Os dias andam a fugir-me como areia entre dedos afastados e por mais que economize caminhos, tarefas e sono, não tem acrescentado muito mais ao mais que preciso fazer. Rapo os restinhos e vou-me enganando o melhor que sei, ou seja, nada sei porque parece que desperdiço o que ganhei. Quero eu dizer que viver à minha maneira está curto, e do que anseio materializar há mais de imaginado do que palpável. Vou desta forma coxa dormindo em trajectos, escrevo o que sonho nesses assentos mal aquecidos, almoço enquanto trabalho e janto letras, toda contente com esta dieta. Da mão esquerda dou uso às teclas e à direita afago cabeças de cão e gato, não necessariamente por esta ordem.
Mas se no final do dia o regaço está tão vazio porque raio me sinto tão cansada?!
Ando sem tempo de aqui vos responder. Obrigado a quem vem.