terça-feira, 31 de março de 2009

GRAÇAS A DEUS POR TRÊS ANOS

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Ontem passaram três anos sobre a criação deste espaço.
Nasceu de uma conversa com um irmão meu, e apenas para colocar histórias da família entre nós.
Logo nos primeiros dias coloquei um texto que reflectia a minha vivência da fé.
Não mais pensei, nem coloquei outros textos que não fossem ou reflectissem essa totalidade da minha vida, ou seja, essa certeza de que em tudo eu Lhe pertenço, ou melhor, quero pertencer.
Por isso, hoje quero dar graças a Deus por me ter dado este lugar de testemunho.
Quero dar-Lhe graças por todas e todos os que aqui conheci, uns fazendo notar a sua presença, outros em silêncio, e até alguns já pessoalmente.
Dou-Lhe graças pelos que aqui caminhamos juntos, e por aqueles que repudiam este caminho, (não o “meu” caminho, que esse pode muito bem ser repudiado), mas o caminho de Deus.
A presença de todos é incentivo e os vossos comentários e mails são sempre motivo de procura e de encontro com o Deus que se faz presente no meio de nós.
Até quando Ele quiser aqui estarei, servindo-O deste modo novo, abrindo a vida que Ele me deu a todos os que aqui vierem, porque o amor, a paz, a alegria que o Senhor colocou na minha vida, não pode ser contida em mim e tem de extravasar para os outros.
Quisera eu, por Sua graça, ser capaz de expressar melhor a Vida que a Trindade Santíssima colocou e coloca na vida que me deu.
Um abraço muito, muito amigo em Cristo para todas, para todos do
Joaquim
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quinta-feira, 26 de março de 2009

CONTINUAÇÃO DA PARÁBOLA DO FARISEU E DO PUBLICANO

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Quando o fariseu terminou a sua oração, meteu a mão no bolso e com aparato tirou uma moeda de ouro que deixou cair com barulho, na caixa das esmolas.
Voltou-se para sair do templo e reparou que o publicano de cabeça baixa mexia num saco de pano, de onde tirou uma pequena moeda, que com delicadeza depositou na caixa das esmolas.
O Fariseu saiu então do templo e ficou a aguardar o publicano.
Quando este saiu, humilde e contrito, o Fariseu perguntou-lhe com um ar importante:
- Quanto deste, ali no templo?
O publicano com a cabeça baixa, respondeu:
- Dei tudo quanto aqui tinha. Tudo o que tenho me veio do Senhor e Ele nunca me falta com o indispensável à minha vida.
Levantando a cabeça, fitou o Fariseu com uns olhos límpidos e calmos, com um sorriso alegre e tranquilo, e dizendo-lhe:
- A paz do Senhor esteja contigo! afastou-se, caminhando.
Reparou o fariseu na paz e tranquilidade que emanava daquele homem, no amor com que lhe tinha falado e sobretudo na leveza do andar, parecendo que quase não tocava o chão.
No entanto não se deixou comover e pensando para si próprio, disse em voz alta:
- Coitado, pobre homem inculto. Não sabe que eu como sou, praticando a lei rigorosamente, tenho sempre a paz do Senhor comigo.
Começou então a andar no caminho para sua casa, cabeça erguida, nunca dando atenção àqueles que na rua pediam, que o cumprimentavam, que lhe sorriam.
Mas o episódio passado não o deixava sossegado. Que possuía aquele pobre homem, (que ele considerava tão mal), que ele próprio não tinha!
Nunca na sua vida, pensou, tinha conseguido ter tal olhar, tal sorriso ou apresentar aquela paz, aquela tranquilidade, aquele amor.
Parou e sentou-se à beira do caminho com a cabeça entre as mãos, pensando em tudo o que tinha visto e sentido.
De repente, tocaram-lhe no ombro e ao levantar os olhos, deparou com o publicano que com uma voz doce lhe perguntava:
- Sente-se mal, precisa de ajuda, posso fazer alguma coisa por si?
Mal refeito da surpresa, (e por tanto amor vindo de quem tinha tratado tão mal), deu por si a agradecer e a dizer que não, não precisava de nada, pois entretanto, tinha tido resposta à sua inquietação.
Levantou-se e começou a caminhar em direcção ao templo.
A um pobre homem quase sem roupa, deixou a sua túnica, a outro que tinha fome, deixou as moedas que levava, a um que estava descalço, deixou as suas sandálias, a uma mãe com filhos famintos, como não tinha mais nada com ele, deixou os seus anéis e colares.
À porta do templo, parou e não entrou. Ajoelhou-se, baixou a cabeça e disse:
- Perdoa-me, meu Deus, que nada sou. Não sou nem digno de entrar no Teu templo, como o publicano, porque sou muito maior pecador. Acredito na Tua misericórdia e sei que me perdoas, por isso Te peço que me ajudes a mudar de vida, pois também eu reconheço agora, que tudo o que tenho, me vem de Ti e a Ti pertence e que mo deste não só para mim, mas também para ajudar os que precisam. A Ti, Senhor, confio a minha vida, pois sei que com nada me faltarás.
Levantou-se e sentiu imediatamente que o seu olhar era diferente, mais limpo, percebeu que tinha um sorriso alegre na cara e deixou-se envolver por uma paz e tranquilidade, que nunca tinha sentido.
Louvando a Deus, regressou a casa, espalhando alegria e paz pelo caminho e ao chegar, deu a Boa Nova a todos os seus.
No Céu a alegria era imensa e o Bom Pai, nosso Deus, acompanhado do sorriso alegre do Espírito Santo, disse a Jesus Salvador:
- Foi boa ideia, Meu Filho, teres-te feito passar por publicano. Já salvaste mais um homem.
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A Quaresma e o "Caminho de Conversão", fizeram-me lembrar deste texto que escrevi em 7 de Março de 2000, já aqui tinha publicado em 2006, e agora recordo convosco.

