Não são revistas literárias per se . Ou revistas só de imagens, só de banda-desenhada, só de arte pela arte, ou por aí fora. Poderão até ser revistas temáticas pela natureza de quem se agrega para as criar, mas que não se definam nunca, por passarem por meros panfletos artísticos glorificados, carregados daquela gosma hormonal dos egos enchidos num verbo nulo. Muito embora também as haja assim. Nem tampouco se poderão resumir a simples punhados de bom dinheiro deitado fora, ora impressos em papel couché e bem cosidos a arame, quando calha, ora mais iconoclastas, lavrando páginas ásperas em papel quase de merceeiro, ligadas por linhas de fio de ráfia. Algumas poderão até conter sucessões de imagens e textos soltos, desconexos, muitos até perturbadores, insanos, ainda que, sobre a ideia de se estar são nestes tempos, muitas vezes a insanidade de quem tem algo para dizer, fará sempre muito mais sentido, do que o ser correcto e direitinho que segue os cus dos Judas. No fundo, trata-se...