Monday, July 31, 2017

Valerian and the City of Thousands Planets

A carreira de Luc Besson é uma autentica montanha russa, ora colecionando os maiores sucessos da europa quer como realizador como produtor, bem como acabando por se tornar um epicentro de grandes projetos mas que dificilmente consegue imperar no competitivo mundo dos blockbusters. Este ano penso que este era o seu projeto maior, quer em termos tecnicos quer mesmo em termos mediaticos. Contudo as avaliações essencialmente medianas acabaram por não servir de uma alavanca, num filme com muitas dificuldades principalmente no sempre complicado universo hollywoodesco.
Sobre o filme eu confesso que quando vi o trailer pensei que teriamos um filme grandioso, pesado, de lutas interminaveis e que o unico ponto que o filme queria era trabalhar os efeitos especiais de ponta. Dai que o filme tenha sido neste particular uma surpresa agradavel, pelo seu caracter descontraido, e por ter como objeto central mais uma compoente de entertenimento a diversos niveis, com o teor claramente juvenil, do que propriamente uma fogueira das vaidades em termos de inovação tecnologica.
Dai que me pareça que um dos grandes defeitos do filme é ter um trailler demasiado serio, caso contrario iriamos pensar desde logo que iamos para um filme simples, juvenil, intergalatico, com um humor moderado, mas com um ritmo interessante e que prefere ir as interações simples das personagens muito mais do que as exastivas sequencias de acção. Por isso podemos dizer que mesmo sendo um filme sem grande qualidade é bem melhor do que a encomenda.
Mas claro que tem alguns defeitos, em termos de realismo, a forma como as sequencias de acção e o nivel produtivo de alguns pontos ainda estao longe do que por exemplo os melhores estudios americanos conseguem fazer. Mesmo fazendo o mea culpa de ter visto o filme em 2d, parece obvio que existe algumas sequencias com um potencial enorme e que o filme parece por vezes ter algum receio de as potenciar ao maximo, como a sequencia do grande mercado.
O filme fala de um casal de agentes do espaço que tem de tentar encontrar um estranho ser capaz de produzir perolas, contudo rapidamente percebem que este ser é a base de um acontecimento historico que colocou em causa um planeta, com principios no minimo duvidoso.
Em termos de argumento o filme está longe de ser um poço de originalidade, é sim na maior parte do tempo um filme com os principios elementares do entertenimento e pouco mais. As personagens são descontraidas, os dialogos sempre com um teor bem disposto e isso faz o ritmo aumentar, mesmo que a historia de base seja demasiado complexa para um filme desta natureza.
Luc Besson é um icon do cinema europeu, a sua excentricidade com o espaço deu luz talvez ao seu melhor filme, o QUinto Elemento, e aqui temos um bocadinho desse filme, na extravagancia, em algumas sequencias e mesmo no registo. GOsto desta etiqueta dele como realizador e que descontroi o cinema de ação repetitivo que lhe deu nome como produtor.
No cast o filme tem alguns problemas DeHaan e um actor com recursos mas nao parece ser talhado para heroi de açao, falta-lhe naturalidade e empatica, mesmo que seja um actor de primeira linha para outro tipo de objeto. Delavigne e a actriz/modelo, poucos recursos, mais presença do que habilidade, num filme que poderia também aqui ter alguem com mais empatia com o publico. Por fim Owen um vilao frouxo, mais pela personagem do que por ele.


O melhor - O trailer ter descido as expetativas

O pior - A nivel tecnico poderia ser menos digital e mais real

Avaliação - C+

Friday, July 28, 2017

The Ottoman Lieutenant

Se existe tema que no inicio do presente ano acabou por estar na voga em alguns estudios norte americanos, foi o conflito entre o exercito ottoman e os rebeldes, no conflito existente na Turquia. Num tema polemico e que ainda hoje  não está bem defenino em componentes historicos normalmente a critica tem algumas dificuldades em aceitar os filmes e mais uma vez este foi totalmente recusado com avaliações essencialmente negativas. Comercialmente o filme não existiu perdendo essa visibilidade para The Promise, e mesmo este teve longe de ser um filme de sucesso em termos comerciais.
Sobre o filme podemos dizer que mais que falar sobre o conflito, o que esteve na moda em termos destes filmes foi trabalhar triangulos romanticos. Trata se de um filme assumidamente de segunda linha, quer em termos produtivos, sempre com pouca intensidade ou com sequencias fortes, e mesmo em termos romanticos e um filme pouco trabalhado que tenta criar romantismo com sequencias longas e musicais em que as duas personagens estão longos periodos sem grandes dialogos e mais interações fisicas.
O grande problema do filme acaba por ser na pouca força e na pouca dimensao das personagens, todas demasiado básicas e com poucas linhas narrativas. Em termos romanticos o filme pese embora tente ser um triangulo claramente só acaba por ter uma linha reta já que o restante acaba por nunca conseguir ser na realidade potenciado, e isso acaba por tirar ao filme a intensidade dramatica e sentimental que um filme como este exigia, já que em termos produtivos tem dificuldade em fazer render o lado grandioso da batalha.
Assim, um claro filme de segunda linha nos diversos aspetos que tenta tratar, por um lado não tem meio nem dimensao para fazer funcionar o lado cenico dos conflitos, e por outro lado no prisma romantico, pouco mais que o simples consegue ser, nunca conseguindo dar dimensao na duvida que é sempre essencial para fazer funcionar qualquer triangulo amoroso.
A historia fala de um jovem americana que com gosto pelo voluntariado decide ir ajudar um hospital daquele pais instalado na Turquia em pleno conflito Ottoman. Aqui acaba por apaixonar-se por um tenente do exercito ottoman, enquanto um medico do seu hospital desenvolve uma paixao por si, que tudo fica mais condicionado com o ecluidir do conflito.
Em termos de argumento parece-me um filme claramente limitado, nem sempre potencia o seu epicentro, principalmente no que diz respeito às relações amorosas, e por vezes acaba por nao seguir determinadas linhas narrativas que forma, o que é claro significado que está longe de ser um argumento competente.
Em termos de realizaçao o experiente Joseph Ruben, tem aqui um filme que me parece com poucos meios, em termos de cenarios ate pode ter um ou outro ponto compenten, mas nas sequencias de guerra e combate e sempre muito modesto, demonstrando não ser um filme de primeira linha de um realizador experiente mas que há muito tempo esta longe da ribalta.
No cast, más escolhas do lado masculino Huisman e Harnett são actores limitados e aqui demonstram mais uma vez isso, deixando todo o protagonismo para Hela Hilmar, uma actriz menos conceituada mas que acaba por ser a mais competente no filme, mesmo sem grande brilhantismo.


O melhor - Alguns cenarios

O pior - O filme ter diversos problemas de filmes pequenos

Avaliação - C-

Tuesday, July 25, 2017

To the Bone

A netflix enquanto produtora de filmes constatou que Sundance poderia ser uma excelente porta de entrada, acabando por lançar diversos filmes em competiçao, tendo inclusivamente ganho o premio principal com uma das suas apostas menos fortes. Uma das suas grandes apostas foi este filme sobre o mundo da anorexia, que agora viu a luz do dia. Potenciado com criticas maioritariamente positivas e pelo tema em si, o filme acabou por ter alguma relevancia pese embora seja sempre dificil ter um barometro para os produtos de cinema Netflix.
Sobre o filme a anorexia e a tentativa de entrar dentro da cabeça de uma doente deste genero e um desafio para qualquer filme, pela forma com que estes doentes entram numa realidade completamente paralela. Nisto o filme pese embora tenha boa vontade em tocar no tema, em ir a fundo em algumas questoes acaba ainda por ser um filme colorido na forma como consegue revestir uma historia de amor, e mais que isso na forma como acaba tambem por ser um filme carinhoso a positivo na mensagem final, o que nem sempre acontece.
Se do ponto de vista da forma como o filme trata do tema central ate penso que o filme e competente, ao dar diferentes explicações, na forma como no centro de tratamento temos diversas formas de agir perante a doença, penso que o filme perde um bocadinho de impacto na forma pouco real com que caracteriza as personagens, distanciando-as para escolhas diferentes e para contextos de vida quase que como a justificar a razão da doença, e nisso penso que o filme deveria ser menos juvenil e mais duro.
Mesmo assim num tema que nem sempre e tratado com mediatismo, temos aqui um filme direcionado para os mais jovens com o ritmo apropriado para eles, que suaviza alguns aspetos para se tornar mais cinematografico, mas que não deixa de ter o seu valor enquanto denuncia, mesmo que em termos de obra em si seja mais uma historia de vida igual a muitas.
A historia fala de uma jovem que sofre de anorexia que acaba por ir ao limite durante um tratamento numa casa com pessoas com diferentes patologias alimentares. Aqui vai tentar encontrar uma razao para comer, ou seja para viver.
Em termos de argumento o filme vale muito mais na sua mensagem central, do que propriamente por aquilo que vale nos aspetos especificos do argumento. Principalmente na caracterizaçao das personagens penso que o filme liga o complicador, tentando encontrar nas personagens secundarias algo que fosse a razao, ou pudesse ser a razao de tudo o resto.
Na realizaçao Marti Noxon mais ligada a televisao, tem aqui um registo de realizaçao mais televisivo do que propriamente com grandes rasgos criativos. Temos de pensar que e um filme pensado em televisao e ser menos exigente nos seus pressupostos, ainda para mais em alguem mais ligado a escrita.
Era no cast que estava o maior desafio do filme concretamente em Lily Collins uma actriz ainda ligada a filmes mais pequenos juvenis, que tentou aqui dar um salto. O resultado sem ser deslumbrante ao contrario de outros filmes com tematica e exigencia fisica semelhante, acaba por ser competente, e demonstra a existencia de capacidade para pelo menos crescer no futuro, numa ambiçao de uma carreira maior. No restante pouco a sublinhar.