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terça-feira, 24 de março de 2009

CAMINHO DE CONVERSÃO 8

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Segunda feira, 30 de Junho de 2003

Obrigado, Senhor, por mais este dia.
Obrigado, Senhor, pela noite de Missa e Adoração. Obrigado, Senhor, por estes teus dois sacerdotes. Obrigado, Senhor, pela presença dos meus filhos comigo, nesta noite.

Estou vazio, Senhor.
Quero sentir, quero escrever, quero dizer o que me vai no coração, na alma, e nada sai.
Parece que estou seco, e que Tu, Espírito Santo, Te afastaste de mim, e assim a Tua doce inspiração deixou de existir em mim.

Sei que não é verdade, Senhor, que Tu continuas em mim, que sempre continuarás enquanto eu Te receber de coração aberto, mas, Senhor, neste momento estou a atravessar um momento de secura.
Louvado sejas Tu, Senhor, por isso mesmo.

Percebo bem, que sem Ti, não há oração, não há paz, não há tranquilidade, não há repouso no coração, por isso, Espírito Santo, peço-Te, vem em auxilio da minha fraqueza, vem despertar em mim a graça da oração, vem dar-me a paz, a tranquilidade, a verdadeira alegria, que só pode vir de Ti.

Só Tu, Senhor, podes fazer que o meu coração, seco e árido, se transforme num coração mole, permeável ao Teu amor, tão mole como uma esponja, para ficar embebido do Teu amor, um coração molhado, encharcado da Tua água viva, da água que dá vida, e que faz nascer e renascer a vida.

Só Tu, Senhor, podes transformar o silêncio insuportável numa oração de louvor, numa oração de graças, numa oração de súplica, numa oração de intercessão, numa oração de entrega.
Eu creio em Ti, Senhor, e quero pertencer-Te sempre.

Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.
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quinta-feira, 12 de março de 2009

FALANDO DE CONVERSÃO

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Entrevista no programa "Tardes da Júlia", na TVI, em 9 de Fevereiro de 2009





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terça-feira, 10 de março de 2009

CAMINHO DE CONVERSÃO 7

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Sábado, 21 de Junho de 2003

Obrigado Senhor, por mais este dia, por este dia.
Por todas as graças que hoje quiseste derramar em tantos irmãos, em tantos lugares. Não sei Senhor, quantas almas foram salvas, quantas alegrias nasceram, quantas esperanças foram confirmadas, quantas confianças deram fruto, quantas súplicas foram atendidas, quantas faltas foram perdoadas, quantos rancores e ressentimentos transformaste em perdão, quantos ódios e violências acabaram na paz, quantas tristezas deram origem a alegrias, quantas dúvidas retiraste para colocares a fé, quantos cegos não Te viam e passaram a ver, quantos surdos não Te ouviam e passaram a ouvir, quantos mudos não falavam e passaram a cantar-Te, a testemunhar-Te, quantos corações não amavam e passaram a amar-Te, quantos joelhos não se dobravam e prostrados passaram a adorar-Te, não sei, Senhor, quantos foram neste dia, em toda a humanidade, em todos os lugares dos mais conhecidos aos mais inóspitos, não sei, Senhor, mas dou-Te graças por todos eles.

