sexta-feira, 29 de setembro de 2023

MAIAS e AZTECAS

"Era o grande Montezuma de idade até quarenta anos e de boa estatura e bem proporcional, e cinzento e poucas carnes, e a cor nem muito morena, mas própria cor e nuance de índio, e trazia cabelos não muito longos, mas quanto lhe cobriam as orelhas, e poucas barbas, pretas e boas postas e ralas, e o rosto um pouco longo e alegre, e os olhos de boa maneira, e mostrava em sua pessoa, no olhar, por um cabo amor e quando era necessário gravidade; era muito polido e limpo; tome banho todos os dias uma vez, à tarde; tinha muitas mulheres como amigas, filhas de senhores, pois tinha duas grandes cacicas pelas suas legítimas mulheres, que quando usava com elas era tão secretamente que só o conseguia saber a não ser um dos que lhe servia.
Ele tinha sobre 200 principais de seu guarda em outras salas ao lado da dele, e estes não para que todos falassem com ele, mas qual e qual, e quando iam falar com ele, tinham que tirar os cobertores ricos e colocar outro de pouca valor, mais tinham que ser limpas e tinham que entrar descalços e os olhos baixos, postos em terra e não olhá-lo na cara, e com três vénias que lhe faziam e lhe diziam nelas: Senhor, meu senhor, meu grande senhor", primeiro que ele chegasse; e desde que lhe davam relação com o que iam, com poucas palavras os despachava; não lhe viravam as costas quando se despedia dele, mas sim a cara e os olhos baixos, em terra, para onde estava e não viravam as costas até que saíssem da sala.
Ao comer, tinha seus cozinheiros sobre trinta maneiras de guisados, feitos à sua maneira e usança, e tinham os postos em braseiros de barro meninos de baixo, porque não arrefeceram, e daquilo que o grande Montezuma tinha para comer cozinhados mais de trezentos pratos, sem mais de mil para o povo de guarda e quando eles tinham que comer saía Montezuma algumas vezes com seus principais e mordomos e apontavam qual guisado era melhor, e de que pássaros e coisas era guisado, e do que lhe diziam sobre aquilo havia de comer, e quando saía a vê-lo eram raras vezes e como por passatempo.
Galinhas, galinhas de papada, faisões, perdizes da terra, codornizes, patos mansos e bravos, veado, porco da terra, laços de cana e pombos e lebres e coelhos, e muitas maneiras de pássaros e coisas que são criadas nesta terra, que são tantas que não vou acabar com elas de nomear tão presto."
"História Verdadeira da Conquista da Nova Espanha" - Bernal Díaz do Castelo Soldado Hernán Cortes
 
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Quem é Santa Bernardette:Extacto na WIKIPÉDIA

 





Bernadette Soubirous

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Bernadette Soubirous
Santa Bernardette Soubirous
NascimentoLourdes 
7 de janeiro de 1844
MorteNevers 
16 de abril de 1879 (35 anos)
ProgenitoresMãe: Luísa Castèrot
Pai: Francisco Soubirous
Veneração porIgreja Católica
Beatificação12 de junho de 1925
Roma
por Papa Pio XI
Canonização8 de dezembro de 1933
Roma
por Papa Pio XI
Festa litúrgica16 de abril (na França, 18 de fevereiro)
Padroeirapessoas doentespastores
 Portal dos Santos

Marie-Bernard Soubirous ou Maria Bernarda Sobeirons em occitano (Lourdes7 de Janeiro de 1844 – Nevers16 de Abril de 1879) foi uma religiosa francesacanonizada pela Igreja. É conhecida por ter sido a menina a quem a Virgem Maria teria aparecido em Lourdes, na França, quando tinha 14 anos de idade.