O melhor – A forma como tenta entrar dentro da anorexia

O pior – Por vezes o filme cai em cliches contextuais


Avaliação - C+

Sunday, July 23, 2017

Dunkirg

Christopher Nolan deve ser na atualidade o realizador com a maior legião de fãs principalmente entre os mais novos, depois de uma carreira que nos ultimos vinte anos foi colecionando sucessos que teve o seu epicentro numa triologia unica de Batman que rapidamente pareceu tornar o realizador num midas da setima arte. Agora na sua primeira abordagem do cinema de guerra, rapidamente se percebeu que a critica acabou por lhe dar uma uninimidade que apenas em Dark Knight conseguiu com avaliaçoes de primeira linha, que rapidamente o conduziram como sendo apontado como um dos favoritos aos longuiquos premios. Comercialmente e estando ainda numa fase de estreias os resultados parecem principalmente nos EUA muito consistentes.
Sobre o filme eu sou um fã de Nolan, principalmente na capacidade de juntar argumentos surpreendentes de primeira linha com produçoes grandiosas. Neste filme tinha o ingrediente de ter um sempre complicado filme de guerra, que acaba por torná-lo pela sua simplicidade e pelo realismo das sequencias, epico, um dos melhores filmes de guerra que temos memoria, e mesmo sendo um filme que na sua maioria e silencioso, sem personagens e um filme que no filme consegue ser ao mesmo tempo grande e emotivo.
No plano tecnico o filme e irrepreensivel, sem ser daqueles filmes completamente realistas na dor, e no sangue, e um filme que nos coloca no epicentro do conflito daqueles filmes que parecem rapidamente tornar todas as personagens presas a um destino final, e nisso o filme e brilhante quer no som, quer no contexto de imensidão que se cria. Depois o simbolismo historico que esta em causa, que tem aquele lado epico que todos os filmes querem ter.
Por isso facilmente podemos dizer que temos uma obra de excelencia de Nolan, embora eu pessoalmente perfira o ver noutros registos, com personagens maiores, e mais que isso com filmes que dem a possibilidade da surpresa na intriga. Aqui temos menos argumento embora a força como o filme de diversas faces do conflito em cada personagem acabe por ser significativo na forma como o filme sublinha a sua mensagem
A historia fala de diversos lados na celebre batalha de Dunkirk, mais concretamente quer na missao de resgate, no significado da mesma, mas mais que isso dá nos um exemplo dos diferentes planos dos intervenientes.
Em termos de argumento não sendo o filme um poço de criatividade na abordage, temos um lado maduro assinalavel, na forma com que cada opçao tem como base dar uma prespetiva do conflito, num filme quase sempre silencioso, mas que isso da primazia aquilo que quer transmitir, que é a condiçao de sobrevivencia humana.
Em diferentes registos já todos perceberam que Nolan e um prodigio na forma como consegue que todos os filmes sejam obras de referencia em algum aspeto, aqui principalmente no som, e naquilo que ele transmite o filme e brilhante bem como algumas sequencias de Live Action. Nao me parece o melhor ou mais surpreendente trabalho do realizador, mas e claramente mais um filme de merito na sua carreira.
No casto, este não é um filme para grandes interpretações pois a historia esta demasiado partilhada, mesmo assim o protagonismo de um desconhecido Fionn Whitehead acaba por ser surpreendente, ele tem um papel estranho, apagado sem grande peso dramatico, que alias as personagens acabam por nunca ter tirando um ou outro momento silencioso de Rylance, Branaghan e Murphy. É um filme que exige um cast compentente, que tem mas não necessita de grandes interpretações-


O melhor – A forma como o filme transmite cada momento ao espetador sem grande aparato.

O pior – Eu pessoalmente gosto dos filmes do Nolan que me surpreendam narrativamente


Avaliação - B+

Saturday, July 22, 2017

Wakefield

O cinema por vezes tem alguns fenomenos que pouco entendemos, principalmente quando bons actores em bons argumentos acabam por redundar num filme quase desconhecido que é lançado com um ano de atraso e que não consegue vingar comercialmente perante uma distribuição reduzida, mas pior que isso acaba por ser um filme que ate consegue chamar a si criticas positivas. Este foi o caso deste particular filme que os mais desatentos nem sequer vao chegar a conhecer.
Sobre o filme, uma das coisas que pode ser mais valorizada no cinema atual, e a forma muitas vezes de uma historia simples de um personagem se consegue fazer algo diferente sem necessitar de grandes efeitos especiais e mais que isso quando tudo tem origem num bom conceito bem trabalhado. E o caso deste pequeno filme sobre alguem no limite mas que começa a assistir a sua vida de bancada. Neste particular reside o grande trunfo de um filme que no restante basta cumprir para fazer uma ideia pelo menos diferente funcionar.
Uma das criticas que com razao se pode apresentar ao filme e a forma como o mesmo acaba por ser repetitivo apos a ideia, a forma como alguem pode estar tao longe e tao perto, algo que acabaria por ser pouco vermosivel, mas que o filme acaba por potenciar de uma forma bem montada para fazer sublinhar a sua ideia global. Para alem de uma boa ideia potenciada muito por ela propria e tambem um filme que aposta num actor de primeira linha que nas suas diferenças acaba por permitir uma interpretaçao de grande intensidade.
Por isso mesmo, e não sendo uma obra prima e claramente uma das obras mais competentes que vi neste ano, não so pela tematica em si, mas mais que isso pela forma, pela dificuldade de execuçao e por no final ser um filme diferente de muito que vimos. Podemos dizer que por vezes o filme cai no caricato de algumas situaçoes mas isso acaba por ser necessario tendo em conta a historia que se quer contar.
A historia fala de um sucedido advogado, com uma familia estruturada, que acaba por num dia abandonar a sua vida, escondendo-se de todo o mundo num sotao, sem nada dizer do seu paradeiro. Na altura em que a sua falta acaba por ser constatada ele assiste da janela do sotao ao retomar da sua familia a vida sem a sua presença.
Em termos de argumento o filme tem uma ideia de base muito interessante e original, que acaba por produzir com competencia, mais que com mestria. O filme funciona bem nos flashbacks porque acaba por uma forma dimensional caracterizar e bem as personagens que o filme trata e que sao observadas sempre na percepçao de uma outra.
Robin Swicord é mais que uma realizadora uma argumentista com alguns meritos, e aqui e neste patamar que ela chama mais a atençao pela construçao de uma boa historia baseada numa short story. Em termos de realizaçao pouco trabalho deixado a primazia para os outros elementos como elenco e argumento.
No elenco o filme e totalmente dominado por um Cranston em excelente forma, um actor intensdo, multifacetado, capaz da mais intensa sequencia dramatica ate um humor quase infantil, neste filme tem espaço para tudo. Perde em alguns momentos por uma caracterizaçao exagerada. O filme e de dominio de uma personagem não deixando grande espaço para os secundarios principalmente Garner.

O melhor – O argumento

O pior – Em alguma execução do filme poderia ser mais mestria do que competencia por si so