Dou-Te graças também, por todos aqueles que não estão incluídos neste número, mas que Tu amas com o mesmo amor, e que um dia por Tua graça, irão receber todas estas graças, aquelas que Tu sabes, Senhor, que lhes são mais necessárias.

Obrigado, Espírito Santo, que oras no homem com “gemidos inexprimíveis” e assim pedes ao Pai, por Jesus Cristo, tudo aquilo que o homem precisa.

Obrigado, Senhor, por este ano de Catequese. Aceitei, Senhor, esta missão há um ano, não sei, Senhor, se por orgulho ou vaidade, ou porque Tu o colocaste no meu coração, mas não estou arrependido, Senhor, pois trabalhaste em mim, servindo-Te de mim.
Aprendi, Senhor e só Tu sabes se ensinei. Só Tu sabes, Senhor, porque só Tu conheces os corações daqueles jovens, só Tu sabes se as palavras e os gestos que fiz, foram meus, e portanto sem vida, ou se vieram de Ti e portanto tocaram os corações de todos eles.
Será orgulho, pelo menos um pouco de orgulho, mas gostava tanto, Senhor, de continuar a ver aqueles jovens na Missa, a sentir que aqueles jovens rezam, a conhecer que aqueles jovens não se vão afastar de Ti.
Diz-me, Senhor, o que queres que eu faça, e eu faço-o, assim Tu me dês a força e o ânimo para tal.
E agora, Senhor, no próximo ano precisas de mim na Catequese? Aqui estou, Senhor, entrego-me nas Tuas mãos, que seja feita a Tua vontade.

Fala, Senhor, que o Teu servo escuta!
Aqui estou, Senhor, de coração aberto para Ti. Desejo tanto escutar-Te, sentir-Te, ouvir-Te, seguir-Te, servir-Te, amar-Te, louvar-Te, adorar-Te. Que posso fazer, Senhor, que aumente a minha entrega, que concretize o meu desejo de Ti, que me preencha de Ti. Eu nada posso fazer, claro, se Tu não fizeres em mim.

Senhor, quero ser santo! Não para estar nos altares, mas para Te agradar, Senhor, para Te consolar, Senhor, para Te “afirmar” que o meu passado não existe e que acredito no Teu perdão.
Senhor, quero ser santo! Para que o meu pensamento esteja sempre em Ti, para que não dê um passo sem Te perguntar: Senhor, é isto que queres?
Para que não profira uma palavra sem que saiba que por Ti foi inspirada, para que não tenha planos, mas assuma os Teus planos para mim e para os outros, para Te invocar de manhã e à noite e durante todos os momentos da minha vida, para que o meu coração nada mais tenha, a não ser a Tua presença.
Quero ser santo, Senhor, para que aqueles que se cruzarem comigo, saibam que a Ti pertenço e que só Tu és o Senhor da minha vida e que isso é o melhor que me pode acontecer, e que só assim quero viver. Para que também eles queiram ser santos, para experimentarem as delicias de estar contigo, a alegria de viver contigo, as certezas de ser guiado por Ti, a confiança e a esperança de repousar em Ti.

Pelos poucos momentos que já passei em que me tocaste, Senhor, em que Te fizeste sentir, em que moldaste a minha vida pelos breves momentos em que eu deixei, eu digo-Te, Senhor, quero ser santo!

Quero amar os “meus” Judas, como Tu, Jesus, amaste o Teu, quero amar os que me querem mal, como Tu Jesus, amaste os Teus algozes, quero perdoar, Senhor, como Tu perdoaste e perdoas, quero pedir perdão, Senhor, para que o perdão cresça em mim.

Quero ser santo, Senhor, é uma decisão que coloco na minha vida, porque ao querer ser santo estou a fazer a Tua vontade, e eu quero fazer a Tua vontade.

Ah, Senhor, e a Cruz, a Tua Cruz! Também eu, Senhor, quero aceitar a minha cruz, a cruz que me pertence, a cruz da santidade.
Coloco o meu ombro a jeito, inclino a minha cabeça, encho o meu peito de ar, abro o meu coração para Ti, e digo-Te: Senhor, coloca a cruz nos meus ombros e sê o meu Cireneu, porque sem Ti, Senhor, não a consigo levar.
Tens que vir comigo, Senhor, para me ajudares a levantar as inúmeras vezes que eu cair, as inúmeras vezes que o meu coração vacilar, as inúmeras vezes que eu pensar que as minhas forças não vão chegar.
Quero ser santo, Senhor!

Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.
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sexta-feira, 6 de março de 2009

CAMINHO DE CONVERSÃO 6

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Segunda feira, 9 de Junho de 2003

Obrigado Senhor, por este dia e sobretudo pela oração da noite no grupo de oração. Como Te fizeste presente, Senhor, no meio de nós!

Obrigado por nos teres levado e entregar-Te as nossas vidas, sobretudo aquelas áreas das nossas vidas em que verdadeiramente, por culpa nossa, não Te “deixávamos” entrar.
Sim, Senhor, não quero ter na minha vida, ou melhor, na vida que me deste, nenhuma área, nenhuma coisa, em que Tu não estejas presente, ou melhor, que eu não Te confie e em Ti espere.

Tudo Te pertence Jesus, e eu entrego-Te, ou quero, desejo, entregar-Te tudo o que diz respeito a mim: o bem e o mal.
Porque o bem Tu o recebes e guardas, o mal, Tu o recebes e transformas em bem e devolves como ensinamento.
Obrigado, Senhor, pertenço-Te e entrego-me a Ti, por inteiro, em tudo na minha vida.

«ficai aqui e vigiai comigo.» - «Nem sequer pudeste vigiar uma hora comigo!»
Mt 26, 36;40

Obrigado Jesus por me teres mostrado naquele livro uma tão bonita interpretação destas Tuas frases. (A graça da oração – Jean Lafrance – pág 101)
Quando rezavas no Getsémani, rezavas com certeza por todos nós, por todos os pecadores que sempre existem, existiram e existirão.
Pedes-nos para rezarmos contigo, para intercedermos pelos outros, para Te fazermos companhia, para nos angustiarmos contigo por haver tantos pecadores, tantos homens e mulheres afastados de Ti, que não Te conhecem, ou seja, que vivem afastados da Verdade, que não conhecem a Verdade.

Tu, Jesus, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, pedes-nos a nós, simples criaturas, que rezemos contigo, que juntemos as nossas orações às Tuas, pelos pecadores, pelos perdidos, pelos que não Te conhecem. Dás-nos esta missão de pedir pelos outros, ou seja, amá-los como Tu nos amaste.
E não nos deixas sozinhos nesta missão, pelo contrário, dizes a cada um de nós, «Eu sou o primeiro a pedir ao Pai», e ensinas-nos a rezar como convém, pelo Teu Espírito Santo.

Mas nós não “temos tempo”, nós estamos cansados, adormecemos no conforto da vida ou ocupamo-nos com as nossas próprias preocupações.
E Tu, Senhor, admirado dizes a cada um de nós: «Nem uma hora pudeste vigiar comigo!»

Senhor, que vergonha, porque às vezes nem é uma hora num dia, é uma hora por semana, isto é, não arranjamos tempo para estarmos contigo na Eucaristia, uma vez por semana!
Somos capazes de pedir as coisas que nos fazem falta para a nossa vida do mundo, somos capazes de pedir para os outros bens materiais e saúde, mas raramente pedimos para os nossos irmãos e irmãs a salvação!
E mesmo quando pedimos é por aqueles que são das nossas famílias, ou que nós conhecemos.
E então por aqueles que ninguém conhece, ou que não têm na família ninguém que peça por eles?
Temos de ser nós a juntar a nossa voz, a nossa pobre voz, à de Cristo no Getsémani e suplicar ao Pai, piedade, compaixão, misericórdia para todos nós.

Tu, Senhor, dás-Te por inteiro, nós damos pequenos pedaços, que muitas vezes logo retiramos. Somos tão “bons” a julgar os outros, mas não gostamos que nos julguem a nós.

«Nem sequer pudeste vigiar uma hora comigo!»

Que vergonha, meu Deus, sempre tão ocupado nas minhas coisas, na minha vida, na minha oração, nos meus pedidos, nos meus planos, nas minhas preocupações, nas minhas angústias, na minha família, nos meus amigos, nos meus conhecidos, etc., etc.
Vês, Senhor, como eu sou? É tudo meu, só me preocupo com “o meu e a minha”, e afinal não tenho nada porque é tudo Teu!

Sofreste tanto, Senhor, por aqueles que sofrem e hão-de sofrer porque se afastam de Ti. E eu, Senhor, não posso também deixar-me sofrer um pouco, sobretudo por aqueles que não sei quem são?

