Monday, September 28, 2020

The War with Grandpa

 Numa altura em que todo o tipo de cinema esta paralisado, alguns projetos que ate poderiam ser lançados em cinema foram remetidos para alugues online. Um desses filmes foi esta nova comedia de Tim Hill, que nos tras novamente um Robert De Niro à comedia básica pouco intlectual. Em termos criticos pese embora nao existam ainda avaliações lançadas os impulsos vao no sentido de mais um desastre algo que De Niro também já esta acostumado neste tipo de abordagem. Comercialmente este tipo de lançamento acaba por nao ser o que de melhor podera fazer potenciar o filme.

Este uma comedia familiar igual a tantas outras de guerra de idades. Tem um claro defeito ou em determinadas situaçoes ser demasiado absurda ou mesmo ridicula para fazer vincar a sua ideia. Esse tipo de abordagem completamente em desuso esta extremamente vincada principalmente em algumas partidas e mais que tudo na ligaçao entre as personagens mais velhas.

O lado positivo do filme e que no extremismo a personagem mais velha nao cai totalmente no erro da imecilidade por si so e existem diferenças entre os lados clara em face da maturidade dos envolvidos. O facto do filme nao esquecer este apontamento que na maior parte dos filmes iguais a este e colocado de lado permite-lhe ser um filme com alguma emoçao.

Mas mesmo assim um novo filme igual a tantos outros de guerra de personagens com exagera, com absurdo quase nunca com graça e que mais nao e do que uma tentativa de dinheiro facil. Nao sendo um terror de filme como muitos que quase sao insultuosos para a carreira dos protagonistas, esta longe de ser aceitavel.

A historia fala de um idoso que acaba por ir viver para o agregado familiar da filha, entrando numa guerra com o neto pelo espaço do quarto, num combate de parada e resposta para alguem ficar por cima.

Em termos de argumento uma base igual a muitos outros filmes de nivel baixo. Em termos de personagens e situyaçoes mais do mesmo, num humor fisico desatualizado e muitas vezes a cair no absurdo. Resgata da miseria total do filme ter espaço para aluma normalidade e emoçao sentida nas personagens.

Tim Hill e um realizador com experiencia em filmes juvenis e infantis que tem aqui mais um filme vocacionado para aquela população. UMa realizaçao simples, sem grandes truques, apostado num humor fisico simples, num filme proximo de outros de um realizador de segundo plano mesmo neste estilo.

Robert de Niro gosta deste tipo de filmes porque o descontrai. Ele encaixa no registo que pouco ou nada lhe exige. A seu lado um jovem Fegley a tentar ganhar espaço em diversos estilos, mas ja me pareceu mais proximo do sucesso.


O melhor - O espaço para alguma ternura


O pior - O Humor desatualizado


Avaliação - C-



Enola Holmes

 Numa altura em que e a Netflix a principal fornecedora do cinema atual, com a periodicidade de quase um filme por semana começam a surgir alguns dos seus maiores projetos para o final deste ano. Um desses projetos e este Spin Off de Sherlock Holmes sobre a batuta de uma alegada irmã mais nova. Criticamente esta abordagem ate conseguiu algum respeito com avaliaçoes bem conseguidas da critica especializada e tambem comercialmente tem tudo para rapidamente se tornar num dos produtos mais rentaveis da aplicaçao.

SObre o filme podemos dizer que tem uma premissa interessante, bem trabalhada, original, com um formato que usualmente permite alguma criatividade nos constantes dialogos entre a personagem central e o espetador, que acaba por ser o confidente maior dos pensamentos e raciocinios da personagem. Ate este ponto o filme acaba por ser um objeto interessante de entertenimento.

Mas depois tem os seus problemas principalmente na intriga central e na historia de base. NUm filme de detetives o suspense ou a surpresa sao essenciais para qualquer tipo de resultado e aqui parece tudo denunciado, ou tão solto que a intriga em si nunca na realidade consegue pegar minimamente na expetativa do espetador, tornando o filme algo cinzento.

Em resultado final um razoavel filme de entertenimento que nos parece que consegue lançar melhor bases do que propriamente concretizar o seu resultado. Mesmo assim uma produçao razoavel num registo que pela abertura e principalmente por algum conceito da personagem pode facilmente resultar em sequelas.

SObre o filme a historia acaba por ser uma reinvençao ainda que ligeira de Sherlock Holmes ja que apenas a persoangem serve de contexto para a sua familia e mais concretamente para a sua alegada irma e numa missao de procurar a mae desaparecida e mais que tudo encontrar a sua propria identidade.

Em termos de argumento o filme tem boas bases, bem introduzido uma boa ideia mas na concretizao tem algumas dificuldades primeiro porque o humor que ficaria bem neste registo nem sempre aparece. Mas mais que tudo a intriga acaba por ser demasiado obvia.

Na realizaçao deste projeto HArry BRadbeer tem a estreia mais mediatica na longa metragem depois de muito sucesso em series. O filme tem uma boa realizaçao e um bom conceito que nos deixa alguma certeza quanto ao futuro do realizador assim o queira.

No cast Millie Bobby Brown funciona como protagonista do filme demonstrando que esta a conseguir sustentar bem a passagem para uma idade mais adulta. Tem recursos tem carisma e o filme funciona. No naipe de secundarios escolhas obvias para personagens algo lineares.


O melhor - O formato e alguma rebeldia na abordagem do filme.


