Sunday, May 27, 2007

Piratas das Caraibas 3 - Aos confins do Mundo





A maior surpresa e sucesso do cinema contemporaneo tem um nome, Piratas das Caraibas, a saga que parecia morta à nascença, mas que se tornou numa das sagas mais rentaveis de todos os tempos, chegando neste verão o seu terceiro e para alguns ultimo episodio da saga do ja emblematico Jack Sparrow. E se o primeiro filme conjugou um sucesso global em todos os paramentros, ja o segundo episodio perdeu algum do fulgor critico do seu antecessor, mas bateu quase todos os records de bilheteira que havia para bater. Sendo que o mesmo pronuncio se anunciava para o 3 capitulo, contudo a conjugação era diferente, este ano, e marcado por muitos lançamentos a competiçao é feroz, as expectativas sao elevadas. Dai que apesar dos resultados apresentados ate a data pelo filme serem fortes e muito consistentes, temos que referir que perde para o seu mais serio rival do Ano, Spider Man 3, e para isto pareceu contribuir alguma relutancia critica relativa a este 3 capitulo.

è obvio que qualquer filme desta saga resulta num objecto de entertenimento de primeira linha, principalmente na componente de comedia, de efeitos especiais e acima de tudo com Jack Sparrow, contudo tambem e verdade que o filme peca nas sequelas por perder o segredo principal do primeiro filme, que foi criar um ambiente de fantasia e sobrenatural, sem perder o contacto com a terra e sem perder a simplicidade que faz o espectador desfrutar do filme. E se no segundo capitulo, o numero de personagens, a mitologia integrada, o obscuro a complexificação de mundos tornou o filme algo confusa mas acima de tudo algo complicado de seguir, este facto torna-se ainda mais delirante e complexo no 3 filme, principalmente na primeira hora do filme, onde parece que Verbenski perde o controlo da excentricidade que quer empregar ao filme, e de certa forma distancia-o do espectador, e retira todas as sesações que acima de tudo o primeiro filme incutia no espectador.

A longevidade do filme, no meu ver algo excessiva, perdendo-se em batalhar acessorias no inicio do filme, faz por sua vez que o filme consiga aos poucos reatar o contacto com o espectador, conseguindo que a ultima parcela do filme ja se encontre dentro da imagem que as pessoas ja têm da saga.

Contudo o filme parece-nos no mesmo registo do 2 filme, mas muito longe do conseguido na obra principal, o ciclo parece fechar-se para alguns segmentos do filme, mas tendo em conta a rentabilidade do mesmo, nao seria de estranhar mais aventuras de Jack Sparrow.

No que diz respeito a componente tecnica, o filme avança ainda mais do que o segundos filme, com uns efeitos especiais do mais altissimo nivel do cinema actual, sendo de admirar a forma como e composto o Barco Holandes Voador e os seus tripulantes.

O argumento como ja acontecia no antecessor, anda muito a reboque da forma como se comporta a personagem de Depp,, contudo parece-nos que o excesso de elementos mitologicos e sobrenaturais englobados na narrativa, tiveram efeito negativo do filme ja que o distanciou do publico.

A realização de Verbenski e bem conseguida, conseguindo sempre estar ao nivel dos efeitos especiais apresentados, aproveitando ao maximo o rendimento que estes dao ao filme, contudo isto nao e de estranhar, ja que e pela 3 vez que o realizador realiza um filme da saga.

Quanto ao cast, pouco ou nada há a registar, de novo apenas a residual aparição de Yon Fat, mas que continua a brilhar é Depp numa das criaçoes mais ricas do cinema actual, De referir o regresso de Rush a saga no regresso de um capitão Barbossa tambem ele de elevadissimo nivel

Enfim uns Piratas parecidos com o 2 mas longe do 1


O melhor - Como sempre Jack Sparrow


O Pior - A confusão de elementos, mundos personagens, principalmente na fase inicial do filme.


Avaliação - B-

Breach




Os filmes de espionagem, finalmente parecem ter atingido os niveis maximos desde a sua explosão, depois do excelente episodio do famoso James Bond, eis que surge no inicio do ano um novo titulo nesta tematica que conseguiu arrebatar a critica, unindo a este facto uma receita de bilheteira positiva que possiblitou que o filme conseguisse entrar nos outros mercados que seria dificil uma vez a falta de estrelas de primeira linha. COntudo de realçar e o facto do filme ser neste momento talvez o filme que apresenta melhores criticas do ano.

Os filmes de espionagem estiveram durante anos entregues a um cinema de acçao barato, cinzento com pouco conteudo, contudo cada vez mais existe uma tentativa de fazer filmes simples, baseado na complexidade quer das personagens quer das suas relações, o que conduziu a filmes mais simples, mais perto do espectador e objectos de entertenimento mais poderosos. Este novo tipo de filme atinge o seu estado mais puro neste surpreendete Breach, um dos filmes mais interessantes lançados ate a data de 2007, que nos conta a historia da estrategia do FBI para capturar o maior espião de sempre, o filme tem uma premissa simples que torna o filme extremamente acessivel, o FBI, coloca um espiao a trabalhar de perto com o espiao no sentido de lhe ganhar a confiança de forma a conseguir saber as movimentaçoes deste. Até aqui pouco de novo, contudo a qualidade do filme acenta acima de tudo na qualidade das personagens, na densidade e complexidade de Henssen, o vilao interpretado por cooper, nas interações das personagens, e acima de tudo num argumento extremamente coeso, recheado de acessorios de luxo, principalmente numa riqueza de dialogos impressionantes.

Pela negativa, alguma dramatizaçao excessiva da relação amorosa entre a personagem principal e a sua esposa, demasiado novelada, bem como o facto de o filme talvez merecesse se alongar mais na abordagem da forma como as personagens se adequam ao final previsivel do filme. Pensamos que o filme nada perderia e so ganharia com mais 10 minutos de fita.

O argumento do filme é de manual, coeso, adulto, recehado de personagens interessantes, que interagem de uma forma forte entre si num fio condutor bem articulado, o filme mantem um ritmo e acima de tudo os picos de interesse quase sempre ao maximo nivel, encantando o espectador, num misto de acçao e suspense, onde o autor ainda se da ao luxo de apontamento de humor de primeirissimo nivel

A realização do filme e madura, pouco arriscada, mas acima de tudo deixa-se levar pela riqueza doa argumento, servindo apenas de suporte a este nunca ambicionando passar para primeiro plano, em diversas vezes Billy Ray, demonstra capacidades de transmitir de perto as sensaçoes vividas pelas personagens, contudo menos notorio do que tinha sido observado no seu anterior titulo.

O cast é dominado de principio ao film por Chris Cooper, com uma interpretaçao e uma personagem brilhante, que preenchem o ecra minuto apos minuto, alias caso o filme nao fosse lançado tao precocemente provavelmente estariamos perante o primeiro candidato aos prémios, contudo a memoria a longo prazo normalmente nao costuma funcionar neste tipo de caso, já que nos parece dificil que tenhamos muitas interpretaçoes a este nivel durante o proximo ano. De resto parece-nos que ele e bem auxiliado por Phillippe, que apesar de ser um dos actores mais mal amador da critica americana, consegue mais uma vez formar um papel nem sempre facil, ja que tem que repartir grande parte do set, com uma personagem interessantissima, mesmo assim parece-nos que Phillippe começa a adquirir carisma para liderar filmes de acçao maturos, e com alguma maior visibilidade podera se tornar um actor de primeira linha, principalmente se perder algum do odio infundado que a critica lhe devota. Laura Linney, vem apenas cristalizar a qualidade do cast, ja que a sua personagem e apenas um adereço de qualidade.

ENfim talvez o melhor filme do ano ate a data, e que vem demonstar a boa forma do genero de espionagem


O melhor - Chris Cooper, uma interpretação brilhante


O pior - O filme ser algo curto principalmente na forma como nao desenvolve na parte final


Avaliação - B+

Saturday, May 26, 2007

Stomp The Yard




O estilo de fime Mtv, ou seja, aqueles filmes passados em contextos juvenis, em que as diferenças culturais sociais e economicas se esbatem com competicoes pelo meio, quer a nivel globas, como musica e desporto, quer a nivel pessoal, como disputas de namoradas, tem um passado longo no cinema, normalmente reportado a titulos muito semelhantes com linhas condutoras muito parecidas, normalmente a maioria deste titulos pela sua previsibilidade tem lançamento directo para video, sendo cada vez menos comum apostas cinematograficas num genero extremamente gasto. Dai que foi com surpresa que no incio deste ano, vimos Stomp The Yard, um filme que aborda o figurino tradicional do genero invadir não só as salas de cinema mas como obtendo bons resultados de bilheteira tornando -se o primeiro grande lider do ano. Para este aspecto parece contribuir uma ascensão da cultura do Stomp nos Eua, que levou muitos jovens ao cinema e tornou este filme no primeiro exito surpresa do ano, ja no que diz respeito a critica apesar de não ser uma recepção calorosa, esteve longe de ter uma recepção negativa.

