terça-feira, 20 de novembro de 2018

Os telefonemas


Escritor: João Batista Silva

Os telefonemas e suas repercussões no mundo das comunicações no início do terceiro milênio.
Milhares de pessoas usufruindo do direito de habilitar seus aparelhos celulares e expandir no universo as invenções tecnológicas, que chegaram para globalizar a face da terra e seus bilhões de habitantes.
Os continentes, países e cidades, vilas e bairros, regiões distritais, fazendas, caminhoneiros, viajantes e todas as classes sociais, têm se manifestado favoráveis ao uso do aparelho celular, nas facilidades de se comunicar, de se tornarem próximas umas das outras, na ocupação do planeta terra.
Não se deve descartar grandes dificuldades de muitos na aquisição do aparelho, principalmente na sua manutenção, que pesa em muito na receita de cada família. Muito embora um avanço em massificação obteve êxitos nos últimos anos através da evolução natural de todos os seguimentos envolventes das sociedades.
O telefone celular foi e é grande potencial nas comunicações. Foram passos dados à distância, que elevaram os sistemas de telefonia fixa aos sofisticados aparelhos modernos, que se espalham por esse mundo afora de modo assustador.
A humanidade ganha em muito na geração de empregos, nas elevações de idéias e projetos de expansão, das reformas em abundância das velhas redes e tantas outras vantagens, que merecem especiais atenções.
Outras circunstâncias se agregam aos anseios e desejos do povo em se comunicar com rapidez, segurança e liberdade, através do veículo condutor, o maior processo de comunicação no espaço aéreo.
Nos campos da política, dos negócios comerciais e empresariais, das culturas religiosas, dos governantes e do povo de modo geral, é sem dúvida, uma conquista atrativa aos impulsos sentimentais.
Não creio ser uma medida correta, idealizar métodos comprobatórios, de pessoas a usufruir do sistema de comunicações mais usado nos dias atuais.
Mas, pode-se e deve-se avaliar que é muito alto o índice em demanda, tanto das companhias operadoras, quanto das pessoas, na liberdade do uso de uma outra prestadora de serviços, que tem a felicidade de atender a maioria dos clientes, nos momentos emocionais de muitos que acreditam no amor, como forma única, satisfatória e correta de ser feliz, ou ao menos, tentar aproximar.
Quantos são os diálogos e mensagens espalhadas no espaço através dos sistemas de telefonia, que usam as pessoas nesse início de século, de milênio? Os indecisos, os ciumentos, os apaixonados, os namorados, noivos e casados, todos que se acham no direito de se comunicar; das mais lindas palavras, até as tristes e vazias situações, que muitos não gostariam de transmitir ou receber.
A evolução tecnológica eleva em muito, os recursos alimentadores dos mais sonhados objetivos do passado, que se alastram no presente, em função das complementações sentimentais de cada um, em função de suas aspirações. As comunicações telefônicas abastecem os anseios sentimentais de todas as camadas sociais e faixa etária nas mais diversificadas dos tempos.
É um alô que vai, outro que vem, e assim vão se complementando os sentimentos da saudade, da paixão, do amor sem fronteiras, sem rancores, das aproximações das distâncias no mais curto prazo de tempo em que duas ou mais pessoas se podem comunicar.
São muitos momentos tristes e felizes que se abraçam, se cumprimentam, se beijam, se desejam, manifestam emoções e aspirações infinitas do amor, que viaja universo afora através dos telefonemas dados, dos mais simples aparelhos fixos e sofisticados instrumentos musicais, fotográficos, de deixar os encantos nas mãos dos apaixonados do mundo atual.
A vida continua direcionando a humanidade em busca de suas aspirações, de seus desejos na complementação dos momentos felizes, diante das repercussões de seus telefonemas, nas avaliações sentimentais.
Vejam um casal apaixonado que vive sua emoção à distância:
- Olá menina, como vai?
- Vou bem, obrigada!
- Tudo extremamente favorável ao encontro de hoje, não é?
- É..., ou melhor, só deveremos nos encontrar logo mais, após às doze horas e trinta minutos.
- Que pena!
- Pena..., por quê?
- Eu gostaria que fosse agora!
- Agora, como assim? Se estou a trabalhar aqui, não posso me ausentar, ou ao menos recebê-lo aqui.
- Por que não?
- Porque é incompatível com as normas estabelecidas para a função!
- É mesmo?
- Sim, sempre foi assim!
O tempo passa, as tristezas também. As saudades, às vezes, apertam um pouco mais, esperando os momentos de se libertar das paixões e se encontrarem definitivamente no amor.
- Muito em breve, poderemos nos libertar do distinto profissional, que parece mais um astronauta bem equipado e chega a usufruir dos assuntos.
- Por que afirma ser esse senhor um astronauta bem equipado?
- É fácil. Verifique os traços físicos!
- É um funcionário respeitado, que o município coloca em disjunção aos serviços estaduais e se habilitou a essa nobre função, que identifica o meu eu.
- Não se preocupe, disse-lhe a menina.
Ele passa de um lado para o outro, entra e sai como se nada está querendo e a amizade é fruto de nosso trabalho, disse-lhe ainda a secretária a sorrir, enquanto aguardava o momento desejado, para prosseguir o diálogo.
- Enquanto existirem aparelhos de telefones funcionando no mundo, nós nos comunicaremos...
- Até breve!
Desliga o aparelho feliz, por acreditar no amor que ainda existe.


