quarta-feira, 30 de setembro de 2009

11 minutos de expectativas...GORADAS!

Falou, ontem, dia 29 de Setembro de 2009, o SENHOR PRESIDENTE DA REPÚBLICA. Ocupou 11 minutos do nosso tempo, sem sequer dizer :"Boa tarde, portugueses."
Falou...mas não disse nada! Até já lhe tínhamos sugerido que dissesse de sua Justiça, antes das eleições...Não quis, até porque, provavelmente, só tinha aquilo para dizer...
O que disse ,no entanto,causa angústia no povo, porque imperaram um tom de voz azedo, umas frases amargas e frontais(de AFRONTA), um ar de que não se espera nada de construtivo entre os dois contendores: ele próprio e o Governo.
Preparemo-nos, com lucidez.
Com todo um país ,alegadamente, sob os mais diversos e sofisticados meios de escuta , ou controle, como lhe queiram chamar,com os nossos dados pessoais inscritos em todo o tipo de "chips" de identificação, por todo o lado, o discurso de SUA EXa agravou os nossos temores e a nossa confiança (ou falta dela!) no sistema:afinal, até os meios de correio electrónico da PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA são vulneráveis!
E os nossos ? Os da comunidade virtual?
Quanto a isso, perdoem-me a expressão, mas "estou-me borrifando"!Continuarei a fazer as minhas despretenciosas análises de índole político/social( POLITOLOGIA, como dizem agora), com a consci~encia de que, quem paga impostos com "língua de palmo", tem o direito a manifestar-se, seja como fôr, desde que convictamente!
A ESPERANÇA , PORTUGAL,é a última a morrer!
Mas não se esqueçam de que ,primeiro, estamos nós...

RESPOSTA GLOBAL AOS AMIGOS...

MEUS AMIGOS: NÂO VOS POSSO RESPONDER,EM PARTICULAR, POR IMPOSIÇÃO DOS TÉCNICOS QUE TÊM O COMPUTADOR.O QUE ACONTECE É QUE ALGUNS COMENTÁRIOS QUE EU FAçO E QUE ME FAZEM VÃO PARAR A OUTROS BLOGS E MAILS.SÓ ME ACONSELHAM QUE, POR ALGUNS DIAS, Nãaaaao FAÇA COMENTÁRIOS A NENHUM BLOG. O HELP CENTER DO BLOGGER ESTÁ TAMBÉM A VER ISTO. SE ALGUM DE VÓS SOUBER RESOLVER...BEIJITOS DE LUSIBERO

terça-feira, 29 de setembro de 2009

À ATENÇÃO DE TODOS OS AMIGOS E SEGUIDORES

POR MOTIVO DE PROBLEMAS DETECTADOS NO MEU BLOG "LUSIBERO", VOU ESTAR UNS DIAS SEM PODER COMENTAR OS VOSSOS POSTS, ÑÃO DEIXANDO,NO ENTANTO, DE VOS VISITAR.OBRIGADA PELA VOSSA COMPREENSÃO e...ATÉ BREVE!
ABRAÇO DE LUSIBERO

Poema -ciclo- "Outono-Natureza"


Acomodada no cimo da rocha musgosa,
fixo os olhos no horizonte perturbante.
Esta em que estou, é uma rocha negra,
negra de meter medo.
Tal qual o meu coração
quando, em introspecção,
desejo que cheire a rosas.

O vento uiva seus murmúrios longínquos,
vindos do fim d’outras eras…
Frescos, nas nuvens aladas,
trazem seivas do passado;
Segredos de antiguidades idas…
Outras verdades, d’outras idades!

Da rocha vejo o mar, ao longe,
balançando revolto, no meio do azul conforto.
Búzios, conchas e pedrinhas atravessaram,
-sozinhas!-
épocas de grande magia.
Havia-a, então, se havia…

Olho para dentro de mim,
revolta, também eu, assim…
Seguirei o meu farol
como o navio que rema,
morto por chegar a terra…

Agosto/08-C5E-43-Ag/08

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

POEMA DO CICLO "MANTA DE RETALHOS"infância

Era tão sentido o anoitecer da minha infância,
na terra que me viu nascer!
Era tão lindo ver os camponeses, ruidosos,
prepararem o ansiado anoitecer!

Pelas vielas, ao som das “Avé –Marias”,
ia-se recolhendo, lentamente,
o gado que pastava, nas serranias.
E, enxadas às costas, por entre vinhedos e casarios,
regressava-se ao repouso do suor dos lavradios.

E eu, na inocência das minhas brincadeiras,
corria para casa, qual ave fugidia,
cansada de devastar as sementeiras
sorrindo daqueles que, contra elas corriam.

Infância! Paz de inocência dos espíritos,
ainda não sufocados pela amargura dos dias!

Volta, Infância!
Volta a este meu coração, que te recorda
agora, que as experiências se tornam mais arredias!


CAD “ B – 100 SET/07

sábado, 26 de setembro de 2009

Poema do ciclo "MODERNISMO"

foto google


“Feitos”….
Desfeitos na fantasia dura
Das tentações da Vida!

Barcos velhos sentados amargurados
Nas pedras do imenso areal!

E o velho homem
Dentes já com rugas perfura a memória
Do tempo das fugas…

Imaginário doente dos castelos distantes,
Das palavras decadentes, dos rios de pérolas
Transbordantes de dor e intriga…

VAMOS, PAÍS! GANHA NOVA VIDA!

Foge do marasmo de épocas vencidas ao som de trombetas
Há tanto esquecidas ferrugentas adormecidas!

VOA NOS ARES DO VENTO NOVO
QUE VIVE PERENE NO SANGUE DE UM POVO!

Levanta ao alto teu porte altivo
Apenas esfumado nas ondas de crise!

RESISTIR É O TEU LEMA
NO SONHO DO RENASCER!



C6F -153/22 –SET/09

Poema do ciclo "MODERNISMO"

foto google


Pinheiros, vidas endurecidas
pelo passar do Tempo,
na ponta do Vento…

Vida essência de caravelas e naus ocultas
no mexer das ondas, temerosas sereias
de tempos audazes!

DINIS, lavrador poeta senhor prenúncio
das terras do fim do Mundo,
nas mãos dos pilotos de JOÃO, o “SEGUNDO”…

Tempos de áureas mentiras…
De intrigas saturadas de águas salgadas!

Areias espumosas sujas maldosas
perderam de vista horizontes distantes!

Nada como dantes…
Vivências esquecidas, velas descaídas,
madeiras desfeitas…

Que legado é este, “PRÍNCIPE PERFEITO” do nosso ardor?
E de ti, poeta e lavrador, há mais marulhar, nas águas do MAR?





C6F -152/21-JLH/09

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Poema do ciclo "MODERNISMO"

SAUDADE
é dor que se sente,
no estar longe da vida,
no estar longe da gente,
no sentir-se fora…só, ausente!
Se o coração aviva a dor
do olhar que se perdeu,
da mão que não se toca,
do cabelo que não esvoaça,
da lágrima que vai caindo…
é de SAUDADE que se está sofrendo…
……………………………………….
Eras longínquas…
Os tempos foram passando,
mantendo no PRESENTE
saudades de outras ínsuas!

