segunda-feira, 31 de março de 2014

UNIVERSIDADE E BAIXA DE COIMBRA=PATRIMÓNIO CULTURAL


DO BRASIL...

No Brasil, uma ação no Complexo da Maré incluiu intervenção também do exército

Autoridades ocupam favelas no Rio de Janeiro
cmtv.sapo.pt
As autoridades policiais ocuparam, neste fim-de-semana, favelas no Rio de Janeiro.

POEMA (OB. REG.)

POEMA:

DIALECTOS DE MIMOSAS

_____________Dias há, em que o som da água a cair reflecte uma tal urgência
_____________que lembra donzela-de-alba, perto da fontana fria,
_____________pronta a esquecer a inocência numa bela melodia…


Descem cascatas pelos montes…correm rios para a foz…
…vogam estados de paixão, da noite para o alvorecer...
………………….mas não vejo a tua voz………………….


Mergulho as mãos nas nascentes, descrentes do meu calor
e sinto que os musgos crescem, nesse líquido amniótico,
mãos dadas com verdes líquenes e várias sarças-ardentes.


Perscruto ritmos de ares ocultos a saudarem nuvens- grávidas-de-gotas,
prontas a caírem para regar macieiras do pomar,
laranjeiras ao luar,
e searas sôfregas de sede, preparadas-para-florir.


(e sinto que meu destino vai passando por teu corpo…
verdade só minha, que nem às estrelas conto!)


¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬--¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬--¬-¬¬¬--------------------------------------------------Uma paisagem celta és ,
no verde dos campos, no musgo dos muros,
------------------------------------------------------no canto da lua, no brilho das searas…


Vejo-te ao som da flauta de PÃ e canto-te com palavras recitadas
na cor de infindáveis versículos,
sob um véu de neblina que se expande com afã.
Do horizonte vêm sussurros da brisa que ponho na tua boca
--------------------------------------------------------e apelam ao meu corpo-dorido-de-desejos-confundidos.


Se preciso for,
galgarei o oceano, que recolhe no ventre os sargaços embaraçados de um silêncio longo-breve do choro de perdidos navegadores…
E falarei o dialecto das mimosas-em-flor, onde está escrito um poema, que cheira a horas-de-amor…
se preciso for!


Tão leve, tão breve e suave é a vertigem das aves em quadrantes ventosos das manhãs, vestidas de dourado algodão nublado,
-------------------------------------------------------- se tu estiveres a meu lado…
E o olhar dos tempos apodera-se da alma do poeta
-------------------------------------------------------- que se apodera do mundo das mimosas-em-flor…

Poeiras…
Sílabas soltas…
Lírios aromáticos no beijo dos sentidos incandescentes…

Avelaneiras-em-chama tardam em despedir-se do canto do trovador.

Maria Elisa Rodrigues Ribeiro

-SET/013 — com Fatima Prota e 49 outras pessoas.

AS COISAS CADA VEZ PIORES, EM PORTUGAL...

Segunda-feira, 31 de Março de 2014

Sindicatos avançam para convergência inédita à margem da CGTP e UGT http://www.publico.pt/n1630374

Clima: Relatório da ONU alerta par aumento de cheias e ondas de calor http://www.publico.pt/n1630359

165 mil pensionistas recebem menos 3,5% a partir de Abrilhttp://www.publico.pt/n1630381

OS SEM ABRIGO, EM PORTUGAL...OS NÚMEROS DESTA HECATOMBE SOCIAL E HUMANA, SÃO IMPOSSÍVEIS DE SE CALCULAR..

Os números não espelham o fenómeno na totalidade.

Mais de cinco mil pessoas sem abrigo em Portugal
www.publico.pt
Novo número de casos acompanhados pela Segurança Social junta-se à última contagem feita em Lisboa, onde actua a Santa Casa da Misericórdia.

DOS ESTADOS UNIDOS...

DE PORTUGAL...

DESPORTO...

DE PORTUGAL...

Clima vai radicalizar-se em Portugal, alerta ONU. Está preparado para secas, inundações e mais incêndios? http://goo.gl/79ibko

LAMEGO-PORTUGAL

IDADE DE LAMEGO- PORTUGAL

PIÓDÃO: aldeia mais portuguesa de Portugal, património da UNESCO












APRe - Associação de Aposentados, Pensionistas e Reformados.
há 9 minutos

EU SOU "APRe"!
TORNA-TE SÓCIO, TU TAMBÉM!
APRe!
APOSENTADOS, PENSIONISTAS E REFORMADOS

A APRe! é uma Associação cívica, laica, apartidária, sem fins lucrativos e de âmbito nacional, que pretende contribuir para a defesa dos direitos e interesses dos seus associados e estabelecer relações de cooperação com outras organizações de objectivos similares.
O movimento cívico que lhe deu origem reuniu pela primeira vez em Coimbra no dia 22 de Outubro de 2012 e aprovou a criação da APRe! que foi legalizada por Escritura Pública dos seus Estatutos em 14 de Dezembro de 2012. Possui Regulamento Interno e Regulamento Eleitoral.
A APRe! desenvolve acções de política reivindicativa junto do poder constituído, no sentido de garantir os direitos dos Associados e impedir a tomada de decisões que lesem as suas legítimas expectativas.
A APRe! visa melhorar a vida dos seus associados, lutar contra o isolamento e a vulnerabilidade dos aposentados e reformados, pela defesa de um envelhecimento activo. Quer ser a voz dos aposentados e reformados portugueses, cidadãos de pleno direito.
A APRe! tem como espaços de informação e debate na internet:

- http://apre-associacaocivica.blogspot.pt/
- APRe! - Grupo dos Associados - um grupo fechado, no facebook, só para associados.
Em benefício dos seus associados, a APRe! pretende estabelecer protocolos nos domínios de:
Acção social
Aconselhamento jurídico
Saúde
Assistência domiciliária
Bens e serviços de interesse geral
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Esta PÁGINA INSTITUCIONAL da APRe! tem como objectivos divulgar as actividades da Associação, prestar os esclarecimentos que a respectiva Direcção considere úteis e angariar NOVOS ASSOCIADOS.
Para o seu bom funcionamento foram estabelecidas as seguintes

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1 – Não serão aceites comentários com utilização de linguagem obscena, ofensiva e insultuosa entre comentadores nem a que vise ofender e denegrir a imagem da APRe!;
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4 – Não serão aceites comentários que apelem à violência contra pessoas ou instituições;
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A não observância destas regras está sujeita a reparos que vão desde o pedido de edição (correcção) do comentário até, em caso de reincidência, ao bloqueio do comentador.

OPINIÃO DE MANUEL LOFF, JORNALISTA DO "PÚBLICO"

OPINIÃO
Alucinações e manipulação histórica
MANUEL LOFF 20/03/2014 - 01:18
Passos não sai bem do paralelo que estabeleceu.

