domingo, 30 de setembro de 2018

sábado, 29 de setembro de 2018

International readers from South Africa to Scotland told us that they watched the Kavanaugh hearing, with equal amounts of fascination and repulsion.
NYTIMES.COM
International readers tell us how the testimony of Christine Blasey Ford and Judge Brett M. Kavanaugh before the Senate Judiciary Committee affected their perceptions of the United States.

Congressional Democrats cleared a key hurdle in their effort to sue President Trump over whether he is illegally profiting from business dealings with foreign governments.
NYTIMES.COM
A case brought by Democrats in Congress could give them access to a wide array of financial documents from the president and the Trump Organization.

The Senate testimony of Dr. Christine Blasey Ford and Brett Kavanaugh revealed several details in their stories that do not match up.
NYTIMES.COM
The Senate testimony of Christine Blasey Ford and Judge Brett M. Kavanaugh, the man she alleges assaulted her while they were in high school, revealed several details in their stories that do not match up.

In Net: do cientista António Damásio

DE:
“O sofrimento proporciona-nos a melhor proteção para a sobrevivência, uma vez que aumenta a probabilidade de darmos atenção aos sinais de dor e agirmos no sentido de evitar a sua origem ou corrigir as suas consequências.”
― António Damásio

De Carlos Oliveira...

Poema de Carlos Oliveira, in O Citador:
Carta a Ângela
Para ti, meu amor, é cada sonho
de todas as palavras que escrever, 
cada imagem de luz e de futuro,
cada dia dos dias que viver.
Os abismos das coisas, quem os nega,
se em nós abertos inda em nós persistem?
Quantas vezes os versos que te dou
na água dos teus olhos é que existem!
Quantas vezes chorando te alcancei
e em lágrimas de sombra nos perdemos!
As mesmas que contigo regressei
ao ritmo da vida que escolhemos!
Mais humana da terra dos caminhos
e mais certa, dos erros cometidos,
foste de novo, e sempre, a mão da esperança
nos meus versos errantes e perdidos.
Transpondo os versos vieste à minha vida
e um rio abriu-se onde era areia e dor.
Porque chegaste à hora prometida
aqui te deixo tudo, meu amor!
Carlos de Oliveira, in “Poesias”

Do nosso Filósofo Agostinho da Silva

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B0M DIA E FELIZ FIM DE SEMANA, MEUS AMIGOS!


sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Poema REGººººº!




Poema:

NOITE DE SEDA AZUL-CELESTE

à hora em que as tardes descem aspergindo noite nos ares,

___________________________________abrem-se flores
__________________________nos olhares,
_________ em perspectivas a que podemos chamar lunares.

___________________________________Em cadências geométricas, desenhadas a régua e ______________________________esquadro
___________________________ com ajuda de um compasso,
_____________________ dormem as constelações no seu espaço,
________________num leito azul de cor celeste,
___________________________________ que em nada destoa do mar,
__________________________ do quadro que me deste.

a vida da noite é assim que resplandece, sob os raios dourados
das estrelas e a alquimia prateada do luar, que entontece.

o mar, lá mais ao longe, no seu leito de de uma calma tumular, hoje não ruge feroz…
brilha e rebrilha numa calma de dormir, cansado-quem sabe?- de nos aturdir;
o vento nem de sente…parece que não mexe, não faz barulho
e as lagoas adormecem nos seus leitos de pedras, folhas e entulho natural.

os pássaros recolhem em bandos de silêncio aos ninhos
de cortinas de palhais, onde vão ter os seus filhos

.

Passa, Vento, toca-me a face calma como a alma!

Beija-me os lábios húmidos onde tenho teoremas
e quadrados de amor,
que são sonhos que o mundo sonha
para oferecer à Vida,
com o fulgor dos fulgores.

Maria Elisa Ribeiro
Out/016


In observador.pt

O mito de Gonçalo M. Tavares

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Só com um verdadeiro talento é possível fazer literatura da linguagem anti-literária. O autor do novo "A mulher-sem-cabeça e o Homem-do-mau-olhado" conseguiu criar o estilo a partir da falta dele.
© Diana Quintela / Global Imagens
Autor
  • Carlos Maria Bobone
Título: “A mulher-sem-cabeça e o Homem-do-mau-olhado”
Autor: Gonçalo M. Tavares
Editora: Bertrand
Páginas: 143
Sobre a obra de Gonçalo M. Tavares, já era importante e continua a ser: realçar o modo como a lógica é usada para criar uma literatura do absurdo. Seja por jogos de palavras, seja pelo uso de um pormenor como característica de um todo, seja pelo aproveitamento dos sentidos possíveis e inesperados das premissas, o romance de Gonçalo M. Tavares denuncia um problema de linguagem que se torna um problema de raciocínio: a lógica opera, não a partir de realidades, mas de símbolos, da palavra cadeira e não da realidade que a palavra nomeia. Ora, o símbolo não só é uma representação imperfeita, como tem realidade própria, independente daquilo que representa. A palavra tem um som, uma definição gramatical, uma posição sintática, que a coisa representada não tem. Na lógica estão, assim, misturados significados imperfeitos e significados abusivos, que Gonçalo M. Tavares permanentemente descortina e baralha.
Ora, este método é importante, não só por marcar a posição de Gonçalo M. Tavares diante da realidade, mas também por ter implicações no seu próprio romance. A lógica de conclusão absurda influencia, além da ideia fundamental dos romances, as personagens, o estilo e (menos) o enredo. A força da lógica torna passivas as personagens, torna-as autómatos obedientes aos desmandos do raciocínio. Falta-lhes, em suma, uma característica humana que passa por resistir à lógica quando ela contraria os nossos interesses. Aquilo que é identificado pelo autor no plano fundamental – a lógica pode dar conclusões contrárias e absurdas – não é cumprido no que toca às personagens – o nexo entre lógica e acção é imediato, se o raciocínio dita, a personagem obedece. Este apelo da lógica dá também à linguagem uma pátina lacónica, jansenista, própria da sobriedade matemática. Só com um verdadeiro talento é possível fazer literatura da linguagem anti-literária; só com uma invulgar segurança é possível criar um estilo a partir da linguagem mais vulgar, sem recurso a tinetas linguísticas próprias; Gonçalo M. Tavares conseguiu criar o estilo a partir da falta dele. E se isto por um lado impressiona, por outro pode criar um problema.
A admiração por um estilo deve ser dada, mais do que pela mera existência de uma personalidade, pela grandeza dessa personalidade. Isto é, se um escritor usa sempre metáforas piscícolas, tem um estilo muito definido. Não consegue, porém, ser um bom estilo pela quantidade de coisas que deixa de fora. Um estilo que se priva de algo sem mais razão do que a de criar personalidade é um estilo que é sempre mais pequeno do que aquilo que o mundo propicia. Por outro lado, uma personalidade que absorve tudo depressa se torna incaracterística.
Note-se que este é um problema essencialmente moderno: só a partir do momento em que, mais do que a Verdade em geral, o pensador ou o escritor procura a verdade sobre si; só a partir do momento em que a personalidade passa a interessar mais do que uma ideia de verdade; só a partir do momento em que o estilo próprio ganha importância sobre uma ideia de literatura abstractamente considerada; só a partir do momento em que a originalidade passou a ser santo-e-senha da criação artística é que a ideia de ter uma persona literária vincada ganhou expressão.
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American Bar Association and Jesuit magazine withdraw support as Flake says: ‘I will vote to confirm Judge Kavanaugh’