Pomares sombrios,
ocultos pelos tempos,
são as saudades meus ais vencidos,
ao som de fragmentos de frutos ancestrais.
Procuro na ausência
a presença de mim
na palavra sofrida, que não tem fim.

Lembranças eternas de tempos vividos,
é na SAUDADE que as vemos, vencidos…
……………………………………………
Recordar
é sofrer na SAUDADE:
é temer olhar a já vasta idade,
é queixar-se dos murmúrios
de ventos distantes,
é revoltar-se por lembrar o “antes”…

Recordar
é viver neste PRESENTE,
o PASSADO…indiferente...



C6F -151/20-SET/09
Foto google



MEDITAÇÃO: O Tempo das folhas cadentes…



Chegou o Outono. Falo dele, assim, com simplicidade e cumplicidade, como se fala de alguém que, há tempos, não vemos e que, de repente, nos visita. Para mim, é uma das épocas mais lindas do ano, a par da Primavera! Ele é o tempo de olhar um céu mais dourado, sem ser escaldante e é o tempo que mais me convida à reflexão. Lembra, no entanto, a transitoriedade da VIDA; lembra que estamos mais velhos, a caminhar para a degenerescência…Só os deuses lhe escapam!

Em contraponto, a NATUREZA que “morre”, tem consciência do seu rejuvenescimento, dentro de pouco tempo. Ela voltará a ser, no devido momento, uvas maduras, nozes secas a apanhar e tantos outros frutos a colher…
Estou a ler uma obra de PABLO NERUDA, poeta, pensador, talvez filósofo, um pouco ensaísta, que “viveu” o Outono de todos os anos da sua vida, de forma inigualável, sofrendo as rugas mas puxando, sempre, por ele, como se puxa por uma árvore que queremos que reviva e regenere. Para NERUDA, o OUTONO não é o fim de uma fase, simplesmente, mas sim e apesar de tudo, o começo de outra nova fase…
E leio estes “versos-pensamentos” que passo a citar:”O tempo/divide-se/ em dois rios:/um/corre para trás, devora/ o que vives, / o outro vai contigo adiante/ vasculhando/ a tua vida. /Num só minuto /se juntaram. / É este!”

A cada um de nós, o seu OUTONO. Não é que uma mudança de calendário, por si só, altere completamente a VIDA; mas… não vá o diabo tecê-las, não custa nada meditar sobre a mesma, em alturas mais apropriadas.
Por natureza e temperamento, sou “anti-calor- excessivo” e “anti-dias- longuíssimos-
que- nunca-mais- acabam”! Raciocino e “movo-me” melhor, em todos os sentidos, nos dias mais pequenos, ventosos, pouco solarengos, com as folhas das árvores a caírem a esmo, sem dó nem piedade do Tempo; gosto da melancolia não depressiva desta NATUREZA mais nua, enquanto que eu faço precisamente o contrário, vestindo mais qualquer coisa, sentindo-me mais quente com o calor natural da minha vida psíquica, espiritual e interior. Muita gente discordará de mim e é até capaz de me chamar “burra”! Mas… se todos fôssemos iguais e pensássemos as mesmas coisas, o Mundo não poderia SER! Há que amar outras cores de PENSAR!

Não posso deixar-vos ouvir a música de VIVALDI, “AS QUATRO ESTAÇÕES”, ao som da qual vou escrevendo… Deve ser daí que advém esta vontade de comunicar, em tom intimista e confessional. E continuo com o tema: penso que, nesta estação do ano, as pessoas, quer as públicas quer as privadas, as que fazem a nossa felicidade relativa e as que, com o seu trabalho, talento e sabedoria, ensinam a fazer dos dias algo bonito e compensador, têm outra cara. Quase sem o querermos, se por um lado os nossos rostos reflectem as preocupações do dia-a-dia, por outro, denota as características próprias de uma mudança de Estação. Penso que temos poses faciais e gestuais diversas, de acordo com a passagem das Estações do ano, pela nossa vida.

Muito me fica por dizer pois, apesar de longo, este texto não é mais que uma rápida reflexão; muito fica por dizer sobre projectos por cumprir, ideias por concretizar, coisas que começámos e não acabámos… Talvez porque, para o ano, talvez haja mais Outono para cumprir…
“NADA É TÃO NECESSÁRIO AO HOMEM COMO UM POUCO DE MAR/ E UMA ORLA DE ESPERANÇA PARA ALÉM DA MORTE.”(BLAS DE OTERO”)

quarta-feira, 23 de setembro de 2009


AS – ALEGADAS ESCUTAS- DO NOSSO DESCONTENTAMENTO…

Andamos desorientados, nós, Portugueses, com este caso de que não há rádio, TV, jornais e revistas, nacionais e internacionais, que sobre ele não se pronunciem. Comentadores da vida política nacional e politólogos credenciados, dedicam ao assunto tantos milhares de palavras, que tudo já começou a cheirar a podridão insuportável.
Tenho a veleidade de ter uma opinião, também! Essa opinião retiro-a, a título de conclusão, de tudo o que ouço, vejo e leio.
A TSF está neste momento, pelo segundo dia consecutivo, a comentar, com a participação dos ouvintes, tão desagradável tema. Desagradável, tenso, vergonhoso pelas implicações que conota e simbólico de” medos” que se têm vindo a instalar na nossa sociedade.
É por isso que, perfeitamente de acordo com a opinião de Pacheco Pereira, do qual até nem sou admiradora ou leitora atenta, me atrevo a pedir a SUA Exa., O SENHOR PRESIDENTE DA RE PÚBLICA, que fale, AGORA! se por acaso tem algo de muito grave e importante em seu poder, que possa ajudar os portugueses a decidirem , em parte, a quem devem dar o seu voto, no próximo Domingo. É agora e não depois das eleições que nós temos, como NAÇÃO, o direito de avaliar a entrega de um papel que, novamente, conscientemente ou não, vai por nas cadeiras do poder um conjunto de indivíduos, capazes ou não. Falar ao país sobre o “caso” depois das eleições, já não vale a pena, porque já estará no poder quem o merece ou NÃO.
ESTE MEU PEDIDO, QUE SUA EXa NÃO VAI LER, vem do fundo das minhas tremendas dúvidas sobre quem exerce “os poderes” neste PORTUGAL, pequena “mina d’oiro” de quem o sabe desminar.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Poema -ciclo- "Outono-Natureza"Outono

foto google


Outono…folhas mortas…
Vida que vai passando…
Amarelece o chão que piso
E desfaz-se, um pouco, o tempo.
Entro em mim e encontro
um pouco desse Outono, que esmorece.
As raízes perduram
enquanto as folhas voam , perdidas,
desgostosas e feridas p’la verdura já sumida…
A verdade é que a seiva trará vida,
novamente.


C1-1ª- SET/09

CHEGOU O OUTONO... A VIDA DESALENTA... PARA MAIS TARDE VOLTAR A REJUVENESCER...

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Poema do ciclo "MODERNISMO"


Luxuriantes, perigosas, sombrias,
belas avenidas da vida amazónica,
centrais do ar que respiro e suspiro.