Contudo parece-nos que Stomp The Yard limita-se a pegar nos filmes tipicos do genero e so mudar o tema, ou seja altera, a canção, a dança, a coreografia, por um cenario de Stomp, tudo o resto pela enesima vez repetida, num filme que parece mesmo um sumario do que tem sido feito. Um jovem oriundo de um ambiente social e familiar destruturado acabado de perder o irmão, entra numa faculdade, com espirito e tradiçao no Stomp, dança que o jovem tambem admira e pratica, como tal mal chega começa a ser posto de lado, apaixona-se pela namorada do lider mau de uma equipa junta-se a outra, rouba a namorada e ganha o concurso final, isto sem antes ter de passar pela recusa do pai da jovem e director da escola com ligaçoes passadas a sua familia de origem. Como podem ver o argumento para alem de repitivo, lamechas e cansativo, mais parece retirado de uma telenovela mexicana, sem grandes rasgos de criatividade nem tao pouco de qualidade artistica.

A vantagem do filme e que nunca descola os pes na terra assume-se como limitado, extremamente previsivel, dá primazia ao stomp, e declara renuncia a qualidade do argumento em deterimento pela ligação afectiva a um publico jovem, talvez por esta demasiada proximidade ao contexto de novela e serie juvenil de 2 classe, o filme tenha obtido resultados tão consistentes em bilheteira, principalmente quando se trata de um filme sem figuras de proa.

O argumento do filme, e de telenovela, linear, basico, cheio de coincidencias emotivas e sentimentais, com um fio narrativo denuciado e extremamente repetitivo, o argumento é extremamente básico, principalmente na forma como as personagens vão crescendo no filme e na forma como os acontecimentos narrativos são emparelhados. Enfim demasiado primario.

A realização, é por vezes abusiva na sequencia do digitalismo que emprega as danças, as coreografias saem beneficiadas, mas por vezes torna-se cansativo para o espectador, mesmo assim parece nos importante louvar o facto de o realizador conseguir sempre abrilhantar as sequencias musicais com promenores de realizaçao interessanter. No que diz respeito as coreografias, apontadas como o grande sinal + do filme, é extremamente descontextualizado na nossa cultura, ja que o Stomp, esta longe de estar implementado quer na europa quer no nosso pais, dai que seja impossivel avaliar o nivel coreografo do filme. Talvez esta seja a razao que justifique o facto de um filme com receitas tao significativas no EUA nao chegue a Europa pela via do cinema.

O cast, recheado de deconhecidos parece-nos mais selecionado pelos dotes artisticos dos protagonistas do que propriamente pela sua qualidade interpretativa, ja que todos nos parecem demasiado limitados a este nivel. Num filme sem estrelas salva-se os dotes de dança de grande parte de um cast que a nivel de interpretação está muito aquem daquilo que Holywood exige.

Enfim um filme Teen, tipico, mas que incompreensivelmente se tornou um exito.


O melhor - O lançamento de uma nova cultura de dança


O Pior - A linearidade de um argumento, ja nem as telenovelas tem argumentos destes


Avaliação - C

Thursday, May 24, 2007

Fur: An Imaginary Portrait Of Diane Arbus




Existe filmes que criam a sua volta uma expectativa tão grande que depois e com surpresa que o vemos desaparecer por cinemas obscuros, sem qualquer tipo de publicitação, como de um filme indiferente se tratasse, e acima de tudo quando o casal de interpretes tem actores tao conhecidos e conceituados como Kidman e Downey Jr. Fur era um dos mais serios candidatos aos galardoes tipicos de final de ano, mas acabou como um filme quase invisivel para tudo e para todos, num desastre critico que conduziram a que esta obra seja daquelas que quase ninguem viu e poucos irão ver.

A tentativa de relacionar o mundo real com mundo imaginario foi sempre uma das fascias mais altas para os grandes autores de Hollywood, a capadicade de unir mundos, interpretar os mais diversos imaginarios, é um ponto ao alcance dos melhores, e que normalmente quando conseguidos conduzem a algumas das obras mais belas que o cinema nos deu nos ultimos 20 anos.

Mesmo esta forma de reflectir os imaginarios em biopics, ja tinha sido tentado por diversas vezes nos ultimos anos e quase sempre colorado de sucesso, o perigo que estava sempre presente, ou seja, de conduzir a um filme tao proximo do imaginario que se tornasse incrivelmente absurdo e sem sentido, nunca tinha sido real, até FUR. Este filme ambicioso arriscado, a elevar os limites do imaginario com rebeldia, falha na sua plenitude por isso mesmo, por de tao imaginario se constituir que se torna num dos filmes mais absurdos e sem sentido dos ultimos anos, capaz de deixar espantado e incredulo com tamanho ridiculo quase todos os espectadores que visualizam o filme.

O filme e uma biografia fantasiosa da fotografa Diane Arbus, uma fotografa, que acaba por entrar nas excentricidades do seu vizinho de cima um misterioso, homem recheado de pelos por toda a sua pele, que conduz a fotografo a um jogo de charme, e cumplicidade que termina na paixao, o filme mistura as sensações reais, com acontecimentos e personagens fantasticos, que apenas parece servir os propositos rebeldes por demais evidentes em todo o filme, ja que em nada contribuem para a valorizaçao da obra.

Alias todo o filme e desapontante, poderemos mesmo dizer que é um Big Fish, feito por um amador, ou seja a ideia ate poderia resultar, num criador com talento capaz de apaixonar o imaginario das pessoas e nao se limitar a introduzir do nada elementos excentricos e absurdos.

Este absurdo por completo, e traduzido na fantasia dentro da fantasia, principalmente nos pensamentos intimistas da personagem de Kidman, que apenas conduz a uma confusao de imagens soltas sem qualquer fio condutor.

Alias o grande defeito do argumento e a falta clara de um fio condutor coerente que paute e organize toda a narrativa, em vez disto, o filme prefere uma toada rebelde onde os acontecimentos vao acontecendo sem agrupamento logico e que conduz a que na maioria da parte o filme prima pelo absurdo. As personagens são ambiguas, e enquanto que a de Lione, consegue todo o misterio que necessita, ja a de Diane parece algo descomposta de sentido e profundidade e que de alguma forma não parece funcionar no filme.

O pior do filme, e ter sido entregue a batuta a um realizador com pouca dimensao de criador, o que faz como que o mundo imaginario nunca se consiga inserir da realidade do filme, e pareca sempre descontextualizada, sendo este aspecto que conduz ao absurdo em que o filme se vai transformando.

O cast liderado por dois dos actores mais aclamados da actualidade funciona ao nivel elevado que ambos nos habituaram, sendo Downey Jr o que mais brilha, tambem pela complexidade e a força da sua personagem que encaixa bem nas suas caracteristicas como actor. Ja Kidman parece passar por um momento de desacelaraçao da sua carreira depois de ter atingido o mais alto nivel, principalmente por insistir em personagens algo lineares e pouco profundas, e que estao a conduzir a um arrefecimento que se pode tornar algo perigoso no futuro.

Enfim uma desilusão total, de um filme com ingredientes de grande nivel mas muito mal misturados.


O melhor - As mascaras de Downey Jr.


O Pior - O absurdo que advem da falta de conjugação entre o imaginario e o real


Avaliação - C-

Wednesday, May 23, 2007

Venus




Pois bem, muitos pensavam que para finalizar a sua carreira O'Toole arrisca-se como que com um ultimo grito em busca do reconhecimento quase sempre escondido. Contudo muitos ficaram surpreendidos com o titulo que ele escolheu para arriscar tudo, um filme indie, politicamente incorrecto, polemico, ou seja o ideal para ser falado. O objectivo do filme era polemica, e acima de tudo conduzir O'Toole ao Oscar perdido, tudo parecia correr bem até aparecer o Ultimo Rei da Escocia, que acabou por colocar de lado tudo que este filme poderia trazer. Conduzindo a algum esquecimento em torno deste titulo, que apesar de na maioria ter sido bem recebido pela critica, quase fou indiferente em termos de publico, e em termos de premios ficou reduzido as nomeaçoes de homenagem para o seu protagonista.