O pior - Teria de ter mais valor comico e mais suspense


Avaliação - C+



Saturday, September 26, 2020

The Devil All the Time

 E sem duvida uma das grandes apostas da Netflix para este Outono, este Thriller nos interior americano com um dos melhores cast do ano, e uma historia abrangente, que pese embora não tenha particularmente conquistado a critica parece ter conquistado os utilizadores da Netflix que fizeram dele um dos produtos mais consumidos da plataforma. Um filme que poderia rapidamente ser mediatico numa sala de cinema mas que a Netflixo enquadrou como uma das suas grandes apostas para o final do ano.

Sobre o filme temos uma historia em diversos segmentos numa pequena cidade. O filme tem a moralidade bem aceite, na forma como discute os apontamentos religiosos e aspetos como fé. Nisso o filme e bem trabalhado porque mesmo com o crescimento e passagem de testemunho de personagens ao longo do tempo essa abordagem acaba sempre por ser bem feita com toques de violência explosiva instantanea.

Mas nem tudo é perfeito na forma como o filme consegue funcionar, desde logo porque os remoinhos temporais do filme ao longo do tempo acabam por nada de bom trazer ao filme acabando apenas por o confundir em alguns momentos e por outro lado tambem as personagens aparecem e desaparecem demasiado rapido para que a mesnagem ou o crescimento delas seja sustentado.

Mesmo assim temos um filme crescido, que pelo facto de abordar uma historia ao longo de muito tempo acaba por ganhar uma dimesão mais forte utilizando para esse efeito um cast de primeira linha. Nao sendo propriamente uma obra prima e um filme competente que demonstra bem que por vezes um bom leque de atores e o primeiro caminho para fazer os filmes funcionarem.

A historia centra-se num conjunto de personagens com fé que acabam por ao longo do tempo e de duas gerações ter que lidar com contratempos criados pela propria fé, pela vida e por outros personagens que conduzem a que a fé seja substituida por violência.

Em termos de argumento é um filme ambicioso que se calhar consegue funcionar bem melhor na sua objetividade das personagens do que propriamente nos pontos que quer abordar e fazer pensar, já que ao filme confunde-se um pouco. Boa escolha de um narrador que nos faz entrar melhor nas personagens

Na realizaçao Antonio Campos um realizador que tem aqui a sua primeira obra de longa duração mais conhecida depois de ter estado associado a produçao de alguns filmes indies de bom resultado. A realizaçao e simplista, proxima dos filmes do interior americano dando prevalencia ao excelente cast do filme e isso demonstra pelo menos inteligencia mais que brilhantismo.

No cast podemos dizer que existe desde logo um nome que se destaque no filme Skaarsgar, o mais novo do cla tem a interpretaçao mais intensa e mais trabalhada, segurando bem o primeiro terço do filme. Holland esta a crescer em dimensão embora a sua personagem nao seja propriamente uma exigência de recursos.


O melhor - O cast


O pior - Alguns saltos temporais nem sempre esclarecedores


Avaliação  -B-



Lost Girls and Love Hotels

 Numa altura em que seria obvio que a descedência direta de cinquenta sombras de gray chegaria ao cinema eis que um dos seus descendentes viu a luz do dia em plena pandemia, apostado no lado sensual de uma Alessandra Daddario ainda longe de ter uma carreira sustentada em Hollywood. Assim como o filme de base o resultado esteve longe de ser brilhante com resultados modestos. COmercialmente podera existir alguma expetativa mas vai ser longe de ser um sucesso.

Sobre o filme parece um procedimento direto de tentar conduzir a personagem para situaçoes de sensualidade duvidosa. Alias se esse era o grande objetivo do filme, tudo acaba por falhar porque o filme nem conteudo tem de contexto e muito menos consegue potenciar a sensualidade que deveria estar presente num filme que vende-se por essa vertente.

Em termos de guiao o filme basicamente nao existe, seguimos os desvaneios de uma rapariga em pleno tokio com diversas obsessões sexuais fruto de um passado que o filme nao quer saber e depois temos um relacionamento de extremo pelo lado sexual mas ao mesmo tempo totalmente adolescente em tudo o resto que resulta num filme a todos os niveis de pessima qualidade.

A tentativa de entrar no subconsciente dos desvaneios sexuais e tao pobre quando comparado com outros filmes mais adultos que ja o fizeram que ficamos com a ideia que o filme se perde em si mesmo e torna-se monotono sem sentido e pior que tudo nunca consegue transmitir nada ao seu espetador.

A historia fala de uma jovem em pleno toquio, embebida pela dimensao da cidade e sozinha, acaba por conhecer um misterioso individuo com quem se envolve sexualmente e emocionalmente cumprindo os seus fetiches mas rapidamente a relaçao torna-se bem mais intensa do que esperado.

No argumento um deserto de ideias de base, e mais que isso na sua execução. Tudo e mau em termos de ideias, dialogos e personagens e o filme fica totalmente danificado por isso.

Na realizaçao Olsson e um realizador que teve aqui o seu trabalho mais mediatico. Ate consegue em alguns momentos nos dar algumas luzes do submundo de toquio mas pouco mais. Nao consegue com arte dar a sensualidade aos momentos mais intimos e isso e um desastre completo. Nao sei se alguma vez tera outra oportunidade destas.

