Eis-me ao lado do centro do assombro. Aqui não se distingue o calor de ser queimado ou de se ser fogo é um outro nome mero rumor. Por fora, na rua, só rumoreja um estranho canto de acendalha que incendeia o poema verdadeiro. Que assim seja uma torre sem paredes que se levanta. Sem paredes nem tecto nem chão... um agulheiro só de marcas de carmim e sangue onde calha. Sangue vulnerável aos desejos mais profundos da noite. Porque o fogo não se dá ao trabalho de não o ser é crepuscular, assim. E, cá dentro fujo para que finja que não sou mais feito de cinza. Deixa os sorrisos, as promessas e os beijos, traz-me antes o líquido da primeira nuvem que passar pelos teus olhos. Suspeito da leveza que atinja estas minhas asas de suspensão. Esta noite queimou-se lá fora o meu fim para não ser mais o que não posso. Sempre me ensinaram que o sangue nunca será mais do que é. É o que sou, o que jamais serei será fogo escrevend...