O filme centra todas as atençoes de inicio ao fim no mito, e na presença de O Toole tudo parece orquestrado neste sentido, ou seja na força e na mistica de toda a personagem, de tal forma que todo o filme acaba por ser em demasia cinzento, ultrapassado e pouco inovador, raramente conseguindo transmitir a rebeldia que parece estar presente mas que dificilmente se emancipa da presença da personagem central

A historia centra-se no final de vida de um reconhecido actor de teatro nos ultimos momentos da sua vida, a sua vida sofre um novo alento quando o seu melhor amigo recebe em casa a sua sobrinha, uma jovem rebelde que sonha em ser modelo, entre eles estabelece-se uma relaçao intima, onde todos acabam por retirar do outro aquilo que mais necessita, esta estranha relaçao de cumplicidade acaba por se transformar em amor, com barreira de idades.

O filme e arriscado, principalmente porque aborda temos pouco elaborados, principalmente o amor na terceira idade e a forma como estes lidam com o instuito do prazer.

Contudo o filme anda sempre a reboque das oscilaçoes da personagem principal, subindo a intensidade sempre que o filme se centra nos dramas da peronagem, mas que entra nas mesmas ambiguidades quando a personagem tb entra nos seus proprios conflitos.

Enfim, o filme e claramente inferior as expectativas e alarido que se criou a sua volta, principalmente por cair em melancolias algo futeis e pobres em dinamicas e relacionamentos pessoais, achando que as relaçoes do filme acabam por ser limitadas na relaçao central de base do filme.

O argumento do filme, é muito dispar, centra todas as suas atençoes e potencialidades na construçao e dinamicas da personagam central, bem como de algumas outras personagens que contracenam, parecendo ter sido algo descuidado o fio condutor da narrativa bem como o encadeamento de acontecimentos que constituem a historia de base em si.,

A realizaçao e focalizada na degradaçao e nas expressoes de O toole, longe do brilhantismo conseguido do belico Notting Hill, mesmo assim o realizador consegue sempre transmitir como pouco os afectos em olhares puros das personagens.

O cast enquanto que O toole encontra-se no limite das suas capacidades numa personagem algo auto retratante e extremamente complicada, mesmo que em certos momentos o seu cansaço fisico seja obvio e limitante, mesmo assim o mito acaba por ser o ponto mais forte do filme, nem que seja porque parece que todo o filme e construido a sua volta. Tambem de referir a boa interpretação da jovem Phillips, numa personagem complicada, e numa missao dificil de fazer a sua personagem servir algo tao ambicioso como A personagem de O toole.

Enfim a tentativa de O toole ganhar o oscar, frustada num filme razoavel, mas demasiado centrado no seu proposito.


O melhor - O amor na terceira idade pouco representado no cinema.


O pior - Tudo e apostado em O Toole e descuidou o resto.


Avaliação - C+

Saturday, May 19, 2007

Next




Dick é um dos autores mais amados, pelos cineastar para fazer adptações dos seus contos de ficção cientifica, sendo que normalmente quando unidos a grandes estudios, produtores e realizadores costumam surgir os melhores filmes do genero, aproveitando toda a creatividade presente no criador, contudo o facto da maioria das obras de Dick estar traduzidas em contos requer que os criadores dos filmes completem o filme, conduzam a que a premisse resulte numa boa historia, com os adereços necessarios, E este tem sido o problema das ultimas adaptaçoes deste autor, ou seja, ou as historias caem na mão de realizadores sem grande qualidade, ou por sua vez estes apenas se centram no aspecto visual da visão futurista de Dick.

Pois bem, Next e a ultima passagem do autor para o grande ecra, e para nosso mal, sem um realizador ou produtor, o filme foi rejeitado completamente pela critica e o publico alheou-se um pouco deste novo filme de acçao.

O mal do filme é que foi feito por amadores, ou seja a premissa esta la, mas tudo o resto falha, a necessidade de reunir peças presente nos pequenos contos de Dick, fez com que neste filme se opta-se pelo mais facil, traduzir a ideia em imagens, sem grandes introduções, e contextualizaçoes, com uma serie de actores de primeira linha, e o nome de Dick sempre associado, como resultado sai uma das obras mais basicas e sem conteudos dos ultimos tempos, num filme extremamente fragil, sem qualquer tipo de base que sustenha a historia.

Das personagens nao sabemos nada, e se da de Cage sabemos que ele e magico, da de Biel nao fazemos a mais palida ideia, as motivações sentimentos, razões, pensamentos das personagens sao objectos nao identificados, ou então sao demonstrados a pressa, como o envolvimento amoroso das personagens centrais. O filme e um rotundo falhanço do ponto de vista da construçao da historia, que nos leva a pensar onde e que os criadores do filme estavam com a cabeça para fazer um filme com tanta defeciencia.

Mas as debilidades nao se ficam por aqui, a nivel produtivo todo o filme e pobrezinho, principalmente nos efeitos especiais, efeitos sempre importantes no suporte a filmes do genero, e a caracterização fisica das personagens, a de Cage tem uma imagem decadente, sem chama, quase petrificada e cansada.

O filme tem muito pouco de interesse, e muito mesmo de revoltante, salva-se no filme a forma engraçada com que joga por vezes com a caracteristica principal da personagem de Cage, principalmente a sequencia em que conhece a de Biel. Fora isso o filme e do mais instavel e pouco seguro que se viu nos ultimos tempos nao sendo de admirar os resultados miseraveis que o filme apresenta.

O argumento inspirado na obra de Dick, limita-se a limitada historia, ou seja tudo o que deveria acrescentar para a historia funcionar acaba por nao exisitir resultando num filme tão fraquinho, com historia, personagem e acontecimentos tão instaveis que por vezes nos questionamos o porque de tanta falta de sentido e coesao do argumento. A caracterização das personagens chega mesmo a ser nula.

A realização, é obvio que para um filme deste nivel exigia-se um realizador experiente e do mais alto nivel cinematografico, Tamahori ate tinha experiencia em filmes de acçao puros, apesar de sempre longe de agradar os criticos mais exigentes, principalmente na segunda saga de triple X, onde os resultados foram mesmo deprimentes, contudo aqui demonstra dificuldade em arriscar, talvez porque os meios produtivos nao seriam elevaodos, e certo que o filme e um parente pobre declarado comparando com outros filmes de acção.

O cast evidencia a notoria falta de forma dos seus actores. Cage, depois de um periodo aureo, pautado por selecção irrepreensivel de bons papeis e filmes, eis que nos ultimos dois anos, tem nos brindados com filmes pipoca, de qualidade nula e com interpretações de bradar aos ceus, neste filme une a isto tudo um cansaço fisico notorio, e muitas defeciencias na criaçao fisica e na sua disponibilidade para a personagem. Moore esta longe dos tempos que lhe tornaram uma das actrizes mais respeitadas de Hollywood, e as suas investidas no cinema de acçao tem sido os alimentadores do abrandamento da sua aclamação. Biel com menos peso, acaba por nos dar um papel dentro das suas possibilidades ainda reduzidas.

Enfim um filme muito fraquinho, que devera ensinar as produtoras a apostarem em filmes com conteudo e que mereçam este tipo de aposta.


O melhor - Algumas situações espontaneas criadas em volta da condiçao da persoagem


O pior - Todo o filme cai do ceu, sem contextualização, sem introdução e no fim questionamos tudo o que acontece no filme, ou seja porque e que este filme existe


Avaliação - D+

Friday, May 18, 2007

Catch and Release




O romantismo puro e a comedia dramatica esta pouco em voga nos ultimos anos em Hollywood dai que quando surgem titulos neste sentido existe sempre uma certa nostalgia em sua volta, dai que se esperava um sucesso maior para este filme, apostado em ressalvar alguma da tradição hollywoodesca nestes parametros, talvez pelo facto de alguma desactualidade deste tipo de cinema, o filme esteve muito longe de ter bons resultados na bilheteira e a critica alheou-se desta tentativa de fazer ressurgir este genero.

O filme é sentimentalista, dramaticamente conseguido, fazendo lembrar em certos segmentos uma versão feminina dos Amigos de Alex, chegando a ser algo intenso mesmo nas emoçoes que vai provocando no espectador, e se nesta componente o filme resulta quase na perfeicao, por seu lado perde e deita muito a perder na sua componente humoristica, exageradamente ridicula, forçada, e que de alguma forma destroi a intensidade emocional que o filme e acima de tudo a forma como o filme e abordado lança no filme.

