de casal porque a relaçao nao e trabalhada no seu desenvolvimento, o que acaba por de imediato empobrecer o resultado final do filme.
Existe outros pontos ainda que menores na importancia do filme que o filme e melhor, na dinamica da relaçao hierarquica entre avo, pai e filha, e mais que isso no seu final arrojado, mas que acaba por ser a grande explosao de um filme que peca pela sua lentidao e pela falta de nervo em grande parte da sua duraçao.
Numa altura em que algumas produtoras apostam cada vez mais no amor numa fase adiantada de vida ainda nao foi este filme que marcou um espaço neste genero. Num filme que muitas vezes aborda em demasia as especificidades das personagens mesmo que estas estejam usadas, porque parece nao ter como desatar alguns nos.
A historia fala de um individuo que agrupa mantimentos para um eventual fim do mundo, que nas suas compras conhece uma mulher viuva que coleciona coisas. os mesmos sendo solitarios acabam por se apaixonar e tentar encontrar uma nova motivaçao de vida para alem das proprias especificidades.
O argumento do filme acaba por ser ambicioso mas a sua concretização nao e a melhor. O filme silencia-se vezes de mais e acaba por se tornar aborrecido. mesmo as personagens e as relaçoes centrais deveriam ser melhor trabalhadas. Vale pelo seu final.
Em termos de realizaçao Noble Jones descende dos videoclipes para um filme simples, com pouco conceito de realizaçao, apenas nos minutos finais o filme parece querer ter algum caracter estetico mas parece-me ja estar tarde. Nao e um bom postal.
No cast Lithgow parece-me sempre algo repititivo nestes registos e aqui tudo e igual. A personagem no seu lado de pateta feliz nao cresce muito por culpa desta dimensao. Por outro lado Danner tambem nao e propriamente um poço de força num filme em que adormece as interpretaçoes.

O melhor - O final

O pior - Ser a unica explosao de um filme aborrecido

Avaliação - C-

The Dead don't Die

Quando foi anunciado que este projeto de zombie movie de Jim Jaramush seria o escolhido para abrir o festival de Cannes a quem tenha aplaudido a irreverencia do festival, mas também existiu quem vaticinasse que o cinema do realizador era pouco condizente com o estilo de filme em questao e que tudo podia ruir. E a verdade e que esta segunda opiniao acabou por se concretizar. Num realizador habituado ao sucesso este peculiar filme nao passou da mediania critica, sendo que comercialmente ao ser a maior expansao do realizador as coisas ate nao foram mas, mas o conceito comercial nunca sera o objetivo de Jim.
SObre o filme eu confesso que seria dificil para mim adotar o cinema de autor de Jim Jaramush a um filme de zombies, e o filme acaba por andar perdido no seu proprio conceito, ora um filme de promenores que se concretiza num guião com dialogos non sense mas bem articulados, com outros momentos de filmes de zombies de serie B sem um plano central narrativo que acaba por nao ser condizente com os predicados de um realizador tao conceituado.
Mesmo assim o meu balanco e positivo, desde as conversas paralelas sobre a propria rodagem do filme, a quimica entre os tres policias, os detalhes cinematograficos sao suficientes para salvar um filme que muita vez e mais do mesmo, com ZOmbies e sangue e pouco mais, nesse particular pensava que em termos concetuais as coisas iriam resultar mais.
Mesmo sendo num terreno completamente novo para si, e inesperado, principalmente em termos de argumento o filme tem algumas virtudes de filme de autor, mesmo que nos outros dados seja um filme menor numa carreira que ja merecia um filme mais unanime num registo menos complicado.
A historia fala de uma pequena aldeia norte americana que de um dia para o outro começa a receber ataque dos mortos que ganham vida e que colocam em causa o resto dos sobreviventes da povoaçao.
Em termos de argumento temos de separar aquilo que o filme vale na sua linhagem central, onde temos uma historia igual a tantas outras com os seus promenores, principalmente alguns dialogos de primeira linha que alimentam alguma originalidade do filme, e mais que isso alguns momentos mais divertidos.
Jarmush e um realizador de elites que costuma marcar presença em festivais de primeira linha. Nao tem aqui enquanto realizador o seu melhor trabalho nem nada parecido. Numa altura em que na sua carreira tem arriscado por outros generos parece-me nao ser este o que mais se adequa ao seu cinema.
No cast temos um recheio de atores em registos proximos do seu lado habitual, o que acaba por arriscar pouco no resultado do filme. O lado mais descontraido de Driver combina com o lado tipico de Murray mas nao e um filme de grandes interpretaçoes.

O melhor - ALguns promenores de dialogos.

O pior - O lado zombie nem sempre e feliz

Avaliação - C+