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TÓPICOS
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Caldas da Rainha
Militares
Salazar
Joana Vasconcelos
Passos Coelho
O disparate das imagens/metáforas históricas do primeiro-ministro não cessa de me surpreender!

Há dias, Passos foi às Caldas da Rainha no dia em que passavam 40 anos sobre o 16 de Março de 1974, o fracassado golpe spinolista que procurava antecipar-se ao que viria a ser o 25 de Abril do Movimento dos Capitães. Não é difícil ter sérias dúvidas sobre se Passos Coelho saberá alguma coisa de minimamente sólido sobre o 16 de Março e o 25 de Abril, o contexto da crise final da ditadura, um país empurrado para o abismo pela opção da guerra colonial tomada por Salazar. O que é extraordinário é que este homem se atreva a invocar “a coragem dos militares que fizeram o 16 de Março e o 25 de Abril, num momento de grande incerteza e em que a História não estava ainda escrita, para realçar que também hoje se está perante um momento em que é necessário tomar decisões arriscadas”, como aquelas “medidas muito difíceis” que ele mesmo tomou “no quadro de ajuda financeira” (PÚBLICO, 17/3/2014).

É que só nos faltava mais esta! O homem a quem tocou dirigir o Governo no ano em que se comemoram 40 anos de democracia julga-se um Salgueiro Maia?, um decidido capitão que se revolta contra uma ditadura que prolongava, havia 13 anos, uma guerra ilegítima, sem apoio popular e sem saída militar? O problema não é só esta petulância de se comparar a si próprio com os capitães de Abril; é, acima de tudo, comparar o 25 de Abril e a libertação de um povo que, por vontade própria e, então sim, soberana, renunciava à guerra e, nas palavras de Costa Gomes na ONU, “não mais [admitia] trocar a liberdade de consciência coletiva por sonhos grandiosos de imperialismo estéril” com esta procura deliberada do regime de protetorado da troika que Passos nos apresenta como o dos “sacrifícios” para conseguir “a mudança estrutural” da economia portuguesa, como descreveu ele a Merkel.

Esta não é a primeira das alucinações de Passos entre o presente desastroso que ele próprio nos vem impondo e o passado recente da revolução de Abril e do fim da ditadura. Há um ano e tal, querendo prestar homenagem aos ex-combatentes da guerra colonial, enalteceu o esforço destes, não por terem suportado uma guerra injusta sobre a qual não tinham tido direito a pronunciar-se, mas porque haviam "servido a pátria de forma tão absoluta"; ora, como Portugal vive também hoje, segundo ele, "uma guerra intensa", "precisamos de encontrar em cada cidadão um soldado que esteja disposto a lutar pelo futuro do país" (Económico, com Lusa, 21/12/2012)! Se aceitarmos a metáfora – quase abjeta –, Passos não sai bem do paralelo que estabeleceu: a guerra que se vivia em 1974 fora declarada em 1961 por Salazar; a de hoje, foi declarada por Sócrates ao assinar o memorando da troika, mas apoiada e redobradamente assumida por Passos em 2011.

É um curioso sintoma este, o de uma direita política que, de tão embaraçada e intrinsecamente alheia ao 25 de Abril e à luta pela democracia em Portugal, não sabe o que há de dizer sobre a revolução. E que nem sequer aprende as lições revisionistas que a direita intelectual nos pretende há muito ensinar sobre o passado. Os programas oficiais de comemoração dos 40 anos da democracia são reveladores. Quando Cavaco lançou a ideia de uma pomposa conferência Portugal, Rotas de Abril: o Espírito da Democracia, a Cultura de Compromisso e os Desafios do Desenvolvimento, o historiador David Justino, da organização, propôs que se “usassem os princípios que a revolução trouxe para refletir para o futuro, em vez de se olhar em volta à procura de sinais no tempo de hoje idênticos ao do tempo de pré-revolução de 1974” (PÚBLICO, 6/12/2013). Justamente o que Passos Coelho não pára de fazer! Claro que o que incomoda o ex-ministro de Cavaco é a denúncia de um retorno ao passado, a evidências como uma emigração superior à dos piores anos do período 1961-74, um governo que apela, como o de Marcelo fazia, ao sacrifício nacional em nome de um projeto para Portugal que não submeteu a ratificação popular, dirigindo, num caso como noutro, um sistema político que perdeu o essencial da sua credibilidade...

ATRAVÉS DE JOÃO FRÓIS, no Grupo "APRe"! (ASSOCIAÇÃO DE REFORMADOS DO ESTADO)



Em Defesa da Segurança Social Pública: A Questão das Pensões

Trabalhadores e pensionistas estão entre os primeiros sacrificados desta austeridade sem fim conduzida pelo governo e pela troika. Em nome da competitividade e da dívida, desvalorizam-se salários, agrava-se o desemprego e a precariedade, cortam-se reformas e pensões. Dizem-nos que temos de empobrecer e que os direitos sociais conquistados em democracia são insustentáveis. Os mercados e os credores são mais importantes que o trabalho e que as pessoas. Ofendem o contrato social consagrado na Constituição e sustentado pela solidariedade entre os que têm e os que não têm trabalho, entre os activos e os reformados, entre os mais jovens e os mais idosos. O resultado é mais pobreza, mais desigualdade, o enfraquecimento da confiança na democracia e nas instituições, o individualismo e a perda de coesão social.

É indispensável uma oposição esclarecida e informada a este discurso oficial que procura interiorizar na sociedade e dar como adquirido o desmantelamento do Estado Social, da Segurança Social pública e do seu sistema de pensões, a pretexto da sua insustentabilidade.

Não recusamos o debate sobre a sustentabilidade do sistema construído e sobre as vias para o seu aperfeiçoamento e a garantia da sua continuidade, como conquistas civilizacionais e democráticas. Mas fá-lo-emos recusando o garrote da austeridade e das inevitabilidades que visam o seu desmantelamento e a sua submissão aos interesses económicos e aos mercados financeiros.

A política do governo, como o “guião para a reforma do Estado” confirma, orienta-se nestas áreas para o corte de direitos sociais e o ataque prioritário ao sistema público de pensões. Tem como objectivo criar condições para a privatização parcial do sistema de pensões e a redução da segurança social pública, universalista e solidária, a um assistencialismo social reprodutor da pobreza e da dependência. Usa para isso os cortes nas pensões e noutras prestações sociais, a quebra sistemática do princípio da confiança e a criação de incerteza permanente sobre os direitos presentes e futuros.

O Estado Social e o sistema público de pensões da Segurança Social não são um fardo para a sociedade, para o Estado e para as futuras gerações. São parte do contrato social de uma sociedade democrática apostada em assegurar a protecção dos cidadãos, a equidade e a redução da desigualdade e da pobreza.