No meio dos pantanais,
perdido por bandas inóspitas,
passaste, “Imperador da LÍNGUA PORTUGUESA”,
por lodaçais incógnitos, dos índios em defesa…

Minha Amazónia, pulmão do meu Planeta!

És a minha CRETA onde, em suaves ondas,
viajam as anacondas!

O mundo novo, em estertor,
trata-te com desamor.

Amo-te, Natureza viva, nos mais recônditos milésimos
das palavras do douto senhor, do “Sermão da Sexagésima”.

Amo-te, vida natural, no que tens
de mais brutal, seja homem ou animal!

Perco-me, nessa floresta…
Respiro com o jaguar;
Solto do papagaio o pio;
Penso nas feras do Mundo
e tremo, de horror, com frio…

“Vejo” os peixes do rio,
cabecitas fora de água,
atentos e magoados, ante a dor do missionário,
que, por levar paz às almas,
teve que andar arredio…
Invejo tudo o que ouvistes,
no “SERMÃO de SANTO ANTÓNIO”…




C6F -144/15 –SET/09

"Uma palavra posta fora do lugar estraga o mais belo pensamento."(VOLTAIRE)


O meu ADN- quem sabe?-desafia-me, hoje, a fazer a minha memória do tempo que já passou. As palavras amáveis do amigo CIRRUS, no seu blog, deram-me a coragem de vos mostrar mais um pouco do meu Pensamento, turbulento e atarefado, sempre que pego numa caneta, seja "esta", seja outra.Sinto, nas veias, com a pujança da Vontade, a necessidade de corresponder ,já!- a esse desafio!
Olho em volta o mundo que me circunda, em que me insiro e tento, através de meios muito pessoais, "VER-ME", no que sou e no que fui.Este meu Presente confunde-se com o Passado que ajudou a moldar-me, com olhos postos num Futuro que não sei até onde irá.
Tenho a consciência de ter passado por dois séculos distintos:um, acabou, há dez anos...O outro, aquele que todos estamos a viver, está a revelar-se mais duro do que eu esperava! A barreira entre os dois, passou-se com superstições ,com medos de cataclismos e pragas "do fim do mundo"...
Ao adormecer, naquela noite de 31 de Dezembro de 1999, senti que o Universo, pela mão dos deuses, poderia fazer-me acordar, a 1 de Janeiro de 2000, com outra vida, outros medos, mas também com outras perspectivas de aceitação... ou não!
Não sou uma mulher corajosa, mas também nunca me acomodei a todo o tipo de dependências, para singrar ou ,simplesmente, viver.Sempre soube fugir da mediocridade banal, de quem se acomoda, na esperança de que "um possível salvador" aparecesse das "brumas da memória".
Aqui, a este ponto, recordo uns versos de PESSOA, que dizem:"Triste de quem vive en casa./Contente com o seu lar,/ (...)Triste de quem é feliz!/Vive porque avida dura..."
O meu projecto de UNIVERSO está ,ainda,(e sei que nunca deixará de estar!) mergulhado, em profundas interrogações. Descobri, entretanto, que tenho em mim todas as potencialidades despertas, para contribuir, humildemente, para um mundo melhor: um mundo onde haja princípios tão universais como LIBERDADE, IGUALDADE e FRATERNIDADE. Tudo isto ,porque tenho a coragem de me olhar por dentro, com a profundidade de MIGUEL TORGA , que cito ,de memória, num exercício de auto- análise:
"Desço aos infernos a descer em mim(...) e entro finalmente,/ No reino tenebroso das minhas trevas.../ (...).É do poema "DESCIDA AOS INFERNOS", sei-o de cor, possivelmente com alguma imprecisão aqui e ali ,mas sempre com esta atitude de identificação com os "negrumes"do poeta.
AO "olhar-me, sem dó nem piedade, o meu interior fala de dramas e obstinação, numa procura de um relativo aperfeiçoamento que permita espalhar a minha Mensagem de PAZ e AMOR, contrapondo o Bem ao Mal, na contribuição , mais uma vez despretenciosa, para um mundo mais justo, mais "limpo", fraterno e sociável, mais livre e mais igual...Sou uma utópica, bem o sei! Mas estou feliz a desabafar com os meus amigos desta maneira, sem ver as vossas caras , tentando "ver" os vossos corações...Tenho uma "impressão digital" que quero deixar ao mundo, na voz da minha poesia que brota, como água presa numa cisterna , à qual, de repente se abriu a tampa...
Há tempos, por intermédio da minha filha, li um livro do Psicólogo, ensaísta e estudioso dos dramas humanos, que é HOWARD GARDNER e retive uma frase que anotei, no meu caderninho:"A CAPACIDADE DE RELAÇÃO INTRA E INTER PESSOAL, COMO MODO DA PESSOA SE CONHECER A SI PRÓPRIA e relacionar-se com os outros de forma empática, está em nós."
Sinto-me,por conseguinte, aberta ao mundo, sem duas caras, sem mentiras, assim, sendo só EU...
O homem e o andar da civilizaçâo exigem a minha coerência
e , por esse motivo não pactuo com obscuros jogos de poder, de violência e intolerância, de xenofobia e sectarismos, que põem em causa a própria essência do SER-HOMEM!
MEU DEUS, como amo os poetas! AMO-OS NAS MENSAGENS DE AMOR E PAZ! AMO CAMÔES,PESSOA; GARRETT, PASCOAES E RÉGIO, D. DINIS, MEENDINHO, PÊRO MEOGO, JUNQUEIRO; GOMES LEAL, NOBRE,SOPHIA, EUGÉNIO e todo o mundo deles e doutros, que contribuem para MIM...
Como gosto tão pouco das "pessoas grandes"... que cansam, que mentem e "poluem os ares que respiramos", que inventam armas (DE TODOS OS TIPOS!)... COMO ODEIO A HIPOCRISIA E O FARISAÍSMO DAS MENTALIDADES ARCAICAS, MEDIEVAIS, que, por estranho que pareça, andam por aí, incólumes, no séc XXI...

sexta-feira, 18 de setembro de 2009


FOTOS DO GOOGLE


“QUANDO O CÉU E A TERRA MUDARAM DE LUGAR …”


Nunca me preocupo com as revistas que apresentam os programas de TV, para a semana.
Por esse motivo, cheguei uns minutos atrasada ao programa da TVC2, de ontem à noite, que era a projecção do filme de OLIVER STONE, o último da sua TRILOGIA sobre a guerra do Vietname, “ QUANDO O CÉU E A TERRA MUDARAM DE LUGAR…”. Já o vi várias vezes e sempre o voltarei a ver, com o mesmo prazer e a mesma dor. Este filme, talvez pelo intimismo das situações e das personagens, pelo que provoca no espiritual de cada um de nós, prende-me ao “ecrã”, como se da primeira vez se tratasse.