A carreira de Daddario e estranha no seu desenvolvimento, começou como muitos outros em filmes juvenis, ganhou intensidade na prestação em True Detective, mas depois regressou a um cinema de pessima qualidade para adolescente,e  agora tem algum risco mas o resultado esta longe de ser brilhante. Nos secundarios nada de relevante

O melhor - ALguns promenores de um toquio desconhecido


O pior - A historia do filme


Avaliação - D-



Sunday, September 20, 2020

I'm Thinking of Ending Things

 Num ano atipico em que pela sua forma de pensar os filmes podera favorecer e muito a entrada da Netflix na temporada de premios, eis que foi dado o arranque da produtora com os seus filmes de autor mais concetuais com esta nova obra de Charlie Kauffman. Sempre com a irreverência tipica, este foi um filme que foi melhor recebido pela critica que lhe deu boas avaliaçoes do que o publico em geral que se perdeu um pouco na complexidade da historia. Comercialmente para a dificuldade de absorver uma historia tal estranha podemos dizer que resultou.

Nao e um filme facil, e um filme que exige conceito, entrada no que o filme quer transmitir para percebermos aos poucos aquilo que o filme nos quer transmitir. E um filme sobre atos falhados da vida e da forma como eles poderiam ser diferentes. Nem sempre contado de forma objetiva, mas com a originalidade e o conceito que normalmente Kauffman da aos seus filmes este um filme dificil, mas que se atingirmos os seus objetivos funciona em grande escala.

E um filme que se complica por vezes a si proprio, que tem um plano e uma ideia muito boa, que o recheia com um argumento bastante interessante mas por vezes poderia ser mais direto, mais simbolico e fechar melhor as encruzilhadas. Mesmo assim no final ficamos feliz com o que vimos, com a forma como Kauffman consegue de uma forma muito peculiar transmitir historias unicas e intensas.

Nao e claramente um filme para todos, muitos vão achar demasiado estranho, confusos, considerar irritante nao perceber o que esta a ocorrer. NUm segundo momento percebendo qual o principio do filme todos nos conseguimos aproximar a determinada altura ao sentimentalismo e mais que tudo aquilo que o filme quer ser.

A historia fala de um casal que embarca numa estranha viagem as origens do homem do casal para a mulher conhecer os pais do primeiro, pessoas com uma particularidade muito proxima.

Em termos de argumento temos tudo que Kauffman normalmente nos da nos seus filmes sob a sua forma dificil. Temos simbolismo, originalidade e significado que funcionam imenso na mensagem que o filme quer dar. Temos tambem os argumentos tipicos de alguém que tem muito para dar mas que nem sempre consegue conunicar da melhor forma, porque nem toda a gente consegue entrar na sua rotação.

Na realizaçao Kaufman ainda nao atingiu o brilhantismo dele como argumentista. Temos algum risco e originalidade em algumas cenas, percebe-se que trabalhou com realizadores com conceito, mas o resultado apesar de estar a melhor ainda não e totalmente completo. Mesmo assim num ano muito dificil temos uma das melhores realizações ate ao momento.

No cast temos dois jovens em ascenção como protagonistas, Plemmons e um dos melhores atores do momento embora a imagem nao lhe permita ser um front leader em produçoes maiores. Aqui tem novamente uma interpretaçao de primeiro nivel. Ao seu lado Buckley a ganhar no cinema o protagonismo que conseguiu em Chernobyl, numa interpretação interessante bem auxiliada principalmente por uma Collete em excelente forma.


O melhor - O argumento e os seus objetivos


O pior - Nem toda a gente consegue entrar em tal dimensãp


AValiação - B



Waiting for Barbarians

 Lançado em 2019 com pouco ou nenhum mediatismo o que acaba por ser surpreendente tendo em conta o rico cast do filme em plena pandemia este filme foi lançado para aluguer sem grandes resultados comerciais. Tambem em termos criticos a mediania das avaliações acabaram por nao ser particularmente intertessantes o que tambem nao ajudou o filme a ganhar outro tipo de dimensao.

Este e um filme simples sobre guerra sobre os lados e a brutalidade de guerra. O filme tem como seu maior atributo a violencia e isso da alguma forma e intensidade a um filme que podera perder por algum excesso ou abuso neste tipo de violencia mas funciona na mensagem que quer dar.

Nao e propriamente uma produçao grande, ate fica a ideia que por vezes o filme na sua captação de imagem ou mesmo na sua dimensão e algo curto para um cast tao intenso. Mas isso nao retira ao filme o seu lado forte e estetico na violencia que conduz a que no filme os objetivos sejam cumpridos.

Um filme de pequena produçao com qualidade e mais que tudo com a força do que quer transmitir. Nao e uma obra prima nem sequer de referencia mas fica a ideia que os bons atores por vezes consegue conduzir projetos claramente menores a patamares mais elevados.

A historia fala de uma fronteira que acaba por ser dominada por tropas governamentais apostadas em defenderem de um povo vizinho visto como barbaro. TUdo torna-se mais complicado na organizaçao daquele espaço quando começa um massacre a um povo como forma de prevençao.

Nao e propriamente um argumento muito trabalhado, ja que aposta essencialmente na agressividade das sequencias de violència. Em termos de historia temos uma base igual a muitas outras e as personagens tirando a principal sao algo simples e posicionais na sua dimensão.

Na realizaçao deste filme temos Ciro Guerra um realizador colombiano que ja teve alguns projetos locais bem recebidos e que aqui teve o seu filme maior o qual foi apresentado no festival de veneza embora com pouco alarido. E um filme com produçao baixa e isso denota-se

No cast Rylance tem uma interpretaçao intensa, expressiva demonstrando os seus atributos que fazem dele um ator competente. Depp da a extravagancia que o filme quer na sua personagem e Pattinson junta ao seu recente curriculo mais um filme aceitavel.


