Sei que os arquivos da minha memória estão bem organizados.
Hoje até pensei que estavam separados pelas estações do ano, mas acho que não.
O mais curioso é associar as memórias de Salir de Matos ao Verão, embora o verde seja a cor predominante e não aquele castanho amarelecido das searas dos cereais...
Isso deve acontecer porque um dos meus fascículos de infância eram as partes verdes das fazendas (a Várzea e a baixa da Ambrósia), regadas diariamente pelo avô, ora com o motor de rega, ora com o cabaço.
Adorava ver a água a correr pelos carreiros e a inundar as plantas, o feijão verde que trepava pelas canas quase armações das tendas índias, os melões e as melancias, os tomates e os pimentos, e outras mais coisas que adoram água...
Mesmo quando olhava os montes e vales que me cercavam, sem linha do horizonte (isso é era coisa mais do mar e dos desertos...).
O óleo de Jo March.
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