A intenção já anunciada pelo Governo de transformar em permanentes e definitivos, até ao final deste ano, os cortes já realizados nas pensões em nome da “convergência” e das “contribuições extraordinárias”, mais acentua a urgência de o conjunto do movimento sindical, todo o mundo do trabalho, jovens, reformados e pensionistas, juntarem forças em defesa do futuro deste contrato social e intergeracional que é o sistema público de pensões da Segurança Social. Os trabalhadores de hoje são os reformados de amanhã.

O sistema público de pensões tem um papel central no sistema de protecção social, na organização da sociedade e do Estado. As pensões representam cerca de 14% do PIB e abrangem mais de 3 milhões de pensionistas. São um alvo apetecido do sistema financeiro. São também o principal factor de redução do risco de pobreza na sociedade portuguesa, que é elevado (18%), mas seria escandaloso (45%) se não fossem as pensões e demais prestações sociais.

Os sindicatos signatários decidiram por estas razões promover uma conferência para debater o sistema de pensões na perspectiva da defesa da Segurança Social pública, e quais as políticas que podem assegurar o seu futuro no quadro da realização dos objectivos de protecção social, de confiança, de redução das desigualdades e da pobreza.

Esta conferência é aberta à participação de sindicalistas e organizações sindicais, organizações de reformados e pensionistas e do precariado, activistas sociais, investigadores e técnicos e todos os interessados no debate dos caminhos e propostas para assegurar uma Segurança Social pública robusta e com futuro. Organizada por sindicatos filiados nas duas centrais sindicais e por sindicatos independentes, pretende também ser um testemunho da necessária unidade na acção, construída no debate de ideias e na convergência por objectivos comuns, para a defesa do Estado Social e do sistema público de pensões como componente essencial da democracia.
através de YouTube



LINDO...

Righteous Brothers - UNCHAINED MELODY - GHOSTCarregado por dex2oo8
....A plecat sa joace in alte lumi....:( ... .... He's gone to play in other worlds ....:(

POEMA do nosso Joaquim Pessoa (1948- )

Poema de Joaquim Pessoa (1948- ), in pesquisa Google

O Amor é...O amor é o início. O amor é o meio. O amor é o fim. O amor faz-te pensar, faz-te sofrer, faz-te agarrar o tempo, faz-te esquecer o tempo. O amor obriga-te a escolher, a separar, a rejeitar. O amor castiga-te. O amor compensa-te. O amor é um prémio e um castigo. O amor fere-te, o amor salva-te, o amor é um farol e um naufrágio. O amor é alegria. O amor é tristeza. É ciúme, orgasmo, êxtase. O nós, o outro, a ciência da vida.
O amor é um pássaro. Uma armadilha. Uma fraqueza e uma força.
O amor é uma inquietação, uma esperança, uma certeza, uma dúvida. O amor dá-te asas, o amor derruba-te, o amor assusta-te, o amor promete-te, o amor vinga-te, o amor faz-te feliz.
O amor é um caos, o amor é uma ordem. O amor é um mágico. E um palhaço. E uma criança. O amor é um prisioneiro. E um guarda.
Uma sentença. O amor é um guerrilheiro. O amor comanda-te. O amor ordena-te. O amor rouba-te. O amor mata-te.
O amor lembra-te. O amor esquece-te. O amor respira-te. O amor sufoca-te. O amor é um sucesso. E um fracasso. Uma obsessão. Uma doença. O rasto de um cometa. Um buraco negro. Uma estrela. Um dia azul. Um dia de paz.
O amor é um pobre. Um pedinte. O amor é um rico. Um hipócrita, um santo. Um herói e um débil. O amor é um nome. É um corpo. Uma luz. Uma cruz. Uma dor. Uma cor. É a pele de um sorriso.

Joaquim Pessoa, in 'Ano Comum'

Pensamento do nosso filósofo Eduardo Lourenço














De Eduardo Lourenço :




"

"Nação pequena que foi maior do que os deuses em geral o permitem, Portugal precisa dessa espécie de delírio manso, desse sonho acordado que, às vezes, se assemelha ao dos videntes (Voyants no sentido de Rimbaud) e, outras, à pura inconsciência, para estar à altura de si mesmo. Poucos povos serão como o nosso tão intimamente quixotescos, quer dizer, tão indistintamente Quixote e Sancho. Quando se sonharam sonhos maiores do que nós, mesmo a parte de Sancho que nos enraíza na realidade está sempre pronta a tomar os moinhos por gigantes. A nossa última aventura quixotesca tirou-nos a venda dos olhos, e a nossa imagem é hoje mais serena e mais harmoniosa que noutras épocas de desvairo o pôde ser. Mas não nos muda os sonhos"-in O Citador

BOA NOITE, MEUS AMIGOS!


domingo, 30 de março de 2014

DE PORTUGAL...


ligação através de Maria Paiva.
há 40 minutos

POR QUE É QUE "ELES" NÃO RESPONDEM????????????????????????
ESCÂNDALO. Tribunais arbitrais e governo, roubam o estado.
www.youtube.com
ARREPIANTE... SABIA QUE A JUSTIÇA E OS GOVERNOS, SE UNIRAM, E SAQUEIAM OS SEUS IMPOSTOS? PARTILHE... Faça o que a as TV´s deveriam ter feito... partilhe sem ...

AH, GRANDE MULHER!

Através de João Filipe Coelho :

partilhou a foto de Sergio Teodosio.
Ontem às 14:57
Está senhora foi brava...mas não rectifico nem uma linha de seu texto..!!
HAHAHAHA ESTA MERECE SER PARTILHADA

Esta PORTUGUESA merece ser aplaudida ! não tem papas na língua, ou
seja, na ponta dos dedos com que escreveu esta carta.

Exmo. Sr. Presidente do Conselho Directivo ARS Lisboa e Vale do Tejo,
Luís Cunha Ribeiro,

Venho por este meio, muito agradecer a carta recebida em nome da minha mãe,
a avisá-la que há mais de 3 anos que não se apresenta em nenhuma unidade de
saúde de cuidados primários da Administração Regional de Saúde, e por isso
irá perder o direito ao médico de família.

Venho informá-lo que o motivo desta falta de comparência, nas unidadesde
saúde, deve-se ao facto de ela ter falecido há 7 ANOS !!! Já agora,faleceu
num Hospital Público, imagino que você não tenha acesso a esses dados na
posição que ocupa, o único motivo que me ocorre para não ter acesso a esses
dados, é a sua incompetência e de todo o funcionalismo público que eu pago
com os meus impostos !!!