Autor: João Batista Silva
Bom Despacho/MG

Autor & Obra - Livro: A Saga dos Coronéis, Geraldo Rodrigues da Costa

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Breve: Gandavos - Contando Novas Histórias


Já temos a ilustração da capa do livro Gandavos 9 (um belo trabalho do ilustrador Suzo Bianco); já escolhemos a cor de fundo da capa e o título GANDAVOS – CONTANDO NOVAS HISTÓRIAS.  A votação aconteceu entre os dias 11 e 12/11/2018. Esta semana os arquivos serão encaminhados para diagramação e criação da capa e em seguida para editora.

Previsão de lançamento do livro: fevereiro 2018.

Sugestões de títulos com votos (citados os participantes que enviaram voto)


Número
Votante
Pontuação
01 – Traços & Retraços
Carlos A Lopes, José Soares de Melo
2
03 – Contando novas histórias
Elizabeth Marcondes, Ana Bailune, Cristhiano, Joselma Firmino, Maria Marcondes, Alberto Vasconcelos, João Batista Silva
7
08 – Nas trilhas das prosas

Geraldinho do Engenho, Marina Alves
2
10 – Contando mais histórias

Maria Mineira, Denise Coimbra, Tadeu Araujo
3
12 – Histórias pra se contar...
João Stabile, Augusto Angelin, Viviane Rodarte, Michele Calliari Marchese, Jussara Burgos, Gerson de Carvalho
6
15 – Na trilha de outras histórias

Alce Gomes, Celedian Assis, Edmar Sales
3
16 – Um Canto de Contos no Recanto

Patrícia Celeste, Socorro Beltrão,
2

O rio das pedras

Autora: Lenapena

Pela trilha de terra, Doroti, seguia. Trouxa de roupa na cabeça, três filhos a lhe agarrar o rabo da saia de chita surrada. Um bebê nos braços, e outro crescendo em suas entranhas. Por vezes mais parecia uma fábrica de fazer crianças, do que uma mulher.

Caminhava a passos cansados para o leito do rio de pedras. O sol alto e quente, lhe fazia escorrer gotas de suor pelo rosto macerado pela exaustão da labuta.

As margens do rio, pousou o filho pequenino, debaixo de uma frondosa árvore, aos outros três, recomendou cuidado, pois nenhum deles sabia nadar, e as águas eram profundas e perigosas.

Tirou a grande trouxa de roupa da cabeça e devagar desatou o nó. Saltaram do imenso volume, as gastas e simples roupas que a família possuía.

Começou a separar as peças, e com carinho passou a mão por entre os pontos de um lençol feito de alvo algodão. Ali, as inicias dela e de seu marido, foram carinhosamente bordadas por ela. Lembrou-se de um tempo, onde ainda havia espaço para os sonhos, de uma menina moça, que só conhecia da vida, o trabalho, a pobreza, e a dificuldade.

Sem mãe, desde os sete anos de idade, enfrentou a dura realidade da solidão. O pai, saia cedo para capinar a roça, e somente voltava com o sol se despedindo do dia. Cedo aprendeu a lavar, passar, cozinhar, limpar, e a ouvir as reclamações do pai, sempre calada.