A historia do filme centra-se na forma como se reage a morte de uma pessoa proxima, mais concretamente numa serie de personagens com relacoes entre si, entre os melhores amigos, noiva e amante com um pretenso filho, todos têm forma muito propria de viver a perda e de reagrupar a sua vida apos este acontecimento, o filme fala sobre as relações entre ambos mas acima de tudo na forma como a morte do personagem permite uma reavaliação À vida de todas as personagens, este esquema parece querer apontar para um filme maduro e adulto, mas que o filme parece ter receio de assumir, lançando por vezes momentos de um humor demasiado infantil quase sempre a cargo da personagem patetica de Kevin Smith:

Outro aspecto que no filme parece extremamente mal aproveitado é o facto de a historia amorosa de base, ser demasiado superficial, pouco aprofundada e realçada, o que num filme que conduz para os sentimentos mais nobres, nao pode deixar de se considerar uma fraqueza consideravel.

Mesmo assim o argumento e interessante principalmente na sua base e na estrategia que assume para montar o encadeamento das personagens, estas na sua maioria sao ricas, principalmente a principal, que nos parece complexa do ponto de vista humana e com grande riqueza sentimental, oferecendo grande parte do interesse do filme.

A realização, demonstra algum amadorismo de uma realizadora, com toque tipico das cineastas femeninas, e de uma mulher dedicada principalmente a escrita, onde realça as emoçoes e vivencias tipicamente feminias, com a sensibilidade tipica do genero que se realça nao so no argumento mas acima de tudo numa realização que dá primazia aos planos de Garner,

O cast, é arriscado querer fazer um sucesso um filme deste genero sem apostas de primeira linha e um tiro no pe, e sabe-se que Garner e mais conhecida no cinema por ser a actual esposa de Alfeckt do que propriamente pela sua qualidade de actriz, embora saliente-se que a actriz parece-nos ideal para este tipo de papeis, em que existe um misto de drama, comedia e romantismo, dai que nos pareça que a escolha e extremamente acertada, e resulta particulamente bem no filme, já o seu parceiro o intermitente Olphant parece-nos demasiado superficial e mal enquadrado com a personagem, raramente convencendo no papel de rapaz bonzinho e sentimentalista. O restante cast encontra-se enquadrado no constante da carreira de cada um.

Enfim uma comedia dramatica tipica, com o toque feminino que as caracteriza normalmente.


O melhor - A banda sonora do Filme, ressalta ao ouvido.


O pior - A vertente comica do filme, falha em toda a linha


Avaliação - C+

Sunday, May 13, 2007

88 Minutes




88 minutes é mais um caso do estranho que por vezes a industria cinematografica pode ser, ou seja, um filme que nos parece com uma ideia interessante, que incide sobre um tema que se encontra na moda, como a investigação forense, com um cast de bom nivel, ou nao fosse ele liderado pela megaestrela Al Pacino, contudo o filme não consegue passar da fase de distribuição e pela indefinição que muitas vezes marca esta fase, com estreias esporadicas pelo globo, ediçoes em Dvd em cirucitos e paises mais pequenos, e uma total incognita quanto ao futuro do filme nos grandes circuitos principalmente o europeu e americano. Dai que desde já apenas com estes dados se pode afirmar as dificuldades obvias que o filme parece transmitir, embora criticamente ainda não se consiga ter uma ideia dos resultados do filme.

O filme sofre de um grande mal, tudo é extremamente arcaico, ou seja tirando a capacidade de centrar o tema do filme em interesses das pessoas actuais, o filme é extremamente limitado e pouco ambicioso a todos os limites, parecemdo querer executar tudo à lei do minimo esforço, surgindo um filme fraquinho, muitas vezes apático, que apenas tem dimensão e é discutido pelo cast surpreendentemente forte que apresenta, caso contrario seria mais um telefilme de segundo plano.

O enredo é simplificado um assassinato, varios suspeitos, um psiquiatra forense a investigar e muitas informações e tramas a desvendar, ou seja o simples modelo basico de um thriller de segunda categoria, tudo isto vai se desenvovendo com as caracteristicas naturais, ate ao climax final, demasiado complexificado e articulado, mas ao mesmo tempo confuso e desinteressante.

ALias todo o filme se demonstra demasiado desinteressante, sem grandes picos de inovação e acima de tudo numa repetição continua e irritante do que tem se vindo a fazer.

O argumento, é de principiante, com as articulações e contrução básica, com os adereços habituais, sem grandes adornos, mas ao mesmo tempo demasiado aborrecido com a linearidade que assume.

O realizador, principiante parece-nos algo limitado na forma como dirige o filme, sem grandes riscos, quase sempre optando pelos planos obvios, tem um filme fraquinho em quase todos os segmentos sendo que a realização não foge a estas fraquezas

O cast surpreende acima de tudo pela mediocridade e pela pequenez do filme, e se é notorio que Witt, Unger Soobieski, são actrizes conhecidas mas de pouco renome em Hollywood, e por seu lado Mckenzie apenas e um idolo no pequeno ecra. Ja Pacino um dos actores mais conceituados da historia do cinema, mesmo que em baixa forme e repetitivo nos papeis, deveria selecionar de uma forma mais clara e objectiva os projectos em que envolve, para nao se envolver em filmes tão pequenos como este.´


O melhor - A forma como a narrativa e montada simples.


O pior - o filme ser demasiado basico em todos os aspectos


Avaliação - C-

Saturday, May 12, 2007

Disturbia




Se estivermos atentos ao Boxoffice das ultimas semanas dos EUA, encontramos lá uma presença habitual, que conduziu a que este Disturbia se torna-se num filme do momento, conseguindo resultados de bilheteira imprevisivelmente positivos, e acima de tudo uma critica agradavel, que conduziu a que fosse um dos filmes mais badalados do inicio do ano. Isto é extremamanete louvavel, principalmente quando olhamos para o seu cast e não vimos grandes estrelas, mas também porque arrisca num género que facilmente conduz a desilusão como o Thriller.

Contudo disturbia é um filme bem conseguido, que aposta tudo numa premissa arrojada, de um jovem que depois da morte do pai, entra num periodo de reconstrução e conflito que o obriga a uma prisão domiciliaria, sem nada para fazer em casa desenvolve uma componente voyeurista, que o aproxima dos seus vizinhos, ate que dá por si vizinho de um perigoso serial killer, mas sera tudo isto imaginação do rapaz entregue aos seus pensamentos ou estará ele perto de resolver o misterio. O filme funciona muito bem como entertenimento, com um ritmo acelarado, e com um clima agradavel o filme desenvolve-se a um ritmo muito conseguido, e acima de tudo o fio narrativo consegue ser tão completo que nunca permite a existencia de espaços mortos durante o filme. A capacidade do filme integrar uma narrativa de base interessante ao qual adorna com especificidades de grande curiosidade para o espectador acaba por conduzir a que o espectador fique colado ao ecra durante todo o tempo do filme.

Este filme ganha perticular destaque numa era em que cada vez mais somos bombardeados com thrillers com boas premissas que alimentam grandes expectativas mas que terminam quase sempre com resultados mediocres em termos de resultados globais.

Disturbia é um dos filmes mais curiosos do ano, se bem que lhe falte alguma originalidade em alguns aspectos, que o tornem um filme marcante, mas consegue acima de tudo ser um bom objecto de entertenimento.

O argumento é o forte do filme, não tanto a forma como as linhas narrativas se vão desenvolvendo, mas acima de tudo a forma como a premissa de base é criada e articulada ao longo de todo o filme, é certo que o filme por vezes torna-se algo previsivel, contudo no global o filme funciona na plenitude dos seus objectivos, ou seja agradas e fazer os espectadores verem um bom filme e passarem um bom tempo. As personagens também nos parecem bem criadas, principalmente a principal, e o vilão de serviço, sendo que se mostra algumas limitações quer no segmento romantico do filme, bem como na personagem femenina, que nos parece mais adorno, do que propriamente contribuinte para a qualidade do filme.

A realização a cargo de Caruso esta interessante, depois de tentativas algo frustradas neste terrenos principalmente com o fraquinho Taking Lives, eis que finalmente Caruso consegue funcionar, e muito o deve a forma juvenil como conduz o filme, sem ambiçoes de thriller intenso, mesmo que por partes acabe por o conseguir, o certo é que Caruso consegue com a camara dar intensidade ao filme e faze-lo resultar quase sempre.