Senhor, entrego-me a Ti, para que faças de mim o que Te aprouver, e tudo quanto assim seja, Te quero entregar pela salvação dos outros, sobretudo aqueles que eu não conheço, mas que Tu, Senhor, sabes bem quem são.

Não sou nada, nem ninguém, Senhor, sou pecador e fraco, mas com a força do Teu Espírito Santo a quem me entrego para que ore em mim, quero fazer-Te companhia na Tua oração.

Acorda-me, Senhor, não me deixes dormir nas minhas comodidades ou ocupado com as minhas preocupações. Ajuda-me a sair de mim e a, de joelhos, prostrado, com a cara no chão, fazer-Te companhia, entregar-Te a minha oração, para que a leves ao Pai, suplicando por todos aqueles que não têm quem suplique por eles.

Quero estar contigo, Senhor, não uma hora, mas sempre e em todo o momento.
Quero, por Tua graça, fazer do resto da vida que me deres, uma oração de companhia à Tua oração no Getsémani, oração que continuas a fazer todos os dias, para que o Pai tenha misericórdia de nós, pecadores.

Sagrado Coração de Jesus, eu tenho confiança em vós.

Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.
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terça-feira, 3 de março de 2009

CAMINHO DE CONVERSÃO 5

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Terça feira, 3 de Junho de 2003

Obrigado, Senhor, pela paz que de vez em quando toca o meu coração.
No meio da tempestade, da inquietude e da angústia, (como sou fraco, meu Deus, como é fraca a minha fé, a minha confiança, a minha esperança), surgem momentos profundos de paz e alegria, porque me tocas, Senhor, porque Te tenho, Senhor, por Tua graça.

E vais-me ensinando a rezar, já não mais como um “conhecedor”, ou como um, (pensava eu, pobre de mim), privilegiado, mas sim mostrando-me a minha pequenez, a minha fraqueza, mostrando-me como sou nada sem Ti.
Já não rezo, (pelo menos todas as vezes que rezo), como um “igual”, falando com o meu Deus como se me devesses alguma coisa, mas sim invocando-Te, suplicando-Te, abandonando-me a Ti.

Ó meu Jesus, pobre de mim, que estava e estou ainda tão enganado, convencido que já tinha percorrido muito caminho e afinal ainda nem comecei a caminhar.
Como um caminhante ainda estou a fazer a “lista” do que preciso para caminhar, ainda estou a arranjar o saco para sair da minha casa cheia de mundo, ainda estou nas despedidas, renitente em deixar o que não é nada.

Pobre de mim, ó Pai, que ainda procuro maneira de Te invocar, de Te suplicar, de Te chamar Pai e com sinceridade me sentir Teu filho, dependente em tudo de Ti.

Pobre de mim, Espírito Santo, que continuo a agarrar o puxador da porta da minha casa do mundo, em vez de Te dar a mão e me abandonar no Teu vento impetuoso que me quer conduzir.

Ó meu Senhor, ensina-nos a rezar!
Ó meu Senhor, ensina-me a caminhar!

Fizeste-me tão grande de corpo que a maior parte das vezes não consigo entender como sou pequeno em Ti.
Queria tanto, Senhor, sentir-me pequeno junto dos outros, sentir-me útil à Tua Palavra, diminuir cada vez mais para Tu cresceres em mim.

Tanto pensamento vão, tantos planos traçados e dos quais Te arredo, Senhor. De nada valem, porque não são Teus, ou porque, pelo menos, não os apresentei à Tua aprovação.

Obrigado, Senhor, por este caminho que agora me estás a dar, que agora me queres mostrar, embora eu ainda cego pelo mundo, tenha dificuldades em ver.

«Procurai a paz com todos e a santidade, sem a qual ninguém verá o Senhor.» Heb 12,14

Quero suplicar-Te, ó Pai, por Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo, que me ajudes a colocar a paz no meu coração, sobretudo para com aqueles com quem mais me custa falar, em quem mais me custa pensar, com aqueles que quase sempre não quero amar. Sobretudo todos os irmãos que provocaram este assunto da empresa. Que por Tua graça eu os possa acolher no meu coração e amar com o Teu amor.

Mãe, dá-me do teu amor, desse amor com que amas todos os teus filhos, que o teu Filho te deu. Dá-me desse amor puro e sincero com que nos amas, para que também eu, pobre de mim, possa amar assim.

Mãe de amor, rogai por nós.

Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.
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