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domingo, agosto 18, 2013

Agosto: Mês de Cores


Agosto deverá ser o mês mais colorido do ano, para as pessoas, claro.

Naturalmente não tem qualquer hipótese de competir com a Natureza em Abril, Maio ou Junho...

Falo essencialmente das pessoas, da cor de pele que adoram "pintar" a vários tons de castanho e também do colorido dos vestidos leves das mulheres de todas as idades, dos fatos de banho e até das camisas dos homens, que não se limitam a vestir o branco fresco...

Até a sua alimentação se torna mais "colorida", pois há a tendência para se recorrer mais às frutas e aos legumes.

O óleo é de António Castello.

quarta-feira, maio 15, 2013

O Dia da Minha Cidade


Este 15 de Maio devia ser sobretudo um dia de esperança, um dia em que todos os caldenses sentissem que está na hora de mudar. Mas mudar a sério, não mudar para ficar tudo igual, apenas com o uso de "tinta" para disfarçar...

Não vivo nas Caldas, desde os dezoito anos, mas se vivesse, não tenho dúvidas que seria um "desalinhado", alguém farto da demagogia do senhor Costa, que com duas conversas, um aperto de mão e uma palmadinha nas costas, acredita que resolve os problemas (pelo menos os eleitorais...).

Imagino que a Rainha Dona Leonor, apesar do bronze e da sua quietude,  deve corar de vergonha por dentro, com todas as patifarias que esta gente que usa e abusa do poder tem feito, ao ponto de arruinar o seu melhor cartão de visita: a bonita Cidade Termal das peças de cerâmica  - com e sem Bordalo - e das cavacas doces.

quinta-feira, agosto 16, 2012

O 15 de Agosto



O 15 de Agosto continua a ser um dia especial nas Caldas da Rainha.

Foi durante todo o século vinte (e parte do dezanove...)  o dia que  mais gente de fora atraía à Cidade Termal.

Os restaurantes, por exemplo, não tinham mãos a medir...

Hoje as coisas são diferentes, não apenas pela crise, mas também pelas mudanças que se têm verificado na Cidade.

Provavelmente o presidente da Câmara acha que tem feito um excelente trabalho (e tempo não lhe tem faltado...), mesmo que possa ser traído pela realidade, mais forte que a sua vaidade...

Por exemplo, se o dinheiro gasto no CCC e nas Piscinas Municipais tivesse sido investido num projecto termal moderno (também com uma sala de espectáculos e piscinas, que ainda por cima poderia ter apostado na recuperação do Casino do Parque...), as Caldas da Rainha seriam, sem qualquer dúvida, uma cidade diferente, mais à imagem da Rainha D. Leonor...

terça-feira, fevereiro 23, 2010

A Areia da Foz do Arelho

Estive a fazer um exercício de memória, em busca das primeiras recordações que tinha da Foz do Arelho.

Lembrei-me de uma manhã de nevoeiro, onde descobri a beleza dos seixos, aquelas pequenas pedras entre o esférico e o oval, de várias cores, quase sempre polidas pelo mar. Era pequenote e trouxe o balde quase cheio para casa...
Não me lembrei do frio, da maresia que nos refrescava a cara e o corpo, nos dias em que o sol teimava esconder-se, até pelo menos à hora do almoço.

As praias de Salir e S. Martinho do Porto, mais frequentadas pela família, não tinham nada daquilo, apenas a areia fina manhosa, que adorava colar-se ao nosso corpo e que sempre detestei...
Nesses tempos a família era mesmo uma instituição, lembro-me de fins de semana na praia, com os meus avós, tios e primos. Era uma animação...
Os almoços tornavam-se em autênticos piqueniques, em pinhais próximos da praia, com direito a sesta e tudo. Da ementa havia sempre arroz de tomate e panados, que comíamos em pratos de plástico, num ambiente de alegria e partilha, que hoje está tão em desuso...

A Foz do Arelho desse tempo tinha fama e algum proveito de ser uma praia perigosa, porque facilmente se perdia o pé nas margens da Lagoa. E a aberta também costumava fazer das suas, especialmente a nadadores incautos, que se assustavam ao mínimo sinal de remoinhos e por lá ficavam...
Mesmo com estes perigos, no começo da adolescência, começámos a saborear a praia sem a companhia dos pais. De bicicleta, lá íamos nós do Bairro dos Arneiros até à Foz do Arelho. Eu era o mais pequeno e o mais "reguila", daquele grupo de amigos que já não há...

Interrompi esta "prosa" para ir levar a minha filha à escola.

O vento fez-nos companhia, na caminhada. Houve mesmo um momento em que fechei os olhos e recordei outras caminhadas, já adulto, à beira-mar, fora de época, em que também fechava os olhos e sentia aquela frescura atlântica, tão agradável, perfumada com o sal do Mar mais comunicativo que conheço...
Sim, o mar da Foz , fala, ruge, irrita-se. É por isso que está a tomar conta do areal. É provável que ande um pouco indeciso, porque também gosta de ter companhia. Só espero é que não se lembre dos "auto-falantes" de Verão, para não se enfurecer ainda mais...

sábado, agosto 11, 2007

As Corridas Diárias Entre as Caldas e a Foz

Nos anos setenta e oitenta a bicicleta era o transporte principal do meu grupo de amigos, que preenchiam as férias grandes com muita praia e muito desporto.
Esta onda desportiva tinha início no percurso feito de bicicleta entre as Caldas e a Foz do Arelho, realizado quase sempre num ritmo bastante competitivo, com a motivação da Volta a Portugal e também com as marcas na estrada de alcatrão, da estafeta pedestre organizada na Primavera pelos "Os Tufufos". De dois em dois quilómetros lá estava eu em ensaiar uma fuga e a ganhar mais uma "meta-volante".
A vingança estava destinada sempre para o fim, quando na entrada da vila os meus companheiros mais velhos (Vitor, Fernando, José Luís e Eduardo) começavam a pedalar e a desaparecer. Só os voltava a encontrar junto ao mar, onde deixávamos as bicicletas presas...
Chegámos a fazer estes dez quilómetros em pouco mais que dez minutos... e nem tão pouco ligávamos ao facto da estrada ser perigosa (na adolescência somos assim)...
Já na praia, além dos festivais diários de mergulhos na aberta (com uma prancha improvisada - saca de tecido cheia de areia), ainda íamos a trote até ao cais, onde mergulhávamos e regressávamos a nado até à aberta, aproveitando a boleia da maré vazante...
Também havia o futebol de praia, as raquetadas e as brincadeiras nas ondas, quase sempre selvagens do verdadeiro Mar, que desafiávamos, também com alguma inconsciência, apesar de sermos quase todos exímios nadadores...
O mais engraçado é que este quase ritual acompanhou várias gerações, que mostravam um grande orgulho em pertencerem aos "ibéricos"...
Eram tempos felizes e descontraídos...

Esta prosa está ilustrada com o óleo "Bicycle Race", de Lyonel Feininger.

quinta-feira, julho 05, 2007

Os Banhos de Rio

Agora que o calor começou a apertar, recordei-me de outra das nossas aventuras da meninice em Salir de Matos, os banhos no rio que passava na aldeia.
O lugar escolhido para o banho era praticamente debaixo da ponte, quase na fronteira entre Salir de Matos e Casais da Ponte, onde se formava um pequena represa, sempre com água, mesmo no pico do Verão. Os mais pequenotes como eu, até perdiam o pé, no meio daquela quase piscina natural.
Escusado será dizer que era proibido tomar banho de calções de banho. E quem não tirasse os calções era maricas...

O óleo que ilustra este texto é de Carl Larsson...