Aos quatorze anos, casou-se com Eucrides, e nos poucos meses de namoro, sonhou que com ele a vida seria diferente.

Seus dedos correram devagar sobre o pano gasto e macio, e descansaram sobre as inicias ED. Lágrimas mornas correram de seus olhos doces e tristes. Eucrides, era tão grosseiro e mandão, quanto fora seu pai.

O filho que crescia em seu ventre, seria o quinto, e ela nem vinte primaveras completara.

Os folguedos das crianças, a trouxeram de volta a realidade. E seu olhar passeou pelos rostinhos sem cor de seus filhinhos, e o amor imenso que nutria por cada um deles, fez seu coração se incediar por um calor imenso. Não havia muita comida, para dar a eles. Seu leite os alimentava, e nunca chegara a secar, desde que o primeiro nascera até agora, pois antes que o leite secasse, ela, já estava grávida de outro.

Chegara a amamentar dois deles de cada vez, suprindo a falta de alimento na pobre choupana que moravam.

Enquanto passava a barra de sabão de cinzas feito em casa, em cada peça de roupa, deixava que as lágrimas corressem livres, parece que elas tinham pressa de libertar-se da tristeza que as aprisionava, e ansiavam misturarem-se as águas calmas do imenso rio.

Doroti, gostava de vir lavar as roupas, era a hora em que dava livre curso as lembranças e ao pranto.

Na dura tarefa de ensaboar e esfregar as roupas nas pedras do rio, curvada sobre si mesma, de joelhos, ela sentiu quando a nova vida em seu ventre, mexeu suavemente, como se lhe beijasse a parede do útero.

Com as mãos molhadas, afagou com carinho a barriga volumosa, e cantou com voz suave, linda cantiga de ninar, que um dia ouviu a mãe cantar para ela.

Ao final, repetiu baixinho: "fique tranquilo, eu vou cuidar de você com amor, nem que tenha que te dar a última gota do leite que verte de meus seios, e com ela a minha vida".

