A tradição do cinema britanico
deu-nos sempre um cinema mais parado mais estático mais parado em expressões e
movimentos dos seus personagens, e nessa tradição surgiu em meados do ano
passado este filme no centro do conflito irlandês e que trouxe num papel de
maior destaque Andrea Roxyburgh. Este filme acabou por ser silenciosamente
comercialmente o que e natural face ao tipo de filme, e criticamente já que não
conseguiu a unanimidade que se existe neste registo para tirar os filmes quase
do anonimato.
Sobre o filme podemos dizer que é
um filme que começa demasiado pausado, que faz com que o espectador consiga
estranhar demasiado e quando percebe o filme já este entrou no seu andamento
natural, e esta opção tradicional e discutível já que a temática e mesmo o
argumento do filme numa forma mais cruel podia dar um filme mais vivo mais
intenso e certamente mais marcante e reconhecido.
E essa formula de filmar que
parece quase desinteressada da ligação ao espectador que tantas vezes tem
perigado o cinema europeu mais tradicional como e o filme que aqui esta, um
filme que tem tudo para resultar, principalmente pelo enredo, contexto e mesmo
conjunto de actores mas que parece ter medo de resultar, porque so nos níveis
mais intensos do filme que são poucos conseguimos ver cinema de qualidade e acima
de tudo unanime.
Pena e que grande parte do filme
seja totalmente cinzento não deixando as personagens crescer, limitando no seu
crescimento principalmente em diálogos e
ação e um filme demasiado obscuro para agradar mesmo que seja fácil reconhecer
pontos de força.
A historia fala-nos de uma jovem
que integra o grupo armado do Ira ate ser detida e ser-lhe proposto a
colaboração com a justiça funcionando como agente infiltrada em plena
organização, mas aqui vai começar o conflito entre ser presa ou a segurança da
sua família.
O argumento tem virtudes
principalmente no tema e nas suas linhas gerais, pena e que a execução seja
algo humilde em demasia, parece que a historia bem montada e criada é um
defeito para o próprio argumentista que a limita ao seu nível máximo.
A realização também não e feliz,
principalmente nos interiores e na caracterização de personagens mais cor daria
mais luz as sequencias mais cruéis do filme e talvez lhe daria mais força e
emoção que o filme quer dar, mas por algumas opções não o consegue fazer.
O cast traz-nos Andrea num papel
tipicamente europeu, onde a sua presença física consegue agradar mas parece
demasiado presa a uma face, Owen baixo de forma passa ao lado de um filme que
ate lhe podia dar chance de brilhar não fosse o seu personagem tao apagado.
O melhor – Ter em si a força da historia.
O pior – Ser o próprio filme a
conseguir deteriorar as suas forças
Avaliação - C
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