Nos filmes habituais sobre esta terrível e vergonhosa guerra, é normal confrontarmo-nos com o aspecto brutal da mesma, com a ferocidade animalesca de quem usa todo o tipo de armas, como se estivesse numa “feira” de mostra de armas de guerra, as mais sofisticadas possível, para comprador ver… Assemelham-se a um “desfile” onde, sem os vermos, até adivinhamos a cara e os contornos de alma de quem compra…

Neste filme, não, não sinto isso! Centro a minha atenção no drama verdadeiramente vivido e sentido, nas ilusões desfeitas, na brutalidade dos assassínios em massa, na destruição de pessoas, casas, animais, plantas; centro os meus sentidos na cobarde arma que é a violação de mulheres e crianças e no desespero dos seres humanos perante um qualquer deus que não sente, não vê, não intervém e parece de nada saber…E cada vez me sinto mais só, porque penso, amigos, que de todas as “revoluções”que se têm feito, está ainda por fazer a mais importante para o Homem, a do PENSAMENTO, que adeqúe formas de vida e de esperança, que “lave feridas” e distribua Emoções.

Do que conheço de OLIVER STONE, quase podia jurar que o que mais trabalho lhe deu, foi encontrar este título, para este filme, em particular. É um título de grande impacto, que podemos atribuir a toda a história da vida do Homem na Terra: quantos milhões de vezes o céu e a terra já mudaram de lugar! E quando isso aconteceu foi sempre “A BESTA” quem venceu, sempre mais forte que a vontade do tal deus que dizem ser omnipresente e omnisciente. Reparem como ela, “A BESTA”, continua à solta no Irão, no Iraque, no Afeganistão, no Tibete, no Cambodja, no Zimbabué, na Coreia do norte…
Como artistas principais do filme, vimos um TOMMY LEE JONES ,soldado americano em catarse e uma JOAN CHEN que encarnou os sofrimentos de qualquer mulher que se encontre num cenário de guerra brutal. É fácil chegarmos às lágrimas, porque é fácil vivermos, cada um de nós, aquelas tristes situações. São lágrimas de “purga”, são aquelas que toda a HUMANIDADE deveria deixar sair dos olhos… Mas não esqueço que desta“MINHA FLOR DE PESSEGUEIRO”, LE LY, como a tratou o pai quando lhe pediu para fugir daquela hecatombe, esse pai é igualmente uma personagem de referência, marcante por “SER PAI” e estar presente num momento dramático da vida da filha, por quem exprimia AMOR, pelo simples toque das mãos…
Na despedida, deu-lhe a sua alma, que ela voltou a encontrar, no templo budista, no momento em que o velho monge a tratou por “MINHA FLOR DE PESSEGUEIRO”, pedindo-lhe novamente que não desistisse da VIDA, que por ela lutasse, também por amor dos filhos.
Dizia o velho monge que precisamos de ter em conta que o Passado e o Futuro estão sempre juntos, nunca se separam… Quanta verdade! Isso acontece em cada um de nós, no nosso PRESENTE! O que somos hoje, agora, neste milionésimo de segundo…é este Presente passageiro, é este momento em que vivo.
Deitei-me.Não adormeci, logo. “Caía-me, em cima, a chuva de toda a brutalidade da guerra do Vietname; e falo desta porque foi a que mais marcou a minha vida de um tempo como o da idade de LE LY… E muitos serão tentados a dizer:”ó pá, mas aquilo é só um filme!”Pois é, meus amigos… Mas há tantos outros filmes que não podemos ver, sobre situações destas, porque só há um “OLIVER STONE”…E todos os dias nos cruzamos com gente que trava batalhas de que nem suspeitamos.
Chorei, sim. É bom chorar, quando a ALMA se identifica com dores que a moem…
LUSIBERO

PARA O FRANCISCO VIEIRA, QUE SE AFASTA ,POR UNS TEMPOS

É realidade ou ficção, esta dor misteriosa,
que ataca o meu coração?

Não é ficção, não, não é! Eu bem a sinto cá dentro,
parecendo não arredar pé !

Hei-de vencer-te, dor profunda! Fechar-te-ei esta porta
e verei como te afunda!

Então, não há alegrias nos dias que vão correndo?
“Isso era o que tu querias…”

Minha espada de Esperança, levar-te-á pra bem longe
e fá-lo-á, sem, tardança!

Nem levanto os pés daqui!
Ver-te-ei desaparecer
e manter-me-ei, viva! Aqui!




Cad.1 -5-OTB/07


XIV

PARA O FRANCISCO

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Poema do ciclo "MODERNISMO"

Êxtase contemplativo
Do meu ser “GRANDE- PEQUENA”
Num interior, tão exterior…

Descida longa dolorosa prolongada
A um vazio de tudo e de nada,
Dentro do que é fora, em mim…

Tempestade na calma da purga interior!

Como me vejo, Senhor,
Quando não olhas por mim…

Sinto-me em escarpas afiadas
Torturando o Tudo do Nada,
No meu castelo encerrado...

Sou castelo, sou muralha!
Sou fenda de uma falha
Que se avista das ameias…

Recuso tudo o que resta
Da pedra negra e agreste
Das verdades que são feias!

Dor sentida
De quem desce em espiral
E consegue ver o mal…

E caio em cima de mim
Dorida,
Das feridas assumidas!
……………………….

Risos, enfim!

Dou por mim, a tempo de suturar a dor,
Deste EXISTIR
No ESTAR-SONHAR no AMAR!

Bruma nevoeiro denso…
Sou pior do que o que vejo…
E melhor do que o que penso!