O cast é arrojado, a falta de estrelas de primeira linha pode por em causa um titulo deste genero principalmente no que diz respeito a sua carreira comercial, contudo a aposta em Shia LaBeouf parece-nos extremamente acertada, o jovem actor que nos parece ser a revelação do momento em Hollywood, sendo o rapaz de quem se fala, demonstra já dotes de grande actor, conseguindo preencher e roubar todas as cenas em que entram, o actor demonstra versatilidade funcionando nas componentes dramaticas, comicas e de acção, projectando um grande futuro a sua frente, contudo filmes como Transformers, e Indiana Jones 4 poderão dar mais luz sobre a carreira deste actor que poder ter em 2007 o ano do salto para o esterlato. Morse, consegue conjugar a dualidade marcante ao longo da sua carreira que o torna ideal para o papel. Ja Carrie Ann Moss também nos parece bem num cast de bom nivel.

Enfim uma das sensações do ano, principalmente por ter conseguido no terreno do thriller a tarefa sempre complicada de fazer uma boa ideia funcionar bem.


O melhor- Uma boa ideia que resulta num bom filme.


O pior - Apesar de ser um bom objecto cinematografica, raramente consegue ser marcante


Avaliação - B

Friday, May 11, 2007

Breaking and Entering




Anthony Minghella nos ultimos converteu-se num dos nomes maiores do cinema americano e britanico, principalmente depois da aclamação total que conseguiu com o vencedor Paciente Inglês, a sua colaboração com Sauz Zaentz, parecia imbativel, a audacia e poder de risco de Minghella bem como a beleza e paixao dos seus filmes pareciam condicionados em Paciente Ingles. O seu nome saltou para a roda viva, dai que as expectativas em torno dos seus filmes seguintos foi enorme, e se com O Talentoso Mr Rypley, para nos o melhor filme do realizador, o publico e critica dividiu-se, Certo é que no badalado e grande produção, e grande aposta de Minghella Cold Mountain, a critica e acima de tudo o publico não ficaram convencidos, sendo mesmo muitas vezes referido como o filme maior mais pequeno da historia, falhando totalmente aquilo que prometia.

Talvez como consequencia disso, se note neste Breaking and Entering uma desacelaração notoria por parte do realizador, quer na publicidade em torno do seu filme, mas acima de tudo nos meios utilizados, tentanto apostar tudo na narrativa e argumento do filme, procurando a sua propria intimidade.

Contudo também neste particular o falha, não conseguindo nem sequer agradar o publico, que se ausentou desde incio do projecto, dai que o filme nem sequer tenha estreado em WIde nos EUA, e muito menos os criticos que reprovaram por completo o filme, que graças a conjugação destas recepções se tornou quase indiferente e desconhecido do grande público.

Obviamente que de grandes autores se esperam sempre grandes e marcantes filmes, se bem que na nossa opiniao apenas em Mr Ripley Minghella conseguiu estar perto desse objectivo, parece-nos que o filme é demasiado limitado para ser lançado por um autor tão valorizado.

O filme tenta desde logo ser intimista se centrar em conflitos internos das personagens que vão tendo a sua visibilidade em conflitos familiares, e culturais que o filme transcreve, e estes aspectos até parecem bem encadedos, se as historias de base não fossem extremamente frias, monotonas e que por diversas vezes cai num extremo de intimidade das personagens que cria como que um muro para o publico em geral.

A historia leva-nos para Londres onde um casal apresenta dificuldades entre si e na forma como cojugam na relação com a dificil filha, ao mesmo tempo que tenta fazer resultar um estudio de arquitectura que é constantemente assaltado por um jovem de origem bosnio filho de uma costureira. Os dramas internos, vao conduzindo as personagens a interações entre si, e a uitilização dos outros. O filme parece quase sempre ir numa toada demasiado amena, contudo em diversas situações vimos o aparecimento de certos fios que são totalmente desaproveitados, neste particular a prostituta desempenhada por Farmiga parece-nos extremamente subaproveitada.

Outro mal do filme é o excesso de personagens centrais e os abandonos prolongados dos mesmos, o que conduz a que por diversas vezes e acima de tudo analisando a conclusão do filme, nos parece que diversas pontas soltas tenham ficado sem a sua conclusão, o que é particularmente grave num filme de autor como este.

A nivel produtivo Minghella pouco ou nada aposta, neste particular.

O argumento do filme parece-nos intimista em demasia, com uma incidencia extrema em dramas pessoas e interiores das personagens que nos parecem bem criadas e caracterizadas principalmente as Law e Penn. Contudo nos parece que por vezes se torna demasiado confuso, pouco claro e distante do espectador. Por outro lado o facto de tentar sempre complexificar a narrativa conduz a que na ponta final o filme abandone articulação narrativas não voltando a elas para a necessaria conclusão.

Quanto a realização Minghella tem talento, so assim pode ter dado imagens tão fortes nos seus filmes, neste paramentro particularmente em Paciente Ingles, e a qualidade esta presente a forma sobria com que realiza o filme, os planos são quase sempre os melhores possiveis, tendo sempre nocção das limitações que o argumento e narrativa colocavam as possibilidades de realização. Enfim parece-nos bem conseguida mesmo tendo em conta que o argumento por si limitava o brilho que este paramentro poderia ter.

O cast e recheado de velhos conhecidos de Minghella, ou seja as pessoas de sua confiança, e se Law, mais uma vez desmonstra o carisma e a obejctividade que normalmente pauta os seus papeis, liderando de forma eficaz e com presença o cast. Ja Binoche, premiada num filme de Minghella, nos parece mais perdida no filme, apesar da exigencia maior do seu papel, a actriz nunca consegue transmitir a ideia de inocencia que penso que seria objectivo de MInghella com a personagem. Penn volta à boa forma, principalmente física onde é extremamente visivel beleza que a actriz dá ao filme. O restante cast está de uma forma global bem enquadrado nas pretensões do filme


O melhor - O encadeamento de dramas pessoais, interpessoais e culturais.


O pior - O filme ser demasiado vago, e sem toques de brilhantismo


AValiação - C+

Tuesday, May 08, 2007

Sunshine




Danny Boyle é um dos realizadores mais versáteis da actualidade, tentando filmar todos os generos, sem se definir em nenhum, dai que os seus filmes criam sempre alguma expectativa, para dissuadirmos que tipo de Danny Boyle vamos ver.

O inicio da carreira de Boyle anunciava um realizador polemico, capaz de filmar a degradação humana com um primor e com marcas de autor de primeira linha, que atinge quase a prefeição e o filme de uma vida com o magnifico Transpooting, parecia ter nascido um realizador de primeira, contudo e depois do alarido em volta de um dos filmes de maior culto do seculo 20, eis que se assistiu a alguma indefinição na carreira de Boyle, que parece que raramente conseguiu dar um fio a uma carreira, e isto talvez se deva ao arriscado "A Praia", um filme que talvez dcvido a enorme expectativas criadas resultou num grande floop, precisou de algum tempo para se recompor, e com um misto de filmes de diversos generos como terror, comedia familiar e agora a ficção cientifica o autor conseguiu colocar ainda mais pontos de interrogação na sua filmiografia nao pela fraca qualidade dos titulos mas pela divergencia de conceitos e estilos utilizados. Com este Sunshine, viamos o realizador de Transpooting entrar no terreno dos filmes de ficção cientifica mais concretamente nos filmes de naves, e assim como a filmiografia de Boyle também as reações aos seus filmes se têm tornados mais dispares, com aplausos e apupos, sendo que ainda é precoce qualquer analise quanto ao sucesso ou floop do filme.

O filme corta totalmente com qualquer passado de Boyle, o autor entra no sempre terreno complicado da ficção cintetifica mais concretamente em filmes de missões espaciais, e todos sabemos o risco que estes filmes correm, principalmente porque a limitação de espaço de alguma forma limita as possibilidades de guiões, sendo frequente encontrarmos momentos de grande monotonia neste tipo de filmes. Pois bem desde logo temos que dizer que Sunshine apesar arrojado não consegue fugir a este promenor que ainda é mais agravado pela fraca defenição e caracterização espacial do filme. A nave e na sua globalidade um desconhecido para o espectador que por diversas vezes se perde no espaço do proprio filme.