Avaliação - B

Unforgettable

Os thrillers obsessivos foram durante vários anos um conceito muito utilizado para tentar vender alguns filmes com argumentos menos trabalhados mas mais que isso conseguiu dar espaço a algumas atrizes a todos os niveis menos relevantes. Pois bem em 2017, e depois de diversos anos em desuso surgiu um filme com esses pregaminhos. Pese embora tenha conseguido ainda alguma expansao nos cinemas as pessimas criticas acabaram por o conduzir para um floop rotundo com resultados comerciais muito escassos que demonstram bem que pelo menos em titulos mal trabalhados o publico não está muito virado para o genero.
Sera redutor dizer que os Thrillers sobre obsessões relacionais não funcionam, o problema do genero é que quando mal trabalhado e articulado, surgem filmes de muito baixa qualidade, que tem como maior problema nada parecer encadeado, e tudo parecer demasiado previsivel. E aqui temos essas caracteristicas de cima abaixo, quer na relação central e na forma como a mesma e caracterizada, quer no passado escondido, mas acima de tudo na forma como todo o esquema e agendado pela vilã de pessima qualidade.
Um filme com este particular mais que depender da forma como a quimica entre o casal central se faz, depende muito do carisma e do interesse da personagem central, o problema e que nem Heigl e actriz para grandes voos, bem como a sua personagem na maior parte do tempo não existe sendo um manquim com impulsos assassinos e obsessão interminável, mas que não conseguimos perceber o motivo, ou mesmo parece demasiado teatral e sem carisma para um filme como este.
O resultado e uma obra completamente previsivel de inicio a fim, que mais que isso acaba por ser mal trabalhada nos detalhes, tornando-se por vezes mesmo absurda na forma como as personagens se relacionam, no argumento mal articulado e na forma como tudo parece colado sem grande sentido. Num cinema onde cada vez mais se tenta projetos versateis e criativos parece obvio que este filme e demasiado fraco para qualquer tipo de novo voo.
A historia fala de uma jovem que inicia a vida com o seu novo namorado, numa habitação proxiima da ex-namorada do mesmo e mãe da filha daquele. Contudo tudo começa a correr mal, perante a obsessão da ex-namorada em terminar o seu relacionamento, ainda para mais quando descobre o seu passado.
Em termos de argumento o filme é um desastre completo, personagens do mais basico que assistimos, dialogos e sequencias apenas de base em qualquer filme, e mais que isso uma intriga previsivel e pouco criativa, dao este argumento como um dos menos interessantes do ano.
Na realizaçao Denise Di Novi, produtora de diversos filmes de sucesso ao longo do tempo aventurou-se na realizaçao, sendo o resultado despropositado numa carreira tao consistente noutros papeis. Provavelmente ficará por aqui uma aventura que nunca deveria ter existido.
No cast, se relativamente a Heigl nunca achei as suas qualidades como actriz suficientes para um primeira linha de hollywood pelo que papeis com esta falta de eficacia não me surpreendem, Dawson parece-me com mais capacidade, mas que nos ultimos ano tem dificuldade em encontrar o seu espaço claro nos filmes de primeiro plano, e com estas escolhas tudo ficara mais dificil.

O melhor – Tentar renovar um genero que já teve grandes filmes.

O pior – Ser do pior que o genero alguma vez trouxe



Avaliação - D-

Thursday, July 20, 2017

Phoenix Forgotten

Quando se pensa que o efeito de copia do projeto Blair WItch terminou eis que das profundezas do cinema surge mais um titulo com o mesmo padrão e o mesmo efeito, mudando apenas o contexto. Neste filme tinhamos apenas o aliciante de ser produzido pela Scott Free a produtora de Ridley Scott. Contudo apos o lançamento que surpreendentemente ainda conseguiu expansao wide, percebeu-se que seria um filme completamente indiferente, primeiramente em termos criticos onde a avaliaçao foi quase sempre muito negativa, mas tambem comercial, onde os resultados são apenas residuais para um filme que acabou por conseguir expansao wide.
Sobre o filme, eu confesso que fui um dos poucos fas do primeiro blair witch projecto, principalmente pelo markting e mais que isso porque era uma forma completamente nova e original de fazer cinema e terror. Contudo de imediato pensei que poderia aqui ser aberto uma forma de cinema que poderia resultar em muito lixo como acaba por ser este filme. Ou seja a base do filme é igual a blair witch project, com a diferença que introduz as personagens proximas de um dos jovens vinte anos depois, numa trama que posteriormente e completamente abandonada, e torna-se num fenomeno mesmo paranormal as razões de tal esquecimento, e uma das opçoes mais absurdas que ja assisti no cinema.
De resto o comum neste genero, que assim ja podemos caracterizar, ou seja, o tipico filme onde o horror vai entrando em gradiente, mas que de imediato com a introduçao do filme percebemos onde o filme nos vai conduzir. Alias e daqueles filmes que esperamos pelos cinco minutos finais para realizarmos que tinhamos razao e que tudo acontece como no livro. Por isso e facil para mim perceber que se trata a todos os niveis um filme que nada traz de novo ao cinema, a nao ser uma repetiçao da ideia em quase todos os segmentos que ja foi usada e abusada.
Normalmente estes projetos nao chamam grandes produtores ou realziadores, e com excepção de Paranormal Activity todos foram meras repetições do primeiro projeto, mudando apenas o oculto, mas de todos parece-me que este acaba por ser o que se da a menos trabalho de dar qualquer coisa diferente a si proprio, sendo uma copia total, com menos graça e piores actores e que substitui a bruxa por ets.
A historia fala de tres jovens desaparecidos, que vinte anos depois começam a ser procurados a fundo pela irma de um deles, que decide fazer um documentario sobre o irmão, quer vendo as gravaçoes que ele vinha a efetuar, mas principalmente observar a descoberta de uma camara que pode ter a noçao clara do que aconteceu.
Em termos de argumento temos um projeto blair witch com ligeiras alterações e sem a capacidade de colocar terror psicologico. Muito igual a um filme anterior para pior, sem a capacidade de dar qualquer tipo de dado novo, demonstra bem a falta de ideias que existe neste momento em alguns projetos de hollywood.
Na realizaçao um projeto completamente novo de Justin Barber um completo desconhecido que teve aqui o seu primeiro filme de longa duração e cujo resultado e completamente indiferente para o cinema. Nao sera com este filme que conquistou qualquer espaço de referência.
Por fim no cast, puros desconhecidos que assim permanecerão, ja que se existe genero que acaba por nada potenciar carreiras é o terror ainda mais filmado desta forma.

O melhor - A recepção comercial e critica inexistente

O pior - A forma como se vao repetindo ideias e argumentos em hollywood

Avaliação - D-

Tuesday, July 18, 2017

Blind

Uma das maiores dificuldades numa carreira de hollywood é saber envelhecer, principalmente quando ao longo do tempo as carreiras são mais sustentadas no aspeto fisico do que propriamente nas qualidades enquanto interprete. Esse poderá ser um dos problemas que Demi moore encontra neste momento pese embora ainda consiga surpreender pelo seu aspeto jovem. Este é um filme que a faz reunir com outros actores do seu tempo, um filme que estranhamente ainda conseguiu alguma distribuição, pese embora os resultados comerciais residuais mas que criticamente foi um desastre completo, com avaliaçoes pessimas.
Sobre o filme, é estranho por vezes perceber como é que um filme com todas as caracteristicas de um telefilme se diferencia por vezes entre outros e consegue distribuição. neste caso esta pergunta torna-se mais facil pelo facto do realizador do filme sem dono de uma companhia de distribuição. Sobre o filme é claramente um serie B assumido, daqueles filmes padrão com tudo parecido a muitos outros do principio a fim, quer na questãoa amorosa central num filme romantico tipico, mas em tudo o resto, na intriga paralela, na forma como tudo é demasiado dado sem grandes explicações, ou seja, um filme tipico de DVD e um pessimo filme para cinema.
Alias o controlo das diferentes intrigas ao longo do filme é mesmo algo de completamente incompreensivel em cinema, a forma como vai lançando diversas historias paralelas, para no fim as abandonar e so querer saber da historia de amor. Entre muitas outras coisas temos um homicidio por resolver, uma relaçao professor aluno, que tem destaque ao longo do filme, mas que no final é completamente abandonada sem qualquer tipo de resolução.
Ou seja daqueles filmes que no final apenas conseguimos perceber dois objetivos completamente falhados, por um lado tentar dar a ideia que Alec Baldwin ainda podia ser o heroi romantico de outros tempos, quando tinha menos quarente quilos, e a sua carreira era claramente diferente. E por outro lado demonstrar que mesmo perto dos 60 anos Demi Moore continua a boa forma fisica, o unico ponto do filme que poderá ainda ser concretizado, ja que tudo resto é de uma pobreza de ideias que já não deveria ter lugar num cinema de primeira linha.
O filme fala de uma mulher de um empresario corrupto, que apos a prisao do mesmo, tem que efetuar serviço comunitário numa instituição para cegos, onde conhece um escritor e professor, marcado pela morte da mulher com quem começa a interagir iniciando uma relaçao de amor com o mesmo, que ira por em causa todo o seu estilo de vida.
Em termos de argumento é facil perceber que este é o tipico filme romantico dos anos 80, da relação conflituosa até ao amor, da forma como o outro lado é de uma forma esteriotipada a pessoa sem escrupulos, e principalmente um humor que tenta ser, mas nunca passa disso. Por isso e facil perceber que se trata de um filme pouco ou nada interessante narrativamente.
Na realizaçao Michael Mailer, produtor de diversos filmes marcou aqui a sua estreia na realizaçao com muito pouco sucesso, um pouco na vertente da forma como normalmente produzia filmes alegadamente romanticos em paisagens idilicas. Aqui muito pouco de referente, para alem da ultima sequencia na costa francesa.
No cast, Baldwin e obviamente neste momento um actor que funciona bem em comedia, tendo dificuldades em tudo o resto. Aqui temos isso, ou seja um alegado intlectual cego, numa personagem vazia, e cheia de maneirismos, que em nada altera a forma do actor funcionar em termos dramaticos onde teve sempre grandes dificuldades. Demi Moore, atualmente pouco mais é do que o passear das suas plasticas algo que tambem nao e distinto da maior parte dos seus papeis.

O melhor - Eze no final.