Biografia

Filha de um pobre moleiro chamado Francisco Soubirous e de Luísa Castèrot, a francesa Bernadette foi a primeira de nove filhos. Na infância, ela trabalhou como pastora e criada doméstica. O pai esteve preso sob a acusação de furto de farinha, contudo foi absolvido.[1]

Durante os dez primeiros anos, a menina morou no moinho de Boly (onde nasceu).[2] Passando por graves dificuldades financeiras, a família mudou-se depois para Lourdes, onde vivia em condições de miséria, morando no prédio da antiga cadeia municipal, que fora abandonado pouco antes. Apesar de parecer insalubre, todos viviam no andar superior do edifício, ocupado pelo primo de Francisco Soubirous, pai de Bernadette. Era um buraco infecto, sombrio, e a divisão inabitável da antiga prisão abandonada por causa da insalubridade.

Desde pequena, Bernadette teve a saúde debilitada devido à extrema pobreza de sua habitação. Nos primeiros anos de vida foi acometida pela cólera, o que a deixou extremamente enfraquecida.[3] E, por causa também do clima frio no inverno, adquiriu asma, aos 10 anos. Tinha dificuldades de aprendizagem formal e na catequese, o que fez com que a sua primeira comunhão fosse atrasada. Não pôde frequentar a escola, mantendo-se analfabeta até os 14 anos.

No dia 11 de fevereiro de 1858, em Lourdes — cidade com cerca de quatro mil habitantes —, Bernadette disse ter visto a aparição de uma "senhora" envolta de uma luz na gruta denominada massabielle ( "pedra velha" ou "rocha velha"), junto à margem do rio Gave. Outras aparições sucederam até que Bernadette perguntou à "senhora" quem ela era. Segundo seu relato ao pároco local, Pe. Dominique, a resposta foi: "Eu sou a Imaculada Conceição".[3] O que causou espanto e comoção ao padre, que sabia que a moça não estava inventando: ela não tinha nenhum conhecimento do significado de suas palavras, muito menos conhecimento do dogma "Imaculada Conceição", então recentemente promulgado pelo Papa.

Enquanto o assunto era submetido à hierarquia eclesiástica, que se comportava com cética prudência, curas cientificamente inexplicáveis foram verificadas na gruta de "massabielle". Em 25 de fevereiro de 1858, na presença de uma multidão, surgiu sob as mãos de Bernadette uma fonte — que jorra água até os dias de hoje, cerca de cinco mil litros por dia.

Sofrimento para atestar a verdade

Bernadette afirmou ter tido 18 visões da Virgem Maria, no mesmo local, entre 11 de fevereiro a 16 de julho de 1858. E defendeu a autenticidade das aparições com uma firmeza incomum para uma adolescente com temperamento humilde e obediente, além de níveis baixíssimos de instrução e sócio-econômico. Manteve-se contra a opinião de sua família, do clero e das autoridades públicas. Foi submetida, pelas autoridades civis, a métodos de interrogatórios, constrangimentos e intimidações inadmissíveis. Mas nunca vacilou em afirmar, com toda a convicção, a autenticidade das aparições, o que fez até a sua morte, em 1879.

Em 1860, para fugir à curiosidade geral e assédio, Bernadette refugiou-se, como "pensionista indigente", no Hospital das Irmãs da Caridade de Nevers, em Lourdes. Ali recebeu instrução e, em 1861, fez de próprio punho o primeiro relato escrito das visões de Nossa Senhora. No dia 18 de janeiro de 1862, Monsenhor Bertrand Sévère Laurence, Bispo de Tarbes, reconheceu pública e oficialmente a realidade do fato das aparições.

Em julho de 1866, Bernadette inicia o noviciado no convento de Saint-Gildard e, em 30 de outubro de 1867, faz a profissão de religiosa da Congregação das Irmãs da Caridade de Nevers. Dedicou-se à enfermagem até ser imobilizada, em 1878, pela doença que lhe causou a morte.[4]

Uma imensa multidão[4] assistiu ao seu funeral, em 19 de abril de 1879, sendo necessário ser adiado por causa da grande afluência de pessoas. Em 20 de agosto de 1908, Monsenhor Gauthey, bispo de Nevers, constituiu um tribunal eclesiástico para investigar "o caso Bernadette Soubirous".

quinta-feira, 28 de setembro de 2023

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