Autora: Lenapena - São Paulo/SP
Publicação autorizada pela autora

domingo, 11 de novembro de 2018

Cráudia


Autora: Helena Frenzel
Um dia, assim do nada, chegou lá em casa oferecendo-se para trabalhar. Foi uma sorte danada, pois a minha irmã estava mesmo precisando de uma pessoa que tomasse conta das crianças. Bendita a hora que decidimos aceitá-la. Muito boa a menina. Trabalhadora, limpinha, bem humorada, uma paciência só com as crianças... Dava gosto ver. Eu achava interessante o fato dela pronunciar errado o próprio nome.
Na verdade, chamava-se Cláudia, mas não tinha quem a fizesse dizer “cla” em lugar de “cra”. Tinha, acho, um defeito na boca. Não sei. No começo eu me controlava para não rir, para não ofendê-la, e me esforçava para falar seu nome corretamente. Com o passar do tempo, aumentando a intimidade e certo de que ela não se ofendia, passei a chamá-la como ela mesma. Foi bom porque eu não precisei mais prender meu instinto palhaço. Ligava lá pra casa e quando ela atendia, perguntava quem era, só pra tirar onda. "Aqui é a Cráudia, seu Amarildo. O que é que o senhor quer?" ela respondia e caia na gargalhada, pois sabia que do outro lado da linha eu devia estar rolando de rir. Aí ela entrava no meu jogo. Até que nos divertíamos...
Certa vez estava eu no quarto estudando e ela entrou para arrumar e limpar. Percebendo seu interesse na estante, perguntei se gostava de ler.
— Ah, seu Amarildo, eu adoro! — contou toda prosa e, para meu espanto, acrescentou: — Esse livro do senhor aí, O Perfume, é muito bom! A descrição da época em que o Grenouille ficou lá na caverna é surreal, fiquei agoniada com aquilo.
─  Sério, Cráudia?! Você já leu O Perfume, de Patrick Suskind?
─ Li, Seu Amarildo, assim como O Príncipe, de Maquiavel, Crime e Castigo de Dostoievski, A Metamorfose, O Processo e O Castelo de Kafka. Desse autor, gostei muito de Um Artista da Fome.
Quase caí da cadeira. Aí começamos a trocar figurinhas. Ela conhecia muito não só sobre Literatura, bem como Cinema e Teatro também. Incrível! Eu, que na época estava na graduação, fiquei besta com a desenvoltura com que aquela criaturinha miúda, que a princípio parecia nem saber falar Português direito, falava sobre esses assuntos. Aquilo me intrigou.Ela contou: — É que eu não gosto de ficar vendo TV. Aí, seu Amarildo, numa casa que eu trabalhei tinha esses livro bom. Aí peguei um. Li, gostei e quis ler outro e mais outro e hoje não consigo mais parar de ler. Como não posso comprar, peço emprestado. Queria até pedir pro senhor, se o senhor deixasse... se eu podia pegar uns livro desses seus aqui pra mim ler nas horas de folga. Eu cuido direitinho, não deixo amassar nem uma folha.
Eu disse: — Claro! Pode ler tudo o que você quiser. — Ela ficou toda contente. Trocamos umas idéias mais e ela me deixou, tinha ainda o resto da casa para limpar e o almoço para preparar.
Contei isso para Rose, minha irmã, que reagiu da mesma forma que eu: — Sério? Eu que só tenho o segundo grau, tenho uma empregada que já leu — e entendeu — O Príncipe?
— Pois é minha irmã, — disse-lhe eu, brincando — crie vergonha na cara e pare de ficar lendo só essas Sabrina, Bianca e Júlia que você gosta aí.
A Cráudia era uma figura. Uma pessoa com cultura e conhecimento literário assim, por quê não conseguia falar corretamente? Isso me deixava perplexo.
— Ah, seu Amarildo, é porque eu sou assim mesmo. O senhor não me entende quando eu falo, assim mesmo desse meu jeito? — ela replicava quando eu lhe indagava sobre essa particularidade.E continuou com a gente. Com o tempo, foi se tornado quase um membro da família. Tanto que, numa época bem difícil, em que a Rose chegou a cogitar dispensar seus serviços pois não tínhamos como pagá-la, Cráudia disse que queria ficar assim mesmo, sem pagamento, até que a situação melhorasse um pouco. Alegou que poderia continuar lá, em troca de casa e comida, tomando conta das crianças e fazendo o serviço que vinha fazendo até então.Eu e Rose ficamos um pouco desconfiados, pois esse negócio de ter empregada sem carteira assinada em casa podia dar uma boa duma complicação. Mas a Cráudia, com seu jeitinho, acabou nos convencendo de que não tinha “pobrema”. — Quero ficar por gosto, por amizade — disse.
Cráudia ficou e acabou participando de muitos momentos importantes, altos e baixos da nossa família. Ria e chorava junto. Um dia, quando eu nem mais vivia com minha irmã, tinha mudado de cidade e conversava com a Cráudia pelo telefone, ela me conta que tinha sido escolhida para participar de um júri, num festival de cinema local.
— Pois é, seu Amarildo, mandaram uma carta aqui pra casa me convidando. É um festival de curtas. — Meu queixo caiu do outro lado.
— É mesmo, Cráudia? — Eu não havia perdido a velha mania de chamá-la assim. — Puxa, que legal! E como foi isso? — eu quis saber.
— Ah, seu Amarildo, o senhor lembra daquele cinema universitário, pequeninho, que só tem uma sala só, lá na Rua do Ouvidor? Pois é, como é bem baratinho e só passa filme artístico, eu sempre vou. Sempre deixava um comentário lá na urna e foi assim que me descobriram eu aqui.
Eu e minha namorada especulávamos muito a respeito dessa exótica criatura. Seria ela uma estudante ou pesquisadora, quem sabe socióloga ou psicóloga, infiltrada no seio de uma família de classe media baixa para algum experimento? Cheguei mesmo a lhe perguntar isso, ao que ela replicou: — Ah, Seu Amarildo, o senhor tem cada uma! Eu, socióloga!? — e ria.
Mentir ela não mentia, pois podia se perguntar qualquer detalhe dos livros que dizia ter lido e ela saberia discutir. O mesmo ocorria com os filmes. Continuava falando errado, mas o que dizia tinha fundamento. O que contribuiu para o seu mito foi o fato dela, assim como chegou, um dia ter ido embora, e sem deixar pistas. Disse que iria para outra cidade, que havia encontrado novo emprego. Afeiçoara-se à família mas agora era hora de partir. E assim foi. Parece que o chão a engoliu, pois notícia não se teve mais.Eu já me perdi em meio a tantas especulações. Até mesmo as possibilidades dela ser anjo ou extra-terrestre cheguei a cogitar. Seria mesmo isso?
— Cráudia, criatura, se estiver lendo esta história, dê notícias. Acabe de uma vez com esse mistério. Tenha pena de um pobre curioso como eu!

