Starring:
Justin Chatwin, Margarita Levieva, Marcia Gay Harden, Christopher Marquette, Michelle Harrison
Directed by:
David S. Goyer
A passagem de autores para realizadores e sempre algo arriscada, principalmente porque estes normalmente arriscam mais nas suas obras proprias do que ao serviço de outros, dai que muitas vezes vemos passagens repletas de sucesso e outras menos felizes. Existia alguma expectativa relativamente a Goyer princiapalmente pela sua ligação a filmes de super herois e comics, e pela forma como este poderia abordar o universo da invisibilidade deste ponto de vista. O certo e que o filme esteve longe de grandes alaridos, estreou silencioso com resultados modestos e sem grande atençao da critica, tornando-se numa estreia algo desprecebida apesar de nos parecer que a intençao e objectivos fossem bem mais ambiciosos do que posteriormente demonstrou.
O filme e algo estranho na sua genese, por um lado nunca se assume de nenhuma forma, demasiado ambiguo na forma como e efectuado, com parametros mais humorisiticos, com outros mais de thriller, com passagens romanticas e poucos traços de acção o filme acaba por ser perder nos diferentes rumos que tenta tomar acabando por nao ser feliz quase em nenhuma opçao que toma.
Alias o filme e extremamente distanciado do publico nem parecendo ser obra de um argumentista, pela forma descuidade e distante com que o argumento e efectuado, o filme e sempre demasiado cinzento sem brilho e emoçao, as personagens quase petrificadas, dao quase nenhum movimento a um filme, recheado de floops e de promessas nao concretizaveis de principio a fim.
Alias todo o filme parece cair nesse erro, no erro de se tornar distante das emoçoes da acção como a querer transmitir um intimismo que nada tem a ver com o pressuposto principal do filme e que nao conjuga de qualquer forma com este, mais fisico emocional e menos metasentimental. Estas opçoes tornam o filme cinzento, aborrecido sem grande interesse e acima de tudo com muito pouco de criativo e emocionante.
O argumento e fraquinho utiliza uma preposiçao gasta, e nunca a consegue explorar com criatividade e emoçao, o filme tem uma linhagem narrativa extremamente pobre, e nao tem coragem de se assumir como filme de acçao. As personagens sao demasiado artificiais e extremamente distantes do espectador, saimos sem realmente conhecermos aquelas pessoas e acima de tudo sem saber as suas motivaçoes e pensamentos ao longo de todo o filme, parecendo tudo muito arcaico e desaproveitado quando demonstra a minima qualidade. Mas acima de tudo o filme e demasiado denunciado e nunca original.
A realização Goyer, prometia na divulgaçao do filme uma aposta forte na componente fotografica do filme, mas que nunca concretiza isso durante o filme que recorre sempre aos processos basicos sem nunca obter grandes feitos e grandes imagens, mesmo quando a invisibilidade poderia ser trabalhada a alto nivel neste tipo de filmes. contudo goyer faz um filme no minimo dos possiveis quase sempre ser efeitos e com uma camara depressivamente pouco movimentada, que apenas ganha vida com a magnifica banda sonora utilizada e que e o ponto mais forte de todo o filme.
O cast desde logo demonstrava as poucas ambiçoes do filme, com o protagonismo a ser entregue a um secundario Chatwin, que demonstra ainda estar algo verde para este tipo de apostas, e que quase nunca consegue ser o protagonista carismatico que poderia conduzir o filme a melhor porto, algo recatado e limitado a varios niveis. o filme apenas consegue atingir melhores niveis nas cenas em que HArden consegue expor alguma da sua qualidade interpretativa embora estes momentos sejam extremamente diminutos.
ENfim uma da desilusoes do ano, que vem provar que um bom argumentista nem sempre e um bom realizador.
O melhor - A Banda sonora
O Pior -Goyer falhar na essencia da historia
Avaliação - C-