A historia tem muito de inovador um grupo de astronautas, tem como função salvar a humanidade numa viagem até ao sol, de forma a fornecer a este uma injecção de vigor que permita a continuação da humanidade, nesta viagem, que é importante realção que se trata de uma segunda tentativa, surgem alguns problemas, que conduzem a uma luta pela sobrevivencia, que por necessidade conduz a uma luta entre os proprios passageiros. O filme reune um misto de acção com uma dimensão mais parafisica, e por momentos religiosas, principalmente na dimensão algo mitologica criada em volta do sol.

O filme é no inicio um filme conseguido mas que nao consegue disfarçar grande parte das dificuldades criadas em volta deste genero especifico, mais concretamente a monotonia e a complexidade que o argumento assume, e que torna o filme demasiado complicado, e dificil de digerir. COntudo a historia perde por completo para as componentes técnicas do filme, principalmente na forma como a grandiosidade do SOl e integrado de forma a melhorar a grandiosidade de um filme arrojado, mas que nos parece com algumas debilidades muito salientes.

O argumento do filme, é grande em dimensões mitologicas, em aspectos parafisicos, mas falha na forma como articula a narrativa principalmente porque nunca consegue simplificar processos, todas as articulações narrativas são demasiado complexas e complicadas o que distancia os espectadores. Também a nivel de personagens o filme parece-nos demasiado pobre salientando só os limites das condições humanas que são visiveis em quase todos os tripulantes da nave.

Boyle é um realizador eficaz em todo os generos, apesar de nunca ter atingido o brilhantismo que atingiu nos seus primeiros filmes, todos eles tem uma dimensão produtiva, e foram obras capazes de integrar filmes razoaveis com realizações brilhantes originais. Neste particular consegue mais uma vez uma realização forte, com imagens poderosas, que abrilhantam um filme, de nivel mediano, mas com realização de primeira linha. Parece-nos que Boyle terá perdido com alguma dispersão de talento ao nunca ter selecionado um genero para se aperfeiçoar. Pode ser bom a tudo mas parece nunca conseguir ser brilhante, se excluirmos o brilhante inicio com Transpooting.

QUanto ao cast, para capitanear o elenco, Boyle optou por um actor proximo Murphy, que foi dado a conhecer pelo realizador no surpreendente 28 days later, o resto do cast, aparecem actores tipicos de filmes de acção mas algo limitados a nivel de interpretação assim, observamos o fantastic 4 Evans, e a ex bond girl Yeoh, em papeis quase insiginificantes, quase todas as despesas de interpretação do filme estão a cargo da boa forma de Murphy, que nos parece ser algo ambiguo conjugando momentos de boa interpretação, com outros mais indefenidos, um actor que necessita de papeis mais defenidos, para analisarmos o seu real valor.

Enfim a tentativa de Boyle entrar noutro terreno, contudo, parece-nos que este já conseguiu filmes e projectos mais conseguidos.


O melhor - O carater divinal que o sol tem ao longo de todo o filme.


O pior - As decisões de argumento demasiado complexas e extremamente complicadas que tornam o filme dificil


Avaliação - C+

Monday, May 07, 2007

Perfect Stranger




Se para a maior parte das pessoas um Oscar funciona como impulsionador de carreira, com Halle Berry sucedeu completamente o contrario, a actriz que ate a distinção tinha sempre pautado a sua carreira por filmes forte do ponto de vista narrativa, eis que posteriormente a esta vitória no poderoso papel em Depois do Odio, tem marcado a sua carreira por constantes floops de bilheteira, mas acima de tudo por filme muito assobiados por parte da critica e do publico em geral, parecendo incapaz de alterar esta onda negativa.

Muito olhavam de lado para o lançamento deste Perfect Stranger, ja que aliado ao mau momento cinematografico de Berry estava um Bruce Willis, arredado ultimamente do protagonismo de filmes de primeira linha, depois o genero escolhido o thriller um genero onde so os filmes mais fortes conseguem sobreviver. Dai que sem surpresa este Perfect Stranges se tornou rapidamente num dos floops de bilheteira do ano, bem como merecedor de uma recepção critica arrasadora em todos os sentidos.

Todos sabemos o complicado que é fazer um thriller funcionar, alias os ultimos anos estão recheados de filmes que pareciam apresentar boas presmissas mas que depois revelavam filmes de nivel muito fraco. Este Perfect Stranfer encaixa na perfeição nesse perfil, ou seja um filme que parece ter uma premissa interessante, um argumento bem montado e interessante mas que depois se revela num filme fraco sem grandes pontos de interesse, na maioria das vezes demasiado denunciado, ou seja uma presa facil para criticos exigentes, ainda mais quando estes filmes estão equipados com estrelas de Hollywood.

O filme conta-nos a historia de uma jornalista que é perita em montar armadilhas para desmascarar figuras publicas, com uma auntentica maquina voyer montada a jornalista acaba por cair numa armadilha ainda maior. O filme do quem caça quem habitual do genero mas com poucos ingredientes de qualidade, os twists narrativos sao limitados, o suspense quase que nao existe e mesmo a intriga escolhe normalmente os caminhos mais faceis. O filme torna-se demasiado rebuscado em momentos, e as formas de desatar os nos muitas vezes nao e o mais adequado. Mesmo assim o filme por momentos funciona do ponto de vista de entertenimento, a espaços as linhas narrativas sao interessantes mas muito pouco para um filme que ambiciona altos voos.

O argumento do filme é pobre, a tentativa de robuscar sai extremamente furada principalmente porque a historia nunca consegue atingir a densidade que promete, as personagens são muito bruscamente inseridas na trama o que faz com que o espectador demore algum tempo a famializar-se com estas. A forma como a trama se desenvolve é demasiado instavel, com factos bem montados com outros que deixam muito a desejar.

A realização de Foley, e no minimo ambigua, num filme e m que jogava a passagem para o primeiro escalão o realizado falha o objectivo e principalmente pelo filme que assume a realização e ambiciosa centra-se bem no que o filme anseia mas as debilidades do filme contagiam a realização que acaba por ser levado por um argumento com muitas lacunas, e que a realização no consegue contornar.

O cast, como ja foi referido aposta numa estrela em baixo de forma, Berry, nao se consegue encontrar apos OScar somando filmes de baixo nivel e interpretações frustrantes, mais uma vez a actriz lidera um cast num filme muito pouco exigente que anda a bagagem da sua imagem, numa personagem futil e pouco interessante. Nos papeis secundarios o eterno rebelde Ribisi, numa peronagem demasiado repetitiva na sua carreira, num registo em que o actor movimenta-se com naturalidade mas que questiona a sua versatilidade como actor. Por fim Willis tambem ele em mó de baixo colecionando prestações de pouca visibilidade em filmes menores, neste filme aumenta o tempo no ecra, mas qualidade e envolvencia da interpretação continua muito longe do desejavel.

Enfim mais um floop quer do genero quer de Berry e Willis.


O melhor - O filme acaba por ser um objecto de entertenimento razoavel.


O pior - O argumento demasiado fraco e limitado


Avaliação - C

Sunday, May 06, 2007

Hot Fuzz




Filmes com capacidade de surpreender são cada vez mais reduzidos no panorama cinematografico actual, ainda menos provavel, é assistirmos a uma comedia de origem inglesa conseguir surpreender e ser uma das revelações do ano, não só na europa mas também no sempre selectivo mercado americano. Contudo se existe um filme que entrou na moda, e foi uma das maiores surpresas do ano foi este britanissimo Hot Fuzz, um filme que vem um pouco na sequencia de Shaun of Dead, uma comedia que brincava e ironizava com os filmes de Zombies, eis que da mesma equipa surgiu este filme, desta vez para ironizar o filme de duplas de policiais, contudo com um argumento de base tão patetico como surpreendente e com tanta originalidade capaz de fazer babar, muitos dos filmes de acção dos grandes estudios. Dai que sem surpresa estamos perante um dos maiores existo ate ao momento do ano, quer em termos de bilheteira onde se tem portado bastante bem em todos os mercados, mas acima de tudo pela excelente recepção critica que serve de bagagem ao filme.

A capacidade de um filme surpreender e um dos pontos mais valorizados que um filme pode ter, ainda para mais quando se trata de uma comedia britanica, que faz levantar as exigencias de um humor inteligente tipico dos ingleses. Contudo a grande vantagem do filme é que para alem de inteligente consegue conciliar com um humor pateta que acaba por surpreender o espectador com piadas extremamente conseguidas e contextualizadas, puxando para si todo o ridiculo que o filme contem. O filme fala-nos de um policia que sofre uma transferencia para uma premiada cidade rural onde nada se passa, depois de um inicio levado pelas tendencias da grande cidade, aos poucos o inspector vai perceber que nada e assim tão calmo e aquela cidade esconde muita coisa. E depois vem uma mistura de argumento surpreendente, original e patetico mas que funciona bastante bem no competo geral.