CASO TENHA DÚVIDAS SOBRE O SEU FALECIMENTO, consulte as finanças e a
segurança social (informadas 2 dias a seguir ao seu falecimento), tendo em
conta que hoje em dia existe uma coisa chamada rede informática, não dará
muito trabalho cruzar dados, mas como vocês não conhecem a palavra trabalho,
só fazem figuras tristes como estas e fazem-nas com o meu dinheiro e sem
qualquer tipo de qualidade e profissionalismo do trabalho que desempenham,
não querem saber de nada nem de ninguém (esta carta inútil, desnecessária,
de mau gosto, insensível e de incompetentes, foi paga com o meu dinheiro, e
eu estou sinceramente farta de sustentar todos os otários que conseguiram um
trabalho porque souberam "chupar" no sitio certo !!!).

Agradeço que comecem a trabalhar que é algo que eu faço desde os 17 anos.
Nunca recebi um tostão do estado, nem quando a minha mãe esteve a morrer e a
minha família deu o que tinha e não tinha para lhe proporcionar alguma
qualidade, no momento que mais precisou, depois de
ela própria ter descontado uma vida inteira. Porque vocês acharam que a
pensão de miséria que ela tinha direito, por invalidez, chegava mais do
que bem para tratar de alguém completamente acamado, aos cuidados de
terceiros e em estado vegetativo !!! Muito obrigado por fazer a minha
família reviver isto novamente !!! Já agora todos os cuidados pagámos nós de
forma privada !!!

Tenho vergonha ao que este país chegou ! E são pessoas como o senhor que
deveriam estar no desemprego, pois pelos vistos nem para cruzar listas de
dados, o senhor tem capacidade !!!

Divulgo isto no Facebook, porque imagino que é onde passa o dia, e assim
mais depressa lhe consigo transmitir a minha mensagem do que por uma carta
registada !!!

Agradeço a toda a gente que divulgue isto, porque é para merdas como estas e
merdosos como este senhor que todos os meses temos menos dinheiro para
viver, é para estes incompetentes andarem a fingir que trabalham e a gastar
mais uma vez, MAL, o nosso dinheiro, que nós
todos os dias andamos a contar os cêntimos !!!!!!

Joana Maria Caramujo Correia Rodrigues, filha de Maria de Fátima Caramujo
Araújo Correia Rodrigues

DE PORTUGAL...

Através da página do amigo António Martins. LEIAM, PORTUGUESES...
O PENSAMENTO ÚNICO |"O país empobreceu menos do que parece. O país já era pobre, vivia era com vida de rico" - disse hoje o economista Vítor Bento, membro do Conselho de Estado, tendo substituído Dias Loureiro, por indicação do senhor presidente da República, e um dos arautos do pensamento único. Os que viviam com "vida de rico" continuam, e provavelmente, até melhoraram com esta crise. Os pobres estão cada vez mais pobres e com maiores dificuldades. Para este senhor "vida de rico" é ter uma extensão de saúde em Vaqueiros, Santarém, por exemplo. Agora, empurrar uma cadeira de rodas 10km, por uma estrada nacional, para ir a uma consulta médica, não incomoda o senhor conselheiro de Estado. O que é que isso tem a ver com ele, se nem sequer tem uma filha deficiente, nem vive numa aldeia. Esta gente não tem a mínima noção da pobreza e das dificuldades que por aí andam. Falam de um país que desconhecem.

DE PORTUGAL...


através de António Martins.
há 7 minutos



cronicasdorochedo: Notícias sobre o fim da impunidade
cronicasdorochedo.blogspot.com

A TAL QUE DISSE QUE TODAS AS OPERAÇÕES NAS CAIXAS MULTIBANCO DEVIAM SER TAXADAS...


foto de José Ribeiro.
há 4 minutos

"DE MORTE"...esta saída da velha senhora!
Teodora multibanco pinga pinga!!!
Através da página do amigo António Martins.
ALDRABÃO MOR.

PAGA, POVO!!!!!!!!!!!!!!


ligação através de Fernando Martins.
há 2 minutos



Presidente da Galp ganhou cerca de 1,64 ME em 2013 - Economia - DN
www.dn.pt
O presidente executivo da Galp, Manuel Ferreira de Oliveira, recebeu uma remuneração total de cerca de 1,64 milhões de euros em 2013,PAGA

A SAÚDE, EM PORTUGAL...

Poema do GRANDE VINICIUS de MORAIS(1913-1980)

Soneto do Amor Total

Amo-te tanto, meu amor ... não cante
O humano coração com mais verdade ...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.

Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude."

Vinicius de Moraes (1913-1980),in O Pensador

SÓ DE PORTUGAL...

AQUI ESTÁ MAIS UMA PROVA DA "INDIGÊNCIA MENTAL" DE passos-portas-cavaco!

Vencedor do sorteio de faturas terá até 2 mil euros de despesa anual com novo carro
sicnoticias.sapo.pt
A partir da próxima semana, vão circular mais Audi A4 e A6 nas estradas portuguesas. Curiosamente, os modelos com menos saída.

História dos "Pastéis de Nata", de Portugal, uma das 7 maravilhas da Gastronomia nacional, exportados , aos milhares, todos os dias, para TODO O MUNDO

Pastéis de nata

Através de www.pasteldenata.info





Historia dos pastéis de nata





Em 1837, Belém (bairro de Lisboa), os monges do Mosteiro dos Jeronimos tentam fazer subsistir a ordem. Começam então a vender pastéis de nata, afim de ganhar dinheiro, numa pequena pastelaria contígua ao mosteiro.

Naquela época, Lisboa e Belém eram duas cidades distintas ligadas por embarcações a vapor. A presença do Mosteiro e a Torre de Belém atraiam muitos turistas que ficavam admirados pela beleza e bom sabor que estes tinham: pastéis de Belém.

A sua receita foi logo bem guardada. Os chefes pasteleiros são os únicos a conhecer o segredo, e devem prestar juramento de silencio para salvaguardar esta famosa receita gastronómica. Ainda hoje, estes chefes pasteleiros fabricam sempre artisanalmente estes deliciosos pastéis.

No entanto, hoje em dia qualquer café ou pastelaria em Portugal oferece-lhe pastéis de nata, mas a origem vem de Belém, tanto que a casa fundadora guardou a denominação "Pastéis de Belém".

Mas então, o que são os pastéis de nata ?

Poderia-se dizer, que são talvez uma copia dos pastéis de Belém...

Mas muitos chefes e amadores da boa gastronomia dizem ter encontrado o segredo ou quase... da receita original.

As numerosas pastelarias, cafés en todo o país vendem Pastéis de Nata. Pode-se dizer hoje, que os Pastéis de Nata são um simbolo da nossa cultura portuguêsa são como uma joia gastronómica do povo português, como o vinho do porto, o cosido à portuguêsa, o fado...» Sobre nós...

sábado, 29 de março de 2014

PÁGINAS DA HISTÓRIA DE PORTUGAL...