O melhor - A forma como a violência do filme consegue ter o proprio significado


O pior - EM personagens e dialogos e algo curto


Avaliação - C+



Tuesday, September 15, 2020

The Owners

 Seria expectavel que apos a conclusão de Game of Thrones que os diferentes produtos de maior ou menos dimensão fossem aproveitando os protagonistas da serie para diferentes projetos. Maise Williams acaba por ser uma das protagonistas mais ativas e surgiu recentemente em dois filmes diferentes em termos de conceito e dimensão. Este e um filme pequeno de terror que esteve longe de ser avaliado com grande brilhantismo ou mesmo ter adquirido grande dimensão em termos comerciais.

Este e o tipico filme ingles na sua introdução. Personagens destruidas pela vida à procura da oportunidade, num contexto próprio que surpreende pelo seu twist e como o rato se transforma no rato numa atmosfera de terror. Fica a ideia que a forma como o filme prepara e consegue essa escalada principalmente dentro do primeiro grupo funciona bem.

Nao e tao eficaz no entanto quando tenta que o filme entre na dinamica de viragem aqui pensamos sempre que existia espaço para mais obsessão, mais dureza nas imagens, fica a ideia que o filme funciona sempre melhor na dimensão psicologica do que de terror e isso nem sempre me parece uma virtude declarada embora funciona maoiritariamente.

Outro dos pontos positivos do filme e a sua conclusão e todos sabemos o quanto filme como estes dependem da forma como terminam e neste particular temos um filme que deixa o melhor para o filme. Nao sendo obviamente uma obra prima acaba por cumprir os seus objetivos com todos os ingredientes necessario a surpresa.

A historia fala de um grupo de depois de monitorizar a casa de um casal de idosos com dinheiro tenta fazer um assalto contudo acabam por ser apanhados pelos donos da casa, que de repente se tornam eles os caçadores.

Em termos de guião o esperado num filme que funciona com o terror, com as obsessões das personagens mesmo que em termos de coerência alguns dos pontos possam ficar pelo caminho. Nao temos grandes personagens mas a conclusão permite que o resultado final seja satisfatorio.

Na realizaçao Julius Berg um realizador frances quase desconhecido consegue ter algum do espirito do terror mas pouco mais. Graficamente fica a ideia que o filme poderia valer mais, mas penso que tendo em conta o genero assimido temos um inicio razoavel.

No cast Williams tinha em si os olhos principalmente depois do sucesso continuo de GOT e parece aqui ter o impacto e a entrega fisica que se tornou conhecida na serie. Nao e um filme que exige muito mais, e mesmo nos secundarios fica a ideia que apenas temos a exigencia estetica.


O melhor - A forma como o filme funciona no seu twist final


O pior - Graficamente tinha muito por onde caminhar


Avaliação - C+



The Secret Garden

 De tempo em tempo as produtoras assumem novas versões de filmes que já foram trabalhados e potenciados noutros tempos. Este ano em plena pandemia, uma produçao inglesa conhecida por outras adaptaçoes de filmes semelhantes, lançou este particular filme que pese embora tenha reunido à sua vonta algumas criticas interessantes não foi propriamente um objeto que captou grandes atenções junto do publico.

Sobre o filme desde logo parece fundamental para um filme para mais jovens que o filme tenha ritmo nas personagens e nas ligações entre elas e o filme acaba por neste aspeto nunca ser particularmente feliz, porque as personagens e o cruzamento de mundos acaba por ser efetuado de uma forma demasiado suave para os objetivos que o filme quer ter.

Tambem o cruzamento de mundos, fica a ideia que o argumento permitira uma abordagem muito mais bem trabalhada e mesmo estetica para um resultado mais proeminente. NUma altura em que a evolução tecnica e cada vez mais impontente o que o filme faz aqui sabe a pouco, principalmente tendo em conta algum dos atributos da historia e a forma como isso tudo poderia resultar num filme mais forte.

Ou seja e um daqueles filmes que nada tras de novo ao que ja foi feito anteriormente, e que acaba por ter muitas dificuldades no ritmo que se quer incutir, e isso acaba por o tornar manifestamente curto. Fica a ideia que e basicamente a repetiçao constante do que ja foi feito.

A historia fala de uma jovem orfã que passa a viver na casa de um peculiar tio onde guarda um jardim secreto de memorias e de relação que a fazem adaptar-se a sua nova realidade.

A historia tem atributos que poderiam fazer dela um bom filme, mas por outro lado tem o grande problema de ter dificuldade de ganhar ritmo muito por culpa de uma caracterizaçao de personagens longe de ser brilhante.

Na realizaçao desta nova aborgagem temos Marc Murden um realizador inglês quase desconhecido que tem aqui o seu processo mais conhecido, num trabalho que acaba por ser demasiado limitado. Fica a ideia que existia espaço para muito mais quer em termos produtivos quer na historia em si,.

No cast um conjunto de jovens a dar os primeiros passos a procura dos seus melhores momentos acompanhados por os veteranos do costume dos filmes britanicos, num filme sem grandes personagens e por conseguinte sem grandes desempenhos.


O melhor - A base do filme tem capacidade de crescer.


O pior - O filme tem falta de ritmo


Avaliação - C-



Saturday, September 12, 2020

The Burnt Orange Heresy

 Estreado o ano passado em competições paralelas nno festival de Veneza este pequeno filme não foi propriamente o filme mais bem avaliado do certame pese embora tenha saido do mesmo com um premio. Algum tempo depois e umas semanas antes do mundo do cinema ficar bloqueado esta obra estreou nos EUA em cinemas selcionados com resultados curtos a todos os niveis.

