quinta-feira, agosto 30, 2007

Ainda de férias...

... e só voltamos em Setembro!

Mas, até lá, deixamo-vos com estas imagens da nossa cidade, Almada:
Duas vistas de Cacilhas, captadas a partir do parque de estacionamento do Morro de Cacilhas
(Agosto 2007)
Parque Urbano Comandante Júlio Ferraz e Praça da Liberdade (Agosto 2007)

Turistas na zona do Cristo-Rei, observando a Ponte 25 de Abril (junho 2003)

quinta-feira, agosto 23, 2007

Atenção, muita atenção!!!...

... este blogue interrompe momentaneamente as férias para divulgar duas novidades:


Uma festa de aniversário


«Sob o pretexto de um primeiro aniversário, o grupo de expressão artística Margem d'Arte decidiu reunir uma data de amigos, na esperança de proporcionar a todos os presentes um agradável serão.
O evento irá realizar-se no próximo dia 31 de Agosto, pela uma da madrugada, no Manel Bar, em Santa Cruz, Torres Vedras (A8, no sentido Lisboa/Leiria -saída Torres Vedras Norte).
No mesmo serão servidas leituras de poesia marginal acompanhadas por uma exposição de expressões visuais estendalizadas.»

e um concurso literário:
5º CONCURSO LITERÁRIO GUEMANISSE
DE CONTOS E POESIAS / 2007

«Objetivando incentivar a literatura no país, dando ênfase napublicação de textos, a GUEMANISSE EDITORA E EVENTOSLTDA. promove o 5º CONCURSO LITERÁRIO GUEMANISSE DE CONTOS E POESIAS, composto por duas categorias distintas:
a) Contos;
b) Poesias»
Regulamento e mais informações em

sexta-feira, agosto 10, 2007

Este blogue está a precisar de férias...

... portanto, até daqui a alguns dias!

(Foto: grafiti numa parede de Almada Velha)

quinta-feira, agosto 09, 2007











Paisagem morena
de superfície plana e sem asperezas
com cores uniformes
extraídas da paleta de um pintor.
Nos ventos suaves
contas segredos ao ouvido
de histórias encantadas
sobre pássaros e gemidos.



Luís Palma
Debaixo do Bulcão poezine
Número 22 – Almada, Julho 2003
(Grafismo: Nuno Nascimento)

terça-feira, agosto 07, 2007

no sopro do levante
ergo o meu olhar
ao sol e o cheiro
do deserto inunda
o meu sonho e
uma terna voz
suspira ao meu ouvido
sinto o suave toque
de um beijo
envolvido na bruma
e a voz do meu
coração ecoa em
todo o mundo


António Boieiro


Debaixo do Bulcão poezine
Número 9 - Almada, Julho 1998

Ilustração de Paula Cristina
para a edição número nove do poezine Debaixo do Bulcão
editada em Julho de mil novecentos e noventa e sete
na cidade de Almada
São os teus exclusivos sonhos,
depois, nada mais se desenhou,
nada mais teve o calor do real,
a soma do tempo é útil
quando se quer definitivamente partir,
são meras questões de escolha,
ou se é o querer
ou apenas se quer ser o que é,
depende dos sonhos, da realidade destes,
tornam-se efémeros os passeios em ti,
são dez dedos em ti,
a derrota é a soma do medo com a dor,
a derrota é o mistério incapaz,
há quem sonhe algo derrotado.


José Carlos
Debaixo do Bulcão poezine
Número 9 - Almada, Julho 1998

sábado, agosto 04, 2007

(há coisas que mais vale não imaginar...)


Ilustração de Sturrefsit Adjukaatrix
para a edição 4 do poezine,
em Julho de 1997

quinta-feira, agosto 02, 2007

Os poemas têm sempre algo de belo

Isto não é um poema


Esta história começa mais ou menos assim:

Era uma vez, um grande grupo de animais esgravatadores cuja sua grande riqueza, e fonte de poder, como é qualquer riqueza, era nada mais que as sementes que serviam para eles comerem, e que fazia com que eles passassem a maior parte das suas vidas a esgravatarem.
Um desses animais esgravatadores, um entre muitos; diferente também de muitos; mas também igual a tantos outros; esgravatava esgravatava. E quando o sol se punha, que naquele lugar era de mês em mês, reparava sempre ao pôr do sol, e portanto ao fim do dia, que as sementes que tinha consigo não lhe permitiriam nunca, por-si-só chegar ao dia seguinte (estes animais só necessitavam de sementes para serem eles próprios, para viverem e para se sentirem vivos).
Com pesar via então que no fim de todo aquele dia inteiro (que lá durava um mês), a sua riqueza era bem menos que suficiente.
Quando os outros que lhe eram chegados o viam de bolsos virados do avesso (que era o sítio onde guardavam as sementes) e viam a ridícula riqueza que era aquele pequeníssimo montículo de sementes que era o seu sustento até ao fim do dia seguinte (que durava um mês), diziam:
- Tá-bem toma lá estas sementes que me fazem muita falta porque também eu passei o dia a esgravatar e é claro que eu sou um esgravatador muito melhor que tu. De certeza desperdiçaste muitas sementes que te caíram dos bolsos. A mim nada me cai dos bolsos porque eu não sou um mau esgravatador como tu.
E o nosso esgravatador pobre recebia sempre as sementes que os outros lhe davam e nem sequer podia chamar-lhes uma "caridade" porque entre pessoas chegadas é uma palavra muito feia, que possivelmente por bom senso nem consta no dicionário. E sabia também que o facto de os outros esgravatadores não deixarem cair sementes dos bolsos era de certeza uma grande "treta", perdoem-me a obscenidade do palavrão. Mas prosseguindo, ao fim ao cabo, por muito bom esgravatador que se seja, escapam-se sempre algumas sementes dos bolsos para fora e que se perdem; ou não fosse a prova disso a vegetação multicor que se espalhava sempre e florescia pelos prados.
O pobre esgravatador a cada oferta fingia que realmente estava quase convencido que era um mau esgravatador e sabia que no dia seguinte logo mal passasse um mês (porque lembremos que ali os dias duravam um mês) tudo se voltaria a repetir.
-A história não acaba aqui
- A última vez que vi o esgravatador (personagem central desta história)...
- Ele estava muito mais magro; qu'engraçado!
José João da Costa Mota
Debaixo do Bulcão poezine
Número 4 - Almada, Julho 1997

Teatro Fórum de Moura procura

Produtor (ou produtora)

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