15-01-2005

Acordo de Alvor foi apenas um pedaço de papel - Almeida Santos




O acordo de Alvor, que há 30 anos permitiu a independência deAngola e previa a paz na antiga colónia portuguesa, representa para António Almeida Santos(na foto), um dos signatários, apenas "um pedaço de papel" que "não valeu nada".

Em entrevista à Agência Lusa, o dirigente do Partido Socialista Português, que a 15 de Janeiro de 1975 era ministro da Coordenação Interterritorial e integrava a delegação portuguesa que assinou com os líderes dos três movimentos de libertação de Angola o acordo de Alvor, no Algarve, refere que, assim que viu o documento, soube que "aquilo não resultaria".

O acordo "previa a eleição de uma assembleia política disputada por três partidos, que tinham por detrás três exércitos e três países cheios de ambições económicas, materiais", afirma o deputado, para justificar a sua certeza de que a solução era "inexequível".

Além das disputas internas, estava em causa o apoio aos movimentos de três potências mundiais, em plena guerra-fria - o MLPA era apoiado pela URSS, a UNITA pela África do Sul e, num plano de fundo a própria China, e a FNLA pelos Estados Unidos, "não apenas politicamente, mas com dinheiro, material e formação".

"Era um tabuleiro em que as grandes potências jogavam o xadrez ligado ao petróleo e aos diamantes", afirma Almeida Santos, que na altura propôs ao "amigo" Agostinho Neto, colega dos tempos de Coimbra, uma reunião com os líderes dos três movimentos "à margem" da cimeira de seis dias, que decorreu no Hotel Penina, em Alvor.

O encontro prolongou-se pela madrugada e Almeida Santos transmitiu a sua oposição à solução encontrada: "Com este esquema vocês vão continuar aos tiros".

"Com um órgão de cúpula em que havia uma representação dos três movimentos, ou seja dos três exércitos, que decisões é que eles iriam conseguir tomar? Como era possível conseguir uma maioria? O que ficasse em minoria desataria aos tiros", argumenta.

Propôs então uma solução alternativa que previa uma presidência rotativa. Cada um dos líderes assumia rotativamente o cargo de presidente, de primeiro-ministro e de chefe das forças armadas ou presidente do parlamento.

A solução assentava ainda na criação de uma Constituição, que seria referendada e serviria para estruturar o novo Estado. As eleições realizar-se-iam apenas quando o país estivesse estabilizado e não antes da independência como ficou estabelecido no Acordo de Alvor.

Os três aceitaram mas, à saída, Agostinho Neto disse que tinha ainda de consultar o comité central do MPLA sobre a proposta.

"No dia seguinte a resposta foi negativa", lamenta o deputado socialista, para quem esta solução, de que muito se orgulha, podia ter traçado um rumo diferente dos acontecimentos.

Resignou-se à solução, mas tem pena de ter sido apenas um "escriba" do documento.

"O acordo já vinha pré-estabelecido pelos líderes dos movimentos. Eu e Mário Soares (então ministro dos Negócios Estrangeiros) limitámo-nos a meter o acordo em bom português", destaca.

"Do acordo de Alvor sou apenas um escriba, não sou mais do que isso", reforça, lembrando que Portugal não teve outra alternativa, senão assinar por baixo o que os líderes dos movimentos decidiram uma semana antes de Alvor, em Mombaça, no Quénia.

Sobre a reunião de Mombaça, diz que "foi quase um milagre conseguir sentá-los (aos líderes dos movimentos) à mesma mesa, porque a guerra civil já estava no auge, principalmente em Luanda, onde já se estavam a matar uns aos outros".

Para Almeida Santos, Portugal teve "um atraso mínimo de dez anos e máximo de 20" no processo de descolonização em relação a outros países como a França, a Inglaterra, a Holanda ou a Bélgica e era preciso "encontrar uma solução" urgentemente.

"As nossas tropas estavam saturadas da guerra, o que, de certo modo levou à revolução do 25 de Abril" e originou uma "psicose de pressa", refere, lembrando que, além disso, as tropas portuguesas estavam "à beira de uma derrota na Guiné-Bissau e em Moçambique a situação estava a deteriorar-se cada vez mais".

"Era um castelo de cartas. Sabia-se que quando caísse a primeira carta, cairiam todas as outras. Em resultado disso a descolonização foi feita em condições péssimas", refere.

A descolonização devia ter sido feita progressivamente, porque a própria opinião pública portuguesa "não estava preparada para um salto rápido" que implicava "a perda das colónias" mas isto gerou a desconfiança nos movimentos de libertação, que exigiram a negociação simultânea de um processo de paz.

A guerra colonial prolongou-se por mais alguns meses após o 25 de Abril, o que "agravou a revolta dos militares". "Não percebiam porque continuava a matar-se a morrer-se", sublinha o deputado.

"Gerou-se então um clima de indisciplina, já ninguém mandava em ninguém, já não havia respeito por qualquer tipo de ordem", uma situação "perigosíssima para quem tinha que negociar a descolonização", agravada pelo facto de ser necessário chegar a acordo "com três e não apenas um movimento de libertação", analisa.

"Nas circunstâncias, o acordo de Alvor foi o acordo possível, em extremo de causa. É preciso ver que é um acordo entre três beligerantes, entre três exércitos em luta uns contra os outros. É mais um armistício do que um acordo de descolonização", considera.

No entanto, com este acordo, Portugal ganhou legitimidade para dizer "isto é um problema deles, fizemos o que tínhamos a fazer, agora entendam-se", destaca Almeida Santos. "De certa forma legitimámos a nossa saída".

Sem desistir da proposta apresentada em Alvor aos três dirigentes angolanos, Almeida Santos reapareceu com um documento "na mesma base", em Junho de 1975, aproveitando a ideia de que o acordo devia ser revisto porque não estava a ser cumprido.

"O governo concordou, o Presidente da República também, mas infelizmente o Melo Antunes (na altura ministro sem pasta responsável pelos processos de descolonização) discordou, não sei porquê", recorda.

O dirigente socialista considera que Melo Antunes estava "agarrado" à esperança de que ainda era possível que os três movimentos chegassem a acordo e recorda uma visita que ambos fizeram posteriormente a Luanda, em que conseguiram "uma trégua de duas ou três semanas".

Estas tréguas, diz, eram, no entanto, "precárias" dado que "as razões por que eles lutavam eram tanto internas como de fora, porque naquela altura a guerra-fria mobilizava paixões terríveis".

"Cada um defendia os seus interesses, interesses que cheiravam a petróleo e brilhavam como os diamantes, eram interesses muito fortes", reforça.

