Pedes[-me]a dor. No regresso queres que encare a dor e lhe diga bom dia como se o ontem tivesse sido uma noite em que as janelas ficaram abertas para se ouvir a estrela cadente a conceder-nos o desejo pedido.
Falas-me com palavas duras que vêm em forma de pingos de mel. Ouço um discurso preparado para ser aplaudido, uma fórmula eficaz para ter sucesso, sei-me rendido e ludibriado e ainda sim deixo que digas, que professes a tua doutrina e permito-te
[o regresso]
Não sei o que mais temo ou o que mais desejo.
O confronto da dor de te ter por perto de novo ou a coragem de lidar comigo mesmo.
Peço o desejo à estrela cadente que risca o negrume alumiando hipóteses sem validade. Acreditas tu no discurso do [meu] convencimento? Ou é a coragem de nos saberes dor outra vez, irremediavelmente presos a um ciclo de palavras mordidas e afugentadas pela violência dos silêncios?
Que seja. Mas deixa as janelas abertas.
ecg
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