O pior - Como um filme deste consegue distribução

Avaliaçãio - D-

Sunday, July 16, 2017

The Promise

Não poucas vezes alguns filmes são completamente devorados pela conjetura policia que os acompanham. Todos sabiam que no momento em que alguem decidisse fazer uma grande produção sobre o genocidio armenio a polemica estaria no ar, e possivelmente o resultado e a recepção ia ser de extremos. Logo se percebeu isso no momento em que este filme foi exibido no festival de toronto, existindo aqueles que glorificaram a coragem e aqueles que contestaram a realidade. Talvez por isso a avaliação critica ficou no meu com criticas bipartidas que acabaram por tirar o poder que penso que Terry george chegou a pensar em obter neste filme. Muito por culpa disto e fora da corrida pelos premios antes da mesma iniciar o filme acabou por estrear este ano de uma forma muito modesta, mostrando que ainda existem barreiras claras para alguns temas.
Sobre o filme, podemos dizer que o mesmo é normalmente um filme emotivo, sobre um acontecimento historico importante, que mesmo com todas as duvidas politicas existentes esta pensado de forma a pelo menos no plano emocional agradar a toda a gente, e mais que isso denunciar com convicção um dos aparentes episodios mais negros da humanidade.
Neste particular o filme tem essa coragem e esse abrir de fronteiras. Analisando o filme em si parece-me que lhe falta alguns pontos que se tornam importantes num filme como este, desde logo o detalhe espacial, tudo parece muito facil de se encontrarem e de se perderem. Mas mais que isso o ponto do filme que me parece pior trabalhado e o triangulo amoroso, onde ficamos sem saber o que cada um pensa, ou sequer se alguma vez pensou. Isso parece-me demasiado bonito para o desenvolvimento da forma que o filme quer dar, mas completamente desfazado da realidade, e para o filme que quer denunciar um facto historico, parece-me um erro de principiante.
Ou seja mesmo sendo um filme com um claro erro de escolha de uma parte dos conflitos na minha forma de ver, é um filme com peso, emocional, que consegue comunicar de uma forma fácil e direta com o publico, mantendo um bom balanço de ritmo. Nem sempre e um epico de grandes dimensoes, mas consegue-o ser, num genero sempre exigente.
A historia fala de um estudante de medicina que para estudar acaba por se enquadrar no estado ottman, até ao momento em que o mesmo aproveitando a existencia da primeira guerra mundial começa a aniquilar todos os armenios, inclusivamente o protagonista e toda a sua familia, iniciando uma luta pela sobrevivencia com a ajuda de um casal, constituido por uma professora de dança e um jornalista americano.
Em termos de argumento se por um lado o tema, a discussão existente a volta dele a forma como assume o seu ponto de vista e corajoso, na historia dentro da historia o filme e mais cobarte, a forma como gere as relaçoes amorosas do filme, importantes na intriga, retira o filme de qualquer tipo de realismo.
Terry George e um realizador policito e emotivo, mas que nos ultimos tempos tem tido muita dificuldade em recuperar a fama e os valores de outro tempo. Aqui com um filme grande o resultado parece escasso para o investimento, mesmo com magnificos planos contextuais o filme nunca adopta um registo plenamente original.
Um bom cast, num filme na maior parte do tempo bem interpretado, Isaac tem as despesas interpretativas do filme, e com algum destaque quando o filme lhe exige mais dramatismo. Bale, num papel menos vistoso, algo que nem sempre e comum na sua carreira, e Le Bon tem a seu lado o ponto de vista emocional, que encaixa nos pontos necessarios do filme, sem grande destaque.

O melhor – A questão do genocidio

O pior – O trinagulo amoroso e o seu desenvolvimento


Avaliação - C+

The Mummy

Com o sucesso inultrapassavel da Disney e da Marvel com o seu universo de super herois, era uma questão de tempo até outras produtoras testarem o mesmo. Este filme marcava a tentativa da Universal criar o mundo dos monstros, iniciando com uma aposta grande neste remake da mumia, que chamava à atenção por ter chamado a si um protagonista do tamanho de Cruise. Os resultados tiveram de imediato um precalço no momento em que as primeiras avaliações criticas surgiram com resultados muito pobres. Para alem disse o filme nos EUA teve muitas dificuldades de bilheteira, o que não mata desde logo o projeto porque no resto do mundo existiu consistencia no resultado comercial do filme, contudo se quiserem criar um mundo grande terão que melhorar os filmes principalmente na forma como os prepara para a critica.
Eu confesso que quando tive conhecimento do projeto fiquei surpreendido com a presença de Tom Cruise num remake da mumia, contudo tendo em conta os argumentistas pensei que a aposta iria ser de uma roupagem diferente, embora a historia de base não me parecesse capaz de ser muito alterada. Contudo apos ver o filme e facil concluir que não consigo perceber como uma projeto com tanto talento na escrita acaba por ser um dos piores filmes de açao de grande estudio dos ultimos anos a todos os niveis.
E tudo começa no argumento e no estilo do mesmo, confuso, com realidade paralelas, que não consegue prender o espetador, difuso mesmo na definição dos lados tornando-se numa confusao pouco interessante, aborrecida e na maior parte das vezes sem qualquer sentido. Em termos de entertenimento a tentativa de um filme divertido muito por custa da personagem central, acaba por ser forçado e pouco encaixado no filme, o que o torna ainda menos funcional.
Por tudo isto é facil perceber que este e daqueles filmes que durante anos nos vamos perguntar as razões da presença de tantas figuras em diversos planos num filme com um resultado tao fraco, não funciona como filme na globalidade e muito menos como blockbuster. Nao sei se ira continuar este projeto da Universal, mas parece-me que para funcionar tudo tera de ser alterado e que este foi um tiro completamente falso no projeto.
A historia repete o remake da mumia, um grupo de arqueologos acaba por descobrir um tumulo de uma rainha egipsia, que acaba por libertar um espirito maligno disposto a completar uma vingança do passado.
Em termos de argumento nada funciona, as personagens sao demasiado esterioripadas, e mesmo aqui por vezes mal definidas. A intriga e completamente disparatada, pouco interessnate, confusa, e mais que isso de pouco impacto emocional. E os dialogos quando tentam ser engraçados sao tao mal integrados no filme que soa a absurdo.
Kurtzman teve aqui um papel complicado, o de realizar um filme com argumentistas realizadores e principalmente com uma carreira praticamente inexistente ate ao momento. Parece facil perceber que Koepp e Mcquaire rapidamente perceberem que o filme poderia não resultar. Na realizaçao, pouco risco, muitos efeitos, mas não e por aqui que o filme funciona menos.
Sobre o cast, a Universal apostou em longa escala, Cruise Crowe e um cast de primeira linha, completamente desaproveitado, para alem do piloto automatico da capacidade de Cruise em filmes de açao, de resto as personagens não exitem num filme que nada exige das mesmas.

O melhor – Os efeitos especiais sao de primeira linha

O pior – Um completo arranque em falso de um projeto megalomano


Avaliação - D

Going on Style

Going on Style é o tipico filme de meia estação, embora se assuma como entertenimento puro, por outro lado pelo facto de nos trazer como protagonistas tres actores com mais de quarenta anos por si só pode de imediato tirar ao filme algum valor comercial. Pese embora uma boa expansão o resultado do filme foi vulgar com resultados normalissimos. Em termos criticos uma mediania completa que acabou por tornar o filme em mais um na longa lista de filmes que viu a luz do dia durante o presente ano.
Sobre o filme, é normal que os filmes sobre assaltos, tenham uma estrategia repetitiva, dividida em tres partes, e este não foge a isso, uma primeira onde nos explica a razão, aqui o filme parece melhor do ponto de vista da moratoria, do que propriamente na forma como se desenvolve. Em segundo ponto o estabeler o plano, onde o filme aqui e claramente mais fraco, a passagem do amadarosimo ao plano perfeito é tão rapida que desconhecemos por completo os passos que se seguiram. Por ultimo temos o assalto em si, aqui o filme tem alguns truques na forma como nos da o plano que acabam por ser interessantes, e que tornam o filme mais positivo, depois de duas partes iniciais muito mais sofriveis.
Contudo este tipo de filmes penso que já tiveram tantos titulos que e dificil ou mesmo impossivel de surpreender, o resultado possivel e dar um filme previsivel, bem disposto, onde apenas muda o contexto dos protagonistas, mas que sabemos perfeitamente quase todos os passos que vai seguir, por isso é um filme obvio com o objetivo de mais do que amealhar alguns dolares homenagear um conjunto de actores que mesmo com uma idade já elevada ainda conseguem participar em filmes deste genero.
Acaba por ser um filme familiar de domingo a tarde, com ideias positivas e na mensagem de respeitar os idosos, algo que pode ser um cliche mas que nem sempre e bem potenciado nos filmes, ou sequer e tema trabalhado nos mesmos, e obvio que com esta opçao tirou ao filme algumas possibilidades no espetaculo e nas sequencias de acção, mas o resultado acaba por ser o basico.
A historia fala de três amigos, pensionistas, mas com despesas a cargo que de repente vem desaparecer as suas reformas para a empresa para o qual trabalharam pagar a credores. Ai e de forma a tentarem subsistirem decidem planear um assalto a um banco.
Em termos de argumento e um filme familiar apenas com o essencial, não e muito trabalhado em nenhum dos seus apontamentos como dialogos, personagens e humor, vale mais pela mensagem do que pela concretizaçao do proprio filme. Aqui poderiamos esperar mais já que Melfi tem demonstrado nos ultimos anos uma capacidade acima da media para escrever filmes familiares e originais.
Zach Braff como realizador nunca conseguiu o sucesso que fez num dos seus filmes de estreia, concretamente Garden State, aqui tem um trabalho emocional, de dar primazia aos actores e de dar as dificuldades da idade avançada. Contudo parece um filme que nunca tenta grandes voos.
Em termos de cast Caine, Freeman e Arkin, são actores consagrados de carreiras completas, numa fase da vida diferente ser protagonistas de um film como este não é facil pela falta de disponibilidade fisica, mas e algo que o filme assume tornando de imediato o filme em termos de interpretação mais competente, mesmo sendo o filme pouco exigente para a qualidade dos actores em questao.