C6F- 146/17 – SET/09

terça-feira, 15 de setembro de 2009

REFLEXÕES…
“ÍCARO… CAMPANHA ELEITORAL… E MAIS QUALQUER COISA!”
Fértil em Português vernáculo, esta campanha eleitoral… Só falta o Calão, o dizer-se certas coisas com palavras que cheiram mal… MAS cheira mesmo muito mal, aos olhos, ouvidos e olfacto dos portugueses, pasmados com a coragem a que certos tipos têm chegado, na sua ânsia de ganhar o meu digno voto e o de todos vós, que pagais os vossos impostos, “com língua de palmo”! Queria abster-me, durante este período eleitoral, de fazer reflexões de índole política, porque entendo que os candidatos, quaisquer que eles sejam, têm a obrigação de nos elucidarem sobre o que tencionam fazer deste país, de diferente e aceitável, em termos das nossas expectativas. Como vejo que não é assim e que parece não haver regras para “um jogo justo”… vou usar do poder da palavra, também, para dissertar sobre os últimos “choques” que tenho sofrido, com certas intervenções, absolutamente reprováveis, neste período da vida deste país.
Há gente que não gosta de intervir, neste mundo global, nestes assuntos, seja por medo das consequências, seja por timidez, seja porque diz que não entende nada de política. Eu percebo o mínimo indispensável para me preocupar com os impostos que pago, com o que os políticos e seus apaniguados fazem desse dinheiro e … leio jornais, vejo TV, leio revistas nacionais e internacionais e, depois, tenho a obrigação de raciocinar… Que me perdoe quem me ler, porque NÃO PRETENDO ATINGIR NINGUÉM! Quanto a mim própria, com 60 anos, já perdi o medo e, apesar de viver e ser cidadã do país mais corrupto da Europa, do país onde sócrates prometeu 150.000 empregos e nos apresenta, bem contra vontade! neste momento, mais de 600.000 mil desempregados , pouco me importa o que possam fazer com este espaço…
Soube, logo de manhã, pela TSF, que o poeta alegre, vai intervir na campanha eleitoral, de vez em quando, (que o homem tem muito que fazer…), para poder fazer com que o tal milhão de votos que lhe deram, há tempo, pensando que ele era “outro tipo de coisa”, possa reverter a favor do seu grande amigo, secretário-geral do PS que, no fim de contas, sempre lhe tem dado os ordenadinhos, ao fim do mês…
Triste réplica de ÍCARO, a personagem mitológica das asas de cera, alegre, que aspira a outros voos, vejamos se consegue manter as asas de cera, ao sol desta espécie de política, escaldante, por imensos motivos…A respeito deste senhor alegre de nome, que eu sempre considerei “um FLOP”, cheguei a fazer esta questão: “Que estranho poder tens tu, homem de Águeda, que podes dizer o que queres, sem que te maculem?” (mais ou menos estas palavras).
E hoje, reconheço que, além do poder do milhão de votos, ele tem, como ÍCARO, ambições… quem sabe? talvez chegar à PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA…
Conhecem os amigos aquele VILANCETE de CAMÕES sobre o “PERDIGÃO QUE PERDEU A PENA?”POIS é… a moralidade do poema é que quem muito alto quer subir, muito baixo pode cair…
Outra coisa que me tem chocado são os ataques pessoais soezes de candidatos contra candidatos, fazendo, precisamente o contrário, do que o SENHOR PRESIDENTE DA REPÚBLICA tem pedido. Os empenhados na política de ocasião, perderam a vergonha por completo e que eu saiba ,nunca o povo-povo gostou de ouvir falar assim . Um acusa o outro de “salazarista”. João SOARES (ora vejam quem dá a cara, outra vez!) trata a DRª FERREIRA LEITE POR “VELHA SENHORA”( salazarista, é claro!), Louçã acusa PORTAS e também o PSD de” mistificação”, como se só fosse verdade o que ele diz…Jerónimo acusa o PS de partido de “direita”… mas aqui, já sabemos o que “a casa gasta”, pois o discurso é sempre o mesmo! E é pena, porque não sendo “gago” (e quero dizer, não sendo inculto!), o senhor já teve tempo de ver que o MUNDO continua a mudar.
Chocante é ver que até “nuestros hermanos” já entraram no circo, se calhar sem quererem…
Sócrates foi ao programa dos “GATO FEDORENTO”. ACONTECIMENTO DE CRAVEIRA INTERNACIONAL! Resta-me saber se ele o faria, se não estivesse em campanha eleitoral…
É claro que Sócrates vai a todo o lado, neste momento! O homem tem que mostrar que há-de fazer o que prometeu há anos e não fez…só espero que não apanhe a tal gripe, porque “engripados” andamos nós, com tantos “debates –zero”, em tudo o que pode servir para mostrar as mesmas enjoadas caras e políticas. Já dá vómitos a verbosidade balofa de seguidores e possíveis candidatos a ministros… Não sei o que mais nos espera nos próximos dias… Pode ser que nos dêem novidades do Freeport, dos “offshore” da rica família socrática, que Dias Loureiro mostre lembrar-se de alguma coisa, relacionada com o BPN, que tenha fim o vergonhoso processo CASA-PIA, que tenhamos um ministro da justiça, da agricultura, da educação, da administração interna, etc.
Pode também acontecer que escapemos à gripe do momento… É que todos queremos ir votar… não é assim?
Nota: não dei erros ortográficos. O escrever nomes e postos com letra minúscula advém da importância que dou , a certas pessoas e coisas

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Poema do ciclo "MODERNISMO"





FOTO GOOGLE



Pérolas enigmas da vida do “SER-MAR”
Lágrimas vivas do esforço do Homem
Empenhado desgastado para as encontrar…
Criação segredo das areias molhadas
Outrora por deuses desbravadas
Ilhas dos Amores perdidas nos ares
De tempestades alucinadas chamadas
Por Neptuno do fundo do Olimpo…
Mistérios dos tempos recriados na mente
De quem se perdeu por tanto tentar…
Águas azuis de espuma branca sedosa
Macia no olhar que a vive a embalar
Pérolas dinossauros da vontade do Mar
Famintas de areias para enganar…
C6F-112/48-JNH/09

Poema do ciclo "MODERNISMO"

São profundas as águas onde mergulha
O pensamento…

São claras embora denotem
Alheamento…

São calmas na turbulência das almas
Em recolhimento…

Aventuram-se nas ondas que passam
Por um momento…

Ideias vagas do amor revolvem-nas
Em tormento…

Passeio por cima delas,
Confiante
Que os ventos doutras paragens
Alimentem a força de quem espera
O sustento…

Almas inquietas
Secretas virtudes
Entregam-se a forças de novos alentos…

Estremecem então as águas
Sensíveis a tal
sofrimento…

BEBO GOTAS DO MEU SUOR
E LANÇO-ME NO FRUIR DO TEMPO…








C6F-113/49-JNH/09

Poema do ciclo "Outono e natureza"


O Outono já passou.
Agora, regressa o frio.
De tudo o que ele levou
recordo, as folhas, no rio…

Época magoada, esse Outono,
que lá vai…
E eu fico tão ferida
com o meu mal, que não sai.

As árvores desgrenhadas,
carecas de folhas verdes,
confiam ,entusiasmadas,
nas Primaveras esperadas.

Magoa saber que a tristeza vai voltar…
A perda contínua de mim não é pura imaginação…
É como a lareira acesa,
que acaba por se apagar.

Entristecida, fixo o meu olhar no rio.
Ele vai levando, lesto,
as folhas dos meus Outonos,
deixando-me só o resto…
…esse resto, sendo pouco, é tudo!
É a vida qu’estremece! e transforma
num Entrudo, a chama qu’inda me aquece!







SET. /07-C2B-65B

domingo, 13 de setembro de 2009

"LIBANO"--- FESTIVAL DE CINEMA DE VENEZA



(FOTOS DO GOOGLE)