Outro dos pontos que funcionam na perfeição e a capacidade de filmar um filme de humor prespicaz e incidente com uma acção contagiante, que faz com que o fime em segmentos adquira um ritmo impressionante. Criando um objecto de entertenimento de primeirissimo nivel.

Contudo o filme não e todo perfeito, apesar de na sua globalidade é demasiado bem conseguido, o certo e que por vezes o filme nao consegue manter o ritmo principalmente a nivel humoristico, as piadas começam a ser cada vez mais escassas, principalmente na zona mais intermediaria do filme. Por sua vez o filme até ao desenlace final, ou seja os ultimos 30 minutos em que as reviravoltas acontecem peca por ser demasiado sequente com o fio narrativo a ser demasiado obvio, contudo este aspecto e salvo pelo brilhante finalização de argumento, que transmite o espirito patetico inteligente que é toada global do filme.

O argumento do filme é muito bem conseguido, capaz de unir um filme divertido, com um policial de acção forte, rigido com estilo proprio. Para alem do mais no que diz respeito a criação de personagens, Nick parece-nos uma personagem fortissima bem criada e extremamente carismatica. As relações dentre as personagens obedecem ao tipico neste tipo de filmes. COntudo parece que os vilões pecam por serem pouco trabalhados e desenvolvidos, mesmo assim o argumento é do mais refrescante que assistimos este ano.

A realização, observamos que Wright arrisca muito mais do que tinha feito em Shaun of Dead brindado os espectadores com uma realização com estilo proprio, arrojada, ritmada, com estilo vincado e que funciona e conduz o filme para a diferença positiva. A realização funciona quer em niveis de comedia mas principalmente na acção brutal que transmite, principalmente nas sequencias finais do filme.

O cast do filme, concentra alguns dos actores mais mediaticos do Reino Unido, na liderança do cast o ja habitue nos filmes de Wright Simon Pegg, que nos parece impecavel e o ideal para este tipo de papel que concilia o ridiculo com o duro, numa interpretação notavel. O restante de mencionar as prestações sempre fortes de Broadbent, e a aparição do ex-bond Dalton e dos cameos de Coggan e Nighy.

Enfim uma das revelações e sensações do ano, e com inteira justiça que o é.


O melhor - A capacidade de ser ao mesmo tempo uma comedia divertidissima e um espetacular filme de acção


O pior - NAo consegue manter o ritmo ao nivel de comedia ao longo de todo o filme, com demasiados picos


Avaliação - B

Saturday, May 05, 2007

Beause I Said So - Porque Sim




As comedias no femenino foi um genero que nos ultimos tempos, pode não ter sido muito aperciado por criticos e afins, mas que tem resultado em sucessos de bilheteira considerável, acima de tudo quando abordam e fazem humor com temas relacionado com a sexualidade. No inicio do ano, epoca para filmes menores terem os seus minutos de fama, saiu este filme, a reboque do poder de Diane Keaton, o filme acabou por adquirir alguma visibilidade, e conseguir consistentes resultados de bilheteira, mesmo que longe de ser um sucesso enorme, contudo este permitiu que o filme sai-se fora de portas, sendo actualmente lançado com alguma visibilidade em todos os circuitos, mesmo tendo em conta que a opinião critica assobiou em grande escala este filme.

Depois de visualizado o filme, só podemos estar descansados porque o esterismo acabou, o filme na sua forma geral, e na tentativa de abordar a vinculação forte familiar entre as mulheres resulta em hora e meia de futilidades acompanhadas por histerismo constante em cada uma das personagens base. O filme prefere dar uma faceta quase lunatica das personagens que as torna irritante e as interações entre estas completamente impossiveis de aguentar. Este aspecto negativo e aquele que ressalta à vista desarmada. Contudo o filme padece de outros males, a historia de base é pobrezinha, sem grandes inovações ao que e comum na tipica comedia romantica, tem o puto chato, tem os para arranca, enfim o habitual. Depois a falta de humor, que supostamente deveria entrar pela fase de presença fisicas de alguns figurante mas que não só e exagerada como descabida e ridiculariza em demasia o filme. Por ultimo os apontamentos de sexualidade do filmes, parecem-nos eles também desencontrados do proprio filme, e nas menções da personagem de Keaton chegam mesmo a ser hipocritas com o podismo apresentado.

Estes filmes por outro lado vivem muito da quimica do casal protagonista, e neste filme também este apecto parece-nos algo débil, só em momentos a quimica tranborda para o espectador, mas em grandes momentos isso está longe de ser perfeito.

O filme tem como positivo o seu grau de absorvência primeiro ao declarar uma proximidade natural com o sexo feminino, as unicas pessoas que podem gostar de certa maneira do filme têm de ser mulheres. E depois as limitações que o filme assume, ou seja não tenta ser muito mais do que aquilo que é não criando expectativas irrealistas no espectador.

O argumento do filme, peca e muito na construção das personagens, contruindo-as de uma forma irritante histerica que em determinados momentos são impossiveis de aguentar, as interações caem também neste histerismo constante e que faz com que o fio narrativo e a hsitoria de base sejam por momento penosas para o espectador. O filme e mau acima de tudo porque falha na aproximação ao espectador e por ter caido em cliches de mau gosto.

A realização de Lehman é extremamente simplificada pelo genero em causa, que limita o realizador a filmas cenas de interações e vivencias internas sem muito risco nem muita ambição. ~Sendo este aspecto totalmente contextual no filme.

Quanto ao cast, e se a presença de Keaton deixava antever alguma qualidade, pelo historial da actriz, o certo é que este filme vem a confirmar aquilo que se suspeitava, é que Keaton, encontra-se em desespero de Gestão de carreira, sendo cada vez mais comum cada vez mais parecidos numa linhagem interpretativa muito similar, a de velha histerica. E que de alguma forma tem a transformado filme apos filme numa presença irritante, parecendo um daqueles casos onde parece não ter sabido envelhecer, nem a nivel de escolha de papeis, nem a nivel fisico onde raramente arrisca uma transformação. Parece ter perdido a audacia que marcou a sua carreira. O restante cast, surpreende a escolha de Moore para protagonista, ja que com a excepção do excentrico American Dreamz, Moore tem estado longe de ser uma boa actriz, e normalmente traz consigo algum descredito aos filmes, ao qual nao sera indiferente o seu passado relacionado com a musica POP, mesmo assim parece-nos sair menos castigada do que Keaton no filme, tb porque as expectativas eram bem menore. O resto do cast e totalmente indiferente para o desenvolvimento postivo ou negativo do filme

Enfim um filme de inicio de estação mas com debilidades a mais para passar ao lado


O melhor - As ambições controladas do filme


O pior - O histerismo das personagens e relação principal.


Avaliação - D+

Friday, May 04, 2007

Spider Man 3




Pois bem lançaram a caça ao blockbuster, este ano um dos mais aguardados do ponto de vista de filmes prontos a baterem todos os records de bilheteiras começou com a primeira semana de Março com o lançamento da terceira saga do multimilionario cinematograficamente falando Spider Man. O autentico campeaoa no cinema de super herois regressou com mais expetativas de que nunca, primeiro porque a partida sera o ultimo episodio da saga, depois porque o orçamento do filme batia tudo feito anteriormente, e depois porque os Filmes do Spider Man criaram ja um culto a sua volta principalmente pela coerencia e espectacularidade das suas sequencias.


Ainda que menos valorizado do que o seu antecessor, as criticas foram na sua maioria razoaveis para o filme, o parente rico do genero. A nivel de bilheteira e apesar das primeiras estimativas apontarem para valores extremamente elevados, como é sempre prudente nesta materia, as previsões normalmente saem sempre ao lado, contudo sera quase de certeza um dos grandes vencedores da temporada.


A saga do Spider Man tem determinados pontos em que bate todos os outros do genero, primeiro a inovação que fornece a cada um dos capitulos, do ponto de vista tecnico, depois a forma como consegue conciliar argumentos que unem espetacularidade, acção forte, humor e humanização das personagens ja de si fantasticas. E por fim a capacidade de fazer filmes tambem eles rico na forma como explora os sentimentos basicos dos seres humanos, com historias que buscam a primitividade dos desejos e sensações humanas.