O melhor – A mensagem

O pior – Por vezes os filmes tem de ter algo que os diferencie a partida


Avaliação - C

Saturday, July 15, 2017

War of Planet of Apes

Se há cerca de quinze anos alguém apostasse na possibilidade de existir uma nova triologia dos planetas dos macacos que romperia por completo o que já foi feito e mais que isso iria conseguir bons resultados criticos poucos achariam plausivel. Contudo três filmes depois e num regresso anunciado, certo é que poucas triologias desta dimensão conseguiram um resultado critico com tanto impacto com esta, sendo que comercialmente, e para um franshising que não aposta em grandes figuras os resultados também tem conseguido ser bastante consistentes.
Eu confesso que mesmo conseguindo perceber o sucesso critico dos dois primeiros filmes, principalmente pelo realismo, pelo lado filosofico do desenvolvimento de especies, pelo lado da prevalencia da comunicação e por ter rompido com o que tinha sido feito antes no conceito, ainda não percebi um entusiasmo desmedido com todo o conceito, para alem da excelente banda sonora, e acima de tudo dos efeitos especiais de primeira linha, principalmente na facilidade com que cria uma das melhores personagens dos ultimos tempos, um heroi de acçao que acaba por ser Ceasar. Alias parece-me obvio que o sucesso que tem o filme deve-se muito a construçao e carisma da personagem mais do que propriamente qualquer outra caracteristica que o filme acaba por ter.
Sobre o terceiro episodio, podemos dizer que sendo um filme mais de campo do que os anteriores, e um seguimento natural, continua o estilo dos primeiros, sendo de risco quase nulo. Novamente temos o lado emocional contra o racional, temos a batalha entre humanos e macacos, sem que os macacos sejam sempre os selvagens, e temos toda a narrativa filosofica que pode defender esse ponto. Contudo parece-me em termos de filme de acção uma obra com alguns defeitos desde logo um ritmo muito pausado e repetitivo ao longo da primeira hora de filme, e alguns atalhos narrativos que para um filme tao bem avaliado criticamente acaba por nem sempre funcionar.
Contudo parece-me claro que se trata de um bom franchising, com uma moratória assumida, sem cair nos vilões sem fundamentos e nos herois que não falhar, que lança discussao sobre a natureza dos seres humanos, sem nunca descuidar as competencias tecnicas em muitos vetores que fazem do filme mais completo. Contudo não e uma obra de eleiçao, tenho duvidas que mesmo sendo facilmente assumido como competente consiga ser uma daquelas obras eternas no tempo.
A historia segue Cesar, agora na tentativa de se defender dentro do seu mundo e dos seus das investidas de um grupo armado de humanos, comandados por um lider impiedoso e que tudo fara para aniquilar os macacos.
Em termos de argumento o filme não é de grande risco, pese embora o lado filosofico que o acompanhe ser novamente bem trabalhado na discussao do filme, em termos de intriga temos o simples num filme de ação, sem trabalhar muito as personagens, centrando todo o filme no heroi e anti heroi. Falta por vezes alguma suavidade que ainda e tentada com a personagem Bad Ape, mas parece não encaixar no registo do filme.
Matt Reeves herdou a herança de Wyatt e conseguiu manter a roupagem, já que e um realizador que é afilhado do sempre competente JJ Abrahms, e aqui consegue reunir efeitos de primeira linha, num filme assumidamente de grande produçao. Com pouco risco algo que e comum a um assumido blockbuster de verao, podemos dizer que Reeves ganhou aqui pelo menos o destaque de cumpridor em filmes de grande orçamento, vamos ver como sera batman.
Em termos de cast, o filme da novamente a primazia aos actores em funçoes digitais, Serkis, comanda o filme, o seu Cesar e unico e a força do filme, e mais uma vez é impressionante o trabalho aqui conseguido. Harlesson e sempre competente num papel de Bad Boy, e outros destaques no lado digital como Zahn na tentativa de dar algum humor e um lado mais familiar ao filme, algo que ele não tem.

O melhor – Como nos filmes anteriores Serkis/Ceasar

O pior – Nao ser um filme que balança bem os ritmos, principalmente na primeira fase


Avaliação - C+

Friday, July 14, 2017

Norman

Existem alguns titulos que acabam por ter alguma resposta critica mas que por sua vez nunca conseguem reunir condições para serem realmente coerentes na definição de um objetivo. Isso poderá muitas vezes diferenciar um filme que consegue sucesso numa carreira para os premios e outros que so passado algum tempo vem a luz do dia a maior parte dos quais sem qualquer tipo de protagonismo. Norman poderam ser um dos filmes que enquadra este segundo ponto já que produzido em 2016, conseguiu boas avaliações criticas mas depois acabou por estrear em alguns cinemas, conseguindo mesmo assim resultados de bilheteiras mais importantes do que normalmente os filmes nestas circunstancias acabam por conseguir.
Sobre o filme, eu confesso que adorei a primeira parte do filme, a forma como a tentativa de se envolver num mapa de relacionamentos importantes, a busca do protagonismo, a forma da personagem, os dialogos a resiliencia, pareceu-me uma satira interessante do mundo dos negocios e mais que isso no mundo da politica que penso que o filme nos da de uma forma sarcastica mas extremamente funcional, quer nas situações em si, mas mais que isso na forma como a personagem vai ultrapassando as diferentes humilhações.
Contudo o filme muda completamente de lado após o seu epicentro, aqui parece-me que o filme quer ser mais moralista, mas inteligente, e perde o lado sarcastico que tao bem tinha funcionado na primeira metade do filme tornando-se mais confuso e mais que isso menos engraçado. Tambem em termos de ritmo parece-me obvio que é um filme que vai de mais a menos, sendo completamente contrario a muitos filmes que necessitavam de mais tempo, parece-me obvio que a qui o caso e precisamente o contrario.
Analisando os pros e contras bem vincados no filme, temos obviamente uma hora de bom cinema, inteligente e atual, mas o resultado final fica condicionado por uma segunda parte claramente inferior não permitindo que o filme seja avaliado como coeso, mesmo assim parece-me que num ano em que nem sempre os filmes tem sido felizes no seu resultado este é um dos poucos que pelo menos em alguns momentos consegue ser e nos dar bom cinema.
A historia fala de um individuo sozinho que tenta a todo o custo entrar e ser importante em mapas de relações quer politicas quer de negocios. Tudo normalmente e recusado ate que tem uma conversa particular com um ministro israelita, com quem tem um momento interessante e que lhe vai reprecutir e mudar a sua vida no momento em que o mesmo se torna primeiro ministro daquele pais.
Em termos de argumento tudo corre bem principalmente quando o filme mais que uma intriga, tenta utilizar o sarcasmo para definir as personagens, e nesse particular o filme é extremamente inteligente na forma como é articulado e principalmente na caracterização da personagem central. Na segunda parte do filme com a mudança de registo o filme torna-se a todo o nivel mais vulgar.
A realizaçao marca a estreia em hollywood de Joseph Cedar, tem uma realizaçao interessante conjugando risco nas comunicações das personagens com a envolvencia megalomana de Nova Iorque, um trabalho que não sendo de primeira linha tem bons momentos num realizador a seguir nos proximos tempos.
No cast todo o destaque vai para Gere, que parece nesta fase da sua vida, estar a escolher melhor os filmes, mais relacionados com o cinema independente e que lhe tem dado um reconhecimento critico que em outros momentos mais visiveis da sua carreira não conseguiu. Aqui tem um papel dificil, e consistente, dos melhores dos ultimos tempos na sua carreira, e que podera ser um suspiro para proximos projetos.

