sábado, 25 de janeiro de 2020

HISTÓRIA de PORTUGAL: QUEM FOI LOPO SOARES de ALBERGARIA

Lopo Soares de Albergaria

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Lopo Soares de Albergaria
Flag of Portugal (1521).svg
Período1515 — 1518
AntecessorAfonso de Albuquerque
SucessorDiogo Lopes de Sequeira
Dados pessoais
NascimentoC. 1460
Lisboa
MorteC. 1520 (78 anos)
Torres Vedras
ProgenitoresMãe: D. Mécia de Melo
Pai: Rui Gomes de Alvarenga
Lopo Soares de Albergaria (Lisboa, c. 1460 — Torres Vedras, c. 1520)[1] ou Lopo Soares de Alvarenga, como mais usualmente é apelidado[2], foi um influente aristocrata e militar, capitão-mor e governador da Fortaleza de São Jorge da Mina, depois nomeado por D. Manuel I, em 1515, como o 3.º governador da Índia, sucedendo no cargo a Afonso de Albuquerque.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Em novo, a 18 de Janeiro de 1469, igualmente, usou o nome Lopo Soares de Melo e com este, sendo na altura moço fidalgo da Casa Real, teve uma tença anual de D. Afonso V para mantimento de seus estudos.
A 22 de Abril de 1504, Lopo Soares capitaneou a Armada que partiu para a Índia e derrotou os muçulmanos[3], defendendo-se dos ataques do rei de Calecut[4].
Regressou a Portugal logo no ano seguinte, em 1505, nos começos do Verão, acompanhado pelo heróico Duarte Pacheco Pereira[5].
Ruma novamente para a Índia, depois de ter sido nomeado governador desse território, sucedendo a Afonso de Albuquerque em 1515.
Em 1519 voltou a Portugal[3], substituído do cargo por Diogo Lopes de Sequeira.
Há que diga que aí, durante esses quatro anos não conseguiu dar continuidade ao trabalho de Afonso "o Terribil", tendo tido vários insucessos militares que em geral desagradou, não só aos réis indianos, mas também aos portugueses e derrotou os muçulmanos[3].
Isso devido à sua expedição ao Mar Vermelho de 1517, em busca de turcos, que se diz que resultou em fracasso. Na verdade, apenas decidiu não avançar sobre terra e suspender o ataque ao porto de Jedá, face ao risco de um bombardeamento com êxito por parte da artilharia turca. O que, por alguns, foi considerado bom-senso do chefe militar português, e por muitos, pura cobardia. Recuo que se juntaria a um outro, iniciado dois anos antes, com a derrota, bem real, em Mamora, no litoral marroquino, onde morreram 4000 portugueses[6].
E esquece-se que enquanto estava nas mesmas funções, na governação da Índia, em 1518, venceu a armada do Egipto e incendiou Zeila, na costa etíope assim como fundou a fortaleza de Colombo, na Ceilão ou Taprobana[7](actual Sri Lanka), sendo esta identificada como o factor mais significativo da sua governação.
Outra estranheza é ter sido dado ouvidos a uma difamação contra ele pois reza a história que D. Lopo era um homem honesto[3] e esta vinha principalmente por parte de um Vigário Geral de Cochim que mais tarde foi acusado: de crimes de peculato, de "mulherengo" e acabou por desaparecer da arena política/religiosa da Índia[8].
Viveu por algum tempo no Solar de Refojos, em Vale de Cambra, no lugar da Portela de Vila Chã, mas, quando regressou foi antes para a sua quinta, em Torres Vedras.
O rei D. Manuel I ainda intima-o a apresentar-se no Paço, em Lisboa, para prestar contas (financeiras) de acontecimentos havidos no Oriente. Mas o fidalgo recusou responder ás injunções do rei. D. Manuel insiste e intima-o a apresentar-se de imediato... Lopo Soares de Albergaria responde-lhe - pedindo que o dispensasse de tal mercê e "pois se era por questão de demandas com Fernão de Alcaçova (Vedor da Fazenda da Índia[9]não se queria defender delas e se dava por condenado, para o que respondia sua fazenda; se mesmo fosse necessário o ser executado, em Torres Vedras havia picota para toda a execução e ele cá estava de pé quedo; e se sua Alteza o chamava para lhe fazer mercê e bem contente estava com o que tinha, porque Deus o trouxera para junto de suas filhas." El-Rei acabou por dispensar de insistir na sua demanda[10].
Tinha como sua propriedade uma capela na Igreja da Graça, em Lisboa, onde se encontrava sepultada sua mulher. Era sob a invocação de São Fulgêncio, onde está o actual baptistério, e tinha sido mandada edificar para si e seus herdeiros que a cederam depois[2]. Os seus pais tinham antes dele lá uma outra ou mais provavelmente era uma extensão da mesma pois ela seguiu essa instrução e a sua família, pela mão de sua filha D. Catarina e única a ter descendência, continuou a usar esse espaço, pelo menos até 1884, para túmulo[11].

Dados genealógicos[editar | editar código-fonte]

Lopo Soares de Albergaria 1.º senhor de Pombalinho (que comprou ao Conde de Penela). Nascido cerca 1442, em Lisboa e falecido depois de 1520, em Torres Vedras.
Filho de:
e de: D. Mécia de Melo ou D. Milícia de Melo Soares, filha de Estêvão Soares de Melo, senhor da honra de Melo, e de D Tereza de Andrade, filha de Rui Nunes Freire de Andrade, senhor de Algés.
Casamento
  • Com: D. Ana de Albuquerque, filha de Nuno da Cunha «o Velho» e de D. Catarina de Albuquerque.
Tiveram:

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