“LÍBANO”-----FESTIVAL DE CINEMA DE VENEZA


O cineasta israelita SAMUEL MAOZ, antigo soldado israelita, actor activo na guerra com o LÍBANO, durante a invasão israelita deste país, em 1982, fez um filme sobre esta temática, cujo nome é, precisamente, “LÍBANO”.
Apresentou-o, depois, à apreciação do júri do FESTIVAL DE CINEMA DE VENEZA, que decidiu atribuir-lhe o LEÃO DE OURO DESTE ANO.O filme, convictamente auto biográfico, descreve os horrores da guerra, sob o ponto de vista do soldado SAMUEL MAOZ, enquanto, de dentro de um tanque militar, recebia ordens para disparar.
Há momentos na vida de cada um de nós, em que se não houver catarses, não conseguimos viver. É um imperativo de consciência! Somos seres espirituais e cada um, à sua maneira, as faz. Se as não fizermos, não poderemos aceitar a VIDA!
Li também que chegou, hoje, a LISBOA, vinda do Irão de AHMADINEJAD, a PRÉMIO NOBEL DA PAZ, DE 2003, SHIRIN EBADI. Juíza iraniana, mulher sem medo, chegou até nós, vestida à ocidental, maquilhada e animada, sem vestígios do “hijab” (véu) ou do “chador” que os homens do Islamismo impõem à “outra metade do Universo, para disfarçarem as curvas do corpo. Estranho! Corpo que Alá concedeu a todos os seres, ditos racionais. Ora, em 2000, esta mulher descobriu que estava condenada à morte, decreto esse que se tornou uma atroz realidade, em 2003. Diz SHARIN:”O medo é como a fome”; assim sendo, e porque não se pode viver sem comer, ela não pode viver sem continuar a lutar contra as injustiças do regime dos AYHATOLLAS, reconhecendo que a sua vida continua em perigo.
É triste este mundo onde, a coberto da ideia de “DEUS”, alguns decidem, prepotentemente, da hora da vida e/ou da morte, de um qualquer outro SER…
QUE DE DÚVIDAS, SENHOR, sejas tu quem fores…

sábado, 12 de setembro de 2009



Recebi, e reencaminho, os selos abaixo, aos seguintes blogues:
Cova do Urso
Namorado da Ria
Viva Nossa Senhora
Infinito Particular
Sip of Glory

CANTIGAS TROVADORESCAS

QUEM passou pelo ENSINO SECUNDÁRIO, sabe que esta matéria fazia parte do programa. Com as remodelações programáticas da "nova-velha" equipa da "5 de OUTUBRO", não sei como estarão as coisas. A poesia trovadoresca , que vigorou na PENÍnsula Ibérica dos séculos XII a XIV, é considerada ,por muitos estudiosos da matéria, nacionais e estangeiros, como a mais importante forma literária lírica , desta parte do Continente Europeu. Recordo as palavras sábias de LUCIANA STEGNANO PICCHIO que as considerou de uma riqueza fulcral, no contexto da Cultura da Idade média, ainda por explorar, devidamente. Acontece que, ainda hoje, SÉCULOS XX E XXI, há grandes poetas que cultivam o Género, como foram ANTÓNIO GEDEÃO, FIAMMA HASSE PAES BRANDÃO, MANUEL ALEGRE e tantos outros ,que seria ,por demais, enunerar. Este é o meu modesto contributo para esta matéria, uma moderna CANTIGA DE AMIGO, como eu a vejo.

Poema do ciclo"Romanceiro Tradicional"


FOTO DO GOOGLE


Vi um falcão peregrino, voando, delidamente.
Falei-lhe do meu amor que não veio, está ausente.
REFRÂO:”Não veio! Está ausente!
Espero-o, ansiosamente!”

E o falcão peregrino, asas abertas, chegou-se a mim.
Olhei-o bem nos olhos; ele falou-me assim:
REFRÃO: “Espera e confia!
Teu amor virá, um dia!”

Assim me falou e me deu novas
Do amor que espero… E passam as horas.
REFRÃO: “Não veio! Está ausente!
Espero-o, ansiosamente!”

-Teu amor está nas terras d’el-rei.
Virá, quando a guerra der lugar à lei.
REFRÃO: “Espera e confia!
Teu amor virá, um dia!”

Virá quando a guerra tiver acabado.
Espera-o na fonte, como combinado.
REFRÃO:”Assim que puder, ele vai voltar
Para logo acabar esse teu sofrer!”

-“Esperá-lo-ei, na fonte sagrada!
Assim ficou dito, na época passada.
Ele não mentiu, devo confiar;
Virá, então, para me alegrar.
Depois, sim, eu irei noivar…
Noivar…esperar…confiar…casar!”






CAD4 D- 6 –JAN/08

Poema do ciclo "MODERNISMO"


(foto do google)
(FOTO DO PARQUE DA CURIA)




Fascínio meu molhado de azul imenso
Das águas do Atlântico…

Leves ondas calmas suaves
De longe batem na areia fina
Onde a palmeira germina.

Paraíso meu de “Mostrengos “e “Adamastores”…
Agora já sem furores.

Minhas naus e caravelas
Meus baixéis desmantelados
À sombra de árvores altaneiras
Nos areais já esquecidos…
…perdidos em desertos de ondas maiores
Onde meus avós foram melhores.

“Deus quis que o mar unisse
Já não separasse…”

Por que estais então perdidas
No FADO das nossas vidas?

E Portugal chora agora…
Chora a HORA da vil comédia humana
Enganosa soberba e desumana!

E agora? Ano 2009, longe de obras doutrora…

VAMOS, PAÍS, CHORA!

Levanta-te, então, depois!
Rejuvenesçamos, juntos, os dois!




C6F -143/14/SET- 09

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

APONTAMENTOS...

-Faz hoje oito anos que se deu “O 11 de Setembro”.
Recordo, com o mais profundo pesar, o sofrimento de todos: os que ficaram sepultados no “Ground Zero”, os que morreram com plena consciência da morte, no embate dos aviões contra as “Torres Gémeas”, os familiares que assistiram, pelos órgãos de Comunicação Social, à tragédia e todos os demais implicados neste descalabro civilizacional, vítimas de uma VERDADE, que me sinto impotente para discutir.
“Sinto” simplesmente, que, do muito que se conhece desta loucura, muito se há-de ainda saber, quando a História se encarregar de o desvendar.
-JORGE DE SENA que, como há dias referi num post, iria “regressar” ao solo pátrio, depois de ter sido sepultado, nos Estados Unidos, há trinta anos, é hoje, efectivamente, sepultado na nossa terra, num cemitério comum. Se deveria ir “repousar” no “PANTEÂO NACIONAL”, isso é outro discurso, que me recuso a fazer. Não esqueçamos aquele poema em que ele, desiludido, chamou “madrasta” e “não amada” a esta Pátria que nunca soube reconhecer o mérito dos seus ilustres filhos. A verdade é que o seu espólio literário e não só, foi oferecido à BIBLIOTECA NACIONAL e não, a uma qualquer biblioteca americana…
- Pergunta, hoje, VASCO PULIDO VALENTE, na sua crónica no “PÚBLICO”, na contra-capa: “EXISTEM CLASSES?”
Deixe que lhe responda, como sei, sem querer ferir susceptibilidades. Existem, sim! dr PULIDO VALENTE…Existe a classe dos hipermilionários de um país paupérrimo, de hiperpobres; existem os que pagam imposto, com a corda ao pescoço, para as novas “frotas”de carros topo de gama dos gestores da , mais que falida, TAP, e da portuguesíssima ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA , mas que não podem ver os seus salários aumentados, por causa da crise…Existe, ainda, para não falar de outras, a classe dos malfeitores, dos ladrões e assassinos, dos torturadores de mulheres, idosos e crianças que, depois de ouvidos pelos tribunais , vão em paz fazer mais estragos, e existe a classe dos injustiçados que não se podem mexer, porque não têm acesso aos “finíssimos” advogados que o sistema fez prosperar e multiplicarem-se…
Ah! E não se esqueça da classe dos “Homens de BEM”, de dignidade e coerência que se opõe, frontalmente, à dos “Homens de MAL” que, pretendendo dar essa imagem, se comportam de modo oposto, ferindo a dignidade de quem, utopicamente, ainda crê…
Não lhe lembro outras classes, porque o senhor estava no seu papel ,a falar de Jerónimo de Sousa e eu, neste período eleitoral, abstenho-me de outro tipo de comentários.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

ANÓNIMOS, NO MUNDO BLOGGER=”MÁSCARAS DA CORAGEM…”

É POR DEMAIS EVIDENTE, QUE ME REFIRO AOS MAUS ANÓNIMOS; não a quem o é por timidez, por exemplo.