Sobre o filme temos uma intriga no mundo da arte e da negociação de arte com paisagens italianas e o conceito de ter Mick Jagger no elenco. E um filme com promenores que captam a atenção mas pareceme claro que não é propriamente uma obra prima ou que a intriga é de tal forma bem montade que consiga ter impacto no espetador, ficando sempre a ideia de um filme algo difuso, quando se pedia necessariamente o contrario.

Um dos problemas do filme reside na ambiguidade da relação central, a qual nunca conseguimos perceber muito bem a sua origem, o seu desenvolvimento e a sua conclusão. Esse caracter escondido do filme parece-nos uma excentricidade sem grande sentido, assim como outras que o filme nos vai dando em pequenos promenores. Isso esconde um pouco uma intriga com muito espaço para funcionar principalmente na interpretação da arte, do valor da mesma e o que está em causa.

Este e um filme que me parece com uma ideia interessante, que poderia funcionar numa intriga de primeira linha ainda para mais porque escolhe bem os locais da sua trama e mesmo os interpretes. Pena e que o conjunto final fique muito aquem daquilo que o filme deveria ter rendido enquanto obra propria.

A historia fala de um critico de arte que e contratado por o dono de uma galeria para tentar conseguir o quadro de um famoso pinto em idade avançada, contudo em face do que esta planeado pelo mesmo arquiteta um plano para ficar associado ao derradeiro quadro do mesmo e assim obter a sua fama.

O argumento do filme parte de pressupostos e contextos interessantes mas na sua concretização esta longe de ser brilhante, principalmente pelas opções que o mesmo acaba de tomar no desenvolvimento da sua narrativa e por alguma falta de concretização dos dialogos que acabam por limitar o alcance das suas personagens,

Na realização depois de dez anos de interregno temos Capotondi, o qual nos ultimos anos se dedicou a televisão, tem uma escolha de cenarios interessantes mas nem sempre e propriamente atrevido na sua realizaçao, algo que habitualmente e comum nos europeus. Fica a ideia de um filme demasiado escuro para a tematica em questão.

No cast a lideraça do filme é entregue a Claes Bang um ator dinamarques que chamou a atenção em The Square e aqui teve novamente envolvido num filme sobre arte. Parece um ator com intensidade e enigmatico como o filme quer ser e parece ser bem auxiliado por um Debecki em boa forma. Jagger e Sutherland completam um bom elenco em personagens que acabam por ser algo limitadas pelo guião


O melhor - O mundo da arte e os seus mistérios


O pior - Emaranhar-se nos seus propositos


Avaliação - C



Mulan

 A Disney tornou-se nos ultimos ano uma produtora totalmente economicista que decidiu fruto da evoluçao tecnica decidiu fazer live action dos seus filmes mais consagrados. Este ano e previamente a toda a pandemia que viviemos a aposta seria de Mulan, com todo o aspeto cultural associado, contudo o filme acabou por ver a sua estreia em cinema adiado, e acabou por ser lançado diretamente para televisao o que oi um reverso total no grande investimento do filme. Mas esse foi so o inicio do turbilhao que se tornou o filme que esteve longe do sucesso na sua modalidade, apesar de criticamente as coisas nao terem sido muito negativas a opiniao global do publico foi nefasta associada quem sabe a algumas opiniões politicas contorversas dos seus protagonistas.

Sobre o filme devemos começar por o analisar de um ponto de vista técnico e aqui temos um filme com todo o perceito de uma grande produçao de verão da disney. Mais que nos efeitos especiais temos todo um trabalho de guarda roupa e cenario que so e possivel nos filmes mais bem montados das grandes produtoras, e aqui resiste as mais valias do filme, já que no restante as coisas estão longe de terem corrido tão bem.

Desde logo no argumento pese embora a mesma base do filme de animção ao querer ser um filme mais concreto e mais proximo das origens orientais dos filmes de artes marciais tira algum ponto humoristico que funciona sempre em entertenimento ao filme que se leva demasiado para os filmes basicos serie b de artes marciais. Alias o filme pensa mesmo nisso nas escolhas para alguns dos papeis, mas retira o filme da fantasia disney e da proximidade dos mais pequenos, a forma como o dragao compenheiro quase entra de fugida parece-me o claro maior erro do filme.

E tambem nos efeitos especiais o filme exagera demonstrando ser preguiçoso em alguns trabalhos, alias acho sempre que a tarefa de conciliar disney e artes marciais e de todo impossivel e o resultado e estranho. Parece tambem que e um filme com poucos recursos interpretativos que nao o deixa crescer em carisma muito menos em personagens. Fica a ideia de que globalmente o filme nao funciona,.

A historia de Mulan, uma jovem que gosta de combates e foge ao destino esperado para si, que ocupa o lugar do pai numa batalha de homens de forma a proteger o reino dos avanços de um vilao e de um exercito com a pior das intençoes.

Em termos de argumento o facto de querer dar um live action ao filme poderia ter a opção da historia real pouco mitologica ou assumir essa vertente declarada de Mulan. O filme fica a meio termo e nao me parece que seja a melhor das escolhas dando ao filme um meio termo que nao permite grandes personagens nem a historia ser tao funcional como a original.