O melhor – A primeira hora de filme

O pior – A segunda alterar o regime que o filme seguia ate entao



Avaliação - C+

I don't feel at home in this world anymore

Sundance este ano foi marcado por muitas apostas de companhias menores entre as quais a NEtflix, que acabou por surpreendentemente ganhar o grande premio do dramatico do juri com este particular filme que rapidamente passou para a plataforma Netflix. Por isso mesmo é dificil de quantificar o valor comercial do filme, contudo parece-nos obvio que esteve longe de ser uma das grandes apostas do formato. Criticamente e depois do sucesso em Sundance e obvio que o filme conseguiu bons resultados nas avaliações da maior parte das pessoas.
SObre o filme, eu confesso que sempre que tenho conhecimento que um filme ganhou sundance a minha expetativa em torno do resultado final é positiva pois parece-me obvio que o festival nos utlimos anos conseguiu chamar a atençao para realizadores e obras muito singulares. Dai que quando acabei de ver este pequeno filme fiquei surpreendido por ele ser mesmo isso, ou seja bastante pequeno no alcance, na formula e mais que isso mesmo naquilo que realmente significa, já que se trata de declaradamente um filme muito mais de promenor do que propriamente um filme de base.
E nos promenores saltam à vista dois deles, os promenores da mutação de uma personagem desesperada em busca da defesa daquilo que é seu, e nisso principalmente em alguns momentos o filme tem promenores deliciosos e do ponto de vista comico toda a personagem de Tony pelo seu fora de tempo e mais que isso pela forma como que todos os seus apartes funcionam com um detalhe de humor inteligente e iconico.
Fora estes aspetos estamos perante um filme muito vulgar, na capa de comedia negra, com a tipica escalada de ação reação, por momentos previsiveis, com uma roupagem independente de livro mas que lhe parece sempre faltar algo diferenciador de muitas outras comedias que anualmente surgem no territorio indie e com mais abrangência ou conteudo do que este filme.
Ou seja apenas se pode concluir ou que Sundance teve um ano mais nivelado por baixo, salientando contudo que nao se trata nem de perto nem de longe de um mau filme, mas parece significativamente curto para um vencedor de Sundance, mesmo que principalmente a personagem Tony fique na memória como uma das humoristicamente mais bem potenciadas dos ultimos tempos.
O filme fala de uma mulher solitária com uma vida triste que acaba por ser assaltada na sua casa. Perante a inoperância das forças policias, na companhia de um peculiar vizinho vai tentar não só encontrar as coisas que lhe foram roubadas mas mais que isso procurar a vingança que reponha a justiça na sua forma de vida.
Em termos de argumento é claramente um filme bem melhor no particular do que no geral, em termos de historia de base parece sempre algo repetido, de pouco alcance, que vai melhorando com um ou outro aspeto realmente bem potenciado, principalmente nas curiosidades e quando tenta fazer humor, onde por alguns momentos consegue com alguma força.
Na realização este trabalho a cargo de Macon Blair um actor pouco reconhecido mas que teve aqui o seu filme de estreia, adopta um estilo tradicional independente, algo que parece impossível, mas que cada vez mais adquire algum tradicionalismo no género. Para um primeiro filme ganhar Sundance é um feito, mas vamos ver o que a carreira posterior lhe trás.
No que diz respeito ao cast Lynskey é uma atriz talhada para filmes sobre personagens pouco mediaticos e com um estilo mais independente. Ao seu lado um Wood que em persoangens estranhas funciona muito melhor do que no restante, num dos papeis mais interessantes do ano, mais do que pela interpretação por uma personagem no mínimo mítica.

O melhor - Tony

O pior - Para Sundance um filme de clara pouca abrangência

Avaliação - C+

Monday, July 10, 2017

The Journey

Os conflitos na Irlanda do Norte foram principalmente durante as decadas de 80 e 90 uma boa fonte para alguns filmes que tiveram alguma reprecursão no cinema mundial, principalmente pela mão de Neil Jordan e Jim Sheridan. Com aparentemente todo o conflito resolvido, existem agora filmes que tentam fazer uma passagem para um cinema diferente. COm esse objetivo surgiu este peculiar filme que tenta hipotizar uma conversa entre os dois lados do conflito como forma de tentar justificar a surpreendente paz. Os resultados criticos do filme, ficaram aquem do esperado, com avaliações muito medianas, o que acabou por não dar poder comercial a um filme que acabou por ser quase desconhecido na maioria dos mercados.
Sobre o filme desde logo penso que a ideia é interessante, ou seja a forma como o filme coloca duas personalidades em polos opostos de um conflito, juntos numa viatura obrigando-os quase a contactar. COntudo a premissa do filme tem alguns problemas de realismo, com as estruturas em causa isto nunca poderia acontecer, mesmo maquinado por um governo poderoso como é o caso do filme. Por outro lado parece também que na forma como tudo decorre o filme acaba por ser desiquilibrado entre personagens, sendo sempre uma a ir a procura do contacto, o que mesmo em termos ideologicos pode ser algo discutivel.
Em termos de filme podemos dizer que o filme é simples é daqueles que sabe perfeitamente que tem barreiras impostas estreitas o que em si não lhe daria muito espaço para trabalhar. Dai que as conversas são limitas principalmente na definiçao das personagens parecendo sempre uma conversa entre ideologias onde as personagens sao simples vetores comunicacionais. Atualmente este filme parece algo desatualizado em face da paz entretanto alcançada e teria certamente mais poder se tivesse sido pensado noutros tempos.
Ou seja um filme que tem alguns defeitos do demasiado tradicionalismo do cinema de base britanico, com uma estrutura narrativa demasiado linear. Em termos daquilo que acaba por ser no seu final, vale mais pelo que significa politicamente a homenagem a paz, do que propriamente uma obra original de cinema.
A historia fala num encontro numa viagem de carro entre os dois lados da luta na IRlanda do Norte, numa forma trabalhada pelo governo britanico de forma a insistir na conversa entre os dois lados tendo em vista o tratado de paz.
Em termos de ideia de base, o filme e original, na forma como cria uma conversa que aparentemente nunca terá existido como base de um acontecimento tão importante. Contudo parece-nos que o filme vale mais pela forma como homenageia as pessoas no tratado de paz, do que propriamente nas personagens em si no filme, que acabam por ser simples vetores de comunicação.
Na realização Nick Hamm, um norte irlandes de gema, tem um trabalho simples, percebe-se que nap é indiferente à causa, e que tem um lado assumido e isso num filme politico é sempre discutivel. Como realizador alguem que já teve um ou outro projeto de maior dimensao, mas nunca conseguiu fazer imperar qualquer tipo de conceito enquanto realizador, para alguém que já não é propriamente jovem.
Por fim em termos de cast, Spall e Meaney tem duas prestações diferentes, Spall e normalmente muito intenso na construção de bonecos e aqui tem mais uma vez uma personagem cheia de maneirismos algo que já é figura de proa do actor. Por seu lado MEaney menos expansivo, mas mais natural, acaba por enquadrar bem na sua personagem muito por culpa de parecenças naturais em termos fisicos.

O melhor - O que significa o filme politicamente

O pior -O filme acaba por ser ausente de verdadeiras personagens

Avaliação - C

Sunday, July 09, 2017

Collide

Há uma orientação em alguns segmentos do cinema europeu que priveliga o cinema de acção puro, de sequencias de preseguição interminaveis onde o filme vale mais pelo ritmo do que propriamente pelo argumento, muito na onda do que luc Besson foi fazendo. Este ano e com um ano de atraso relativo a alguns mercados europeus, surgiu este filme, que foi completamente massacrado pela critica mas que mesmo assim conseguiu uma distribuição wide no cinema americano, contudo os resultados foram completamente desastrosos e tornou-se facilmente num dos mais rotunos fiascos de filmes com expansao naquele pais.
Sobre o filme, não sendo eu apreciador de um estilo de cinema que mais não e do que uma fuga com mais de uma hora e meia de duração, ainda menos sou quando tambem nas componentes tecnicas e na abordagem o filme não consegue chamar a si qualquer tipo de caracteristica de filme de primeira linha. Ou seja quando temos um argumento absolutamente inexistente em qualquer um dos seus elementos e mais que isso tambem temos uma produçao de baixa divisao so pode resultar num pessimo filme que rapidamente questionamos quais a razões da sua produçao.
E que o filme não funciona em nenhum dos seus aspetos, se em termos de acção o mais posto em pratica o filme mais não e do que uma cena interminavel, sem qualquer sentido de logica tocando no ridiculo por diversas vezes, também em termos da alegada historia de amor o filme nunca se da ao trabalho de potenciar a relaçao central, para que tudo a seguir venha mais forte. Limita-se a um segmento de algumas cenas pouco ou nada objetivos e espera que o espetador acredite na relação assim.
Ou seja um desastre completo onde a unica questao e pensar o que chamou a atençao de alguns actores de primeira linha para participarem em algo tao vazio, tão fraco, num cinema europeu que fuciona muito melhor quando aposta no argumento do que quando faz o all in em produçoes alegadamente comerciais mas que na essencia sao um completo vazio.
A historia fala de um casal, em que a mulher tem uma doença complicada e ele tenta angariar dinheiro para a operação que a pode salvar, envolvendo-se num esquema que tenta desviar um camiao de droga de um barão do crime, e que o vai conduzir a por a vida de ambos ainda mais em risco.
Em termos de argumento nada funciona, a historia de base, completamente repetida, a pouco ou nenhma força das personagens, os dialogos nunca surpreenderem, e a sensação de vazio e de ser completamente sem sentido algumas da sequencias que deixa nos espetadores.
Eran Creevy já no seu filme anterior tinha demonstrado gostar de um cinema de acçao simples muito europeu, aqui tenta dar ao filme ritmo nas sequencias de acçao mas nunca lhe consegue dar arte, talvez por isso tenha dificuldade em algum dia sair da serie B inglesa onde se encontra de momento.
E dificil perceber o que Hoult, Jones, Hopkins e Kingsley conseguiram ver num filme como este, em personagens completamente inexistentes e numa formula de personagens que apenas podera ser explicada com bons valores monetarios, já que para a carreira de todos é um marco completamente insegnificante

O melhor – As paisagens da regiao de Colonia.