Sempre considerei que tudo o que se serve do anonimato para ofender, denunciar, atacar, demonstra as piores características de personalidade, das quais se deve estar tão longe quanto o diabo está da cruz.
Estranho é que a palavra “máscara” quer dizer, em Latim, pessoa…Mas quem são as “pessoas” que se servem de máscaras do anonimato, no mundo virtual, para delatar, para exprimir ou expressar opiniões que não conseguem apresentar, com a hombridade e a coragem do uso do nome próprio? Sinal dos tempos, já previsto por ORWELL, há quase dois séculos? não creio! Desde sempre, desde que o homem é homem, existem, na espécie, estas outras “espécies”que se comprazem em denegrir, à falsa fé, a integridade de quem dá a cara pelas suas convicções, sem ter que aceitar os seus malévolos pontos de vista!
Os “bufos”existiram desde que o mundo é mundo… e, este tipo de gente que por aí se passeia, impávida e serena, a coberto do anonimato, não deveria ter a oportunidade de se evidenciar, pela negativa, no mundo, dito virtual. Há gente de boa fé, cuja vulnerabilidade é posta em causa, até ao momento em que decide entregar o computador à Judiciária, para averiguações.
Ao som desse abominável anonimato, tocam as “CORNETAS DO DIABO”, como bem dizia o nosso EÇA DE QUEIRÓS pela boca de EGA, seu “alter-ego”(o outro EU)em “OS MAIAS”; gente desta, desfigura o sentimentalismo, deturpa princípios, porque os desconhece…Gente desta é vírus e bactéria, perniciosas, que infectam sistemas de vida e princípios de integridade. Gente desta desconhece a frontalidade do assumir responsabilidades e esconde-se na “sarjeta”do mau carácter. Assim sendo, o seu vocabulário caracteriza-se pela vacuidade dos substantivos, dos adjectivos ou dos verbos, preferindo o tom acusatório do “tu és”, “tu foste”, etc.
São seres insólitos, engolfados nos ataques sem cara, como se de “esgrimistas” do mal se tratasse… Não têm lugar entre as realidades concretas, sensoriais e quotidianas, que fazem vibrar a alma de quem se entrega à tarefa de ter amigos, precisamente porque são gente sem amigos. Mourejam, enfronhados na maldade da maledicência, porque desprovidos de princípios que os ajudem no “dar a cara”, quando e sempre que são pró ou contra qualquer coisa ou qualquer um. São seres amorfos, mergulhados na maldade das Máscaras que usam. Deixemo-los viver assim… já que não conhecem o modo recto de intervir na sociedade, onde andam disfarçados.
Como dizia a nossa grande SOPHIA DE MELLO BREYNER: “PERDOAI-LHES, SENHOR/ PORQUE ELES SABEM O QUE FAZEM”./
Chocam-me, de sobremaneira, a hipocrisia, o farisaísmo, o ser NÃO-SER, sendo tudo tudo sem se ser nada… Choca-me a intriga e choca-me ver que, desde o tempo da traição ao pobre VIRIATO, o submundo dos caracteres fez escola…aliás, fez universidade!
Dizia GALILEU GALILEI:”Não se pode ensinar tudo a alguém; pode-se apenas ajudá-lo a descobrir, por si próprio.”
E COMO SE FAZ ISSO COM UM ANÓNIMO, CARO GALILEU?

terça-feira, 8 de setembro de 2009

POEMA DO CICLO "ONDAS DE INQUIETAÇÃO...


Ao olhar o mar hoje no auge do seu fascínio,
perscruto horizontes distantes de antigos marinheiros,
em romagens longas, constantes, até aos cumes do delírio
confiantes…

O pensamento revive tempos passados
de inevitável martírio, em que o mar misterioso
prometia um futuro glorioso,
com odores de perfume, em delírio…

Espanha, tão ali ao lado, marcava nossos confins.
O mar, tão ali ao lado, prometia outros “marfins”…
Então, quais peregrinos das ondass
sem bordões para o caminho,
este país de pastores e pobres agricultores
sonhou o seu “Graal”, em longínquos areais.

Partimos…mas não bastou!
Afinal, “nem tudo vale a pena
quando a alma não é pequena”…
As canelas, as pimentas e os marfins
desapareceram, com o vento dos tempos,
deixando,
para além dos conhecimentos,
esta gente grandiosa,
permanentemente angustiada e ansiosa!





C5 E -2 Jan./08

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

“MISSIONÁRIA de PALAVRAS, a luta continua….”




Quase sem dar por isso, encontrei-me ontem à noite, perante o CANAL HOLLYWOOD da TV CABO, a ver, pela enésima vez, o filme “AMOR SEM FRONTEIRAS”, cujos protagonistas, Angelina Jolie e Clive Owen encarnam as personagens de uma funcionária da ONU, para os refugiados e um médico empenhado em causas humanitárias. É evidente que há uma história paralela… mas não é por esse motivo que falo, hoje , do filme e nem sequer me importam os nomes dos actores. SARAH e o Dr.CaLLAHAN estão ao serviço de causas humanitárias, em terríveis teatros de guerra, de fome, de brutalidade feroz, que só o demónio pode provocar. O curso de MEDICINA exigiu dele um compromisso sagrado: salvar vidas! O posto que ela ocupava (tudo isto em1995!) na Comissão de apoio aos refugiados, exigia dela um grande envolvimento na entrega de bens de primeira necessidade, quer para os médicos quer para matar a fome aos esquecidos por DEUS.
A história começa no, já então, martirizado SUDÃO e no DARFUR, palco de um dos maiores genocídios da humanidade, ainda nos dias que correm e no momento em que, em paz, eu estou ao computador a escrever este post…
Por uma questão de carácter e de consciência cívica, reajo de um modo sentidamente brutal, a este tipo de situações; a falta de água em qualquer parte do mundo, a falta de alimentos por falta de chuva, a falta de tecnologias que ajudem a superar estas carências, a brutalidade da chacina de mulheres e crianças em circunstâncias que nada têm a ver com o prazer de matar, mas mais com os instintos de animais ferozes com que o diabo dotou seres que ,à partida, deviam ser humanos, impedem-me de me calar.
(E já estou a “ouvir as habituais vozes do “contra”…)
Confesso aos amigos uma coisa, muito íntima: sempre desejei pertencer a uma organização humanitária. Acontece que, como diz o ditado popular, “O HOMEM PÕE E DEUS DISPÕE”: vi-me, aos 19 anos PROFESSORA PRIMÁRIA…casei e tive dois filhos…vi-me divorciada a tirar o curso de PORTUGUÊS/INGLÊS na UNIVERSIDADE DE COIMBRA…vi-me a ter que ganhar a vida para mim e para os meus filhotes…e vi o sonho para sempre adiado! Hoje, a idade já não me permite veleidades…
Por tal motivo, não há maldade de ninguém que me faça pensar duas vezes, quando é preciso bater nestas situações que envergonham o mundo, dito, civilizado e desenvolvido, eu incluída.
EM 1995 havia no mundo 50 milhões de refugiados. Hoje, 2009, as estimativas, por alto, são de 250 milhões!
Neste filme de que vos tenho estado a falar, as duas personagens passam dos horrores do Sudão aos do CAMDOJIA DO TEMPO DO FACÍNORA POL-POT e aos da guerra da TCHECHÉNIA, onde uma terrível luta lembrava ao mundo que a “EX UNIÃO SOVIÉTICA” não pretendia ser apenas “RÚSSIA”, Em todos estes casos, as organizações humanitárias têm sido forçadas a encararem seres diabólicos, saídos das cavernas do mais profundo inferno, seres graníticos (com todo o respeito que o granito me merece!), sem alma e sem SEREM… qualquer coisa!
Poderia falar de outros grandes genocídios da HISTÓRIA da humanidade: o do RUANDA, o da JUGOSLÁVIA, o da CROÁCIA…
Poderia lembrar as” CRUZADAS” da BAIXA IDADE MÉDIA e também já da ALTA IDADE MÉDIA…Poderia referir os genocídios provocados por ÁTILA e por GENGIS KHAN…
DEIXO AO PENSAMENTO DE QUEM ME LER, ESSA TAREFA, PARA DIVIDIR O SOFRIMENTO…

