A 1 de Maio de 2007 entrei como Gasolina e apresentei o Flor da Palavra. Fi-lo a meu gosto, ao gosto do que me sai em letras, ri, zanguei-me, tornei-me próxima de uns quantos o quanto o virtual afasta e aconchega, o sonho no imaginado desse terreno e os pés sempre assentes em solo firme vivendo a vida real conforme ela me deixava e eu melhor sabía.
Porquê Gasolina e não um desses pseudónimos encantatórios de fazer sorrir sem se sentir ou tão misteriosos que não se consegue decifrar nada? A explicação é tão simples que aborrece e assim, prefiro que quem me lê lhe ache os predicados e defeitos que melhor o satisfizer.
Já da Flor, a da Palavra, essa quero esclarecer: foi tudo bruto e natural, sem preparações, sem correcções, a rama visceral do que me sobe pelas goelas e se verte em composições a que se combinou chamar texto. Talvez hoje rebaptizasse a Flor e lhe chamasse Raíz da Palavra, uma coisa funda que não se vê mas sabe-se, tem de estar para existir a Palavra.
E é nessa fundação sólida que encontro a Árvore, não com uma mas com todas as palavras que conheço e mais as que descobrindo me surpreendem e ainda as que se revelam numa novidade de sentires e emoções e traduções do querer dizer!
Mas a Árvore foi também a semente, uma geração de identidades distintas, autonomas, géneros estranhos que não pertencem aos dois grupos e ainda assim o são, aperfeiçoados pela pena ou defeituosos de tão comuns que me obrigam a cuspir-lhes na cara pelo nojo de lhes ser.
Tenho coração acelerado. Não sei se o meu se o de outrém... Mas antes assim, que preciso de tantas vidas quantos os que sou e já que o tempo é canalha ao menos que morra de coração cansado de tanto bater.