"Fomos ultrapassados pelos acontecimentos e aquele acordo de Alvor é um acordo que não valeu nada", sublinha Almeida Santos.

O deputado recorda o seu discurso durante a tomada de posse, em Luanda, do governo provisório acordado em Alvor, em que afirmou: "este acordo tanto pode vir a ser um bom acordo para salvar Angola como pode vir a ser apenas um pedaço de papel".

"Infelizmente, foi apenas um pedaço de papel", diz, 30 anos depois.

Questionado pela Lusa sobre se Portugal cometeu o mesmo erro com as negociações de paz de Bicesse, em 1991, Almeida Santos responde que não percebe por que não resultou, dado que terminara a guerra- fria, mas avança uma hipótese: "provavelmente era cedo demais, ainda não havia a saturação da guerra".

Sobre o fim do conflito armado em 2002, possível após a morte de Savimbi, o socialista responde com uma declaração que fez há anos em Angola e que, na altura, "chocou os jornalistas": "Angola está condenada a que a guerra dure até que um dos contendores vença o outro".

Sobre se o cenário seria diferente caso a UNITA tivesse assumido o poder em Luanda em vez do MPLA, Almeida Santos defende que diferente seria certamente, mas que não sabe se melhor.

"Tenho as minhas dúvidas. Se ganhasse a FNLA, ficávamos debaixo da pata do Mobutu (ditador do ex-Zaire), que não era flor que se cheirasse, se ganhasse o Savimbi, ficávamos não só debaixo da pata do Savimbi mas também da África do Sul, racista. Das três hipóteses viesse o diabo e escolhesse".

O acordo de Alvor, composto por 60 artigos, acabou por ser suspenso temporariamente três meses antes da independência de Angola, a 11 de Novembro de 1975, pelo então presidente da República, Francisco da Costa Gomes, que invocou a sua violação constante.

De Alvor, os líderes dos três movimentos de libertação - Agostinho Neto, pelo MPLA, Jonas Savimbi pela UNITA e Holden Roberto pela FNLA - levaram pelo menos a garantia de serem "únicos e legítimos representantes do povo angolano" No seu discurso, após a assinatura do acordo de Alvor, que considerou de "transcendental importância", o presidente Costa Gomes deixou aos dirigentes dos três movimentos o desafio de encontrarem "soluções angolanas autênticas, baseadas na capacidade de diálogo, no espírito de cooperação e na boa vontade de servir" o país, apesar das "diferenças sociais, filosóficas e políticas".

Prevaleceram as diferenças e foi abandonado o diálogo. O resultado foi mais 27 anos de guerra, desta vez civil, num país que Costa Gomes qualificou na altura como dos "mais florescentes do continente africano".


Fonte:Lusa - 15.01.2005

De Cecília Meireles, grande poetisa brasileira

DE Cecília Meireles, in pesquisa Google

Personagem

Teu nome é quase indiferente
e nem teu rosto mais me inquieta.
A arte de amar é exactamente
a de se ser poeta.

Para pensar em ti, me basta
o próprio amor que por ti sinto:
és a ideia, serena e casta,
nutrida do enigma do instinto.

O lugar da tua presença
é um deserto, entre variedades:
mas nesse deserto é que pensa
o olhar de todas as saudades.

Meus sonhos viajam rumos tristes
e, no seu profundo universo,
tu, sem forma e sem nome, existes,
silêncio, obscuro, disperso.

Teu corpo, e teu rosto, e teu nome,
teu coração, tua existência,
tudo - o espaço evita e consome:
e eu só conheço a tua ausência.

Eu só conheço o que não vejo.
E, nesse abismo do meu sonho,
alheia a todo outro desejo,
me decomponho e recomponho."

Cecília Meireles

BOM DIA, AMIGOS!


PoEMA :

Poema:

COMO UMA ONDA DE MAR…

Por vezes, procuramos palavras que tardam em aparecer.

Talvez se percam em labirintos inimagináveis.

Talvez sequem, momentaneamente, como as folhas de Outono
[que hão-de reaparecer...]


Talvez rebentem no brilho inquieto das águas da chuva, prestes a
[cair...]


Por vezes, sinto que basta apenas Sentir,
para que se alinhem numa pauta de frases que componho,
ao descodificar sensações-memórias-de-outras razões,
confusões das páginas de um dicionário de emoções
onde não sabem como viver…

A luz do sol brilha todos os dias nos espaços irrequietos de MIM…

Sinto falta de um abraço, onde essa luz me sorria…
…um abraço a cheirar a raízes de fortes flores,

que indique o norte aos ventos, desnorteados de odores.

Por que não rebenta em mim a Primavera ousada
dos cânticos, que se não podem cantar?
Se até os rios tumultuosos galgam margens, sem se poderem conter…

Sabes?
Penso que as ondas do mar desafiam Tudo-de-Mim
quando,
livres se deitam, assim…desfeitas em sentimentos por esses areais, sem fim.

Vão-se os séculos…
Vão-se os anos…
Vão-se os tempos…e elas são Sempre, assim…

… por que não me olhas, como se fosse uma golfada de brilho,
nas voltas de uma onda de mar?

Maria Elisa Rodrigues Ribeiro
OUT/013(REG.)

De António Lobo Antunes


sexta-feira, 28 de março de 2014

HISTÓRIA DE PORTUGAL: O MARQUÊS DE POMBAL(1699-1782)

















Sebastião José de Carvalho e Melo, primeiro Conde de Oeiras e Marquês de Pombal (Lisboa, 13 de Maio de 1699Pombal, 8 de Maio de17821 ) foi um nobre, diplomata e estadista português. Foi secretário de Estado do Reino durante o reinado de D. José I (1750-1777), sendo considerado, ainda hoje, uma das figuras mais controversas e carismáticas da História Portuguesa.

Representante do despotismo esclarecido em Portugal no século XVIII, viveu num período da história marcado pelo iluminismo. Iniciou com esse intuito várias reformas administrativas, económicas e sociais. Acabou com a escravatura em Portugal Continental a 12 de Fevereiro de 1761 e, na prática, com os autos de fé em Portugal e com a discriminação dos cristãos-novos, apesar de não ter extinguido oficialmente a Inquisição portuguesa, em vigor "de jure" até 1821.

Durante o reinado de D. João V foi embaixador nas cortes do Reino da Grã-Bretanha, em Londres, Inglaterra, e do Sacro Império Romano-Germânico, em Viena, Arquiducado da Áustria1 .

A sua administração ficou marcada por duas contrariedades célebres: o primeiro foi o Terramoto de Lisboa de 1755, um desafio que lhe conferiu o papel histórico de renovador arquitectónico da cidade. Pouco depois, o Processo dos Távoras, uma intriga com consequências dramáticas. Foi um dos principais responsáveis pela expulsão dos Jesuítas de Portugal e das suas colónias2 .