O pior – Ser um filme onde tudo o resto toca no absurdo


Avaliação – D-

The Circle

Quando The Circle foi anunciado, muitos de imediato consideraram que poderia estar aqui um dos filmes mais importantes do ano, desde logo pela forma como poderia denunciar o poder das grandes industrias de tecnologia e rede, mas mais que isso pelo mediatico cast que conseguiu chamar a si, reunindo actores consagrados com outros em ascensão. Contudo apos as primeiras visualizações percebeu-se que criticamente o filme tinha reprovado com avaliações medianas mas com uma tendencia mesmo negativo. Estas criticas acabaram por ser nocivas, para um filme que mesmo sendo da Netflix apostou na estreia em cinemas com resultados muito debeis principalmente tendo em conta o tema e o cast.
Sobre o filme eu confesso que os perigos de uma industria cada vez mais globalizada em que tudo se tem acesso a partir de uma conta google ou apple é assustador, bem como um cada vez maior risco da vida em direto, dai que penso que este filme em termos de inteligencia na escolha do tema e na forma como alerta os perigos do mesmo, acabou por acertar em cheio, dando-nos uma optima introdução e mais que isso o clima de asfixia que se vive nos dias de hoje,e nesse particular o filme sem nunca conseguir atingir os niveis de intensidade que penso que o filme poderia chegar acaba por passar essa mensagem.
O problema maior do filme acaba por ser a interiga interna, parece sempre que o filme não sai da fase de introduçao e quanto tenta entrar para o lado da moratoria o filme acaba dedicando apenas cinco minutos a isso, não dando o sublinhado que todos percebemos mas que esperamos que o filme vinque, concretamente o valor da privacidade e nisso parece-me que o filme e pouco trabalhado, na forma como perde e bem muito tempo da contextualização do lado positivo dando menos enfoque no momento em que a intriga interna do filme ia começar o filme acaba por acabar.
Mesmo assim pela escolha do tema merece destaque, pois parece a introduçao por um tema que mais cedo ou mais tarde nos vai dar um grande filme, já que ao passar do tempo fomos tendo alguns bons exercicios, uns mais fortes no tema como este, outro melhores trabalhados em aspetos especificos já que este tem varios error que acabam por lhe tirar algum poder de fogo.
A historia fala de uma jovem que acaba por ser contratada por uma empresa de topo na gama do dominio de ferramentas de internet, e que de repente começa a perceber que a mesma tem como objetivo controlar todo o mundo, chegando a dominar todas as vivencias de uma forma totalmente voyorista que poe em causa as necessidades basicas de qualquer ser humano.
Sobre o argumento do filme, e depois de sublinhar o valor interinseco do filme naquilo que ele quer ser, e daquilo que ele representa, é claramente um argumento desiquilibrado, ou seja da primazia ao contexto deixando o filme orfão de dimensao de personagens e na intriga interna que penso que acaba por finalizar mal é introduzida.
James Ponsoldt foi ate ao momento um realizador surpreendente nos divesos filmes que foi exibindo normalmente, com menos meios e menos mediatismo. Neste filme com mais atençao sobre si, parece arriscar pouco, parece sempre ser um realizador com talento mas ainda com alguma inexperiencia com meios mais elevados, contudo sendo um realizador ainda jovem de certeza que ira apromurar e tornar-se num caso serio em hollywood.
E no cast que reside na minha opinião o maior problema do filme, eu confesso que é o maior enigma atual que acho existir em hollywood é a fama de Emma Watson, aceitando facilmente que se tratou de uma jovem com empatia com o publico durante Harry Potter, certo é que depois disso tornou-se das actrizes mais repetitivas e com falta de recursos que me recordo a protagonizar um filme, repetindo sucessivamente a mesma expressao facial de sofrimento durante mais de duas horas de filme, parece nada mais conseguir fazer do que coitadinha, algo que até pode ser util em a Bela e o Monstro, mas completamente despropositado numa personagem que a determinada altura tem que se forte. Tudo se torna ainda pior quando tem que contracenar ainda que por escassos momentos com um Tom Hanks em piloto automatico que mesmo assim é assumidamente de outra dimensão.

O melhor – O tema em si.

O pior - O filme tem defeitos mas o maior dele é Emma Watson


Avaliação - C+

Saturday, July 08, 2017

Spider Man: Homecoming

Num periodo de aproximadamente quinze anos, este e o terceiro nascimento de um filme baseado num dos super herois mais conhecidos e aperciados do cinema, ou seja Spider Man. Finalmente entrosado num universo Marvel, e depois de um teaser bem conceituado no filme de Capitao America temos aqui o primeiro filme de um dos mais conhecidos herois da Marvel. Os resultados criticos foram interessantes muito na senda do que normalmente a Marvel consegue. Comercialmente os primeiros indicados demontram bem um filme bem conceituado em mais um infalivel projeto da Marvel.
Sobre o filme se existe filme que arrancou para o mundo dos superherois e do sucesso tudo começou com Spider Man de Sam Raimi. Dai que tenha sido muito cedo quando o segundo reboot aconteceu principalmente porque ia buscar muito do primeiro filme. Neste caso temos um contexto quase diferente, parece que temos mais um filme de avengers do que propriamente vamos para o inicio de Spider Man. E inteligente a forma como o filme assume que o heroi apanha o comboio a meio, sem isso ser um problema mais uma oportunidade de se deslocar daquilo que foi os filmes anteriores.
Para alem desta peculariedade que de imediato o distancia dos anteriores, temos um filme claramente mais infantil, ou não fosse Spider Man o mais novo do grupo dos herois, assim temos um filme dentro de um ambiente juvenil, com o tipico humor simplista,, muitas vezes retirado das series de sucesso da disney, sendo que a vertente Marvel aparece menos, so nas personagens e na forma como o guiao tem uma abrangencia maior.
Por tudo isto este e mais que um grande filme, porque não o é, acaba por ser demasiado previsivel, demasiado dependente do sucesso do amor, e das particularidades, mas é acima de tudo um filme eficaz, um filme com o proposito de enterter de uma forma simples, percebendo que Spider Man vai ser um dos elementos comicos e curiosos da Marvel, já que para acção tem outros para fazer este serviço.
A historia apanha Peter Parker logo apos a guerra civil, e num continuo em que Tony Stark tenta avaliar o real interior dele como heroi na forma como ele retoma o seu dia a dia. Contudo acaba por encontrar um vilao que tem como objetivo utilizar as armas de ultron para proveito proprio.
Em termos de argumento e um filme muito melhor nas particularidades do que na intriga geral, aqui é simples e por vezes previsivel, sem um valor interenseco forte como por exemlo teve o anterior filme de capitao america. Funciona bem mais em termos de humor simples e juvenil o que acaba por ser funcional na proximidade do filme com o publico.
Na realização a estranha escolha de Jon Watts era um realizador ate ao momento quase desconhecido. Aqui tem uma realizaçao mais tarefeira do que propriamente de autor, muitas vezes em alguns filmes da Marvel isso e mais importante porque algum risco a mais pode ser deitar tudo a perder.
No cast temos de dar os nossos parabens porque a escolha de Holland e uma das mais felizes dos ultimos tempos, encaixa perfitamente na simplicidade e espontaneadade que o filme precisa. Para alem de recursos interpretativos o actor tem carisma algo que já tinha demonstrado desde cedo no cinema apenas esperemos que um papel tao mediatico como este não condicione a sua carreira. No caso do vilao, Keaton perde por não ter um vilao minimanente significativo.

O melhor – Tom Holland e o melhor Spider Man.