Nick Caro e a realizadora que sabe trabalhar em contextos culturais proprios e isso e a maior virtude do filme, o colar-se ao contexto espacial onde se passa. Em termos de efeitos especiais nao me parece que o filme seja o mais funcional nas suas escolhas, dando um trabalho competente mas longe de ser brilhante.

No cast a escolha de atores asiaticos que inicialmente foi muito sublinhada e valorizada tornou-se inicialmente num calcanhar de aquiles pela falta de carisma de um elenco quase desconhecido e porque outros se colaram a vertentes politicas aceitaveis nos paises de onde sao oriundos mas discutiveis em todo o restante. Sobre a prestação o filme não e propriamente rico em exigencias neste capitulo


O melhor - Os cenarios


O pior - Mulan tinha momentos engraçados que aqui nao exisitem e fica a perder o entertenimento


Avaliação - C-



Friday, September 11, 2020

The Personal History of David Copperfield

 As adaptaçoes literarias de classicos normalmente chamam alguma atenção mas nos ultimos tempos pelo facto de já terem existido diversas tentativas de reproduzir as mesmas historias acabaram por cair em algum desuso. Dai que esta abordagem de Ianucci ao classico de Charles Dickens acabou por não ser popriamente um sucesso comercial, mesmo tendo em conta que acabou por ser um filme com boas avaliações.

O filme e uma abordagem original que consegue manter o estilo simplista e mesmo divertido que a historia tem ao seu dispor, apesar de nos parecer sempre que as imagens dificilmente conseguem traduzir uma historia tão peculiar como esta o que faz o filme em muitos momentos ser mais estranho do que propriamente funcional.

Assim, parece-me que se trata de um filme com alguns recursos baseado numa boa realizaçao e numa boa escolha de cast mas que divaga, sendo que esta caracteristica usualmente funciona bem melhor na literatura do que propriamente no cinema, ficando a ideia que isso acaba por tirar alguma força ou impacto numa historia que ainda tem o problema de nao ser a primeira adaptaçao ao cinema da obra.

Fica a ideia que o filme funciona, que consegue trazer o impacto tipico da historia mas que nao tem recursos para se fazer vincar numa excelencia que o faça ser marcante. Este e o risco da maior parte dos filmes sobre historias maiores que eles proprios e isso acaba por condenar a alguma indiferença obras como esta.

O filme fala das peripecias e aventuras de David Copperfield quer na sua vida quer nas historias que vai criando e na forma como as mesmas se vão unindo sempre com o lado simbolico dos personagens associados.

Em termos de argumento e um filme fiel ao livro original, com o mesmo estilo que torna os dialogos vincados e em utilização simples da sua historia. Nao e propriamente um filme de impacto no seu desenovlvimento e parece que nem sempre as grandes historias dao grandes filmes.

Ianucci e um realizador que nos ultimos anos ganhou algum conceito muito por culpa de um estilo comico de abordagem nos seus filmes que reune um humor e abordagem estetica tradicional que tem funcionado. Se calhar a sua originalidade funciona melhor em argumentos mais originais mas o filme e bem realizado.

No cast temos um Patel em boa forma a arriscar em papeis pouco obvios que lhe tem dado alguma dimensao no cinema atual Nos secundarios um grupo de bons atores sustentam a historia e principalmente a interpretaçao central


O melhor - O registo comico peculiar do filme.


O pior - Uma grande obra literaria terá sempre dificuldade em ser um filme de topo


Avaliação - C+



Sunday, September 06, 2020

The Only and Lonely Ivan

 Numa altura em que a Disney + se vai difundindo pelo muito e a aplicação de streaming do poderoso estudio cada vez mais tem que se assumir começam a surgir os seus produtos originais, existindo a duvida se seriam projetos pensados para ecra maior repensados perante a pandemia ou ancoras para um serviço em crescimento. Este filme conseguiu a mediania critica que acaba por ser suficiente para um filme DIsney resistir comercialmente a DIsney ainda procura o espaço proprio nesta luta de streaming o que ate ao momento ainda nao conseguiu por completo.

Este e um filme pequeno, emotivo e simples, com mensagem positiva da Disney, salta a vista a capacidade tecnica do filme ja usada noutros projetos que tornam os animais em imagens com interpretaçao, com emoçao e sentimento que lhes garante um espaço proprio em todo o filme. Isso acaba por ser junto com o lado mais emotivo do filme o verdadeiro sentido vincado da historia.

Do ponto de vista da historia temos uma mensagem ideologica de libertação dos animais na ordem do dia, o que permite que o filme seja atual, e um filme competente embora com um ritmo baixo, principalmente para um filme familiar da Disney, fica a ideia que o filme poderia ter apostado mais no recorte tecnico estetico da historia e quem sabe em algum humor.

Fica assim um filme simples e muito objetivo da DIsney que cumpre os seus objetivos embora o mesmo acabe por ser curto. E um filme que joga com a dimensao de quem empresta as vozes aos protagonistas e aos detalhes tecnicos optando por em termos narrativos ser mais simplista e quem sabe mais preguiçoso.

A historia fala de um conjunto de animais que sao atração num super mercado ao longo do tempo que recebem um novo amigo que os faz pensar no tipo de vida que ali levam presos num espaço curto.

O argumento do filme e simples em todos os seus pontos, nao temos um filme muito original, nem de grandes personagens e dialogos, temos um filme que quer transmitir de forma simples uma mensagem e uma emoçao e isso consegue.