Após a sua morte, na noite de 11 de Maio de 1782, o seu cadáver foi conduzido num coche puxado por três parelhas para a igreja do convento de Santo António da vila de Pombal. Contava o marquês de Pombal com 82 anos, quando os seus restos mortais ali foram depositados. Com o advento das invasões francesas a sua sepultura foi profanada pelos soldados do Marechal André Masséna. Em 1856/7, o Marechal Saldanha, seu neto por via materna, trasladou para Lisboa os restos mortais, que foram depositados na ermida das Mercês, onde o Marquês de Pombal fora baptizado e, inclusive, pertencia à irmandade. Em 1923, passaram definitivamente os restos mortais para a Igreja da Memória, Lisboa, onde se encontram até ao presente.

O quadro "O Marquês de Pombal expulsando os jesuítas", assinado conjuntamente por Louis-Michel van Loo (1707-1771) e Claude-Joseph Vernet(1714-1789), dois grandes pintores da sua época, representa o estadista, em 1759, no centro de uma cena de grande significado político e económico.3

Mausoléu ao Marquês de Pombal, Igreja da Memória, Ajuda-Lisboa



Índice [esconder]
1 Origens
2 Casamento
3 A embaixada de Londres
4 Missão a Viena
5 Secretário de Estado do Reino (Primeiro-Ministro)
6 O terramoto de 1755
7 O Processo dos Távoras
8 Reformas
8.1 Reformas económicas
8.2 Reformas religiosas
8.3 Reformas na educação
8.4 Reformas no aparelho de Estado
9 O Marquês de Pombal e o Brasil
10 Fim da vida
11 Referências
12 Bibliografia
13 Ligações externas


Origens[editar | editar código-fonte]

Filho de Manuel de Carvalho e Ataíde, fidalgo da província, com propriedade na região de Leiria e de sua mulher, Teresa Luísa de Mendonça de Melo, esta descendente de fidalgos estabelecidos no Brasil. Entre os ascendentes de sua mãe podemos citar as famílias Albuquerque, Moura4 e Cavalcanti.5

Na sua juventude estudou Direito, na Universidade de Coimbra, e serviu no exército um curto período. Quando se mudou para a capital, Lisboa, Sebastião de Melo era um homem turbulento.

Tal como o Pai, terá nascido numa vila pacata no centro do País, de nome Carvalho. Daí surgíra o nome da Vila, em louvor a Manuel.

No centro da Serra do Buçaco, ainda hoje se conserva o pelourinho mandado erguer por marquês de Pombal, e a casa onde nasceu, com duas janelas embelezadas por uma espécie de nicho trabalhado em pedras da serra, que simbolizam a nobreza de tal homem.
Casamento[editar | editar código-fonte]

Quando era ainda apenas um fidalgo sem grandeza, aos 23 anos, Sebastião José, casou-se com uma viúva1 e importante dama aristocrata, D. Teresa de Noronha e Bourbon Mendonça e Almada (1689-1737), dez anos mais velha1 , sobrinha do conde de Arcos, o que criou a Sebastião de Carvalho problemas com a família da mulher.

Tinha casado por arranjo da família, depois de um rapto consentido. Os pais da recém-formada família tornaram a vida do casal insustentável, pelo que se retiraram para as suas propriedades próximas dePombal.

Durante a sua carreira no estrangeiro e já viúvo, encontrou a mulher que lhe viria a dar cinco filhos.
A embaixada de Londres[editar | editar código-fonte]

Do tio, Paulo de Carvalho, herdou o morgado constituído por bens em Oeiras e Sintra. Também através do tio terá conhecido o cardeal D. João da Mota, primeiro-ministro, que o enviou para Londres para substituir, como embaixador, Marco António de Azevedo Coutinho, a quem tratava carinhosamente por tio nas cartas que trocavam (mas parece que seriam somente primos). Aí chegou em Outubro de 1738com 39 anos. Terá sido esta a fase que mais ajudou a formar o seu espírito reformador. A Grã-Bretanha era uma sociedade culta, progressiva e liberal, o oposto do obscuro Portugal. Na altura o idioma usado na diplomacia europeia era o francês, pelo que o embaixador nunca aprendeu inglês, socorrendo-se de intérpretes, como era habitual.

Em 1739 rebenta a Guerra da Orelha de Jenkins entre ingleses e espanhóis, logo seguida, em 1742, da Guerra da Sucessão Austríaca. Em ambas Portugal se manteve neutro e a Inglaterra participante ativo. Essa neutralidade não dava direito aos ingleses de usarem as águas portuguesas, mas a Inglaterra abusava e desrespeitava o reino português atacando aí os navios espanhóis. O embaixador português debalde apresentava as reclamações. A primeira função de Carvalho6 em Londres foi obter ajuda para as forças portuguesas na Índia, onde tinham perdido a ilha de Salsete. A Inglaterra não ajudou.

Em 1740 a Grã-Bretanha proibiu toda a exportação de trigo. Portugal foi afetado por esse corte no fornecimento e o embaixador português, mais uma vez, não conseguiu nada a favor de Portugal.

Uma das grandes pretensões de Portugal era a Colónia de Sacramento. Carvalho apresentou a Robert Walpole o pedido para que o rei britânico, como fiador do tratado de Utrecht, reconhecesse o direito de Portugal à colónia e que auxiliasse a expulsar os intrusos espanhóis. As constantes negativas e delongas nas respostas às suas solicitações e reclamações mostram a consideração que a Grã-Bretanha tinha por Portugal: uma dependência e não um aliado.

Face a isto, a opinião de Carvalho era que "o inglês imagina (...) que nasceu para ser senhor dos cabedais do mundo"7 . Opinava também negativamente sobre o parlamentarismo britânico, preferindo adotar como modelos os estadistas franceses, nomeadamente Richelieu. Contudo reconhecia o espírito empreendedor britânico, a sua cobiça insaciável e a sua tenacidade no Oriente. A opinião negativa que tinha dos ingleses aplicava-se também aos inúmeros britânicos que viviam em Portugal. Considerava ele que os britânicos dominavam o comércio em Portugal, nomeadamente o do vinho, e que aqueles o falsificavam destruindo a fama do produto nacional. Eis os fundamentos da futura ideia da Companhia dos Vinhos. E também da sua preferência pelo comércio com as colónias portuguesas, pois considerava que Portugal poucos lucros obtinha com o comércio com o estrangeiro.

Foi em Londres que conheceu um ex-funcionário da Companhia da Índias de nome Cleland. Das suas conversas surgiu a ideia de uma companhia idêntica para os domínios portugueses. Mas uma companhia que necessitaria de muito capital, que teria um retorno periclitante, não poderia singrar sem alguma proteção ou privilégio. Eis o surgir da ideia de monopólio que mais tarde viria a usar em diversas situações.