***

Não tenho muitas esperanças de ser lido por ela. Afinal, se ela não mudou, deve continuar gostando só de boa literatura.

Este conto faz parte da coletânea de contos Perfis Interessantes, originalmente  publicado no Recanto das Letras em 21/03/2009 sob o código: T1498594.

Autora: Helena Frenzel - Alemanha

Página da autora no Recanto das Letras:

http://www.recantodasletras.com.br/autor.php?id=47164

Publicação autorizada pela autora


Sabe? - Autora: Fernanda


A gente aprende com o passar do tempo, e na verdade ele está mesmo aí para isso né? E não nos damos conta de que tudo tem seu lado bom, e a gente vai levando.

Amei, fui amada, decepcionei, me decepcionaram também, e nesse toma lá da cá, a bola girava e eu crescia em todos os quesitos. Sempre fui muito amiga de meus amigos, na verdade, amigos mesmo eu nem sei se um dia eu tive. O que acontece é que sou muito mãezona, aquela que oferece o ombro, enxuga a lágrima.

Só que a falsidade é arma dolorosa que abraça a inveja, e isso eu não tolero.

Desejo alegria e paz para aqueles que nem conheço, imagina os que estão no meu rool?

Pois é.

Mas o mundo é um grande teatro, e os atores ferozes e algozes.

Tudo bem...

Sempre fiquei triste com descaso, mas sabe como é, a gente camufla que não percebeu até mesmo pro coração não sentir, mas não dá, ele sente, a gente sofre, e a história sempre vira bola de neve e cresce.

Eu cansei sabe? Não quero mais pouco abraço na minha caminhada, não quero Judas me beijando a face e me comendo viva pelas costas. Nunca fui de bater de frente com ninguém, mas isso nunca aconteceu por medo, & sim por não suportar baixaria.

Mas a hipocrisia de alguns, às vezes chuta na nossa parte mais sensível, eu acredito que uma pessoa pode mudar, isso eu acredito e sei que pode, mas também precisa querer, porque falar de paz é fácil, mas só os guerreiros lutam por ela.

Hoje sou diferente de algum tempo atrás, e para chegar até aqui eu tive lutas homéricas com vários acontecimentos.

Pesei os prós e os contras, fiz um balanço de tudo, e analisei minuciosamente o que me faria feliz, realizada e de bem com comigo mesma, e isso foi fundamental pra que eu não fraquejasse.

Não sou melhor que ninguém, ninguém é, mas não preciso de “amigos da onça” na minha vida.

Não nego minha voz, não viro as minhas costas, não deixo de ajudar, mas a minha vontade é outra, prefiro estar só do que má acompanhada.

Nunca consegui a proeza de ficar com raiva de alguém, e quando me zango conto até dez, isso resolve, e eu volto a sorrir.

Metida?Não.

Se tornou uma frase muito comum e pode me chamar do que quisere, mas vou cuidar um pouco mais de mim, vou vir em primeiro lugar na minha história, e se você quiser fazer parte dela, vem me olhando nos olhos, e falando verdades, mesmo que elas me queimem inteira, mas quero assim. Quanto a mim, espere o mesmo tratamento, porque gosto de face a face e coração ditando as falas.

Eu sei o que preciso e o que quero de você “amigo meu”. Portanto eu, e; minha casa, estaremos sempre prontos a receber, mas vem sem máscaras.

Para você mudar, não precisa que eu acredite, mude simplesmente.

Se você quiser mesmo, eu sei que consegue, mas se for falácia é melhor mudar o rumo dessa prosa e pegar o bonde e me esquecer.

Chata quando preciso...

Uma menina com uma flor.

Uma borboleta, que guardou o casulo como troféu, de suas lutas travadas com tudo que você desconhece.

Fui!

Autora: Fernanda - Rio de Janeiro/RJ

Blog da autora: ALEATORIAMENTE
http://palavrasseencaixam.blogspot.com.br/

Publicação autorizada pela autora