Faço de conta que penso ou que imito a morte de outrém, invisibilidades convenientes quando a nódoa da tinta não mancha página alguma, ou o sono de vigília igual aos gatos dizem um olho aberto outro fechado como o de Maria Mendes, quem foi Maria Mendes, havería eu de lhe escrever epístolas e a partir daí um rombo na folha a despertar a intermitência da mão à chávena, não há mais café, nem de brincar a beber o gesto dessedenta a vontade e o aparo arranca desenfreado em doses extra de cafeína mágica ou eínas que sempre deveriam surgir em instantâneos que se tentam enquadrar em bocados limitados à dimensão dos olhos, como se a possibilidade de controlar a própria palavra do imprevisto de um instantâneo fosse condição... Já nem me dou ao trabalho, desprendo cabelos e contorno as mechas espalhadas pela páginas do caderno a azul-china, quase fico contente com a tarefa, ao menos não foram o delimite das palmas abertas, que novidade! Que diria a tal de Maria Mendes desta proeza.
CAPÍTULO QUARENTA - DE VOLTA A CASA
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Ao fim de pouco mais de três meses Alberto fechou a conta e a familia
regressou à casa renovada.
Maria da Luz apenas tinha ido por uma vez ver o decurso das...
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