domingo, 6 de setembro de 2009




A noite chama...Chama a todo o tipo de meditações:ao amor .à justiça, ao fim das guerras, à preservação do ambiente, à resistência...Por vezes ,é perigoso dormir na "paz dos anjos"

"REFLEXÃO DE CONTORNOS BEM PRECISOS..."

O Mundo gira, sem parar ,num mar de contradições chocantes.
No meu país ,como que alheados, vivemos de olhos postos nas televisões e nos jornais, assistindo a "uma triste passagem de modelos":os que cada partido apresenta aos pobres portugueses, para os enganar, o mais descaradamente possível, na campanha eleitoral em curso e, pior do que isso, no que a seguir virá. Estou cansada de "futebóis", onde todos querem jogar a "bola" da miséria em que nos encontramos para as mãos alheias, sem que nenhum seja culpado de nada! Por isso, hoje deixo-vos este trecho musical, a meu gosto, com o desejo de que nenhum dos meus compatriotas se deixe ir "em cantigas"...Do que já me foi dado observar, não escapa nenhum dos "reis"...todos vão nús! MAS...continuemos a meditar...

sábado, 5 de setembro de 2009

Poema do ciclo "MODERNISMO"


FOTOS DO GOOGLE
Persegue-me o Sol,
nos longos dias de Verão.
Não preciso de o procurar,
pois ele sabe onde encontrar-me,
naquela claridade da harmonia
do temperado estio , que alivia.

Néctar de frutos ansiosos por amadurecer,
és ,também, “Astro-Rei”,
a vitamina do nosso”CRESCER-SER”!

Seiva máxima de qualquer terra a germinar…

E eu, que sou LUA,
sinto-me tua, na aura do amanhecer…
E cresço, crescendo… em CRESCENTE!

SOL e LUA…
Oh, DEUS! Sou gente…
agente da VIDA perene
que, ao receber a LUZ e o calor,
é seara que produz,
cOM AMOR!





C6F -141/13- AGT/09

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

DEMOCRACIA PORTUGUESA EM “ESTADO DE ANEMIA”…
LI, de manhã, em vários jornais, referências de Manuela Moura Guedes a “qualquer coisa de anormal”, na TVI.
Numa entrevista ao jornal “PÚBLICO”, afirma a jornalista, do “JORNAL DE 6ª feira”: “NO DIA EM QUE FOR PRESSIONADA,EU SAIO.E QUANDO NÃO ME VIREM NO ARÉ PORQUE ALGUMA COISA SE PASSOU”
Durante a tarde ,soube que, na realidade, alguma coisa se passou, uma vez que se demitiu, em bloco, a Direcçao de Informação do Jornal DE 6ª feira, incluindo MMG!
Não é que aprecie, particularmente, o estilo da dita jornalista, com já disse aqui. Mas esperava por esse jornal, como muitos milhões de portugueses, para saber algo mais de certos tristes assuntos, de que só a coragem da TVI se atrevia a falar! Ganhou Sócrates! Não conseguiu a compra da televisão pela PT, mas conseguiu que, em vésperas de eleições, se calasse a voz das verdades que incomodam o senhor!
Os tiques anti democráticos do dito senhor têm feito notícia ,entre nós , nos últimos anos; ele é o caso da licenciatura, o caso da assinatura dos projectos de casas da GUARDA e ele é, principalmente o caso FREEPORT, de que MMG iria dar novas “notícias” ,na próxima 6ºfeira… Mas o santo do nosso primeiro, que está para ser elevado às honras dos altares pelo tanto bem que tem feito pelos portugueses, não podia ouvir mais “verdades …e teve medo: pediu ,alegadamente, ajuda, aos espanhóis para calar a voz da jornalista!
Mas , afinal, PORTUGAL não é um país ,independente da EsPANHA, desde 1143?
ESTAMOS DE LUTO, PORTUGUESES! ESTEJAM ATENTOS, PORQUE SENÃO VAMOS SABER MAIS NADA DO FREEPORT, PODE SER QUE NÃO VENHAMOS A SABER MAIS NADA DE NADA…
ONDE ESTÃO AS LIBERDADES DE “ABRIL”,DE 1974?AJUDEM-ME A PERCEBER!!!!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Poema do ciclo "MODERNISMO"



fotos:Google


Cismo muralhas
Submersas nos mares
De épocas duras, passadas.
Emergem ,de repente,
No espaço do meu “EU-SER”…
Sofro com este sismo ,
que fractura o meu viver!

Pedras soltas alinham-se, sem eu querer,
Reflectindo a ousadia de ESTAR…

Águas puras do Pensamento vagabundo
Erguem-se, purificando o momento do meu PENSAR!
São cascatas da VERDADE das muralhas…
Lavo-me nelas, confiando limar as falhas,
Arestas da minha vida
Pelas quais ando a penar…

Procuro espaços livres, sem fragmentos doridos!

É difícil encontrá-los entre muros tão altivos,
Que expõem pedras agrestes, batidas pelo ar do Tempo!

Heróis de tempos esquecidos… lutaram tristes batalhas!

Íngremes escarpas das vividas ameias…
Teias do Tempo permanecem vivas
Nas mágoas das lascas ali sofridas…

E eu, Cavaleiro da era da força do Pensamento,
Permaneço…ali… atento…

Ó Vento!
Ó Ar!
Ó Céu!
Não tenho nada de meu…





C6f -35/12 –AGT/09