Carvalho tinha grande preconceito contra os judeus. Considerava que estes usavam artifícios para extorquir dinheiro, passá-lo por Inglaterra a caminho da Holanda (para onde fugiram muitos judeus aquando da expulsão da Península Ibérica). Considerava ainda que estes tinham uma grande conspiração contra todos os países em que tinham sido perseguidos e a favor dos que os recebiam.

Concluindo, a função de Carvalho em Londres foi um fracasso: não conseguiu ajuda para Salsete, não conseguiu o reconhecimento em Sacramento, os marinheiros portugueses eram maltratados nos portos britânicos, Portugal não foi exceptuado à proibição de exportação do trigo e não havia igualdade comercial. Mas foi em Londres que germinaram as ideias e planos económicos mais tarde implementados.
Missão a Viena[editar | editar código-fonte]

Em 1745 foi transferido para Viena, Áustria. Nesta época Viena vivia a Guerra da Sucessão Austríaca em que se discutia o futuro do Sacro Império Romano-Germânico. Era rainha da Áustria D. Maria Teresae Papa Bento XIV (Benedito XIV). Em Roma dividiam-se os partidos mas a maioria estava contra os intentos da rainha. Daí que esta quisesse colocar no Colégio dos Cardeais um seu defensor, o que aliás já estava combinado desde antes da morte do seu pai, Carlos VI. Agora a Santa Sé voltava atrás com a palavra, criando um problema diplomático. O embaixador português em Roma, Manuel Pereira de Sampaio, sugeriu ao Papa a mediação dos reis portugueses, tios da rainha austríaca (a rainha portuguesa D. Maria Ana de Áustria era irmã de Carlos VI). Não havendo na altura embaixador português em Viena, foi Sebastião José de Carvalho o escolhido, pese embora mantivesse a sua posição em Londres.

Carvalho viria a considerar esta atribuição um desterro e um presente envenenado. Considerava que era impossível a negociação e que o seu envio tinha só o intuito de o excluir da criação da Companhia para a Índia, que tinha projetado em Londres. Este projeto da Companhia teve de imediato oponentes e o primeiro-ministro, D. João da Mota, rejeitou-o por falta de meios financeiros.

Em Dezembro de 1744 Carvalho saiu de Lisboa. Mas primeiro desembarcou novamente em Londres. Tinha que tratar de negócios da embaixada mas também de seguir o plano da Companhia da Índia que teimava em prosseguir.

Leonor Ernestina de Daun, 1.ª marquesa de Pombal

Só em Maio de 1745 é que seguiu para o continente. Esta demora impacientou os reis portugueses. Passou primeiro por Haia, depois por Hanover e só chegou a Viena em Julho. Pouco depois, em 13 de Setembro de 1743, era eleito como Sacro Imperador o marido da rainha austríaca, Francisco Estêvão. Mantinha-se a questão do lugar no Colégio dos Cardeais, agravada com picardias. Em Viena a opinião era que na verdade não teria sido o Papa a propor a mediação portuguesa e que o enviado português não seria imparcial. Para piorar a situação de Carvalho, a carta do rei português à sua sobrinha apresentava-o não como ministro (embaixador), mas como emissário. Com isto, o enviado não tinha qualquer qualificação diplomática.

Aos 46 anos casa-se pela segunda vez, desta feita com Leonor Daun, dama da corte e filha de ilustre família austríaca.8

Se Maria Teresa parecia ceder, Roma parecia inflexível. Carvalho convenceu-se que a sua missão era impossível e comunicou à rainha austríaca a sua partida para Londres. O governo português mostrou descontentamento com essa opção e obrigou-o a manter-se em Viena.

A tarefa de Carvalho era complicada. Viena considerava a mediação portuguesa uma intromissão e Carvalho um defensor de Roma. Roma considerava-o incapaz de imparcialidade, ainda por cima agora casado com uma austríaca, e os cardeais sentiam-se despeitados pela decisão do Papa em ter aceite a intermediação portuguesa sem os consultar. Ou seja, nenhuma das cortes ansiava pelo sucesso de Carvalho. Em Maio de 1746, Carvalho pediu a demissão da sua função que não foi aceite.

Em Julho de 1746 parecia não mais ser necessária a mediação portuguesa já que Roma e Viena tinham encetado negociações diretas. Mas eis que faleceuFilipe V de Espanha e ascendeu ao trono o seu filho Fernando VI, genro de D. João V. Surgiu novamente a hipótese de uma intermediação portuguesa, desta feita para a guerra em geral. Para tal Carvalho é chamado à presença da imperatriz. Esta era um oportunidade de Portugal sobressair e melhorar as relações com Espanha. Finalmente as partes chegaram a acordo e se chegou à paz.

Só quando faleceu Filipe V de Espanha é que Carvalho foi verdadeiramente incumbido (a 18 de Outubro de 1746) de poderes para negociar e assinar acordos relativos à mediação, que só agora era reconhecida por Viena. Novo problema surgiu entretanto, agora relativo ao príncipe-eleitor de Mogúncia. Estas questões entre Viena e Roma arrastaram-se por mais dois anos até 1748. A contenda chegou ao fim com a ajuda de Carvalho e não mais havendo entre as duas coroas, terminou a função daquele em Viena.

Enquanto durou a batalha diplomática entre Viena e Roma, outra, de âmbito pessoal, decorria entre os ministros (embaixadores) portugueses das mesmas cidades: Carvalho e Manuel Pereira de Sampaio. Carvalho muito escreveu sobre o seu colega. Acusou-o de ambicionar um papel de relevo na mediação e de querer Carvalho como mero subalterno. Esta inimizade pode ter desfavorecido Carvalho junto do rei D. João V.

Durante a sua estadia em Viena, Carvalho teve problemas financeiros. O seu banqueiro aí era o barão Diogo de Aguilar, judeu português foragido na Alemanha, por medo da fogueira. O socorro que este judeu lhe prestou, e outros já em Londres, é capaz de justificar a mudança de opinião de Carvalho sobre os mesmos e as atitudes que teve no futuro em seu benefício.

Em 1747 foi-lhe nomeado sucessor em Londres. Descontente com a notícia, que lhe travava os seus planos da Companhia da Índia, não ajudou minimamente o sucessor.

Em 1749 chegou a Portugal, mas enquanto viveu D. João V, não conseguiu nova função.

Alguns autores acreditam ter sido neste período que aderiu à maçonaria.

O rei morreu no ano seguinte e, de acordo com uma recomendação da rainha-mãe, o novo rei D. José I nomeou Sebastião como ministro dos Negócios Estrangeiros. Ao contrário do pai, D. José foi-lhe muito benévolo e confiou-lhe gradualmente o controle do Estado.