Na realizaçao desta obra temos Sharrok um realizador que depois de algum sucesso em termos televisivos conseguiu algum destaque na sua comedia romantica e aqui foi-lhe dados os meios do filme para dar um filme ternurento, embora nos pareça que existia espaço para mais arte e originalidade na abordagem.

O cast tem um naipe de estrelas de vozes que encaixam nos perfis, talvez o lado demasiado serio da personagem central podera ser algo surpreendente num Rockwell que ja provou tambem funcionar no lado comico apenas com a voz. Cranston tem a dimensao adequada para o lado humano do filme.


O melhor - A ternura que os meios tecnicos do filme possibilitam

O pior - Ritmo baixo e espaço para mais entertenimento


Avaliação - C+



Saturday, September 05, 2020

The High Note

 NUm verão que habitualmente nos trás sempre algumas comedias romanticas, este verão atipico em termos de cinema obrigou a que alguns dos projetos que estavam preparados para o lançamento estreassem de uma forma quase anonima como esta comedia musical. Criticamente a mediania pautou o filme que comercialmente indicava ter mais valor do que realmente a visibilidade que conseguiu.

Sobre este filme e uma comedia musical romantica obvia, igual a muitas outras, que acaba por ser simplista nos recursos, nos fazem companhia durante quase duas horas mais pouco mais. A quimica entre o casal funciona embora nao seja obvia e isso faz com que o filme acabe por se tornar de visualizaçao rapida, embora longe de ser marcante.

Claro que depois narrativamente cai no cliche tipico de um filme de desgaste rapido, desde o crescimento da personagem central em termos de conhecimento e de sucesso ate passar pela revelação final o filme acaba por se tornar igual a muitos outros e mais que tudo acaba por se tornar quase novelesco.

O resultado final do filme acaba por ser simples e obvio, um daqueles filmes que ocupam algum tempo, com entertenimento facil mas pouco mais. Fica a ideia que os filmes como este tem um proposito simples e funcionam.

A historia fala uma assistente de uma estrela com o sonho de ser produtora que acaba por conhecer um musico pouco conhecido e tenta apostar na carreira ajudando o mesmo a tentar criar uma carreira.

EM termos de argumento e um filme simples, suave, de procedimentos simples, embora iguais a muitos outros. Nao e propriamente um filme com muitas ambiçoes em termos humoristicos embora tenha esse teor. Nao e um filme com destaque e originalidade mas funciona.

Na realizaçao temos Nisha Ganatra numa realizaçao atual e pouco mais que ja tem experiencia neste tipo de filmes, e isso acaba por ser visivel na dinamica que o filme consegue incutir. Neste filme joga com o mundo do showbizz e da musica o que funciona.

No cast Johnsson tem construido uma carreira simples na comedia romantica que tem funcionado bem, ao seu lado Ellis Ross marca pelo simbolismo de ser filha de quem é. Algum sublinhado novamente para Harrison Jr um ator que tem nos ultimos tempos demonstrado uma versatilidade interessante embora este nao seja o seu filme de maior destaque.


O melhor - O lado sem pertensão do filme


O pior - E uma historia simples igual a muitas outras


Avaliação - C



Made in Italy

 Liam Neeson direcionou nos ultimos tempos a sua carreira para filmes de açao, dai que seja surpreendente que se tenha englobado neste drama familiar, no qual se reune com o seu filho, num filme sobre perda, se calhar em homenagem do que eles viveram com a perda de Miranda Richardson. Este 'pequeno filme acabou por ter uma receção critica modesta e comercialmente estreado entre outros filmes em plena pandemia esteve longe de chamar particularmente a atenção.

Sobre o filme podemos dizer que o valor emocional e siginificado tendo em conta a historia real vivida pelos protagonistas acaba por oferecer ao filme um valor dramatico e simbolico que acaba por ser o elemento mais vincado e curioso do filme, que lhe da um lado emotivo forte e que o filme sabe potenciar pelo menos nas sequencias a dois.

Outra das virtudes do filme a forma como consegue potenciar e bem a emoçao do filme na escolha do local de rodagem, numa pequena mais simbolica aldeia da Toscana - Italia que lhe permite o contexto espacial para uma historia como esta.

Contudo as boas escolhas do filme terminam por completo aqui já que o guião e totalmente um cliche igual a muitos filmes, sem qualquer tipo de trabalho narrativo ou mesmo no desenvolvimento dos dialogos e pior que isso a direçao de atores funciona pessimamente, tornando o filme pachorrento, previsivel, muitas vezes mal elaborado e onde na grande parte da sua duração as duas primeiras boas escolhas acabam por nao o salvar.

A historia fala de um pai e um filho separados apos a morte da mãe que se reunem numa viagem a italia com o objetivo de vender uma propriedade de familia onde passaram os primeiros anos, que vai conduzir a um regresso as origens e uma auto descoberta individual e da familia.

O argumento do filme e um cliche em todas as suas vertentes, pouco interessante na construçao das personagens e do seu passado, narrativamente demasiado igual a outros e nao aproveita os dialogos para dar dimensao a um filme repetitivo e pouco mais.

Darcy e um actor conhecido que tem aqui o seu projeto mais mediatico como realizador. COnsegue uma otima escolha do local e pouco mais ja que tudo o resto e novelesco e as passagens entre espaços chegam a ser amadoras na forma como sao realizadas. Nao me parece que seja o tipo de filme que potencia qualquer realizador.