O pior – O filme ser demasiado by the book


Avaliação - B

Friday, July 07, 2017

Growing Up Smith

Com o aumento do poder do cinema indiano seria natural que as simbioses entre as duas maiores industrias de cinema do mundo fosse pelo menos tentada. Podemos dizer que pese embora com uma base americana, este pequeno filme que acabou por receber alguns louvores em alguns festivais mais pequenos tenta isso, ou seja, um filme sob a forma como os imigrandes indianos se conseguem, ou não adaptar ao mundo americano, do ponto de vista de uma criança. O filme acabou por ter uma receção critica interessante, sendo que comercialmente e principalmente depois de ter esperado quase dois anos para ver a luz do dia, as coisas foram obviamente mais limitadas com resultados quase residuais.
Sobre o filme, a forma como o filme tenta tratar de algo tão comum e importante como um choque cultural do ponto de vista de uma criança e desde logo o grande segredo do filme, porque é filmado com esse inocencia que acaba por se tornar tornurenta e tornar um filme no minimo peculiar num objeto emocional interessante e intenso, captando para proximo de si o espetador e desde logo isso é um segredo que nem sempre os filmes declaradamente familiares conseguem concretizar.
Por outro lado o lado satirico pese embora trate um tema serio o filme adopta sempre uma toada ligeira, quase sempre com ironia, e com satira aos costumes quer de um lado quer de outro. Ao centrar a atençao em duas familias tão distintas e tao esperiotipadas naquilo que o filme quer mostrar acaba por ainda vincular mais uma ideia e funcionar bem em termos de um humor moderado já que o filme nunca tenta ser uma comedia declaradamente objetiva.
Por isso e mesmo por vezes o filme cair num happy ending demasiado perfeito, penso que se trata de um filme positivo, com momentos de bom cinema, que nos da de uma forma bem sublinhada um confronto de culturas num espaço proprio. Por vezes o bom cinema não necessita de muitos truques quer visuais ou narrativos, embora este principalmente na caracterizaçao das personagens acabe por ter em alguns momentos.
A historia fala de um jovem indiano inserido numa cultura americana mas que tem que seguir as vivencias de origem enquanto ve todo o mundo a sua volta num contexto de vida totalmente diferente. Tudo ainda fica mais latente quando se apaixona por uma vizinha com uma familia longe de ser estruturada.
O argumento do filme e forte do ponto de vista emocional, a forma como aproveita a inocencia da personagem central, para tambem fazer uma observação inocente daquilo que o rodeia, mesmo a sua pretinencia e o segredo de um filme simples emotivo e eficaz.
Na realizaçao Frank Lotito é um comediante australiano que tenta pescar um pouco das influencias de hollywood e bollywood aqui nao sendo um filme eximio em termos de realização consegue sempre potenciar as imagens quer no ponto de vista comico e emocional e isso acaba por funcionar bem.
Em termos de cast todo o peso do filme acaba por incidir nos dois jovens, por um lado o indiano Roni Akurati e na Brighton Sharbino, com estilos e fisionomias tao diferentes este era um casal que tinha tudo para não funcionar e acaba por o fazer, o primeiro mais pela caracterizaçao fisica e a segunda por ja apresentar qualidades interpretativas dramaticas interessantes em face da precoce idade.

O melhor - A inocencia com que tudo e relatado.

O pior - O happy ending demasiado novelesco

Avaliação - B

Thursday, July 06, 2017

The Lost City of Z

No decurso do ano passado existiu um filme que durante algum tempo figurou na lista de possiveis candidatos aos premios contudo na fase final, e mesmo depois de boas avaliações em termos de critica nos diferentes festivais onde foi apresentado, acabou por ver a sua estreia adiada para o ano seguinte, como se de uma desistencia se tratasse. Tudo isto foi surpreendente quando o filme ate conseguiu boas avaliações criticas que me pareciam que poderiam sustentar uma candidatura principalmente a figuras em algumas listas. Com esta nova opção de o estrear no inicio do ano os resultados comerciais foram menor fortes pese embora para um filme que nao teve no imediato uma distribuição wide, os seus resultados acabam por ser consistentes.
SObre o filme, um filme sobre exploração e principalmente um filme que se debruça sobre um longo periodo de tempo de uma personagem é normalmente um filme dificil, porque ao tentar relatar tanto de uma vida, acaba por não conseguir dar relevo ou contexto a personagem de forma a se centrar mais nos feitos. E nesse equilibrio de tempo o filme tem algumas dificuldades, ou seja, pese embora seja um filme longo, com quase cerca de duas horas e meia, acaba por não aprofundar nenhum elemento do filme, quer no contexto familiar quer mesmo no contexto de cada uma das expedições o que acaba por tornar o filme demasiado solto e faz perder o ritmo pois existe alguma falta de ligação entre as sequencias.
Contudo podemos dizer que é um filme rigoroso, na forma como dá-nos uma personagem com um objetivo muito proprio de vida, independentemente do custo. O filme mesmo não funcionando sempre como um todo acaba por ter bons momentos em cada um dos vertices que escolhe quer na vida familiar, quer principalmente no desgaste da primeira expedição. Podemos sempre dizer que em termos artisticos de abordagem o filme acaba por ser um pouco simples, ou seja, que tem pouco risco, mas isso acaba por lhe dar uma toada madura que até acaba por não danificar o resultado final do filme.
Ou seja, mesmo estando longe de ser uma obra de agrado geral, pois penso que tem muitas dificuldades no ritmo que adquire, e na ligação entre partes, e um filme com uma ideia e uma mensagem bastante clara, que para além disso acaba por ter boas interpretações e a sempre noçao da dificuldade que é filmar na selva, contudo penso que a opção por uma estreia com menos peso dos objetivos acabou por ser uma boa escolha pois parece-me que o filme nao teria dimensao para mais algos voos.
A historia fala de um general ambicioso, que devido aos seus conhecimentos acaba por embarcar numa expediçao pela amazonia, que vai definir o seu sentido de vida, que é tentar encontrar uma civilização mais antiga e mais desenvolvida do que a nossa, a quem chama de Z.
Em termos de argumento confesso que pela quantidade de aspetos que o filme quer tratar, nao se trata de um trabalho facil, nem o resultado é assim tão bem conseguido. parece sempre que o filme é demasiado partilhado entre cenas, e mais que isso, pese embora tenham algum destaque de tempo muitas das personagens secundarias acabam por nunca ser verdadeiramente explicadas.
James Gray e um realizador experiente, que aqui tem como maior dificuldade realizar na selva.Nem sempre parece ter espaço para muita criatividade e risco, e acaba por ser mais documental. Nas sequencias de limite humano fica a ideia de que poderia ir mais longe, num realizador que pese embora a consistencia entre filmes, ainda lhe falta o grande filme.
No cast a escolha de Humman parece interessante, num valor que se começa a assumir no cinema, com qualidades principalmente para encabeçar filmes de acção ou que peçam personagens fortes. Em termos interpretativos no cinema ainda necessita de mais risco. Ao seu lado um Pattinson a desenvolver uma carreira diferente e uma Miller que nos ultimos tempos tem demonstrado uma capacidade para personagens fortes e com força dramatica.

O melhor - A ideia das convições da personagem.

O pior - Um filme demasiado fragmentado

Avaliação - C+

Wednesday, July 05, 2017

Coming Through the Rye

É conhecida a inspiração que muitos livros tem para filmes, quer como base de argumentos quer dentro do proprio filme. Pois bem este filme que foi produzido em 2015 mas que so em finais do ano de 2016 viu a luz da distribuição e uma homenagem sobre o poder de um livro na vida de uma pessoa, o livro aqui em causa e The Cather in the Rye. Os resultados criticos do filme ate foram positivos com avaliações essencialmente positivas e estreias em diversos festivais. Em termos comericias um filme que adia tanto a sua estreia normalmente não tem grandes resultados e aqui acaba por ser o mesmo, com resultados completamente residuais.
Sobre o filme podemos dizer que a base do livro dentro do livro acaba por ser importante, ou seja a forma como o proprio livro acaba por condicionar o proprio resultado do filme. A ideia e original, embora me pareça que com o passar do tempo tudo se torna obviamente mais previsivel, com algumas dificuldades do filme ir para alem daquilo que e perfeitamente definido numa historia como esta. Um dos pontos importantes do filme e a capacidade que o filme tem de tocar em diversos pontos da historia daquele tempo o que acaba por interessante.
Devemos tambem dividir o filme nos seus diferentes segmentos, se em termos de historia de amor o filme acaba por ser emocionalmente interessante embora nem sempre muito trabalhado, do ponto de vista do restante pouco mais e do que um filme para adolescentes com uma obra de referencia por tras.
Por tudo isto e facil perceber que se trata de um filme com uma boa ideia, que nos parece nem sempre funcionar principalmente na proximidade da personagem central com o publico, e na escolha do cast, o que acaba por prejudicar o resultado e força do filme junto do espetador, mas e um filme com alguns recursos e com um resultado final satisfatorio.
A historia fala de um jovem mal integrado na sua comunidade estudantil, que inspira a sua vida na obra literaria de J D Salinger. Numa tentativa de adaptar uma peça de teatro com base no livro tenta conhecer o autor, numa road trip com uma companhia que pode mudar a sua vida.
O filme na forma como aborda o livro dentro da narrativa e diferente e funcional, de resto acaba por ser a basica historia do adolescente com dificuldades de afirmaçao e na sua tentativa de ganhar o seu lugar na comunidade escolar.
Em termos de realização o trabalho de James Steven Sadwith é simplista sem grandes recursos ou grandes truques com a camara e um filme que não tenta trazer para a realização grande destaque, tentando dar prevalencia ao argumento, dai que pouco se podera retirar relativamente a esta realização.
Por fim no que diz respeito ao cast, penso que a escolha de Alex Wolff e claramente um erro, um actor com muitas dificuldades interpretativas, pouco carismatica com poucos recursos que acaba por ser muito insuficiente para uma personagem que domina toda a duraçao do filme. Melhor a sua companheira de cast Stefania Owen que acaba por dar o lado mais sentimental e mais suave do filme.

O melhor – A forma como introduz o livro dentro do filme.

O pior – Alex Wolff


Avaliação - C+