E se neste ponto ja desenvolvidos nos anteriores filmes, o filme volta a ser extremamente forte, existem outros onde se nota um claro decrescimo de qualidade, desde logo a forma como o filme tenta abrir demasiadas frentes de conflito do personagem acabando por nao dar o desenvolvimento necessario a cada um dos segmentos da narrativa, depois na forma como caracteriza os viloes apesar destes continuarem com aspectos humanos interessantes tudo o resto e demasiado basico e limitado nestes personagens.


O filme no competo geral e eficaz, pena é que possa perder um pouco quando comparado com os seus antecessores, talvez por exigencia dos fãs que temerosos no possivel final da saga fizeram pressão para integrar o maximo de aspectos que de alguma forma encontrou a barreira do tempo na sua execução.
O argumento do filme é o ideal no ponto de vista do Blockbusters, principalmente na construção do fio narrativo e nas sequencias de acção, parece-nos mais débil na forma como caracteriza as personagens novas da saga, sendo bastante mais conseguida a continuição da definição das anteriores. Este aspecto e extremamente notorio nas personagens de Grace e Howard, contudo continua a ser extremamente eficaz a forma como concilia a acção com apontamentos de bom humor.


Sam Raimi tem em Spider Man a obra de uma vida, primeiro porque consegue manter a contiuidade de filme para filme o que e um feito ja que o cansaço da realização de blockbuster e normalmente um factor de muito peso. por outro lado conseguiu manter uma equipa de cast ao longo dos filme, aspecto importantissimo na consistencia do projecto, e por ultimo conseguiu sempre responder as expectativas cada vez mais altas de filme para filme, quer do ponto de vista do filme de forma geral quer de efeitos de produção especificamente.


O cast, a vantagem do filme é ter mantido o corpo do cast de filme para filme, o que nem sempre e facil principalmente em filmes tão expositivos das estrelas como este. Contudo este aspecto é algo tapado pela falta de talento de alguns, embora muitos defendam que nao e possivel ver spider man dissociado de Maguire, eu penso que a falta de talento e os limites do actor limitam a propria personagem, conduzindo a uma imbecilidade extremamente exagerada do segmento peter parker do filme. E quando se une a um actor fraco, um outro actor do mesmo nivel, só podemos por em causa o cast em si, ja que James Franco denota mais uma vez neste filme, principalmente nas sequencias mais intensas do ponto de vista dramatico, todas as limitações que ja demosntrou em todos os filmes que interpretou. Pensamos que o filme merecia mais qualidade de actores, mesmo que Dunst seja brilhante no papel de Mary Jane e acabe por salvar a honra do convento. QUando as novas aquisições enquando que Howard e figura puramente decorativa, Grace e Church ficam muito aquem daquilo que Defoe e Molina tinham feito nos filmes anteriores talvez devido a necessidade de partilhas cenas.


Enfim esta lançada a epoca dos blockbusters com um dos grandes colossos da epoca.


O melhor - a continuidade conseguida ao longo dos filmes


O pior - A qualidade interpretativa dramatica de Maguire e franco.


Avaliação - B

Miss Potter




Uma situação inesperada tem sido cada vez mais comum no panorama cinematografica, que é Bioopics de curta duração, como se de pequenos contos se tratassem efectuados sem grandes pretensões para alem da homenagem à pessoa retratada. No final deste ano quase sem darmos por isso, saiu este Miss Potter apostado em retratar a vida de BeatriX Potter de uma forma muito sumaria apostando num pequeno espaço de tempo. Pois bem o filme foi na generalidade bem recebido pela critica que louvou a sua pequenez e simplicidade, mas nao conseguiu entrar nas salas de cinema norte americanas, o que so de si projudica qualquer intensão de boa carreira comercial, neste parametro nem a fama dos seus protagonistas conseguiu ultrapassar os obstaculos das apostas das distribuidoras.

Miss Potter é talvez um dos filmes mais simples do ano, um filme de epoca directo curto, com uma historia suavezinha, que serve para ocupar o tempo durante 92 minutos, contudo muito pouco para um Biopic, sendo que a suavidade narrativa acaba muitas vezes por se tornarem demasiado maçadoras. Esta simplicidade retira um risco necessario a um filme para ele ser marcante. Muita mais era esperado de tudo que envolvia o filme, quer ideia, quer cast quer realizador poderiam ir muito alem deste pequeno filme.

Õutro aspecto vincado no filme e a oscilação constante entre terrenos dramaticos e humoristicos, que de alguma forma vão dando o pequeno movimento que o filme ainda vai tendo. Contudo com a excepção de potter a linearidade das personagens e das suas realções fazem com que tudo ocorra com demasiada indiferença.

O argumento do filme é muito pouco desenvolvido, limitando-se a jogos de imagens, com relações simplissimas entre as personagens, que tambem elas são caravterizadas de uma forma muito limitada. O filme e excrito com muita beleza mas com defices notorios de qualidade e que de alguma forma torna o filme distante do espectador.

A realização de Noonan, e toda ela simplista ate aos momentos em que tenta filmas a animação dos desenhos criados por Potter mas mesmo neste particular uma opção que poderia trazer magia e vivacidade ao filme, acaba quase por ser mais uma vez indiferente, dando uma ideologia simbolica emgraçada mas pouco mais.

Quanto ao cast, Noonan apostou numa dupla repetida para transmitir o romantismo do filme, e apostou forte quer Zelwegger que McGregos são dois nomes maiores do cinema actual, dai que se previa um filme com alguma dimensão para apostar em tão conceituada dupla, contudo ambos demonstram estados de forma diferentes, enquanto Zelweger acaba por se sair bem no filme ja que a sua personagem tem momentos de intepretação de enorme qualidade, e que apesar de não ser um marco na carreira da actriz acaba por a confirmar como um dos maiores talentos actuais, ja Mcregor apresenta-nos uma das personagens mais basicas do ano sem qualquer tipo de interesse, e que nos estranhe a sua escolha, e que vem culminar num ano mau para o actor que se entregou a projectos extremamente duvidosos como Alex Rider, e que necessita de apostar de novo em filmes de autor puros.

Enfim uma homenagem a Potter mas pouco como filme.


O melhor - A personagem de Potter


O pior - A simplicidade exagerada do filme


Avaliação - C+

Wednesday, May 02, 2007

Are We Done Yet?




Alguns anos depois do sucesso de Are You There Yet, marcado por um periodo onde Ice Cube estava em grande forma no plano da comedia familiar, surge a sequela, algo inesperada. O filme anterior tinha conseguido agradas os espectadores, muito num registo infantil algo familiar. Contudo para esta sequela, estamos um ano depois, onde muitas coisas mudam. Os resultados apesar de razoaveis, estiveram longe da loucura do primeiro filme e a critica acabou por arrasar a sequela defenindo-a como uma idiotice pegada.

E nao podemos estar mais de acordo com isso, enquanto que o primeiro filme tem um espirito cool do seu protagonista, este segundo filme tem uma toada infantil, mas acima de tudo idiota, na formula do azar constante e presseguição. o filme vai se desenvolvendo rapidamente em ciclos pateticos de humor pouco inteligente.

No fillme vamos ter de novo com Nick, agora casado, e a espera de gemeos, por isso tem de procurar nova casa, e nada melhor do que uma mudança para o campo para reforular a sua vida, aqui encontra um homem para a toda a obra que o persegue para todo lado, numa sequencia de destruição massiva da casa, ate a conclusão positiva final, o filme vai decorrendo com muito pouco humor e demasiada patetice.

O argumento do filme é extremamente limitado, tentando apenas reeditar as piadas do primeiros filme, incluindo uma toada de patetice que apenas serve para baixar a qualidade geral e especifica de um filme ja de si limitado.

No que diz respeito a realização Carr pouco ou nada teve de alterar ao modelo de base para fazer o filme funcionar neste parametro. Nao arrisca por exemplo nas sequencias de destruição da casa, mas parece-nos que este aspecto nao seria primordial. De resto o cumum em filmes familiares, planos longos das interações familiares.

Quanto ao cast e se na generalidade que Cube e Long, eram insubstituiveis nos papeis que ja desempenharam no primeiro filme. A inclusão de McGinley, talvez o actor mais miseravel e ridiculo do cinema americano, em mais um registo ao seu baixissimo nivel por si so baixa imenso a qualidade quer do filme quer das interpretações do mesmo.

ENfim um filme para render um peixe fraco que se tornou pior com o tempo.


O melhor - A relação da personagem de Cube com as crianças.


O Pior - O actor Mcginley, um autentico atentado, papel apos papel.


Avaliação - D+