NO cast Neeson nunca foi propriamente um excelente ator dramatico dai que o sucesso tenha resultado num estilo de filme que pedia mais recursos fisicos do que dramaticos. Ao seu lado o seu filho Michaél um quase desconhecido que demonstra muitas dificuldades na sua interpretaçao e poucos recursos, valendo a emoçao do paralalismo entre a realidade e a ficção


O melhor - O simbolismo entre a realidade e o filme


O pior - O cliche de quase tudo no filmeº



AValiacão - C-



Thursday, September 03, 2020

Bill and Ted Face the Music

 Quase trinta anos depois de uma dupla de nerds ter visto a luz em dois filmes de algum sucesso eis que o cinema decide recuperar uma dupla agora de quase idosos mas com as mesmas caracteristicas num novo filme de Bill e Ted, cujos protagonistas tiveram percursos diferentes no cinema. COmercialmente era um filme com algumas ambiçoes mas cujo covid limitou, criticamente conseguiu algum reconhecimento o que e sempre positivo principalmente tendo em conta que o duo para o bem e para o mal fazem parte da comedia americana.

Sobre o filme podemos dizer que o estilo de humor dos anos 90, extremamente fisico nao se enquadra na perfeiçao naquilo que e o humor atual e o filme perde por isso. Perde tambem por a imagem dos protagonistas nao terem acompanhado o caracter estetico humoristico que o filme necessita e tudo parecer parvo de mais, mesmo para funcionar.

Bill e Ted e um filme homenagem a todos os pontos parvos mas que funcionaram nos primeiros filmes, e uma homenagem a quem gostou dos primeiros filmes mas pouco mais. Para aqueles que como eu ja nao tinham propriamente sido grandes adeptos dos primeiros filmes é mais hora e meia de mau humor e acima de tudo a plena noçao que Reeves conseguiu uma carreira com limitaçoes muito serias como ator

Este e um filme homenagem disparato que tenta demonstrar nas viagens pelo futuro alguma da cultura que se foi criando, e tenta dar merito ao facto de por vezes existirem projetos francamente de qualidade duvidosa que conseguem o seu espaço na historia

O filme segue a dupla de amigos longe do que se esperava deles, ate que acabam por embarcar outra vez nas viagens pelo tempo de forma a tentar encontrar a musica perfeita que une o mundo, so que desta vez com a ajuda das respetivas filhas.

Em termos de argumento um humor muito fisico nem sempre funciona, e principalmente a idiotice que conseguiu cativar nos primeiros filmes novamente esplorada, longe de ser funcionar em historia que nao tem mas pior que isso um humor de qualidade duvidosa.

Na realizaçao Dean PArisot foi o escolhido para esta nova aventura um realizador experiente associado a comedia mas longe de grandes sucessos. Aqui tem a clarividencia de ir buscar um pouco do conceito original numa altura em que ja era realizador.

No cast inacreditavel a forma como Reeves se tornou num ator de primeira linha, pessima interpretaçao fisica e de humor, auxiliado por um Winter que explica muito bem o porque de como adulto quase nao ter carreira


O melhor - A homenagem ao cinema dos anos 80 sem grandes pertensoes


O pior - O humor ser quase sempre desatualizado


Avaliação - C-



Tesla

 Numa altura em que o cinema acabou por tentar fazer biografias das diferentes personalidades da nossa historia, existe um associado a criaçao da corrente eletrica que mantem em seu torno algum enigma, dai que mesmo ja tendo sido retratado noutros filmes nunca teve ate agora um obviamente biografico como este se propoem. Os resultados do filme foram razoaveis do ponto de vista critico, muito pela saida do estilo tipico de linhagem narrativa, mas comercialmente deve estar longe de um estilo de produto para a maioria.

SObre o filme parce-me que temos de glorificar a forma como consegue tratar uma historia de epoca, num contexto historico muito claro com a irreverencia de diversas invencoes dos nossos dias que da ao filme um caracter rebelde e que o diferencia positivamente de outros filmes de segunda linha apostados em contar historias sobre pessoas famosas.

Certo e que a questao da corrente eletrica e mais que tudo a forma como senta entender os pensamentos de uma mente tao particular nao e facil de explanar num filme e diversos tem sido os filmes sobre esta tematica que tem dificuldades em ser objetivos ou conseguir ser intensos na mensagem que querem passar e este filme acaba tambem por ter esse problema.

Tesla e um filme razoavel que acima de tudo lucra na sua irreverencia que nao sendo de todo algo completamente funcional lhe da um toque de originalidade que nos faz recordar de um filme sobre alguem ambiguo e que o cinema e a literatura em si ainda esta apostado em descobrir

A historia fala-nos de Tesla e a historia do homem por tras das suas invençoes com uma personalidade particular e com dificuldade em fazer o sucesso com tanto conhecimento e a forma como hoje tao enigmatica figura ainda e vista.

EM termos de argumento a historia e os dados conhecidos sobre a invençoes e disputas sem grande orignalidade sem conseguir potenciar secundarios que segurem a intriga mas tem a ajuda da abordagem da historia e de uma realizaçao irreverente.

Na realizaçao Michael ALmereyda arrisca e na minha opiniao consegue fazer funcionar um estilo irreverente num filme de epoca. Muitas vezes o risco funciona e aqui parece-me que nao tornando o filme brilhante o retira de uma indiferença

Hawke parece-me uma boa escolha como Tesla porque alimenta o enigma, embora a personagem nao seja propriamente muito trabalhada em termos esteticos a escolha e obvia. Parece que para figuras tao relevantes secundarias merecia um cast de apoio mais forte


O melhor - A abordagem irreverente


O pior - Os secundarios inexistentes


Avaliação - C+